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Prof João Leles ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA QUESTÕES COMENTADAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS 1. (CESPE – Auditor de Controle Interno – CGM-PB/2018) Alterações na legislação tributária, incluindo reduções ou aumentos de alíquotas de impostos, devem constar do texto da lei de diretrizes orçamentárias. Resposta certa. Consta do texto da LDO alterações na legislação tributária. Atentem-se ao fato de que a questão não disse que a LDO altera, mas que ela apenas dispõe em seu texto, conforme previsto no art. 165, §2º da CF. 2. (CESPE – Oficial Técnico – ABIN/2018) Obras públicas somente podem ser realizadas quando as despesas de capital correspondentes estiverem previstas no plano plurianual, ao passo que as despesas correntes necessárias à manutenção predial podem ser realizadas ao final da obra, sem necessidade de inclusão no plano plurianual. Resposta errada. Conforme previsto no art. 167, §1º da CF, devem constar do PPA, sob pena de crime de responsabilidade, apenas os investimentos (como obras públicas) que ultrapassem o exercício financeiro. 3. (CESPE – Oficial Técnico – ABIN/2018) No caso de a União conceder benefício tributário a determinado setor da economia, o efeito regionalizado de tal benefício deverá ser demonstrado no projeto de lei orçamentária do exercício financeiro subsequente. Resposta certa. Conforme previsão no art. 165, §6º da CF. 4. (CESPE – Técnico Administrativo – STJ/2018) De acordo com a última lei do PPA, programa temático é aquele que expressa e orienta as ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção governamental. Resposta errada. Programa temático é aquele que oferece um bem ou serviço à sociedade. O conceito trazido pela questão se refere ao Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado. Prof João Leles 5. (CESPE – Técnico Administrativo – STJ/2018) A regionalização das diretrizes, dos objetivos e das metas da administração federal no PPA deve ser feita por macrorregiões geoeconômicas. Resposta errada. A regionalização poderá adotar outros critérios, como por estados ou municípios. 6. (CESPE – Analista Administrativo – STJ/2018) Determinada alteração na legislação tributária somente poderá entrar em vigor depois de regularmente autorizada pela LDO. Resposta errada. Não há, na legislação orçamentária, a relação trazida pelo item. 7. (CESPE - Auditor - Conselheiro Substituto - TCE/PR - 2016) Sob pena de ser considerado inválido, o decreto que estabelece o PPA não pode deixar de especificar, de forma regionalizada, as metas e as prioridades do governo para os quatro anos seguintes sua aprovação, relativamente às despesas de capital e outras delas decorrentes, e também as despesas de duração continuada. Resposta errada. O PPA é constituído por meio de LEI, e não Decreto. Além disso, ele estabelece as diretrizes, objetivos e metas, e não “metas e prioridades”, cuja atribuição é da LDO. 8. (CESPE - Técnico de Nível Superior - ENAP - 2015) Conforme determinação da CF, o plano plurianual deve ser elaborado em consonância com os planos e programas nacionais, regionais e setoriais. A explicação para essa vinculação reside no fato de que tais planos e programas apresentam maior duração e são mais específicos. Resposta errada. Os planos e programas que deverão estar de acordo com PPA, conforme previsto no art. 165, §4º da CF. 9. (CESPE - Procurador do Município de Fortaleza - 2017) Na LDO será estabelecida a política de aplicação a ser executada pelas agências oficiais de fomento. Resposta certa. Conforme previsão no art. 165, §2º da CF. 10. (CESPE - Agente Administrativo – DPU - 2016) A LDO compreende o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimentos das empresas com capital inicial pertencente à União. Prof João Leles Resposta errada. Quem compreende tais orçamentos é a LOA, e não a LDO. Além disso, o orçamento de investimentos se refere às empresas cuja MAIORIA do capital social pertença à União. CICLO ORÇAMENTÁRIO 11. (CESPE – Analista Administrativo – STJ/2018) Se o Congresso Nacional não receber a proposta orçamentária elaborada pelo Poder Executivo no prazo fixado pela Constituição Federal, ele deverá elaborar sua própria proposta orçamentária, sem prejuízo da imposição de sanções cabíveis. Resposta errada. A consolidação e encaminhamento da proposta orçamentária do Ente cabe, exclusivamente, ao Poder Executivo. 