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Desigualdade social: Quanto isso preocupa você?
Aline Imercio
O que você faria se visse um morador de rua ser espancado por policiais na calçada? A sua resposta pode ser a de “agir como se nada tivesse acontecido”. Pois é, muita gente, infelizmente ainda pensa assim. Mas, um estudante de jornalismo que passava na rua da Zona Sul de São Paulo pensou diferente. Ao ver Samir Ali Ahmed, 40, ser espancado por policiais da Guarda Civil, Marcos Hermanson gravou tudo na câmera de seu celular e divulgou as imagens na internet.
O desfecho foram milhares de visualizações e muita gente indignada. Samir vivia nas ruas há poucos meses com sua mulher Mirela. Os dois estavam sem emprego e não conseguiam pagar o aluguel. Sem ter onde dormir, o que restava para o casal era um velho carrinho de supermercado com pertences doados e recicláveis que pegavam pelo caminho para conseguir uns trocados. E foi esse carrinho que motivou o espancamento feito pelos policiais. A abordagem aconteceu porque o homem não tinha nota dos objetos doados, e acabou com seu punho quebrado por isso. O resultado? O homem que tinha conseguido um emprego voltava para estaca zero.
No final, o vídeo de Samir gerou muita polêmica e caiu nas mãos do prefeito da cidade, que prometeu emprego ao casal, e de autoridades ligadas aos direitos humanos. Algo bom? Ótimo, se for concretizado. E que nos faz pensar quantos casais como Samir e Mirela vivem hoje às margens da sociedade, dormem cada dia em um canto frio da rua, ouvem difamações, xingamentos e passam fome. Quantos? Milhares!
E o que a gente faz para evitar isso? Muita gente prefere dar às costas. Lembro de uma história que ouvi certa vez na faculdade. A de que um casal que estava se conhecendo melhor foi a um restaurante jantar. O homem sabia que a mulher era linda, mas queria conhecer sua essência. No meio do jantar, os dois olharam para janela e viram uma família pobre do lado de fora, olhando para a refeição. A moça, olhou discretamente para a pobre e família e pediu para os garçons fecharem a janela. Toda beleza dela para o homem que a conhecia foi embora naquele momento. E nós? Quantas janelas andamos mandando fechar, por ai? É para se pensar.

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