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FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE 
 FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA I 
Material Didático: AULA 13 
 Intestino Delgado 
 
 
1 
Profas. Liliane Martins e 
Marta Magalhães 
Plano de aula 
• Introdução 
• Revisão anátomo-funcional 
do Intestino Delgado; 
• Intestino como Barreira 
Imune; 
• Importância dos Alimentos 
Funcionais na saúde 
Intestinal; 
• Importância das Fibras; 
• Diarréia; 
• Patologias do Intestino 
Delgado; 
 
 
 Patologias do Intestino 
Delgado: 
• Conceito; 
• Fisiopatologia; 
• Epidemiologia; 
• Etiologia; 
• Quadro Clínico, diagnóstico, 
manifestações clínicas, 
curso e prognóstico; 
• Complicações e 
mortalidade; 
• Trat. Nutricional; 
• Trat. Clínico e cirúrgico 
 
2 
Intestino Delgado: Introdução 
• Após a passagem do alimento pela boca, 
esôfago e estômago, chega ao intestino 
delgado, o órgão responsável pela maior parte 
da digestão e de absorção dos nutrientes. 
3 
• O intestino delgado é um tubo que faz parte da 
primeira porção dos intestinos, composto por quatro 
camadas teciduais concêntricas: 
– Camada serosa; 
– Muscular externa; 
– Submucosa; 
– Mucosa (responsável pela digestão e absorção de 
nutrientes para 
 o organismo). 
 
4 
• Está dividido em 3 partes, sendo: 
Duodeno com aproximadamente 20 cm de 
comprimento iniciando no piloro e terminando no 
Jejuno; 
 jejuno com aproximadamente 250 cm de 
comprimento inicia no duodeno e termina no ílio; 
 íleo com aproximadamente 400 cm de comprimento 
e inicio impreciso no jejuno, 
termina no início do intestino 
grosso. 
 
5 
• O intestino delgado se comunica além do piloro e 
óstio íleo-cecal, com o duto colédoco responsável 
pelo recebimento das secreções do fígado e com o 
duto pancreático responsável pelo recebimento das 
secreções do pâncreas. 
 
• Apesar das funções digestiva e absortiva serem as 
mais difundidas deste órgão, o intestino 
desempenha também funções hormonais, motora, 
nervosa e imune. 
6 
Hormônio Local de produção Órgão-alvo Função 
Secretina Intestino Pâncreas 
Estimula a liberação 
de bicarbonato 
Colecistoquinina Intestino 
Pâncreas e 
vesícula biliar 
Estimula a liberação 
de bile pela vesícula 
e a liberação de 
enzimas pelo 
pâncreas. 
Enterogastrona Intestino Estômago 
Inibe o peristaltismo 
estomacal 
7 
INTESTINO DELGADO E FUNÇÃO 
HORMONAL 
8 
INTESTINO DELGADO COM FUNÇÃO 
MOTORA 
•A função motora do intestino delgado é responsável 
pela mistura do quimo com as secreções 
 
•O principal padrão de motilidade é a segmentação, 
contrações da musculatura circular que dividem o 
quimo em segmentos, otimizando a digestão e 
facilitando a absorção 
 
•Ocorrem também peristalses curtas 
9 
INTESTINO DELGADO COM FUNÇÃO 
NERVOSA 
O SGI é regulado pelo Sistema Nervoso Autônomo (SNA) e 
também possui um sistema nervoso intrínseco autônomo, uma 
rede neural intramural localizada na parede intestinal, 
denominada Sistema Nervoso Entérico (SNE) 
 
•Sistema Nervoso Autônomo (SNA), faz sinapses nos plexos do 
SNE, modulando sua função através dos nervos simpáticos e para 
simpáticos 
 
•SNE é autônomo e pode regular todas as funções motoras, 
secretoras e endócrinas do SGI, mesmo na ausência do SNA 
 
Intestino como Barreira Imune 
 
 Capacidade do intestino em conjunto com 
todo o Sistema Imunológico, evitar que 
agentes nocivos, (estresse fisiológico ou 
psicológico, microorganismos patogênicos e 
corpos estranhos) prejudiquem a saúde. 
 