12. (CESPE – Auditor de Controle Interno – CGM-PB/2018) A duração do plano plurianual é de quatro anos: inicia-se no primeiro ano do mandato presidencial e encerra- se no último ano do mesmo mandato. Resposta errada. De fato a duração é de 4 anos, entretanto a vigência se inicia no segundo ano de mandato presidencial até o primeiro do subsequente, conforme previsto no art. 35 do ADCT. 13. (CESPE – Oficial Técnico – ABIN/2018) Ainda que envolva transferências constitucionais para estados e municípios, uma emenda ao projeto de lei orçamentária anual poderá ser aprovada se seu propósito for corrigir omissão previamente existente. Resposta certa. Para correção de omissões de ordem técnica ou legal, não há limitações. 14. (CESPE – Técnico Administrativo – STJ/2018) O ciclo orçamentário tem início com a preparação da proposta orçamentária e termina com o encerramento do exercício financeiro. Resposta errada. O encerramento do ciclo orçamentário ocorre com o controle/avaliação. Prof João Leles 15. (CESPE – Analista Administrativo – STJ/2018) O ciclo orçamentário começa a partir da mensagem presidencial que encaminha o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional. Resposta errada. O início do ciclo orçamentário ocorre com a elaboração da proposta orçamentária. 16. (CESPE – Analista Administrativo – STJ/2018) A proposta orçamentária do Poder Legislativo deve ser apresentada ao Congresso Nacional pelo Poder Executivo. Resposta certa. Todos os Poderes encaminham suas propostas ao Poder Executivo, a quem cabe consolidar e propor o PLOA ao Congresso Nacional. 17. (CESPE - Analista de Gestão - Administração - TCE/PE - 2017) Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da lei orçamentária, o ciclo orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo intermitente no que diz respeito a análises e decisões. Resposta errada. O ciclo inclui desde a proposta até o controle/avaliação da lei orçamentária. Além disso, é um processo contínuo, e não intermitente como afirma o item. 18. (CESPE - Analista de Controle Externo - Contas Públicas - TCE/PE - 2017) Não cabe aos tribunais de contas estaduais regular matéria relativa ao plano plurianual. Resposta certa. Tal atribuição cabe ao Poder Executivo. 19. (CESPE - Analista Judiciário - TRT/8 - 2016) Ao aprovar a LOA, o Poder Legislativo autoriza que o Poder Executivo aplique os recursos financeiros em gastos necessários manutenção dos serviços públicos ao longo do exercício financeiro, o qual não coincide com o ano civil. Resposta errada. Questão quase toda certa. O erro ocorre na parte final, pois o exercício financeiro coincide com o ano civil, conforme previsto no art. 34 da lei nº 4.320/64. 20. (CESPE - Analista Judiciário - Judiciária - TRT/8 - 2016) O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à lei orçamentária anual, quando essa é submetida à aprovação do Congresso Nacional. Prof João Leles Resposta errada. Há limitações previstas para a apresentação de emendas, previstas no art. 166, §3º da CF. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS21. (CESPE – Técnico Administrativo – STM/2018) O princípio da exclusividade proíbe que a lei orçamentária contenha autorização para a contratação de operações de crédito. Resposta errada. Os créditos suplementares e as operações de crédito são exceções ao princípio da exclusividade. 22. (CESPE – Técnico Administrativo – STM/2018) O princípio da não afetação das receitas veda a vinculação de tributos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas as exceções estabelecidas pela Constituição Federal de 1988. Resposta errada. O princípio da não afetação das receitas veda a vinculação de IMPOSTOS a órgão, fundo ou despesa. 23. (CESPE – Juiz Federal – TRF5/2017) O princípio da não afetação refere-se à impossibilidade de vinculação de impostos a determinadas despesas, salvo se a vinculação se referir exclusivamente ao pagamento de dívida pública. Resposta errada. O princípio da não afetação possui exceções previstas no art. 167, IV, entre as quais não se inclui o pagamento da dívida pública. 24. (CESPE – Analista Administrativo – STJ/2018) Os princípios da unidade e da universalidade são válidos, ainda que haja orçamentos diferentes no âmbito de cada ente da Federação. Resposta certa. Tais princípios permanecem válidos, pois há a consolidação dos orçamentos fiscal, de investimentos e da seguridade social em uma única LOA para cada ente. 25. (CESPE – Técnico Administrativo – STM/2018) O princípio orçamentário da unidade estabelece que a lei orçamentária anual deve conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundações e fundos instituídos e mantidos pelo poder público. Resposta errada. Tal conceito se refere ao princípio da universalidade. Prof João Leles 26. (CESPE – Analista de Controle Externo - Contas Públicas - TCE/PE - 2017) Em razão do princípio da exclusividade orçamentária, a lei orçamentária deve conter todas as receitas e despesas, qualquer que seja a sua natureza, procedência ou o seu destino. Resposta errada. Tal conceito se refere ao princípio da universalidade. A exclusividade dispõe que não haverá na LOA conteúdo estranho à previsão da receita e fixação da despesa, exceto créditos suplementares e operações de crédito, ainda que por antecipação da receita. 