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*
PROFª. MSc. Eunice Nóbrega Portela
*
RETROSPECTIVA HISTÓRICA DA DIDÁTICA
Enfoque Tradicional: Pedagogia da Imposição – 1549 a 1930
Enfoque Renovado: Pedagogia Científica – 1930 a 1945
Enfoque Renovado Tecnicista: Pedagogia Técnica – 1945 a 1960
Enfoque de Descaminhos: Pedagogia Tecnicista – 1960 a 1970
Enfoque Sociopolítico da Educação: Pedagogia Histórico-Crítica – 1974 aos dias atuais
*
Didática – visão histórica, conceituação e objeto de estudo
Surge com os gregos.
Segundo Comênio:
-Ensinar tudo que se sabe;
-Mostrar a aplicação prática de tudo o que é ensinado;
-Explicar de maneira direta e clara;
-Explicar primeiro os princípios gerais;
*
-Ensinar as coisas em seu devido tempo;
-Persistir num assunto até sua compreensão perfeita;
-Dar importância às diferenças que haviam entre as coisas;
Comênio escreveu a Didática Magna – com caráter ético-religiosos.
Nela, 0 método único para ensinar tudo a todos.
Jesuítas: Ratio Studiorum - fora pensado para ordenar as instituições de ensino de uma única maneira, com vistas a permitir uma formação uniforme a todos que freqüentassem os colégios da Ordem Jesuítica em qualquer lugar do mundo. Exceções foram necessárias para que as diversidades mais “berrantes” de algumas localidades fossem minimamente respeitadas. 
Assim, o Ratio Studiorium seria a base comum que serviria de suporte do trabalho dos jesuítas. Em todos os lugares essas normas deveriam ser seguidas da maneira como estavam  prescritas no documento,  em coerência com os preceitos e os interesses da Igreja Católica.
*
Didática Comeniana:
Partir do simples para o complexo;
Desenvolver cada etapa a seu tempo;
Parte da crença que todo mundo amadurece, mas precisa de condições.
Rosseau : Tudo que sai das mão do Pai é bom, mas a sociedade corrompe. Defendeu o desenvolvimento livre e espontâneo da criança.
*
Herbart: deseja ser o criador da Pedagogia Científica de defende:
Clareza na exposição;
-Sistema;
-Método.
Depois se chamam: preparação de aula; apresentação, sistematização e aplicação. Ou seja, a ênfase recai sobre o professor no processo de ensino-aprendizagem. 
*
Infelizmente, a Didática era um instrumento de exclusão social, pois se os alunos não aprendessem a responsabilidade não seria das escolas nem do professor. E ensino era entendido como modelagem ou armazenamento de conteúdos. 
Pois: O trabalho do professor é combinar a atividade didática entre ensino e aprendizagem, mediante o processo de ensino;
O Professor precisa: tornar acessível o conhecimeto; conhecer seus alunos; ter clareza quanto aos objetivos e conteúdos;
Segundo Vera Candau: precisamos sair de uma Didática Instrumental para uma Didática Fundamental.
*
*
DEWEY: contrário a Durkheim – escola direito de todos e dever do Estado
John Dewey (Burlington, Vermont, 20 de Outubro de 1859 — 1 de Junho de 1952) foi um filósofo e pedagogo norte-americano. Fundador da Escola Nova.
Para Dewey era de vital importância que a educação não se restringisse ao ensino do conhecimento como algo acabado – mas que o saber e habilidade que o estudante adquire possam ser integrados à sua vida como cidadão, pessoa, ser humano.
A ideia básica do pensamento de John Dewey sobre a educação está centrada no desenvolvimento da capacidade de raciocínio e espírito crítico do aluno.
Enquanto suas idéias gozam de grande popularidade durante sua vida e postumamente, sua adequação à prática sempre foi problemática. Seus escritos são de difícil leitura – ele tem uma tendência para utilizar termos novos e frases complexas fazem com que seja extremamente mal entendido, forçando reinterpretações dos textos. Apesar de permanecer como um dos intelectuais norte-americanos mais conhecidos, o público não conhece o seu pensamento
*
DEWEY: contrário a Durkheim – escola direito de todos e dever do Estado
John Dewey (Burlington, Vermont, 20 de Outubro de 1859 — 1 de Junho de 1952) foi um filósofo e pedagogo norte-americano. Fundador da Escola Nova.
Para Dewey era de vital importância que a educação não se restringisse ao ensino do conhecimento como algo acabado – mas que o saber e habilidade do estudante adquirem possam ser integrados à sua vida como cidadão, pessoa, ser humano.
A ideia básica do pensamento de John Dewey sobre a educação está centrada no desenvolvimento da capacidade de raciocínio e espírito crítico do aluno.
Enquanto suas idéias gozam de grande popularidade durante sua vida e postumamente, sua adequação à prática sempre foi problemática. Seus escritos são de difícil leitura – ele tem uma tendência para utilizar termos novos e frases complexas fazem com que seja extremamente mal entendido, forçando reinterpretações dos textos. Apesar de permanecer como um dos intelectuais norte-americanos mais conhecidos, o público não conhece o seu pensamento
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EMILIA FERREIRO
Emilia Ferreiro, psicóloga e pesquisadora argentina, radicada no México, fez seu doutorado na Universidade de Genebra, sob a orientação de Jean Piaget e, ao contrário de outros grandes pensadores influentes como Piaget, Vygotsky, Montessori, Freire, todos já falecidos, Ferreiro está viva e continua seu trabalho. 
Ela não criou um método de alfabetização, como ouvimos muitas escolas erroneamente apregoarem, e sim, procurou observar como se realiza a construção da linguagem escrita na criança.
Emilia Ferreiro percebe que de fato, as crianças reinventam a escrita, no sentido de que inicialmente precisam compreender seu processo de construção e suas normas de  produção. 