10 
Intestino como Barreira Imune 
• A função imune do intestino se baseia em três 
linhas de defesa, cada qual com 
funcionamento e características bem 
específicas: 
1. A microbiota presente no intestino; 
2. A mucosa intestinal e; 
3. O Sistema Imune intestinal 
11 
1- A microbiota presente no intestino 
• O intestino humano é habitat natural de uma 
grande, diversificada e dinâmica população de 
microrganismos altamente adaptados à vida 
nas superfícies da mucosa ou no lúmen 
intestinal. 
 
• Algumas espécies dessas bactérias são 
benéficas ao organismo, tais como as 
pertencentes aos gêneros Bifidobacterium, 
Lactobacillus e Eubacteria. 
12 
• Função da microbiota intestinal 
 
Defesa evitar a permanência de bactérias 
patogênicas no intestino competindo por sítios de 
adesão e/ou nutrientes e produzindo substâncias 
antimicrobianas; 
Estimular o Sistema Imune, 
Promover o desenvolvimento de tolerância 
imunológica 
Nutrir as células do cólon, facilitando a realização 
de suas funções 
 13 
2- Função imune da Mucosa Intestinal 
• A mucosa intestinal é o local de maior contato entre o 
organismo e o ambiente externo. 
• Há três formas pelas quais a mucosa pode exercer sua 
função imune: 
 a camada de muco; 
 tight junctions ou junções espessas - segundo 
mecanismo protetor da mucosa 
 defensinas 
 
OBS. A função de barreira da mucosa depende diretamente, 
então, de sua integridade funcional. 
 
 
14 
 
• A primeira delas é a camada de muco, que 
limita a capacidade adesiva da bactéria 
patogênica, evita o fluxo de toxinas solúveis 
em água para dentro do epitélio intestinal, 
graças à sua superfície hidrofóbica, e possui 
carboidratos complexos que podem servir de 
alimento para as bactérias benéficas (DAI et 
al., 2000). 
 
15 
 
• O segundo mecanismo protetor da mucosa 
intestinal são as tight junctions ou junções 
espessas, estruturas protéicas altamente 
reguladas que formam uma barreira entre os 
enterócitos e mantém equilibrada a 
permeabilidade do intestino, restringindo, 
assim, a penetração de difusão de patógenos 
na corrente sanguínea (KINUGASA et al., 
2000). 
16 
 
• E terceiro mecanismo refere-se às 
defensinas, peptídeos antimicrobianos 
sintetizados dentro de um grande grânulo 
secretório (células de Paneth) e, uma vez 
liberados na luz intestinal, auxiliam na 
prevenção da proliferação de patógenos 
(OULLETTE, 1999). 
 
 
17 
3- Sistema Imune Intestinal 
• O Sistema Imune Intestinal, também 
conhecido como Tecido Linfoide Associado ao 
Intestino (GALT), contém o maior pool de 
células imunocompetentes do organismo 
humano (células B do Sistema Imune, 
produtos de IgA, células apresentadoras de 
antígenos, linfócitos T, linfócitos 
intraepiteliais). 
18 
 
• Este sistema de defesa é essencial para a 
manutenção da saúde do organismo, uma vez que o 
intestino pode entrar em contato, diariamente, com 
milhões de agentes potencialmente patogênicos. 
 
Como age o GALT? 
 
19 
 Respondendo de maneira semelhante ao Sistema 
Imune, o GALT captura os antígenos, apresenta-os a 
células especializadas em placas de Peyer e gânglios 
linfáticos mesentéricos, estimula a produção de IgA 
(extremamente ativa contra microorganismos 
patogênicos) e promove toda uma resposta 
inflamatória que, no entanto, se restringe à superfície 
da mucosa, evitando a invasão de tecidos por 
organismos comensais (SANSONETTI, 2006). 
 
