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Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Prof.ª: Camila Silveira Lamanes dos Santos. Uberlândia-MG Teoria da Decisão- Teste de Hipóteses Introdução • Na teoria da estimação, o objetivo é “estimar” o valor desconhecido de uma determinada característica em uma população; o Por exemplo, estimar a média µ da população. A estimativa é baseada na média 𝑥 de elementos com a característica, calculada a partir de uma amostra casual simples de tamanho n. • Entretanto, se o objetivo for saber se o valor observado de 𝒙 nessa amostra, dá ou não suporte a uma conjectura sobre o valor de µ , trata-se de testar hipóteses. • O teste de hipóteses é uma regra de decisão para aceitarmos ou rejeitarmos uma hipótese estatística com base nos dados amostrais. G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a 2 G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a 3 • Estimação e teste de hipóteses (ou significância) são os aspectos principais da Inferência Estatística • ESTIMAÇÃO • Estimar um parâmetro qualquer da população • TESTE DE HIPÓTESES • Decidir se determinada afirmação sobre um parâmetro populacional é, ou não, apoiada pela evidência obtida de dados amostrais Introdução Testes de hipóteses Objetivo • O objetivo da decisão estatística é utilizar ferramentas para verificar a validade de uma determinada hipótese. Para isso utilizam-se dados da amostra. o Geralmente, formulamos uma hipótese inicial de trabalho sobre um determinado parâmetro populacional (, , p, etc.) ou sobre o comportamento dos dados (O atributo X segue a distribuição normal; o atributo X segue a binomial; etc.) G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a 4 Testes de hipóteses Definições • Hipóteses estatística: trata-se de uma suposição quanto ao valor de um parâmetro populacional, ou quanto à natureza da distribuição de probabilidade de uma variável populacional. o Exemplos: O tratamento A apresenta melhores resultados do que o tratamento B. A proporção de caras em lançamentos de moedas é de 50%. • Sempre testa-se uma hipótese inicial (chamada na estatística de hipótese nula (Ho)) que será uma igualdade, contra uma hipótese alternativa (H1) que será uma desigualdade. o H0 é a afirmação sobre o valor de um parâmetro populacional. o H1 é a afirmação que deve ser verdadeira se a hipótese nula for falsa. G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a 5 Exemplos O tratamento A apresenta melhores resultados do que o tratamento B. Ho: pA = pB (proporção de curados de A é igual a proporção de curados de B) H1: pA > pB (proporção de curados de A é maior que de B) A proporção de caras em lançamentos de moedas é de 0,50. Ho: p = 0,5 (proporção de caras é de 0,50) H1: p 0,5 (proporção de caras é diferente de 0,50) A altura das plantas da nova variedade é inferior a 200 cm. Ho: = 200 H1: < 200 G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a Testes de hipóteses 6 O teste de hipótese pode ser: bilateral: quando na H1 usamos o sinal “diferente”; unilateral à direita: quando usamos o sinal “maior que” na hipótese alternativa; unilateral a esquerda: quando usamos o sinal “menor que” na hipótese alternativa. G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a Testes de hipóteses 7 Testes de hipóteses G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a • Regiões de aceitação e de rejeição da hipótese Ho Com base na hipótese alternativa H1 e no valor obtido na tabela (Z,t,X², F) ao nível de significância α, define-se a região de rejeição de H0, conhecida como região crítica. 8 G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a Testes de hipóteses 9 Testes de hipóteses G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a • Regiões de aceitação e de rejeição da hipótese Ho • Região de aceitação de H0 (RAH0): É a região, no gráfico da distribuição amostral, na qual aceitamos a hipótese H0. Esta região será determinada em função do tipo de teste que será realizado (bilateral ou unilateral). • Região Crítica (RC) ou Região de Rejeição de H0 (RRH0) É a região que nos levará a rejeição da hipótese H0 10 Testes de hipóteses G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a • Regiões de aceitação e de rejeição da hipótese Ho Teste bilateral • H1 é a hipótese de que o parâmetro populacional é de determinado valor; • Existem duas regiões de rejeição da hipótese Ho ( < 1 e > 2) RRHo RAH0 (1-) RRHo 1 2 11 Testes de hipóteses G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a • Regiões de aceitação e de rejeição da hipótese Ho Teste unilateral • Existe apenas uma região de rejeição da hipótese H0 < 1 (unilateral a esquerda) θ> 1 (unilateral a direita) • A figura a seguir mostra o teste unilateral a direita. Para o unilateral a esquerda a RRH0 fica a esquerda. RAH0 (1-) RRHo 1 12 Testes de hipóteses • Unilateral à esquerda • Unilateral à direita • Bilateral G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a 13 G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a Testes de hipóteses 14 • Probabilidades envolvidas em um teste de hipóteses 1. Erro tipo I É a probabilidade de se rejeitar a hipótese H0 quando esta é verdadeira. Chamamos de a probabilidade do erro tipo I. O valor de é, geralmente, um valor estipulado pelo pesquisador (geralmente 5% ou 1%) e é também chamado de nível de significância. 