27. (CESPE – Analista de Gestão - Administração - TCE/PE - 2017) O tratamento dado aos recursos destinados à educação e à saúde constitui uma exceção ao princípio orçamentário da não vinculação. Resposta certa. Tais exceções, juntamente com a repartição constitucional, administração tributária e garantia/contragarantia à União, constam do art. 167, IV da CF. 28. (CESPE – Analista de Controle Externo - Contas Públicas - TCE/PE - 2017) Violará o princípio da não afetação da receita a promulgação de lei estadual que impuser aos municípios a aplicação em financiamento de programa habitacional estadual de 50% do ICMS a eles destinado. Resposta certa. De fato violará, pois programas habitacionais não são exceções ao princípio da não afetação. 29. (CESPE - Auditor - Contas Públicas - TCE/PE - 2017) Dado o princípio da anualidade orçamentária, os orçamentos públicos das diversas esferas de governo devem ter vigência de um exercício financeiro e coincidir com o ano civil. Resposta errada. Embora seja assim atualmente, não é necessário que a LOA coincida com o ano civil para que seja aplicado o princípio da anualidade. 30. (CESPE – Analista de Gestão – Julgamento – TCE/PE – 2017) O caixa único do Tesouro Nacional destina-se a efetivar o princípio orçamentário da unidade. Resposta errada. O caixa único do tesouro materializa o princípio da unidade de caixa. Diferentemente, o princípio da unidade dispõe que o orçamento é uno, havendo apenas um para cada ente da federação. Prof João Leles VEDAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS E DESPESAS COM PESSOAL NA CF 31. (CESPE – Analista Judiciário – Judiciária – TRT/8 – 2016) O início de programas ou projetos não inclusos na LOA poderá se realizar mediante a comprovação da existência de recursos financeiros acima daqueles previstos na execução do orçamento. Resposta errada. Tendo em vista o disposto no art. 167, I – CF, é vedado o início de programas ou projetos não incluídos na LOA, sem exceção. 32. (CESPE – Auditor Fiscal de Controle Externo – Direito - TCE/SC – 2016) Para que o estado-membro receba da União transferências voluntárias destinadas ao pagamento de despesas com pessoal inativo, é condição inarredável a prévia autorização por lei específica autorizativa no âmbito federal, aprovada por maioria absoluta. Resposta errada. Tendo em vista o disposto no art. 167, X – CF, são vedadas transferências voluntárias ou empréstimos para pagamento de pessoal, sem exceção. 33. (CESPE – Agente Administrativo - DPU – 2016) Em caráter de urgência, é permitido iniciar programas que não estejam incluídos na LOA. Resposta errada. Tendo em vista o disposto no art. 167, I – CF, é vedado o início de programas ou projetos não incluídos na LOA, sem exceção. 34. (CESPE – Procurador do Município de Fortaleza - 2017) Não é exigível prévia dotação orçamentária para a concessão de vantagem ou aumento de remuneração em recomposição salarial orientada pela reposição do poder aquisitivo em virtude da inflação. Resposta certa. Embora esteja previsto no art. 169, §1º - CF que aumentos de despesas de pessoal exigem existência de dotação orçamentária e autorização prévia na LDO, quando tal majoração se referir a reajustes de caráter geral ou uniforme, visando recompor a inflação, tais requisitos serão dispensados, em cumprimento ao disposto no art. 37, X – CF. 35. (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRE/PI – 2016) A autorização para aumento de remuneração dos membros do Poder Legislativo deve estar contida no PPA. Resposta errada. A autorização nesse caso constará da LDO. Prof João Leles CRÉDITOS ADICIONAIS 36. (CESPE – Técnico Administrativo – STJ/2018) Uma alteração orçamentária qualitativa para a abertura de créditos especiais pode resultar na criação de um programa de trabalho, de uma ação com todos os seus atributos e de um novo subtítulo de uma ação já existente. Resposta certa. O propósito do crédito especial é, justamente, criar dotações não previstas inicialmente na Lei Orçamentária Anual. 