20 
Consideração sobre o Sistema 
Imune Intestinal 
 
• Fica clara a extrema importância de manter um 
ambiente intestinal saudável, o que pode ser feito, 
por exemplo, por meio de uma alimentação rica em 
fibras e que provenha reposição dos 
microorganismos benéficos (os chamados 
probióticos), principalmente após episódios em que 
o intestino sofre agressões, como é o caso de 
diarreias e doenças inflamatórias intestinais. 
21 
Fórmula para Equilíbrio da Flora Intestinal 
Prescrição Magistral – Nutricionista habilitado 
 
• Lactobacillus acidophillus – 1 bilhão de UFC 
• Bifidobacterium longum – 500 milhõesde UFC 
• Lactobacillus Gasseri – 300 milhões de UFC 
• Lactobacillus Plantarum - 500 milhões de UFC 
• Bifidobacterium Breve - 1 bilhão de UFC 
• Precticx – 200 mg (prebiótico a base de 
xilooligossacarídeos) 
• Posologia: tomar uma dose ao dia (cápsula ou 
sachê) 
22 
Diarréia 
• O termo diarreia pode ser definido como a 
eliminação de fezes de consistência líquida, 
com: 
 
a) Aumento do número de evacuações diárias. 
 
b) Aumento da massa fecal diária (acima de 200 
mg/dia). 
 
23 
24 
• A diarreia pode ser classificada quanto ao 
tempo de evolução em: 
 
1- Diarreia aguda (até 2 semanas); 
 
2- Diarreia protraída ou persistente (entre 2-4 
semanas). 
 
25 
 
• A diarreia ocorre quando o balanço entre 
absorção e secreção de fluidos pelos 
intestinos (delgado e/ou cólon) está 
prejudicada, por redução da absorção e/ ou 
aumento da secreção. 
 
• É importante também caracterizar se a 
diarreia é de origem "alta" (delgado) ou 
"baixa" (cólon). 
26 
• Na diarreia "alta“ , os episódios diarreicos são 
mais volumosos. 
 
• O cólon saudável só consegue aumentar o seu 
limite de absorção de líquido em até 4 litros. 
Se os fluidos provenientes do delgado 
ultrapassarem significativamente este valor, o 
paciente terá diarreia. 
27 
• Na diarreia "baixa“ as evacuações são em 
pequena quantidade, mais frequentes e ainda 
associadas a tenesmo (desconforto ao 
evacuar) e urgência fecal, sintomas clássicos 
de irritação do reto. 
 
• Finalmente, uma das mais importantes 
classificações da diarreia é quanto ao 
mecanismo fisiopatológico, quando então 
pode ser dividida em 5 grupos: 
28 
1) Diarreia osmótica: aumento de água no 
intestino devido presença de alguma 
substância osmoticamente ativa e não 
absorvível (ex.: sorbitol, lactulose, lactose na 
deficiência de lactase etc.). 
 
2) Diarreia secretória não-invasiva: secreção 
de eletrólitos e água do epitélio intestinal 
devido presença de toxina (bacterianas ou 
virus) ou alguma substância neuro-hormonal, 
 
29 
 
3) Esteatorréia (síndrome disabsortiva) 
•Má-absorção de lipídios, tem origem no 
intestino delgado. 
•O mecanismo da diarreia inclui o mecanismo 
osmótico (má-absorção de nutrientes 
osmoticamente ativos). 
•Vale ressaltar que nem toda a esteatorréia 
(aumento da eliminação fecal de gordura) cursa 
com diarreia. 
30 
 
4) Diarreia invasiva ou inflamatória: liberação de 
citocinas e mediadores inflamatórios na mucosa 
intestinal (enterite, colite ou êntero-colite). 
 
