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Exercício Karl Marx

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Disciplina: Estudos Sócio-Antropológicos Professor: Leandro Bayerl 
2º Período – 2018 Exercícios – Karl Marx 
 
1. Diferencia os conceitos de forças produtivas e relações sociais de 
produção na ideia de Marx. 
Resposta: Na teoria de Marx, as forças produtivas referem-se aos instrumentos 
e habilidades que possibilitam o controle das condições naturais, ou seja, as 
forças produtivas nada mais é que a junção entre trabalho manual e intelectual 
para a produção da vida material. Seguindo o pensamento de Marx, o 
desenvolvimento das forças produtivas é cumulativo. E retrata a ação dos 
indivíduos sobre a natureza na atividade de produção da sua vida material. As 
forças produtivas expressam a tecnologia, os processos e modos de 
cooperação, a divisão técnica do trabalho, habilidades e conhecimentos 
utilizados na produção, a qualidade dos instrumentos e as matérias-primas de 
que dispõem o ser humano no processo de produção da vida material. 
Já o conceito de relações sociais de produção refere-se às formas 
estabelecidas de distribuição dos meios de produção e do produto, e o tipo de 
divisão social do trabalho numa dada sociedade e em um período histórico 
determinado. Ele expressa o modo como os homens se organizam entre si 
para produzir; que formas existem naquela sociedade de apropriação de 
ferramentas, tecnologia, terra, fontes de matéria-prima e de energia, e 
eventualmente de trabalhadores; quem toma decisões que afetam a produção; 
como a massa do que é produzido é distribuída, qual à proporção que se 
destina a cada grupo, e as diversas maneiras pelas quais os membros da 
sociedade produzem e repartem o produto. 
 
2. Defina de acordo com a concepção de organização social proposta 
pelo marxismo, os conceitos de: estrutura e superestrutura. Após defini-
los, explique a dinâmica existente entre esses dois conceitos. 
Resposta: Para Marx, a sociedade divide-se em estrutura (base ou 
infraestrutura) e superestrutura. A estrutura é a composição econômica, 
formada das relações de produção e forças produtivas. A superestrutura divide-
se em dois níveis: o primeiro, a estrutura jurídico-política, é formada pelas 
normas e leis que correspondem à sistematização das relações já existentes; o 
segundo, a estrutura ideológica (filosofia, arte, religião etc.). 
Assim, na compreensão marxista, a estrutura e a superestrutura estão 
indissoluvelmente ligadas entre si, em tempo simultâneo, em constante 
interação dialética (discussão). Dessa forma, existe uma relação direta de 
circularidade entre esses elementos organizadores da estrutura social, sendo a 
superestrutura um reflexo da base material da sociedade. 
Nessa perspectiva de sociedade de Marx, a classe social que domina a 
estrutura determina a superestrutura e impõe um consenso coletivo a toda 
sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
Marx - mostra que o caráter coercitivo, dominador, não se manifesta 
igualmente por parte da sociedade geral sobre todos os homens 
indistintamente, mas sim de uma parte da sociedade sobre outra, ou 
melhor, de uma classe social que assume o papel de dominante sobre as 
outras, que se tornam dominadas. 
3. Explique a crítica de Marx ao Estado democrático de direito. 
 
Resposta: A crítica ao Estado Democrático de Direito se fundamenta no fato 
de Marx vislumbrar o direito como um mecanismo de confirmar e fortalecer as 
relações sociais, pois segundo sua visão o direito pressupõe o Estado. Nessa 
perspectiva, Marx afirma que a sociedade capitalista estabelece normas 
universais e uniformes para sujeitos desiguais, perpetuando assim as 
diferenças sociais, baseadas na exploração do trabalho das classes populares 
pelos capitalistas. 
Na visão de Marx o direito não é autônomo e nem exprime ideias abstratas 
(igualdade, liberdade, justiça, etc). O direito corresponde às relações 
econômicas que predominam na sociedade. Nesta ideia o direito aparece como 
expressão dos interesses gerais da classe dominante. Mais especificamente, o 
direito moderno é considerado como um instrumento ideológico e político de 
dominação da classe capitalista sobre a sociedade. Portanto, a visão marxista 
do direito, defini o mesmo (direito) como meio de reprodução do sistema 
econômico capitalista, de exploração e dominação dos detentores dos meios 
de produção. 
 
Resposta: Segundo Karl Marx no Estado Democrático de Direito, que na sua 
época foi marcado pela dominação burguesa, imperam as ideais de liberdade, 
igualdade e propriedade, mas segundo ele, existe uma discrepância entre o 
ideal e a realidade. A burguesia, detentora dos meios de produção, usando 
como "bandeira" tais ideais, levam a população a acreditar que vivem 
amparados por estes preceitos, o que, segundo Karl Marx, trata-se de um 
engano, uma vez que a luta de classes sempre será desigual e a classe 
dominante irá suprimir os ideais de igualdade, liberdade e propriedade, dando 
em troca a ilusão de condição igualitária para todos, deixando-os acreditar que 
vivem em harmonia quando na verdade uns dão o suor de seu trabalho para 
garantir os lucros da classe burguesa e sua reeleição no governo da 
sociedade. 
 