As teorias desenvolvidas por Emilia Ferreiro e seus colaboradores deixam de fundamentar-se em concepções mecanicistas sobre o processo de alfabetização, para seguir os pressupostos construtivistas/interacionistas de Vygotsky e Piaget. Do ato de ensinar, o processo desloca-se para o ato de aprender por meio da construção de um conhecimento que é realizado pelo educando, que passa a ser visto como um agente e não como um ser passivo que recebe e absorve o que lhe é "ensinado".
*
EMILIA FERREIRO
1) Nível Pré-Silábico- não se busca correspondência com o som; as hipóteses das crianças são estabelecidas em torno do tipo e da quantidade de grafismo. A criança tenta nesse nível: diferenciar entre desenho e escrita, utilizar no mínimo duas ou três letras para poder escrever palavras, reproduzir os traços da escrita, de acordo com seu contato com as formas gráficas (imprensa ou cursiva), escolhendo a que lhe é mais familiar para usar nas suas hipóteses de escrita, percebe que é preciso variar os caracteres para obter palavras diferentes 
2) Nível Silábico- pode ser dividido entre Silábico e Silábico Alfabético: Silábico- a criança compreende que as diferenças na representação escrita está relacionada com o "som" das palavras, o que a leva a sentir a necessidade de usar uma forma de grafia para cada som. Utiliza os símbolos gráficos de forma aleatória, usando apenas consoantes, ora apenas vogais, ora letras inventadas e repetindo-as de acordo com o número de sílabas das palavras. Silábico- Alfabético- convivem as formas de fazer corresponder os sons às formas silábica e alfabética e a criança pode escolher as letras ou de forma ortográfica ou fonética.
3)Nível Alfabético- a criança agora entende que: a sílaba não pode ser considerada uma unidade e que pode ser separada em unidades menores, a identificação do som não é garantia da identificação da letra, o que pode gerar as famosas dificuldades ortográficas e a escrita supõe a necessidade da análise fonética das palavras 
*
FREINET
Para Freinet, que iniciou a carreira docente em 1920, a educação deveria proporcionar ao aluno a realização de um trabalho real. Sua carreira docente teve início construindo os princípios educativos de sua prática, onde enfocava que "ninguém avança sozinho em sua aprendizagem, a cooperação é fundamental". 
Ele propunha uma mudança da escola, pois a considerava teórica e, portanto, desligadada vida. Suas propostas de ensino estão baseadas em investigações a respeito da maneira de pensar da criança e de como ela construía seu conhecimento. “A sala de aula deve ser prazerosa e bastante ativa, pois o trabalho é o grande motor da pedagogia”. Através da observação constante ele percebia onde e quando tinha que intervir e como despertar a vontade de aprender do aluno. 
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FREINET
Entendia a educação como um movimento de caráter comunitário e cooperativo
Sua preocupação era que o aluno falasse e escrevesse melhor e de forma mais fluente.
Máquina de imprimir, imprimir material do aluno.
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FREINET
A aprendizagem através da experiência se faz mais eficaz, porque se o aluno faz um experimento e dá certo, ele o repetirá e avançará no procedimento; porém não avançará sozinho, precisará da cooperação do professor. Fica claro que a interação professor-aluno é essencial para a aprendizagem. Para que ocorra esta sintonia é necessário que o professor considere o conhecimento do aluno já existente, e que é o fruto do meio em que vive. Estar em contato com a realidade em que vive o aluno é fundamental. 
As práticas atuais de jornal escolar, troca de correspondência, trabalhos em grupo, aula-passeio são idéias defendidas e aplicadas por Freinet, desde os anos 20 do século passado. Fica claro, porém, que o professor que pratica as atividades acima citadas, mas que ignorou os aspectos políticos e sociais ao redor da escola, não está de acordo com a proposta do educador. 
*
FREINET
A pedagogia Freinet é centralizada na criança e baseada sobre alguns princípios: 
senso de responsabilidade 
senso cooperativo 
sociabilidade 
julgamento pessoal 
autonomia 
expressão 
criatividade 
comunicação 
reflexão individual e coletiva 
afetividade 
*
MONTESSORI
Maria de Montessori nasceu na Itália, em 1870, e morreu em 1952. Formou-se em medicina, iniciando um trabalho com crianças anormais na clínica da universidade, vindo posteriormente dedicar-se a experimentar em crianças sem problemas, os procedimentos usados na educação dos não normais.
A pedagogia Montessoriana relaciona-se a normatização (consiste em harmonizar a interação de forças corporais e espirituais, corpo, inteligência e vontade). As escolas do Sistema Montessoriano são difundidas pelo mundo todo. O método Montessoriano tem por objetivo a educação da vontade e da atenção, com o qual a criança tem liberdade de escolher o material a ser utilizado, alem de proporcionar a cooperação.
Os princípios fundamentais do sistema Montessori são: a atividade, a individualidade e a liberdade. enfatizando os aspectos biológicos, pois, considerando que a vida é desenvolvimento, achava que era função de educação favorecer esse desenvolvimento. Os estímulos externos formariam o espírito da criança, precisando portanto ser determinados. Assim, na sala de aula, a criança era livre para agir sobre os objetos sujeitos a sua ação, mas estes já estavam préestabelecidos, como os conjuntos de jogos e outros materiais que desenvolveu.
*
MONTESSORI
A pedagogia de Montessori insere-se no movimento das Escolas Novas, uma oposição aos métodos tradicionais que não respeitavam as necessidades e os mecanismos evolutivos do desenvolvimento da criança. Ocupa um papel de destaque neste movimento pelas novas técnicas que apresentou para os jardins de infância e para as primeiras séries do ensino formal. 