A caracterítica deste tipo de diarreia é a presença de 
muco, pus ou sangue nas fezes e pode ser chamada de 
disenteria. Pode ser infecciosa ou não-infecciosa (ex.: 
doença inflamatória intestinal). 
 
 
31 
 
 
5) Diarreia funcional: Causada pela 
hipermotilidade intestinal (síndrome do 
intestino irritável ou pseudo-diarréia e a 
diarreia diabética por neuropatia 
autonômica). 
 
Considerações sobre Diarréia 
 
• As complicações da diarréia são: perda de peso, 
desnutrição protéico-calórica grave,, 
hipoglicemia e desidratação. 
 
32 
33 
 Determinar a causa do tratamento. 
 Prevenir ou minimizar a desidratação, desequilíbrios 
de eletrólitos, anemia, perda de peso e hipoglicemia. 
 Alterar a consistência e quantidade das fezes (até 200 
g de fezes por dia é considerada normal). 
 Restaurar a motilidade intestinal normal. 
 A alimentação pelo trato digestivo mantém a 
integridade intestinal; repouso intestinal resulta em 
atrofia. 
 Corrigir a intolerância aos carboidratos e proteínas. 
 Assegurar uma ingestão adequada de gorduras (> 
TCM). 
OBJETIVOS DO TRATAMENTO PARA DIARRÉIA 
 
Tratamento Alimentar 
34 
•Hidratação 
•Evitar cafeína e demais alimentos estimuladores, 
•Evitar alimentos gordurosos e fibrosos (podem 
agravar a diarréia). 
•Evitar lactose e a sacarose durante episódio de 
diarréia. Pode ser ofertado Iogurte,( geralmente 
melhor tolerado). 
•Suplementar Zn e eletrólitos 
• Uso da fibra solúvel. 
•Probióticos são importantes, com culturas benéficas 
vivas e ativas que ajudam a deter o avanço da diarréia. 
A dieta deve ser SEMPRE INDIVIDUALIZADA 
35 
• A diarreia é o aumento do número de 
evacuações acompanhado da diminuição da 
consistência das fezes e da presença de 
restos alimentares digeríveis microscópicos, 
como fibras musculares mal digeridas, 
grânulos de amido, gorduras neutras e 
sabões. 
 
Apresente o tratamento dietético. Justifique. 
CONSIDERAÇÕES 
 
36 
 Reduzir ou excluir temporariamente a sacarose e 
lactose; 
 Controlar a oferta lipídica da dieta e reduzir o TCL, 
aumentando o TCM; 
Aumentar o consumo da fibra solúvel e reduzir o da 
fibra insolúvel; 
Aumentar os alimentos constipantes e reduzir os 
laxativos. 
 Suplementar minerais (Zn)e vitaminas (vit. A), 
diante da necessidade. 
 Reposição hidroeletrolítica (soro) 
37 
 
• A diarreia não é uma enfermidade, é uma 
manifestação clínica provocada por alguma 
alteração do hábito intestinal normal com um 
aumento de fluidez e/ou volume das fezes, 
acompanhado de aumento na frequência de 
evacuações. 
Qual o tratamento dietoterápico das diarreias 
agudas? 
 Reposição de líquidos e eletrólitos e oferta de 
pectina. 
 
Fórmula para Equilíbrio da Flora Intestinal 
Prescrição Magistral – Nutricionista habilitado 
Diarréia AGUDA em ADULTOS 
 
• Bifidobacterium longum – 500 milhões de UFC 
• Lactobacillus acidophillus - 500 milhões de UFC 
• Lactobacillus rhamnosus - 500 milhões de UFC 
• Lactobacillus boulardii – 250 mg 
 
• Posologia: tomar uma dose ao dia (cápsula ou 
sachê) 
 