37. (CESPE – Analista Administrativo – STMJ/2018) Os créditos extraordinários podem ser abertos ainda que não haja dotações orçamentárias disponíveis para a realização da despesa. Resposta certa. Conforme previsto na lei nº 4.320/64, a abertura de créditos extraordinários dispensa a indicação de fontes de recursos e a autorização prévia do Poder Legislativo. 38. (CESPE – Técnico Administrativo – STM/2018) Embora seja admitida para atender despesas imprevisíveis, a abertura de créditos extraordinários depende da indicação dos recursos correspondentes. Resposta errada. A abertura de créditos extraordinários dispensa a indicação de fontes de recursos e a autorização prévia do Poder Legislativo. 39. (CESPE – Técnico Administrativo – STM/2018) Os créditos suplementares previamente autorizados na lei orçamentária anual são abertos por decreto do Poder Executivo. Resposta certa. Quando o crédito suplementar já houver sido autorizado pela LOA, sua abertura ocorrerá por meio de decreto. 40. (CESPE – Técnico Administrativo – STM/2018) Os créditos suplementares possuem vigência exclusivamente dentro do exercício financeiro em que são abertos. Resposta certa. Apenas os créditos especiais e extraordinários são exceções à anualidade, quando autorizados nos últimos 4 mesesdo exercício. Prof João Leles 41. (CESPE – Auditor de Controle Interno – CGM-PB/2018) Quanto aos créditos orçamentários adicionais, o crédito suplementar incorpora-se ao orçamento vigente, adicionando-se à dotação orçamentária que deva reforçar, ao passo que os créditos especiais são destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. Resposta certa. Conforme previsão no artigo 41 da lei nº 4.320/64. 42. (CESPE – Oficial Técnico – ABIN/2018) É vedada a prorrogação de vigência de créditos especiais para exercício financeiro diverso daquele em que os referidos créditos foram autorizados. Resposta errada. Os créditos especiais são exceções à anualidade, quando autorizados nos últimos 4 meses do exercício, conforme previsto no art. 167, §2º da CF. 43. (CESPE – Analista de Controle Externo - Contas Públicas - TCE/PE - 2017) Em decorrência do princípio da anualidade orçamentária, os créditos orçamentários, ordinários ou adicionais abertos para determinado exercício financeiro possuem vigência restrita ao ano civil, sem qualquer exceção. Resposta errada. Os créditos especiais e extraordinários são exceções à anualidade, quando autorizados nos últimos 4 meses do exercício, conforme previsto no art. 167, §2º da CF. 44. (CESPE – Analista de Gestão – Julgamento – TCE/PE – 2017) Crédito adicional aberto com base em autorização dada pela lei orçamentária anual corresponde a um crédito suplementar. Resposta certa. Apenas os créditos suplementares são exceções ao princípio da exclusividade, ou seja, podem ser autorizados pela própria Lei Orçamentária Anual. 45. (CESPE – Analista de Controle Externo - Contas Públicas - TCE/PE - 2017) No ano 201X, o Departamento de Polícia Federal informou que as dotações orçamentárias para custear a emissão de passaportes, previstas na lei orçamentária anual daquele exercício financeiro, teriam sido totalmente utilizadas até o mês de julho, o que o obrigou a suspender esse serviço. Nessa situação, é necessária a aprovação e a publicação de uma lei de créditos adicionais do tipo especial para que o serviço de emissão de passaportes seja retomado. Prof João Leles Resposta errada. Em caso de reforçar dotações já existentes, como o caso de passaportes, o tipo de crédito a ser utilizado será o suplementar, conforme previsto no art. 41, I, da lei nº 4.320/64. DO ORÇAMENTO PÚBLICO 46. (CESPE – STM/2018 – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Os programas executados de acordo com a técnica do orçamento-programa devem ser zerados ao final do exercício financeiro, a fim de que os órgãos públicos sejam obrigados a demonstrar os custos e benefícios de cada programa, sob pena de descontinuidade dos programas. Resposta errada. O conceito do item se refere ao orçamento base zero, e não orçamento- programa. 47. (CESPE – STM/2018 – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O orçamento incremental tem como base as receitas e despesas ocorridas no período anterior, sobre as quais são feitos ajustes marginais. Resposta certa. O orçamento incremental ou clássico é apenas uma peça de previsão de receitas e fixação de despesas, sobre as quais são realizados ajustes. 48. (CESPE - Técnico Judiciário - Administrativa - TRT/8 - 2016) O tipo de orçamento moderno, que enfatiza a vinculação entre planejamento e orçamento e o estabelecimento de metas e objetivos é o orçamento-programa. Resposta certa. O orçamento-programa é aquele focado no planejamento. 