O material criado por Montessori tem papel preponderante no seu trabalho educativo pois pressupõem a compreensão das coisas a partir delas mesmas, tendo como função a estimular e desenvolver na criança, um impulso interior que se manifesta no trabalho espontâneo do intelecto. 
 Ela produz uma série de cinco (5) grupos de materiais didáticos:
- Exercícios Para a Vida Cotidiana
- Material Sensorial
- Material de Linguagem
- Material de Matemática
- Material de Ciências
Estes materiais se constituem de peças sólidas de diversos tamanhos e formas: caixas para abrir, fechar e encaixar; botões para abotoar; série de cores, de tamanhos, de formas e espessuras diferentes. Coleções de superfícies de diferentes texturas e campainhas com diferentes sons.   
*
PAULO FREIRE: criador da Escola Libertadora
Paulo Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de maio de 1997)
Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.
O Método Paulo Freire consiste numa proposta para a alfabetização de adultos desenvolvida pelo educador Paulo Freire, que criticava o sistema tradicional que utilizava a cartilha como ferramenta central da didática para o ensino da leitura e da escrita. As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa que comumente se denomina como linguagem de cartilha, por exemplo Eva viu a uva, o boi baba, a ave voa, dentre outros.
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PAULO FREIRE: educação não é neutra
Etapas do método:
Etapa de Investigação: busca conjunta entre professor e aluno das palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive. 
Etapa de Tematização: momento da tomada de consciência do mundo, através da análise dos significados sociais dos temas e palavras. 
Etapa de Problematização: etapa em que o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica e a crítica do mundo, para uma postura conscientizada
*
PAULO FREIRE: 
O método:
As palavras geradoras: o processo proposto por Paulo Freire inicia-se pelo levantamento do universo vocabular dos alunos. Através de conversas informais, o educador observa os vocábulos mais usados pelos alunos e a comunidade, e assim seleciona as palavras que servirão de base para as lições. A quantidade de palavras geradoras pode variar entre 18 a 23 palavras, aproximadamente. Depois de composto o universo das palavras geradoras, apresenta-se elas em cartazes com imagens. Então, nos círculos de cultura inicia-se uma discussão para significá-las na realidade daquela turma. 
A silabação: uma vez identificadas, cada palavra geradora passa a ser estudada através da divisão silábica, semelhantemente ao método tradicional. Cada sílaba se desdobra em sua respectiva família silábica, com a mudança da vogal. (i.e., BA-BE-BI-BO-BU) 
As palavras novas: o passo seguinte é a formação de palavras novas. Usando as famílias silábicas agora conhecidas, o grupo forma palavras novas. 
A conscientização: um ponto fundamental do método é a discussão sobre os diversos temas surgidos a partir das palavras geradoras. Para Paulo Freire, alfabetizar não pode se restringir aos processos de codificação e decodificação. Dessa forma, o objetivo da alfabetização de adultos é promover a conscientização acerca dos problemas cotidianos, a compreensão do mundo e o conhecimento da realidade social. 
*
PESTALOZZI: doutrina naturalista como Rosseau
João Pestalozzi nasceu em Zurique, Suíça, em 1746 e faleceu em 1827. Exerceu grande influência no pensamento educacional e foi um grande adepto da educação pública.
Democratizou a educação, proclamando ser o direito absoluto de toda criança ter plenamente desenvolvidos os poderes dados por Deus. Seu entusiasmo obrigou governantes a se interessarem pela educação das crianças das classes desfavorecidas. Podemos dizer que ele psicologizou a educação.
A relação Mestre e discípulo deve se dar pelo respeito mútuo.
Modelo de escola como um lar…professor=pai=exemplo
Ensino elementar fundamental para o desenvolvimento do ser humano.
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Princípios Educacionais e Contribuições de Pestalozzi
o desenvolvimento é orgânico, sendo que a criança se desenvolve por leis definidas; a gradação deve ser respeitada; o método deve seguir a natureza; a impressão sensorialé fundamental e os sentidos devem estar em contato direto com os objetos; a mente é ativa; o professor é comparado ao jardineiro que providência as condições propícias para o crescimento das plantas.
a crença na educação como o meio supremo para o aperfeiçoamento individual e social.
fundamentação da educação no desenvolvimento orgânico mais que na transmissão de idéias memorizáveis.
a educação começa com a percepção de objetos concretos e conseqüentemente com a realização de ações concretas e a experimentação de respostas emocionais reais. 
o desenvolvimento é uma aquisição gradativa, cada forma de instrução deve progredir de modo lento e gradativo.
conceituação de disciplina baseada na boa vontade recíproca e na cooperação entre aluno e professor.
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PIAGET
Jean Piaget (Neuchâtel, 9 de Agosto de 1896 — Genebra, 16 de Setembro de 1980) estudou inicialmente biologia, na Suíça, e posteriormente se dedicou à área de Psicologia, Epistemologia e Educação. 
A Epistemologia Genética defende que o indivíduo passa por várias etapas de desenvolvimento ao longo da sua vida. Para Piaget, a aprendizagem é um processo que começa no nascimento e acaba na morte. A aprendizagem dá-se através do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, resultando em adaptação. Segundo este esquema, o ser humano assimila os dados que obtém do exterior, mas uma vez que já tem uma estrutura mental que não está "vazia", precisa adaptar esses dados à estrutura mental já existente. Uma vez que os dados são adaptados a si, dá-se a acomodação. 
Para Piaget, o homem é o ser mais adaptável do mundo. Este esquema revela que nenhum conhecimento nos chega do exterior sem que sofra alguma alteração pela nossa parte. Ou seja, tudo o que aprendemos é influenciado por aquilo que já tinhamos aprendido. Tornou-se um dos homens mais dedicados do mundo com o interacionismo de Lev Vygotsky..
