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Lista de Exercícios EB II

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Economia Brasileira II:
Primeira lista de exercícios
No início dos anos 80 os economistas notavam parecer haver alguma desconexão entre o nível de atividade econômica e comportamento dos preços. Explique.
Em linhas gerais, de que se trata a “inflação inercial”? Aborde os conceitos de choque e tendência.
Apresente brevemente as principais linhas de combate à inflação propostas nos anos 80.
Aponte traços gerais do momento político que condicionaram/influenciaram a condução do Plano Cruzado.
Apresente as principais medidas do Plano Cruzado.
Apresente a evolução inicial do Plano até junho de 1986.
O que foram e quais as estratégias tentadas pelo Cruzadinho e Cruzado II, com vistas a deter a inflação?
Que erros podem ser apontados na “saga” do Plano Cruzado? 
Segunda lista de exercícios 
A experiência e fracasso do Plano Cruzado deixaram algumas sequelas. Aborde-as brevemente.
Por que a estabilização econômica tende a ser seguida por uma expansão da demanda? De que modo o Plano Cruzado deixou isso mais agudo?
Apresente traços do Plano Bresser que o permitem caracterizar como plano híbrido.
Aborde alguns resultados e eventos políticos/econômicos relevantes que ocorreram durante a Política Feijão com Arroz.
O Plano Verão foi mais um plano “híbrido”. Apresente traços disso. Em certo sentido, ele foi mais radical em seu componente heterodoxo que o Plano Bresser. Explique.
O Plano Verão deu certo? Qual cenário deixado para o governo seguinte?
Quais os traços gerais do modelo de substituição de importações (PSI)? Que tipo de legado ele deixou?
R: As três principais características do modelo de substituição de importações brasileira do pós-guerra foram: (i) a participação direta do Estado no suprimento da infraestrutura econômica; (ii) a elevada proteção à indústria nacional, mediante tarifas e diversos tipos de barreiras não tarifárias; (iii) fornecimento de crédito em condições favorecidas para a implantação de novos projetos. Ele defendia três papéis fundamentais para o Estado: o de indutor da industrialização; o de empreendedor; e o de gerenciador dos escassos recursos cambiais. 
O modelo de industrialização adotado deixou algumas sequelas para a economia, entre elas: uma estrutura de incentivos distorcida em certos setores; um certo viés antiexportador; e endividamento do Estado. Apesar de algumas ineficiências, há certo consenso de que, no início dos anos 1980 a estrutura industrial brasileira já estava completa e integrada, sendo isto o resultado, em grande medida, de um modelo de desenvolvimento liderado pelo Estado.
Qual a postura do governo Collor em relação ao PSI? Em que cenário externo essa postura é implantada? 
R: O Governo Collor propôs medidas de combate à inflação e em relação a abertura comercial a proposta era permitir a entrada de produtos importados, mas a indústria deixou de acompanhar os avanços tecnológicos e organizacionais em rápida propagação nas economias desenvolvidas. A retração do investimento prejudicaria particularmente a indústria de bens de capital. No cenário externo ocorre o “Consenso de Washington”, que era uma série de reformas listadas que os países em desenvolvimento deveriam adotar na área econômica para que entrassem em uma trajetória de crescimento autossustentado. Além do Plano Brady, que visava a reestruturação e renegociação da dívida externa. 
As decisões de política comercial externa foram uni ou multilaterais? Explique.
R: Iniciou-se de maneira unilateral com a adoção do câmbio livre e foco na liberalização de importações e reduções aduaneiras graduais, a intenção era se alinhar com o nível internacional devido ao cenário das propostas do Consenso de Washington.
Apresente o conjunto geral de medidas do Plano Collor II de combate à inflação. Qual a lógica naquilo que ele possuía de mais “heterodoxo”?
R: O Plano Collor adotou medidas com foco no combate à inflação, mantendo o congelamento de preços evitando a liquidez, algo malvisto pela população e que não foi respeitado. Realizou o confisco da liquidez, medida vista como heterodoxa de intervenção estatal, bloqueando os ativos das poupanças da população gerando uma enorme confusão, travando o sistema de pagamentos da economia, gerando uma série de falências, prejudicando o capital de giro nas empresas e levando a economia a se contrair -4,5 % (PIB). Promoveu o aumento da arrecadação fiscal através da criação de novos impostos. 
Prós e contras Collor (Preços, comércio exterior e tratamento das empresas públicas)
A ideia era manter congelamento mas evitar a liquidez, volatilidade das expectativas em relação aos títulos públicos (títulos overnight e relacionados protegiam da inflação e acabou ocorrendo uma fuga desses títulos pelo risco de calote) e confisco da liquidez que travou todo o sistema de pagamentos da economia, gerou uma série de falências, prejudicou capital de giro das empresas, gerou recessão na economia (PIB cresceu -4,5% no ano, eles iriam devolver após 18 meses, mas a confusão foi tanta com diversos processos que devolveram antes. 
Privatizações começam com a Usiminas, mas só se consolida depois devido a diversas dificuldades até para calcular valor da empresa devido a inflação alta e o foco do governo foi o combate à inflação, houve resistência de alguns setores às privatizações, tanto as privatizações quanto o comércio exterior estão ligadas a um cenário de propostas do Consenso de Washington e a necessidade de renegociar as dívidas com o Plano Brady. Em relação à abertura especificamente estava ligado a permissão da entrada de importados. Começamos a agir de forma unilateral e depois alinhou a o que era proposto em nível internacional, redução das tarifas aduaneiras foi gradual.

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