4. “O poder estatal moderno é apenas uma comissão que administra os 
negócios comuns do conjunto da classe burguesa”. (MARX, Karl. Manifesto do 
partido comunista). 
 
O Estado moderno na visão de Karl Marx e Friedrich Engels representaria 
os interesses das coletividades humanas e zelaria pela igualdade de 
direitos entre os seres humanos? 
 
Resposta: Não, ao contrário, o Estado tem suas origens na necessidade de 
controlar os conflitos entre os diferentes interesses econômicos, surgindo como 
resposta à necessidade de mediar os conflitos de classe e legitimando os 
interesses da burguesia. 
 
 
5. A organização dicotômica do trabalho – pela qual se separam a concepção e 
execução do produto - reduz as possibilidades de o empregado encontrar 
satisfação na maior parte de sua vida, enquanto se obriga a tarefas 
desinteressantes. Daí a necessidade de se dar prazer pela posse de bens. (...) 
A estimulação artificial das necessidades provoca aberrações do consumo: 
montamos uma sala completa de som, sem gostar de música; compramos 
biblioteca “a metro”, Deixando volumes virgens nas estantes; adquirimos 
quadros famosos sem saber apreciá-los (ou para mantê-los no cofre). A 
obsolescência dos objetos, rapidamente postos fora de moda, exerce uma 
tirania invisível, obrigando as pessoas a comprarem a televisão nova, o 
refrigerador ou o carro porque o design se tornou antiquado ou porque uma 
nova engenhoca se mostrou “indispensável” (...) Mas há um contraponto 
importante no processo de estimulação artificial do consumo supérfluo – notado 
não só na propaganda, mas na televisão, nas novelas -, que é a existência de 
grande parcela da população com baixo poder aquisitivo, reduzida apenas ao 
desejo de consumir. O que faz com que essa massa desprotegida não se 
revolte? Há mecanismos na própria sociedade que impedem a tomada de 
consciência: as pessoas têm a ilusão de que vivem numa sociedade de 
mobilidade social e que, pelo empenho no trabalho, pelo estudo, há 
possibilidade de mudança, ou seja, “um dia eu chego lá”... E se não chegam, “é 
porque não tiveram sorte ou competência”. 
(ARANHA, M. Filosofando. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1997, p.16). 
 
O texto acima faz referência a dois importantes conceitos de Marx, alienação e 
ideologia. 
 
a) Identifique e transcreva do texto um exemplo de alienação e outro de 
ideologia: 
 
Resposta: Alienação: A organização dicotômica do trabalho – pela qual se 
separam a concepção (reflexão intelectual) e execução do produto (trabalho 
manual) - reduz as possibilidades de o empregado encontrar satisfação na 
maior parte de sua vida (estranhamento entre o trabalhador e sua 
produção), enquanto se obriga a tarefas desinteressantes(trabalho é então 
percebido pelo trabalhador como algo fora de si, que pertence aos outros). 
Ideologia: Mas há um contraponto importante no processo de estimulação 
artificial do consumo supérfluo – notado não só na propaganda, mas na 
televisão, nas novelas -, que é a existência de grande parcela da população 
com baixo poder aquisitivo, reduzida apenas ao desejo de consumir. / Há 
mecanismos na própria sociedade que impedem a tomada de consciência: as 
pessoas têm a ilusão de que vivem numa sociedade de mobilidade social e 
que, pelo empenho no trabalho, pelo estudo, há possibilidade de mudança, ou 
seja, “um dia eu chego lá”... E se não chegam, “é porque não tiveram sorte ou 
competência”. (Ideologia nos surge como algo verdadeiro, justo e 
legítimo). 
 
 
b) Que relação Marx estabelece entre a consciência e a organização do 
trabalho? 
 
Resposta: Para Marx não é a consciência dos homens que determina o seu 
ser social, ao contrário, é o ser social que determina a consciência, ou seja, o 
lugar que o homem ocupa na esfera da produção interfere na forma como ele 
compreende o mundo. Assim a ideologia aparece como algo justo e verdadeiro, 
formando a consciência do indivíduo que acredita ser normal, uns serem donos 
dos meios de produção e outros terem que trabalhar para os primeiros. 
Nesse sentido a ideologia, surge com discursos como: os direitos são iguais 
para todos; vivemos numa sociedade democrática; e cada um faz suas próprias 
oportunidades. Fazendo o indivíduo crer que: “vive numa sociedade de 
mobilidade social e que, pelo empenho no trabalho, pelo estudo, há 
possibilidade de mudança, ou seja, “um dia eu chego lá”... E se não chegam, “é 
porque não tiveram sorte ou competência”. 
E todo essa visão de mundo é capitada pelo lugar que o indivíduo ocupa na 
produção da vida material, pois segundo Marx, é essa posição provocada pela 
forma de organização do trabalho que irá formar a consciência do indivíduo. 
 
Observação: não é um gabarito e sim uma expectativa de resposta.

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