49. (CESPE - Auditor - Conselheiro Substituto - TCE/PR - 2016) A função do orçamento público que visa melhorar a posição de algumas pessoas em detrimento de outras e, com isso, corrigir falhas do mercado é denominada função distributiva. Resposta certa. A função distributiva é aquela que prioriza, por exemplo, a distribuição de renda, corrigindo as falhas de mercado. 50. (CESPE - Analista Judiciário - Administração e Contábeis - TJ/CE - 2014) O orçamento misto é aquele que envolve entidades da administração pública direta e indireta. Prof João Leles Resposta errada. Orçamento misto é aquele que envolve atribuições tanto do Poder Executivo, quanto do Legislativo para a elaboração, aprovação, execução e controle da Lei Orçamentária Anual. RECEITAS PÚBLICAS 51. (CESPE – Auditor de Controle Interno – CGM-PB/2018) As receitas agropecuárias e industriais são exemplos típicos de receitas extraorçamentárias. Resposta errada. As receitas agropecuárias e industriais são origens vinculadas à categoria econômica corrente, ou seja, orçamentárias. 52. (CESPE – Técnico Administrativo – STJ/2018) A classificação orçamentária da receita por fonte de recursos é dividida em 5 grupos, entre eles inclui-se o grupo de recursos condicionados. Resposta certa. Conforme previsão no Manual Técnico de Orçamento – MTO 2018, a receita por fonte é dividida em recursos do tesouro ou de outras fontes (exercício corrente ou anterior), e também em recursos condicionados. 53. (CESPE – Juiz Federal – TRF5/2017) A receita proveniente de impostos tem a mesma classificação que a proveniente do pagamento de caução, dado que acabam ingressando no caixa do governo, mesmo que a caução seja eventualmente devolvida. Resposta errada. A receita de impostos é orçamentária, e a receita de caução é extraorçamentária. 54. (CESPE – Juiz Federal – TRF5/2017) São receitas públicas originárias as provenientes de atividade exclusiva estatal, como, por exemplo, a cobrança de tributos. Resposta errada. Os tributos se classificam em receitas derivadas, e não originárias. 55. (CESPE - Agente Administrativo - DPU - 2016) Recursos financeiros de caráter temporário, como as fianças, integram as receitas na LOA. Resposta errada. Tais receitas possuem caráter extraorçamentário, e não integram, portanto, a LOA. Prof João Leles 56. (CESPE - Auditor - Conselheiro Substituto - TCE/PR - 2016) Operações de crédito são receitas de capital originárias da contratação de empréstimos junto a entidades públicas ou privadas, internas ou externas. Resposta certa. Conforme o MTO 2018, operações de crédito são recursos financeiros oriundos da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos junto a entidades públicas ou privadas, internas ou externas. 57. (CESPE - Auditor - Conselheiro Substituto - TCE/PR - 2016) As receitas de capital e as receitas correntes provocam, ambas, efeito positivo no patrimônio líquido do Estado. Resposta errada. Em regra, as receitas correntes provocam efeitos positivos, e as de capital não alteram o patrimônio líquido. Exceção a essa regra é a dívida ativa e as transferências de capital, respectivamente. 58. (CESPE - Administrador - MPOG - 2015) O mecanismo de classificação de recursos por fonte tem por objetivo identificar a destinação dos recursos arrecadados. Resposta certa. Além disso, viabiliza o cumprimento do artigo 8º, parágrafo único da LRF. 59. (CESPE - Técnico Federal de Controle Externo - TCU - 2015) Os ingressos financeiros decorrentes de amortizações de empréstimos ou financiamentos concedidos pelo ente público por meio de títulos e contratos representam receitas de capital, mas os juros recebidos relacionados a esses empréstimos ou financiamentos são tratados como receitas correntes. Resposta certa. A amortização, que se refere ao principal, são receitas de capital, e os juros são receitas correntes. 60. (CESPE - Auditor Federal de Controle Externo - TCU - 2015) O ingresso proveniente de outros entes da Federação, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, deve ser classificado como outrasreceitas correntes. Resposta errada. Nesse caso, deve ser classificado como transferências voluntárias. Prof João Leles DESPESAS PÚBLICAS 61. (CESPE – Analista Administrativo – STM/2018) Do ponto de vista orçamentário, as despesas públicas correspondem aos decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos, redução de ativos ou incremento em passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio líquido. Resposta errada. Esse caso, em razão do destaque ao patrimônio, deve ser analisado do ponto de vista patrimonial, e não orçamentário. 