2. Erro tipo II É a probabilidade de não rejeitar H0 quando ela é falsa, a qual é indicada por , sendo que 1- indica a eficácia. G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a Testes de hipóteses 15 • Probabilidades envolvidas em um teste de hipóteses • Poder de um teste (Eficácia) É a probabilidade de rejeitar H0 quando esta é falsa. Poder = 1 - • Coeficiente de confiança É a probabilidade com que se aceitará H0 , quando H0 é verdadeira. C= 1 - G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a Testes de hipóteses 16 Testes de hipóteses • Algoritmo para a realização de um teste de hipóteses 1. Estabelecer a hipótese nula Ho 2. Estabelecer a hipótese alternativa H1 3. Escolher o nível de significância () 4. Selecionar a estatística adequada 5. Estabelecer a Região Crítica 6. Calcular a estatística 7. Conclusão: Rejeite H0 se a estatísticaestiver na região crítica, em caso contrário, aceitar H0 . G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a 17 G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a Testes de hipóteses Ho ESTATÍSTICA H1 R. CRITICA Uma Média =o POPULAÇÃO NORMAL OU AMOSTRAS GRANDES (n>30) Z X n O x / <o >o o Z<-z z>z z<-z/2 e z>z/2 =o AMOSTRA PEQUENA (n<30) E VARIÂNCIA DESCONHECIDA t X S n O x / V=n-1 <o >o o t<-t t>t t<-t/2 e t>t/2 18 Testes de hipóteses G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a Ho ESTATÍSTICA H1 R. CRITICA Diferença entre duas médias 1 2 dO AMOSTRAS GRANDES (n1 e n2 >30) Z X X n n ( ) ( ) / / 1 2 1 2 1 2 1 2 2 2 1-2<do 1-2>do 1 2 d o Z<-z z>z z<-z/2 e z>z/2 1 2 dO AMOSTRAS PEQUENAS (n1 e/ou n2<30) E VARIÂNCIAS DESCONHECIDAS E ESTATISTICAMENTE IGUAIS t X X s n n v n n s n s n s n n p p ( ) ( ) / / ( ) ( ) 1 2 1 2 1 2 1 2 2 1 2 2 2 2 1 2 1 1 2 1 1 2 1 1-2<do 1-2>do 1 2 d o t<-t t>t t<-t/2 e t>t/2 1 2 dO AMOSTRAS PEQUENAS (n1 e/ou n2<30) E VARIÂNCIAS DESCONHECIDAS E ESTATISTICAMENTE DESIGUAIS t X X s n s n v s n s n s n n s n n ( ) ( ) / / ( / / ) ( / ) ( / ) 1 2 1 2 1 2 1 2 2 2 1 2 2 2 2 2 1 2 1 2 1 2 2 2 2 2 1 1 1 1-2<do 1-2>do 1 2 d o t<-t t>t t<-t/2 e t>t/2 D=do Amostras dependentes ( antes x depois) nS dD t D O / v = n-1 D<do D>do od t < -t t > t t<-t/2 e t>t/2 19 Testes de hipóteses G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a Uma variância Ho ESTATÍSTICA H1 R. CRITICA 2=O 2 2 2 2 1 S)n( 2<O 2 2>O 2 2O 2 2<21- 2>2 2<21-/2 E 2 >2/2 Duas variâncias 1 2=2 2 f s s v n v n 2 2 1 2 1 2 2 2 1 1 2 2 1 1 21< 2 2 21> 2 2 2 2 1 2 f< ),( 1 12 vvf f>f(v1,v2) f< ),( 1 12 2 vvf e f> ),( 21 2 vvf 20 G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a Duas proporções Ho ESTATÍSTICA H1 R. CRITICA p1-p2=po Z p p p p p q n p q n ( ) ( ) 1 2 1 2 1 1 1 2 2 2 p1-p2<po p1-p2>po p p p o1 2 z<-z z>z z<-z/2 e z>z/2 Uma proporção p=po n qp pp Z O ^^ ^ p<po p>po p p o z<-z z>z z<-z/2 e z>z/2 Testes de hipóteses 21 Exemplos 1. O tempo médio do efeito anestésico em humanos tem sido de 50 minutos com um desvio padrão de 10 minutos. Um novo anestésico está sendo testado. Neste novo método retirou-se uma amostra de 12 pessoas, que apresentou tempo médio de 52 minutos e um desvio padrão de 11,9 minutos. Teste a hipótese de que a média populacional no novo anestésico é maior do que 50. Use significância de 5%. G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a 22 Exemplos 2. Um tratamento A é aplicado a 42 plantas. Um segundo grupo de 50 plantas recebeu o tratamento B. Os resultados de produção de matéria seca (g/planta) dos dois tratamentos são apresentados no quadro a seguir. Determine se há diferença entre as médias de produção dos dois tratamentos. Use significância de 5%. G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a 23 Exemplos 3. Para duas amostras de espécie de cana de açúcar obteve-se os seguintes resultados de diâmetro a altura do peito (DAP), em cm: Amostra A: n= 15; DAP médio = 35 cm; desvio padrão = 5 cm; Amostra B: n = 13; DAP médio = 32 cm; desvio padrão = 3 cm . a. Teste a hipótese que a variância de B é maior que 15 cm2, com significância de 5%. b. Teste a hipótese de que a variância de A é maior que a variância de B, com uma significância de 1%. c. Utilizando as informações do item anterior verifique se o diâmetro a altura do peito (DAP), de A é estatisticamente igual ao de B. Use significância de 1%. G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a 24 Exemplos 4. Um pesquisador faz uma suposição que não existe diferença significativa entre a opinião de dois grupos independentes de pessoas com relação a um determinado assunto. Ele realiza uma experiência com 50 pessoas do grupo A e com 70 pessoas do grupo B, obtendo o seguinte números de respostas favoráveis: 35 para A e 55 para o grupo B. Utilizando significância de 1%, o pesquisador está correto? G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a 25 Exemplos 5. Para verificar o efeito de um determinado tipo de treinamento no reflexo de cães, seis animais foram avaliados antes e após o tratamento. Os resultados de tempo de reação foram: Com base nesta amostra, pode-se dizer que o tempo de reação diminuiu? Use significância de 5%. G EQ 0 1 9 - Es ta tí st ic a A p lic ad a à En g. Q u ím ic a 26
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