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PIAGET
Através de várias observações com seus filhos, e principalmente com outras crianças, Piaget deu origem à Teoria Cognitiva, onde demonstra que existem quatro estágios de desenvolvimento cognitivo no ser humano: Sensório-motor, Pré-operacional, Operatório concreto e Operatório formal.
A assimilação é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra (classifica) um novo dado perceptual, motor ou conceitual às estruturas cognitivas prévias (WADSWORTH, 1996). Ou seja, quando a criança tem novas experiências (vendo coisas novas, ou ouvindo coisas novas) ela tenta adaptar esses novos estímulos às estruturas cognitivas que já possui. 
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PIAGET
Isto significa que a criança tenta continuamente adaptar os novos estímulos aos esquemas que ela possui até aquele momento. Por exemplo, imaginemos que uma criança está aprendendo a reconhecer animais, e até o momento, o único animal que ela conhece e tem organizado esquematicamente é o cachorro. Assim, podemos dizer que a criança possui, em sua estrutura cognitiva, um esquema de cachorro.
Pois bem, quando apresentada, à esta criança, um outro animal que possua alguma semelhança, como um cavalo, ela a terá também como cachorro (marrom, quadrúpede, um rabo, pescoço, nariz molhado, etc.). 
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PIAGET
Chamaremos acomodação (por analogia com os "acomodatos" biológicos) toda modificação dos esquemas de assimilação sob a influência de situações exteriores (meio) ao quais se aplicam.
Assim, a acomodação acontece quando a criança não consegue assimilar um novo estímulo, ou seja, não existe uma estrutura cognitiva que assimile a nova informação em função das particularidades desse novo estímulo (Nitzke et alli, 1997a). Diante deste impasse, restam apenas duas saídas: criar um novo esquema ou modificar um esquema existente. Ambas as ações resultam em uma mudança na estrutura cognitiva. Ocorrida a acomodação, a criança pode tentar assimilar o estímulo novamente, e uma vez modificada a estrutura cognitiva, o estímulo é prontamente assimilado. 
*
ROGERS – psicologia humanista
Carl Ransom Rogers (8 de janeiro de 1902, Oak Park, Illinois, EUA - 4 de fevereiro de 1987, La Jolla, Califórnia, EUA), psicopedagogo estadunidense. Importante pensador americano, foi um precursor da psicologia humanista e criador da linha teórica conhecida como Abordagem Centrada na Pessoa (ACP).
Educação centrada no aluno.
Mentor da Escola Nova Renovada Não Diretiva
Rogers se opôs à teoria de B.F.Skinner de que o homem nasceria como uma máquina e que a sua personalidade seria moldada pelo meio através de repetições e condicionamentos. Para Rogers todos os homens são bons na sua essência, e que todo o aprendizado deveria ser organizado no sentido do indivíduo para o meio, e não o contrário. Neste sentido, ele nos diz:
A Questão é saber se podemos permitir que o conhecimento se organize no e pelo indivíduo, em vez de ser organizado para o indivíduo. 
*
SKINNER – personalidade moldada pelo meio
Burrhus Frederic Skinner nasceu em 20 de março de 1904 na cidade de Susquehanna na Pensilvânia. Graduou-se em Psicologia em 1930 e terminou seu doutorado em 1931.
A teoria de B.F. Skinner baseia-se na idéia de que o aprendizado ocorre em função de mudança no comportamento manifesto. As mudanças no comportamento são o resultado de uma resposta individual a eventos (estímulos) que ocorrem no meio. Uma resposta produz uma conseqüência, bater em uma bola, solucionar um problema matemático. Quando um padrão particular Estímulo-Resposta (S-R) é reforçado (recompensado), o indivíduo é condicionado a reagir. A característica que distingue o condicionamento operante em relação às formas anteriores de behaviorismo (por exemplo: Thorndike, Hull) é que o organismo pode emitir respostas, em vez de só obter respostas devido a um estímulo externo.
O reforço é o elemento-chave na teoria S-R de Skinner. Um reforço é  qualquer coisa que fortaleça a resposta desejada. Pode ser um elogio verbal, uma boa nota, ou um sentimento de realização ou satisfação crescente. A teoria também cobre reforços negativos -uma ação que evita uma conseqüência indesejada.
*
VYGOSTSKY
Lev S. Vygotsky (1896-1934) , professor e pesquisador foi contemporâneo de Piaget, e nasceu em Orsha, pequena cidade da Bielorrusia em 17 de novembro de 1896,  viveu na Rússia, quando morreu, de tuberculose, tinha 37 anos.
Construiu sua teoria tendo por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada histórico-social. Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio.
As concepções de Vygotsky sobre o processo de formação de conceitos remetem às relações entre pensamento e linguagem, à questão cultural no processo de construção de significados pelos indivíduos, ao processo de internalização e ao papel da escola na transmissão de conhecimento, que é de natureza diferente daqueles aprendidos na vida cotidiana. Propõe uma visão de formação das funções psíquicas superiores como internalização mediada pela cultura. 
*
VYGOSTSKY
Para ele, o sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque forma conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais.  É na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão  internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da própria consciência. Trata-se de um processo que caminha do plano social - relações interpessoais - para o plano individual interno - relações intra-pessoais.
Assim, a escola é o lugar onde a intervenção pedagógica intencional desencadeia o processo ensino-aprendizagem. O professor tem o papel explícito de interferir no processo, diferentemente de situações informais nas quais a criança aprende por imersão em um ambiente cultural. Portanto, é papel do docente provocar avanços nos alunos e isso se torna possível com sua interferência na zona proximal.