 
38 
Fórmula para Equilíbrio da Flora Intestinal 
Prescrição Magistral – Nutricionista habilitado 
Diarréia e Gases em ADULTO 
• Bifidobacterium bifidum - 500 milhões de UFC 
• Bifidobacterium lactis - 500 milhões de UFC 
• Lactobacillus acidophillus – 800 milhões de UFC 
• Lactobacillus delbrueckii - 500 milhões de UFC 
• Saccharomyces boulardii – 500 mg 
• Precticx – 100 mg 
Posologia: tomar uma dose ao dia (cápsula ou 
sachê) 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 100 trilhões de bactérias 
 Mais de 400 espécies 
 Bactérias anaeróbias obrigatórias 
 
PRINCIPAIS CAUSAS DO DESEQUILÍBRIO 
 
• Dieta 
• Drogas 
• Estresse 
• Quimioterapia 
• Infecção Intestinal 
• pH Intestinal 
• Antibioticoterapia 
 
40 
MICROBIOTA INTESTINAL 
 
 
Alimentos Funcionais 
 
• Segundo o Institute of Medicine of the U. S. 
National Academy of Sciences, os alimentos 
funcionais foram definidos como alimentos que, 
além do papel nutricional, exerciam efeitos 
benéficos no organismo. 
• Um conceito mais amplo foi elaborado por 
Roberfroid et al., 1988: componentes bioativos, 
nutrientes ou não-nutrientes, contidos nos 
alimentos que exercem efeito benéfico para a 
saúde, e esse efeito é dito “efeito funcional”. 
 
41 
Importância dos Alimentos Funcionais 
na Saúde Intestinal 
 
• “Um alimento pode ser considerado funcional 
se for demonstrado que o mesmo pode afetar 
beneficamente uma ou mais funções no corpo, 
além de possuir os adequados efeitos 
nutricionais, de maneira que seja tanto 
relevante para o bem-estar e a saúde quanto 
para a redução do risco de uma doença” 
(ROBERFROID, 2002). 
 42 
 
• Os alimentos funcionais são alimentos que 
provêm a oportunidade de combinar 
produtos comestíveis de alta flexibilidade 
com moléculas biologicamente ativas, como 
estratégia para consistentemente corrigir 
distúrbios metabólicos (WALZEM, 2004), 
resultando em redução dos riscos de doençase manutenção da saúde (ANJO,2004). 
 
43 
Alimentos Componentes 
alimentares 
Benefícios para a 
saúde 
Soja e seus derivados Genisteína, daidzeína e 
outras isoflavonas 
Redução dos sintomas da 
menopausa, osteoporose, 
câncer e doenças do coração 
Cebola e alho Alicina e dissulfido dialil Prevenção do câncer, 
estímulo da função imune, 
varredor de radicais livres, 
reduz o colesterol e os TGC 
séricos 
Alho, aspargo e chicória 
 
Oligossacarídeos não 
digeríveis 
Estímulo da função imune, 
inibição da tumorigênese e 
redução do colesterol sérico 
Algas e peixes 
 
Ácidos graxos ômega 3 Redução do colesterol sérico 
e de dçs do coração e possui 
atividade imunossupressora 
44 
Alimentos Componentes 
alimentares 
 
Benefícios para a 
saúde 
Brócolis, couve de bruxelas, 
repolho, couve-flor, rabanete 
 
Sulfurafane e outros 
isotiocinatos 
 
Prevenção do câncer 
 
Chá verde Epigalocatecina e galato Redução do câncer e doenças 
do coração 
Tomate, cenoura, espinafre, 
batata-doce, frutas cítricas, 
inhame e melão 
Carotenóides 
 
 
Redução de dçs do coração e 
câncer 
 
 
Leite 
 
 
Lactoferrina 
 
Estímulo do sistema imune, 
agente antimicrobiano e 
restabelec. das feridas 
gastrointestinais 
Produtos lácteos 
 
Ácido linoléico conjugado Prevenção do câncer e da 
arterioesclerose 
Vegetais e frutas cítricas 
 