62. (CESPE – Auditor de Controle Interno – CGM-PB/2018) Segundo a classificação programática da despesa orçamentária, o projeto é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa e envolve um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente e de que resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de governo. Resposta errada. O conceito trazido pela questão se refere a atividades. Projeto se realiza de forma limitada no tempo. 63. (CESPE – Técnico Administrativo – STM/2018) Ações orçamentárias definidas como operações especiais são aquelas despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo. Resposta certa. Operações especiais são despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. 64. (CESPE – Analista Administrativo – STM/2018) A consequência legal da inclusão de uma despesa no orçamento público é diferente da consequência legal da inclusão de uma receita nesse orçamento. Resposta certa. A despesa é fixada, podendo se realizar apenas com inclusão prévia na LOA, ao contrário da receita, que é prevista, podendo haver arrecadação acima do estimado. 65. (CESPE – Analista Administrativo – STM/2018) O órgão público que realizar operação de crédito por antecipação da receita orçamentária deverá liquidar essa operação antes do final do exercício financeiro. Prof João Leles Resposta certa. Conforme o artigo 38 da LRF, a operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro, realizar- se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício e deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano. 66. (CESPE – Analista Administrativo – STM/2018) A identificação da localização do gasto público na estrutura programática é feita por meio do subtítulo. Resposta certa. Conforme definição no MTO 2018. 67. (CESPE – Analista Administrativo – STM/2018) É vedada a utilização de recursos de finalidade distinta da especificada pelo código de fonte de recursos. Resposta certa. Conforme previsto no artigo 8º, parágrafo único da LRF. 68. (CESPE - Auditor - Contas Públicas - TCE/PE - 2017) Os gastos com a construção de um hospital público e com a aquisição de móveis usados são considerados despesas de capital, ao passo que a compra de papel para impressão e a quitação de juros da dívida pública se enquadram como despesas correntes. Resposta certa. Construções e aquisições de móveis são despesas de capital. Já materiais de consumo, como papeis, e juros são despesas correntes. 69. (CESPE - Analista Judiciário - Administrativa - TRE/PE - 2017) Obras públicas, subvenções econômicas e juros da dívida pública são despesas de capital. Resposta errada. Subvenções econômicas e juros da dívida são despesas correntes. 70. (CESPE - Analista Judiciário - Judiciária - TRT/8 - 2016) São receitas correntes aquelas destinadas à inversão financeira. Resposta errada. A inversão financeira NÃO é receita, e tampouco corrente. Mas sim grupo relacionado às despesas de capital. ESTÁGIOS DA RECEITA E DA DESPESA PÚBLICA 71. (CESPE – Analista Administrativo – STJ/2018) A proposta de aplicação de penalidades nos casos de atraso de pagamento de determinada receita pública constitui procedimento estranho aos estágios de execução dessa receita. Prof João Leles Resposta errada. Em casos de multa, por exemplo, haverá a realização dos estágios de arrecadação e recolhimento, ou seja, não há que se falar em procedimento estranho aos estágios de execução da receita. 72. (CESPE - Analista de Gestão - Administração - TCE/PE - 2017) A previsão de arrecadação na lei orçamentária anual é obrigatória e constitui condição para que uma receita seja classificada como orçamentária. Resposta errada. A previsão, como o próprio nome diz, é uma estimativa. É possível, por exemplo, o excesso de arrecadação, que será considerado como receita orçamentária mesmo não tendo sido previsto inicialmente na LOA. 73. (CESPE - Analista Judiciário - Administrativa - TRE/PE - 2017) Um dos estágios da receita pública é o recolhimento, que consiste na entrega dos recursos devidos pelos contribuintes ou devedores ao Tesouro Nacional. Resposta errada. O recolhimento consiste na transferência de valores, pelos agentes arrecadadores (bancos), à conta única do tesouro. 74. (CESPE - Analista Judiciário - Contabilidade - TRE/PE - 2017) As etapas da receita orçamentária ocorrem para todos os tipos de receitas orçamentárias. Resposta errada. É possível que não ocorra para determinadas receitas, como a doação por exemplo, as etapas de previsão e lançamento da receita. 