Vemos ainda como fator relevante para a educação, decorrentedas interpretações das teorias de Vygotsky, a importância da atuação dos outros membros do grupo social na mediação entre a cultura e o indivíduo, pois uma intervenção deliberada desses membros da cultura, nessa perspectiva, é essencial no processo de desenvolvimento. Isso  nos mostra os processos pedagógicos como intencionais, deliberados, sendo o objeto dessa intervenção : a construção de conceitos. O aluno não é tão somente o sujeito da aprendizagem, mas, aquele que aprende junto ao outro o que o seu grupo social produz, tal como: valores, linguagem e o próprio conhecimento.
*
WALLON
Nasceu na França em 1879 E faleceu em 1962. 
A gênese da inteligência para Wallon é genética e organicamente social, ou seja, "o ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para se atualizar" (Dantas, 1992). Nesse sentido, a teoria do desenvolvimento cognitivo de Wallon é centrada na psicogênese da pessoa completa. 
Assim, o desenvolvimento da criança aparece descontínuo, marcado por contradições e conflitos, resultado da maturação e das condições ambientais, provocando alterações qualitativas no seu comportamento em geral. Wallon realiza um estudo que é centrado na criança contextualizada, onde o ritmo no qual se sucedem as etapas do desenvolvimento é descontínuo, marcado por rupturas, retrocessos e reviravoltas, provocando em cada etapa profundas mudanças nas anteriores. 
Nesse sentido, a passagem dos estágios de desenvolvimento não se dá linearmente, por ampliação, mas por reformulação, instalando-se no momento da passagem de uma etapa a outra, crises que afetam a conduta da criança.
Conflitos se instalam nesse processo e são de origem exógena quando resultantes dos desencontros entre as ações da criança e o ambiente exterior, estruturado pelos adultos e pela cultura e endógenos e quando gerados pelos efeitos da maturação nervosa (Galvão, 1995). Esses conflitos são propulsores do desenvolvimento.
*
Wallon enfatiza o papel da emoção no desenvolvimento humano
Baseou suas idéias em quatro elementos básicos que estão todo o tempo em comunicação: afetividade, emoções, movimento e formação do eu:
AFETIVIDADE- possui papel fundamental no desenvolvimento da pessoa pois é por meio delas que o ser humano demonstra seus desejos e vontades. As transformações fisiológicas de uma criança (nas palavras de Wallon, em seu sistema neurovegetativo) revelam importantes traços de caráter e personalidade. 
EMOÇÕES- é altamente orgânica, ajuda o ser humano a se conhecer. A raiva, o medo, a tristeza, a alegria e os sentimentos mais profundos possuem uma função de grande relevância no relacionamento da criança com o meio.
MOVIMENTO- as emoções da organização dos espaços para se movimentarem. Deste modo, a motricidade tem um caráter pedagógico tanto pela qualidade do gesto e do movimento, quanto pela maneira com que ele é representado. A escola ao insistir em manter a criança imobilizada acaba por limitar o fluir de fatores necessários e importantes para o desenvolvimento completo da pessoa.
FORMAÇÃO DO EU- a construção do eu depende essencialmente do outro. Com maior ênfase a partir de quando a criança começa a vivenciar a "crise de oposição", na qual a negação do outro funciona como uma espécie de instrumento de descoberta de si própria. Isso acontece mais ou menos em torno dos 3 anos, quando é a hora de saber que "eu" sou. Imitação, manipulação e sedução em relação ao outro são características comuns nesta fase.
*
EXERCITANDO
1,2,3,4,5,8,9,10,11,12,14
*
“Basta ser sincero e desejar profundo. Você será capaz de sacudir o mundo!” (R. Seixas) 
*
As tendências pedagógicas e os movimentos sócio-políticos e filosóficos 
Naturalmente, o professor deve se apropriar das teorias e tendências pedagógicas ao buscar soluções para os problemas que enfrenta na sua ação docente, e ao refletir sua prática pedagógica , sem, no entanto, estar constantemente vinculado apenas a uma delas. 
As intenções ou tendências pedagógicas são referências norteadoras da prática educativa, sendo que, os movimentos sócio-políticos e filosóficos exercem intensa influência sobre as tendências pedagógicas. 
*
As tendências pedagógicas e os movimentos sócio-políticos e filosóficos 
Podemos classificá-las em: 
Pedagogia Liberal Tradicional, 
Tendência Liberal Renovadora Progressiva,
Tendência Liberal Renovadora não-diretiva (Escola Nova), 
Tendência Liberal Tecnicista,
 Tendência Progressista Libertadora,
Tendência Progressista Libertária,
Tendência Progressista "crítico social dos conteúdos ou "histórico-crítica". ..\Meus documentos\tendências - quadros.ppt
*
PEDAGOGIA LIBERAL
Alinhada a doutrina liberal do sistema capitalista.
Manifestação da sociedade de classes.
Educação brasileira marcada pelas tendências liberais: conservadora ou renovada.
Escola tem a função de preparar o indivíduo para o desempenho de seus papéis sociais, de acordo com as aptidões pessoais.
*
PEDAGOGIA LIBERAL: Tradicional
Na Pedagogia Liberal Tradicional: Jesuítas 1549. há a preparação intelectual e moral dos alunos para assumir seu papel na sociedade. A aprendizagem é receptiva e mecânica, sem se considerar as características próprias de cada idade. Há a exposição e demonstração verbal da matéria. 
Educação Centrada no Professor, exercícios repetitivos, adaptar os indivíduos a sociedade, não há espaço para senso crítico; educação bancária, orientação clássico-humanista.
*
PEDAGOGIA LIBERAL: Escola Nova – Didática Ativa
Nasce influenciada pelo Semana de Arte Moderna de 1922 e Revolução de Getúlio Vargas 1930.