Cumarinas 
 
Redução da coagulação sgn e 
atividade anticancerígena 
45 
 
• Segundo Milner e col, 1999, existem 
critérios para que um alimento seja 
funcional: 
 
 Exercer efeito metabólico ou fisiológico 
que contribua para a saúde física e para 
a redução do risco de desenvolvimento 
de doenças crônicas; 
 Fazer parte de uma alimentação usual; 
 Os efeitos positivos devem ser obtidos 
com qts não tóxicas e devem persistir 
mesmo após suspensão de sua 
ingestão; 
 Os alimentos funcionais não são 
destinados a tratar ou curar doenças. 
 
46 
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
 
 
• Probióticos 
• Prebióticos 
• Simbióticos 
 
47 
Probióticos 
 
• Os probióticos são microrganismos vivos que 
podem ser agregados como suplementos na 
dieta, afetando de forma benéfica o 
desenvolvimento da flora microbiana no 
intestino. 
48 
• São também conhecidos como bioterapêuticos, 
bioprotetores e bioprofiláticos e são utilizados para 
prevenir as infecções entéricas e gastrointestinais 
(REIG & ANESTO, 2002). 
 
• A definição internacional atualmente aceita é de 
que os probióticos são microrganismos vivos, 
administrados em quantidades adequadas, que 
conferem benefícios à saúde do hospedeiro (SAAD, 
2006). 
 
49 
• Os benefícios à saúde do hospedeiro atribuídos à 
ingestão de culturas probióticas segundo Saad, 
2006, são: 
 
Controle da microbiota intestinal, 
Estabilização da microbiota intestinal após o uso 
de antibióticos, 
Promoção da resistência gastrintestinal à 
colonização por patógenos, 
50 
51 
Promoção da digestão da lactose 
 em indivíduos intolerantes à lactose, 
Estimulação do sistema imune, alívio da 
constipação e aumento da absorção de 
minerais e vitaminas” 
Os iogurtes e leites fermentados são os 
alimentos mais comuns a serem 
suplementados como probióticos 
 
 
REDUÇÃO DE LIPÍDIOS PRODUÇÃO DE VITAMINAS FLORA INTESTINAL 
 
 
PROBIÓTICOS 
 
TOLERÂNCIA À LACTOSE 
 INIBIÇÃO DE PATÓGENOS 
 
 
 
 
 
FUNÇÃO INTESTINAL FUNÇÃO HUMORAL SISTEMA IMUNE 
 
Borges V C. In: WATZBERG, D. L. Atheneu, p. 1495-1509, 2001. 
52 
Prebióticos 
• Os Prebióticos são oligossacarídeos não digeríveis, 
porém fermentáveis cuja função é mudar a atividade 
e a composição da microbiota intestinal com a 
perspectiva de promover a saúde do hospedeiro. 
 
• As fibras dietéticas e os oligossacarídeos não 
digeríveis são os principais substratos de crescimento 
dos microrganismos dos intestinos. 
53 
 
• Os Prebióticos estimulam o crescimento dos 
grupos endógenos de população microbiana, 
tais como as Bifidobactérias e os 
Lactobacillos, que são ditos como benéficos 
para a saúde humana (BLAUT, 2002). 
 