75. (CESPE - Analista Judiciário - Administrativa - TRT/8 - 2016) No estágio da arrecadação da receita, é verificada a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora. Resposta errada. A verificação da procedência do crédito fiscal ocorre na etapa de lançamento, e não na arrecadação. 76. (CESPE - Analista de Gestão - TCE/PE - 2017) O empenho de despesa impõe ao Estado uma obrigação de pagamento, ainda que o bem correspondente não tenha sido fornecido ou o serviço correspondente não tenha sido prestado. Resposta errada. O empenho gera obrigação de pagamento para o Estado, entretanto, de forma inequívoca, pendente de implemento de condição ou de prestação de serviço pelo credor. Prof João Leles 77. (CESPE - Analista Judiciário - Contabilidade - TRT/8 - 2016) O estágio de liquidação da despesa pública consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. Resposta certa. Conforme definição prevista no artigo 63 da lei nº 4.320/64. 78. (CESPE - Auditor Fiscal de Controle Externo - TCE/SC - 2016) O estágio de pagamento da despesa caracteriza-se pelo despacho por meio do qual a autoridade competente determina que a despesa seja liquidada. Resposta errada. O despacho exarado por autoridade competente determinando que a despesa seja paga materializa a “ordem de pagamento”, conforme artigo 64 da lei nº 4.320/64. 79. (CESPE - Técnico Federal de Controle Externo - TCU - 2015) Realiza-se por meio de empenho global a reserva de dotação orçamentária de compromissos decorrentes de despesas contratuais com pagamento sujeito a parcelamento. Resposta certa. Conforme artigo 60, §3º da lei nº 4.320/64. 80. (CESPE - Técnico Federal de Controle Externo - TCU - 2015) A apuração da quantia exata a ser paga em relação às despesas incorridas por um ente federativo ocorre na fase de pagamento, sendo vedada a adoção de regime de adiantamento com vistas a honrar o pagamento dessas despesas. Resposta errada. A apuração da quantia exata a ser paga ocorre na fasede liquidação, conforme artigo 63, §1º da lei nº 4.320/64. RESTOS A PAGAR, DEA e SUPRIMENTO DE FUNDOS 81. (CESPE – Analista Administrativo – STM/2018) No final do exercício, as despesas orçamentárias empenhadas e não pagas deverão ser inscritas em restos a pagar e, assim, constituirão dívida flutuante. Resposta certa. Os restos a pagar compõem a dívida flutuante, conforme previsto no artigo 92 da lei nº 4.320/64. Prof João Leles 82. (CESPE – Técnico Administrativo – STM/2018) O pagamento de restos a pagar processados corresponde a uma despesa orçamentária da entidade. Resposta errada. Os restos a pagar são extraorçamentários. 83. (CESPE – Técnico Administrativo – STM/2018) O servidor declarado em alcance para suprimento de fundos é aquele cujas contas foram prestadas no prazo regulamentar e, em seguida, aprovadas. Resposta errada. O servidor declarado em alcance é aquele cujas contas prestadas foram rejeitadas. 84. (CESPE – Técnico Administrativo – STM/2018) A restituição parcial de suprimento de fundos por falta de aplicação recolhida no mesmo exercício financeiro constitui uma anulação de despesa. Resposta certa. Conforme previsto no artigo 45, §1º, do Decreto 93.872/86, a restituição de suprimento de fundos no mesmo exercício caracteriza anulação de despesa, e em exercício posterior constituirá item de receita. 85. (CESPE – Técnico Administrativo – STM/2018) Os restos a pagar com prescrição interrompida são as despesas cuja inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada, mas cujo direito do credor permaneça vigente. Resposta certa. Tal despesa se caracteriza como despesas de exercícios anteriores. 86. (CESPE – Auditor de Controle Interno – CGM-PB/2018) Uma despesa que tenha sido empenhada em 2016, mas cujo pagamento tenha sido efetuado somente em 2017, deverá ser considerada como pertencente ao exercício financeiro de 2017. Resposta errada. A despesa, do ponto de vista orçamentário, é reconhecida no momento em que ocorre o empenho. 87. (CESPE – Auditor de Controle Interno – CGM-PB/2018) O suprimento de fundos é caracterizado como um adiantamento de valores que se faz a um servidor para futura prestação de contas e que não constitui uma despesa orçamentária. Resposta errada. O suprimento de fundos é uma despesa orçamentária, com dotação própria e que exige prévio empenho. Prof João Leles 88. (CESPE – ABIN/2018 – OFICIAL TÉCNICO) Se determinado suprimento de fundos não for integralmente aplicado, o saldo remanescente será recolhido ao Tesouro Nacional e constituirá, obrigatoriamente, receita orçamentária. Resposta errada. Conforme previsto no artigo 45, §1º, do Decreto 93.872/86, a restituição de suprimento de fundos no mesmo exercício caracteriza anulação de despesa, e em exercício posterior constituirá item de receita. 