Lider: Anísio Teixeira – Manifesto dos Pioneiros
Objetivo: Valorizar o interesse, a liberdade, a criatividade do aluno, ser ativo e social, aprendizagem por descoberta e interesse do aluno
Importante: professor - facilitar e o orientar
Aluno sujeito da aprendizagem.
*
Escola Nova
Renovada Progressivista: a escola deve ajustar as necessidades individuais ao meio social. A aprendizagem é baseada na motivação e na estimulação de problemas. A metodologia utilizada é feita através de experiências, pesquisas e método de solução de problemas. 
Pragmatista, baseada em Dewey, papel de adequar as necessidades individuais ao meio social.
Idéias de Piaget – interação entre as estruturas cognitivas do indivíduo e as estruturas do ambiente
*
Renovada não-diretiva (Escola Nova):
Renovadora não-diretiva (Escola Nova): enfatiza a formação de atitudes, o método é baseado na facilitação da aprendizagem, onde aprender é modificar as percepções da realidade. O Professor é auxiliar das experiências. Procura desenvolver a inteligência, priorizando o sujeito, considerando-o inserido numa situação social. 
Objetivo: auto-realização do sujeito e relações interpessoais, realização pessoal. Papel da Escola de formação de atitudes. Rogers 
*
PEDAGOGIA LIBERAL: Tecnicista
Tendência Liberal Tecnicista aparece na segunda metade século XX, no Brasil em 1960-1970. A Escola procura preparar indivíduos competentes para o mercado de trabalho. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - 5692/71. 
Há a introdução da Disciplina Educação Artística. A aprendizagem é baseada no desempenho (aprender-fazendo). O Professor é o técnico e responsável pela eficiência do ensino. 
Papel da Escola é a modelagem do comportamento humano por meio de técnicas específicas.
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TENDÊNCIA PROGRESSISTA: 
Educadores de orientação Marxista.
Anos 1980 destacam-se.
Inspiradas nas teorias Crítico-Reprodutivistas ( neomarxistas ).
Finalidades sociopolíticas da educação.
Luta dos professores ao lado de outras práticas sociais.
3 tendências: libertadora (Pedagogia Paulo Freire), Libertária (defensores da auto-gestão pedagógica), Crítico-Social dos Conteúdos (confronto dos conteúdos com realidades sociais)
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Tendência Progressista Libertadora dá ênfase ao não-formal. É crítica,questiona as relações do homem no seu meio, visa levar professores e alunos a atingirem um nível de consciência da realidade em que vivem na busca da transformação social. O homem cria a cultura na medida em que, integrando-se nas condições de seu contexto de vida, pensa sobre ela e dá respostas aos desafios que encontra. Tema Geradores – Educação Popular – Educação de Adultos – Paulo Freire.
A Tendência Progressista Libertária visa à transformação da personalidade num sentido libertário e autogestionário. A metodologia enfoca a livre-expressão, o contexto cultural, a educação estética. Os conteúdos são disponibilizados para o aluno, mas não são exigidos. Resultam das necessidades do grupo. O professor é conselheiro, monitor à disposição do aluno. Miguel Arroyo
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Tendência Progressista “crítico social dos conteúdos ou “histórico-crítica” - Libâneo e Saviani
A Tendência Progressista “crítico social dos conteúdos ou “histórico-crítica”, aparece nos fins dos anos 70. A escola é parte integrante do todo social e orienta o aluno para a participação ativa na sociedade. O método parte de uma relação direta da experiência do aluno confrontada com o saber sistematizado. O Professor é autoridade competente que direciona o processo ensino-aprendizagem. É o mediador entre conteúdos e alunos. O ensino/aprendizagem tem como centro o aluno. Os conhecimentos são construídos pela experiência pessoal e subjetiva. 
Os conteúdos de ensino devem ser culturais e universais, constantemente reavaliados de acordo com as realidades sociais; devem ser significativos na razão humana e social. Cabe ao professor a tarefa de escolher conteúdos de ensino adequados às peculiaridades locais e as diferenças individuais. 
Educação Popular – ensino de qualidade para o povo, valorização da escola pública e do professor, escola como apropriação do saber
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EDUCAÇÃO GREGA: Sócrates, Platão e Aristóteles
Sócrates: educação – ideal da conquista da virtude – Conhece-te a ti mesmo. 
Método Socrático
Ironia: ignorância – Sei que nada sei
Maiêutica: espontâneamente trazer à luz as novas idéias
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EDUCAÇÃO GREGA: Platão
Discípulo de Sócrates – Teoria das Idéias
Sem filosofia percebemos a sombra da realidade. A Educação reorganiza a sociedade.
A República: justiça social e felicidade humana
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EDUCAÇÃO GREGA: Aristóteles
Aristóteles: nega conhecimento inato de Sócrates e Platão.
Educação: dirigir nossa razão para superar as falsas indicações dos sentidos, desvendando, no mundo, a essência das coisas por cima da ilusão das aparências.
Formação de hábitos e aprimoramento da razão.
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Educação Romana
Escola do Literato: leitura, escrita e aritmética;
Escola do Gramático: idioma – instrumento na vida pública e mundo dos negócios;
Escola do Retórico: orador e exercer atividade pública.
Quintiliano – respeito ao professor pela natureza do aluno, condenação ao castigo físico, períodos de ensino e de descanso, não considera trabalho especulativo
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Idade Média
São Tomás de Aquino – tomismo: harmonizar fé e razão. Existência de Deus
Professor – agricultor: plantas-sabedoria
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Século XVII 
Comênio: pai da didática moderna.
O filósofo tcheco combateu o sistema medieval, defendeu o ensino de ''tudo para todos'' e foi o primeiro teórico a respeitar a inteligência e os sentimentos da criança.
 A obra mais importante de Comênio, Didactica Magna, marca o início da sistematização da pedagogia e da didática no Ocidente. A obra, à qual o autor se dedicou ao longo de sua vida, tinha grande ambição. 