• Os prebióticos mais eficientes irão reduzir a 
atividade de organismos potencialmente 
patogênicos (ROBERFROID,2002). 
54 
• Para que uma substância (ou grupo de substâncias) possa 
ser definida como tal, deve cumprir os seguintes requisitos: 
 Ser de origem vegetal; 
 Formar parte de um conjunto heterogêneo de moléculas 
complexas; 
 Não ser digerida por enzimas digestivas; 
 Ser parcialmente fermentada por uma colônia de bactérias e 
ser osmoticamente ativa (RODRÍGUEZ, et al., 2003). 
55 
56 
• Por exemplo, alguns oligossacarídeos como a 
oligofrutose e a inulina, conduzem a um aumento 
significativo do número de bifidobactérias. 
Alimentos ricos em prebióticos: 
1. Os frutooligosacarídeos presentes em alimentos como: 
 a cebola, alho, tomate, banana, cevada, aveia, trigo, 
 mel e cerveja. 
2. A pectina, presente na entrecasca dos cítricos, do 
 maracujá e na maçã. 
3. As ligninas nas cascas de frutas oleaginosas, linhaça e 
 em leguminosas como a soja. 
4. A inulina é encontrada principalmente na raiz da 
 chicória, no alho, cebola, aspargos e alcachofra. 
 
 
• Alguns efeitos atribuídos aos prebióticos 
segundo (ROBERFROID, 2002) são: 
 
A modulação de funções fisiológicas chaves, 
como a absorção de cálcio, o metabolismo 
lipídico; 
A modulação da composição da microbiota 
intestinal, a qual exerce um papel primordial 
na fisiologia intestinal e; 
 A redução do risco de câncer de cólon. 
 
57 
SIMBIÓTICOS 
 
• O termo simbiótico representa um produto que 
contém tanto prebióticos como probióticos, onde 
o composto prebiótico favorece seletivamente o 
composto probiótico. (bifidobactéria + FOS) 
• Importante na Síndrome do Intestino Curto 
(devido má nutrição e colonização bacteriana) 
 
Schrezenmeir J, Vrese M. Am J Clin Nutr 2001;73(suppl):361S–4S. 
58 
Fibras - Oligossacarídeos 
• A fibra dietética não é uma substância considerada 
como fonte de energia, pois não é passível de 
hidrólise pelas enzimas do intestino humano e que 
pode ser fermentada por algumas bactérias 
presentes no cólon (intestino grosso), produzindo 
ácido lático e ácidos graxos de cadeia curta como os 
ácidos acético, propiônico e butírico, que podem 
reduzir o colesterol circulante no sangue. 
59 
• A maior parte das substâncias classificadas 
como fibras são polissacarídios não 
amiláceos. 
 
• As fibras são, portanto, substâncias com alto 
peso molecular, encontradas nos vegetais, 
tais como os grãos (arroz, soja, trigo, aveia, 
feijão, ervilha), em verduras (alface, brócolis, 
couve, couve-flor, repolho), raízes (cenoura, 
rabanete) e outras hortaliças (chuchu, vagem, 
pepino) 
 
60 
• São classificadas como: fibras solúveis e 
insolúveis. 
 As fibras solúveis são as pectinas e 
hemiceluloses. Estas tendem a formar géis em 
contato com água, aumentando a viscosidade 
dos alimentos parcialmente digeridos no 
estômago. 
As fibras insolúveis permanecem intactas 
através de todo o trato gastrointestinal e 
compreendem a lignina, a celulose e algumas 
hemiceluloses. 
61 
Importância da Fibras Alimentares 
• Os efeitos do uso das fibras são a redução dos 
níveis de colesterol sanguíneo, hemorróidas e 
diminuição dos riscos de desenvolvimento de 
câncer, decorrentes de três fatores:Capacidade de retenção de substâncias tóxicas 
ingeridas ou produzidas no trato 
gastrintestinal durante processos digestivos; 
62 
Referências Bibliográficas 
• http://www.rgnutri.com.br/sqv/curiosidades/imi.php 
• MAHAN, L.K. (editora); ESCOTT-STUMP, S. (editora). 
Krause - alimentos, nutrição e dietoterapia. 10 ed. 
São Paulo: Roca, 2012. 
• Drehmer et al. Manejo nutricional de pacientes com 
Síndrome do Intestino Curto. Rev. Bras. Nutr. Clínica. 
2007. 
• Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas - Portaria 
SAS/MS no 307, de 17 de setembro de 2009. 
(Republicada em 26.05.10) 
 
 63

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