89. (CESPE – Analista Administrativo – STJ/2018) Uma despesa que for regularmente inscrita em RP ao final do exercício financeiro terá de ser contabilizada como DEA no exercício que ocorre o pagamento. Resposta errada. Restos a pagar e DEA não se confundem. Restos a pagar são despesas empenhadas e não pagas até o fim do exercício. DEA são despesas reconhecidas após o encerramento do exercício. 90. (CESPE - Auditor - Conselheiro Substituto - TCE/PR - 2016) Restos a pagar não geram, necessariamente, obrigações financeiras para o Estado. Resposta certa. Em regra, os restos a pagar geram obrigações para o Estado, mas não necessariamente, pois depende do cumprimento da obrigação pelo credor. PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 91. (CESPE – Oficial Técnico – ABIN/2018) A unidade orçamentária deve exercer o papel de coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária em seu âmbito de atuação. Resposta certa. Atenção ao fato de que “em seu âmbito de atuação”, de fato, a unidade orçamentária deve coordenar o processo de elaboração da proposta orçamentária. 92. (CESPE – Técnico Administrativo – STJ/2018) As dotações orçamentárias descentralizadas podem ser empregadas em programas de trabalho distintos do original, desde que autorizados por decreto. Resposta errada. Na descentralização não poderá haver alteração das classificações institucional, funcional e programática. Prof João Leles 93. (CESPE – Técnico Administrativo – STT/2018) Define-se destaque como transferência de créditos entre unidades gestoras de um mesmo órgão ou entidade. Resposta errada. O destaque ocorre entre unidades gestoras de órgãos diferentes. O conceito trazido pela questão se refere à provisão. 94. (CESPE – Analista Administrativo – STJ/2018) A descentralização de créditos orçamentários deve ser acompanhada da modificação da unidade orçamentária na classificação institucional. Resposta errada. Na descentralização não poderá haver alteração das classificações institucional, funcional e programática. 95. (CESPE - Auditor Fiscal de Controle Externo - TCE/SC - 2016) Denomina-se repasse a transferência de parte do crédito orçamentário de uma unidade gestora para entidade integrante da estrutura administrativa de órgão público diverso. Resposta errada. O repasse, de fato, ocorre entre órgãos diversos. Entretanto, a transferência é de recursos financeiros, e não créditos orçamentários. 96. (CESPE - Administrador - MPOG - 2015) Se o Ministério do Planejamento decidir transferir ao Ministério da Fazenda a execução de determinada ação relacionada com servidores públicos federais lotados no exterior, deverá realizar um destaque antes de a despesa ser feita. Resposta certa. O destaque se propõe a transferências de créditos orçamentários entre unidades gestoras de órgãos diferentes. 97. (CESPE - Auditor - FUB - 2015) Nos casos em que a descentralização dos recursos financeiros aconteça entre órgãos de mesma estrutura administrativa, essa movimentação interna configura um repasse de recursos. Resposta errada. O repasse ocorre entre órgãos diversos. Para descentralização dos recursos financeiros entre órgãos de mesma estrutura administrativa, a movimentação ocorrerá por meio do sub-repasse. 98. (CESPE - Analista Judiciário - Administrativo - TRE/GO - 2015) O destaque consiste na descentralização externa de recursos financeiros realizada no nível de órgão setorial entre unidades gestoras de órgãos ou entidades de estruturas administrativas diferentes. Prof João Leles Resposta errada. O destaque consiste na descentralização externa de créditos orçamentários. 99. (CESPE - Analista Técnico-Administrativo - MPOG - 2015) O planejamento é a etapa que precede a execução orçamentária. A descentralização de créditos, que compõe o planejamento, distingue-se da transposição, do remanejamento e da transferência, pois estes dependem de prévia autorização legislativa e se efetuam com mudanças nas categorias de programação ou entre diferentes órgãos. Resposta errada. A descentralização de créditos compõe a execução, e não o planejamento. 100. (CESPE - Administrador - Correios - 2011) O principal agente de articulação entre as unidades gestoras e as secretarias do tesouro e orçamento federal são as unidades orçamentárias. Resposta errada. O principal agente de articulação entre as unidades gestoras e as secretarias do tesouro e orçamento federal são os órgãos setoriais.
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