Realiza uma racionalização de todas as ações educativas, indo da teoria didática até as questões do cotidiano da sala de aula. A prática escolar, para ele, deveria imitar os processos da natureza. Nas relações entre professor e aluno, seriam consideradas as possibilidades e os interesses da criança. O professor passaria a ser visto como um profissional, não um missionário, e seria bem remunerado por isso. E a organização do tempo e do currículo levaria em conta os limites do corpo e a necessidade, tanto dos alunos quanto dos professores, de ter outras atividades. 
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ROSSEAU
Jean-Jacques Rousseau (Genebra, 28 de Junho de 1712 — Ermenonville, 2 de Julho de 1778) foi um filósofo suíço, escritor, teórico político e um compositor musical autodidata. Uma das figuras marcantes do Iluminismo francês, Rousseau é também um precursor do romantismo.
As idéias políticas de Rousseau tiveram grande influência nas inspirações ideológicas da Revolução Francesa, onde as concepções liberais se difundiram e guiaram ideologicamente a Revolução. O crescimento do nacionalismo, também pode ser constatado nesse momento.
Sua herança de pensador radical e revolucionário está provavelmente melhor expressada em sua mais célebre frase, contida em O contrato social: «O homem nasce livre, porém em todos lados está acorrentado».
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ROSSEAU
Preparar a criança para a vida futura;
Entender que educar é um processo natural que se fundamenta no desenvolvimento interno da criança;
Entender, ainda, que os verdadeiros professores são a natureza, a experiência e o sentimento. 
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HERBART: educação pela ação
Grandes contribuições para pedagogia como ciência, emprestando rigor e uma certa cientificidade ao seu  método. Foi o precursor de uma psicologia experimental aplicada à pedagogia. Foi o primeiro a elaborar uma pedagogia que pretendia ser uma ciência da educação. 
Em Herbart, o processo educativo se baseia, em seus objetivos e meios, na Ética e na Psicologia, respectivamente. 
Contrário a Rosseau: necessidade do convívio social para aprimorar o caráter e foi criticado por Dewey
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O sistema educativo de Herbart é muito amplo e completo, aplicável desde a primeira infância até a adolescência. 
A educação concebida por Herbart aspira sobretudo a formar o indivíduo. É uma proposta de educação altamente moral, a qual enfatiza que o fim supremo da instrução é a moralidade e a virtude; é um processo de instrução moral onde o principal resultado esperado é moldar os desejos e a vontade das pessoas.
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Ação pedagógica se orienta por três procedimentos: o governo, a instrução e a disciplina.
     O governo: é a forma de controle da agitação da criança, inicialmente exercido pelos pais e depois pelos mestres, com a finalidade de submeter a criança às regras do mundo adulto e viabilizar o início da instrução.
     A instrução, é o principal procedimento da educação e pressupõe o desenvolvimento dos interesses. O interesse determina quais as idéias e experiências que receberão atenção por parte do indivíduo. Herbart não separa a instrução intelectual da instrução moral, pois para ele, uma é condição da outra. Para que a educação seja bem sucedida é conveniente que sejam estimulados o surgimento de múltiplos interesses.
     A disciplina é a responsável por manter firme a vontade educada, no caminho e propósito da virtude, supondo autodeterminação, que é uma característica do amadurecimento moral levando para a formação do caráter que está sendo proposta, ao contrário do governo, que é heterônomo e exterior, mais adequado ao trato com as crianças pequenas.
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HERBART
Instrução necessita de 4 características para modificar as idéias dos alunos: 
Clareza: entender com exemplos;
Associação: idéias antigas-idéias novas;
Sistematização: associar para generalizar
Aplicação: os conhecimentos adquiridos deveriam ser vivenciados pelo aluno em sua realidade.
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Concepção de Professor: o professor ideal devia ser extremamente carismático, possuir uma personalidade adequada para gerar o interesse pela aprendizagem. Considerava o educador tão essencial que o definia como um "artista" que tem como missão educar o "ser íntimo" da criança.
Concepção de Aluno: parte do pressuposto que os "espíritos" humanos são tábulas rasas, sem qualquer conteúdo, o qual deve ser adquirido através do processo de ensino.
Concepçãode Valores: a cultura moral que forma a vontade é considerada mais importante que a cultura intelectual, donde se denota sua concepção de educação intimamente vinculada ao ensino da moral.
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FROEBEL (1782-1853)
Suas idéias reformularam a educação. A essência de sua pedagogia são as idéias de atividade e liberdade.
Trabalhou com Pestalozzi, e embora influenciado por ele, foi totalmente independente e crítico, formulando seus próprios princípios educacionais. Seus ideais educacionais foram considerados politicamente radicais e, durante alguns anos, foram banidos da Prússia. 
Em 1837 Froebel abriu o primeiro jardim de infância, onde as crianças eram consideradas como plantinhas de um jardim, do qual o professor seria o jardineiro. A criança se expressaria através das atividades de percepção sensorial, da linguagem e do brinquedo. A linguagem oral se associaria à natureza e à vida.
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FROEBEL (1782-1853)
Frobel foi um defensor do desenvolvimento genético. Para ele o desenvolvimento ocorre segundo as seguintes etapas: a infância, a meninice, a puberdade, a mocidade e a maturidade, todas elas igualmente importantes. Observava portanto a gradação e a continuidade do desenvolvimento, bem como a unidade das fases de crescimento. Enfim, a educação da infância se realiza através de três tipos de operações: a ação, o jogo e o trabalho.
Froebel foi o primeiro educador a enfatizar o brinquedo, a atividade lúdica, a apreender o significado da família nas relações humanas.
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Principais concepções educacionais:
a educação deve basear-se na evolução natural das atividades da criança.
o objetivo do ensino é sempre extrair mais do homem do que colocar mais e mais dentro dele. A criança não deve ser iniciada em nenhum novo assunto enquanto não estiver madura para ele. 
o verdadeiro desenvolvimento advém de atividades espontâneas.
na educação inicial da criança o brinquedo é um processo essencial.
os currículos das escolas devem basear-se nas atividades e interesses de cada fase da vida da criança.
A grande tarefa da educação consiste em ajudar o homem a conhecer a si próprio, a viver em paz com a natureza e em união com Deus. É o que ele chamou de educação integral. Sua concepção de ser humano era profundamente religiosa.
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Enfoque Tradicional: Pedagogia da Imposição – 1549 a 1930
Economia agro-exportadora – Metrópole.
1549 a 1759 – educação dos Jesuítas. Plano de Instrução= Ratio Studiorium ( formação humanista e Cristã)
Visão Didática: ensino centrado no professor; verdade universal e enciclopédica,
Processo Didático-Pedagógico: repetição, aula expositiva.
Educação Tradicional, didática prescritiva e dogmática. 
1759- Reforma Pombalina – aulas régias
1870 – ER retirado escolas públicas
1890 – Reforma Bejamin Constant – influência positivismo
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Enfoque Tradicional: Pedagogia da Imposição – 1549 a 1930
1891 - Criação do MEP e Comunicações Telegráficas.
1915 – Olavo Bilac – defesa da escola pública e da alfabetização.
1923 – Reforma Educacional no Ceará – Lourenço Filho.
1924 - Associação Brasileira de Educação – Escola Nova.
1925 – Reforma Educacional na Bahia – Anisio Teixeira.
1927 – Reforma Educacional no DF - Fernando de Azevedo.
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Enfoque Renovado: Pedagogia Científica – 1930 a 1945
Crise Mundial – desenvolvimento industrial; modelo industrial-exportador
Rep Velha para Rep Nova;
Equilíbrio entre concepção humanista tradicional (católicos) e humanistas modernos (pioneiros);
Escola Nova (democrática) x soc de classes;
Didática – teoria e prática e legislação educacional 
Didática= idéias e métodos , dimensão técnica do ensino, científica e tórica, desvinculada dos contextos.
1930 a 1937 – Duas Correntes: conservadora e escolavonista
1931 – Reforma Francisco Campos – sistema Universitário, substitui a Cátedra pela reitoria;reforma ensino secundário, necessidade formação de professores 
1937 a 1945 – ditadura de GV
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Enfoque Renovado: Pedagogia Científica – 1930 a 1945
CF 1934 – Cap II à Educação; União assume a educação – PNE; criação; CNE; recursos:10% Municípios e 20%Estado; educação direito de todos; cria filantropia p escolas católicas e ER facultativo; 
CF 1937 – ensino do trabalho manual; ensino manual x ensino intelectual; ensino primário gratuito e obrigatório;
1942 – Reforma Gustavo Capanema: reforma do ensino secundário – foco: educação técnico-profissional e personalidade dos educandos; criação do SENAI;
CF 1946 – Estado ampara a Cultura; LDB; ensino primário gratuito e obrigatório;empresa com mais de 100 empregados responsabilidade pela educação dos filhos dos operários; ER facultativo;
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Enfoque Renovado Tecnicista: Pedagogia Técnica – 1945 a 1960
1945 – assume Dutra; substituição das importações para entrada do capital estrangeiro;
 modelo político: democracia liberal com participação das massas; empresário-setores populares x oligarquia;
1946 – CF-46: implementação da LDB; criação do SENAC;
1948 – projeto de lei LDB (13 anos: públicax privada e centralizar x descentralizar); escolas católicas – Ginásios Vocacionais;
Lei 1076 de 1950 – equivalência ensino secundário e ensino técnico;
Lei 1920 de 1953 – MES passa para MEC
Lei 1821 de 1953 – facultativo exame de seleção p secundário
1957 – classes experimentais no ensino secundário (currículo, método e processo)
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Enfoque de Descaminhos: Pedagogia Tecnicista – 1960 a 1970
Lei 4024 de 1961 – sancionada 1ª LDB, criou CFE, ensino qádruplo (primário, ginásio, secundário e superior); implentou flexibilidade curricular e autonomia administrativa;
1962 – Pedagogia = estágio supervisionado;
1963-1965- Plano Trienal de Educação; Ginásio Orientado para o trabalho-ginásio pluricurricular-ginásio técnico-vocacional;
1968 – lei 5540-68 = reforma do ensino universitário;
Lei 5692-71 = reforma do ensino primário e secundário ( passa a ter terminalidade – obigatoriedade do curso profissionalizante); ensino tecnicista- desenvolvimentista;
Racionalidade, eficiência, produtividade, materiais instrucionais, planos elaborados, livro didático consumível
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Enfoque Sociopolítico da Educação: Pedagogia Histórico-Crítica – 1974 aos dias atuais
1974 – Geisel – abertura lenta e gradual;
Bourdieu, Passeron (crítico-reprodutivistas), Gramsci e Althusser ( marxistas ), Giroux ( estudos culturais) e Demerval Saviani ( críticas aos conteúdos)
Didática assumi caráter sociológico-filosófico e histórico;
Didática é questionada;
I Conferência Brasileira de Educação – rever prática pedagógica e elo com a realidade sociocultural;
Década de 80 – Pedagogia Crítica
1988 – Constituição cidadã
1983 – fim do OSPB e EMC
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Enfoque Sociopolítico da Educação: Pedagogia Histórico-Crítica – 1974 aos dias atuais
Lei 9394-96 – Educação Básica e Educação Superior;
Escola como espaço de negação da dominação, idéia de hominização (construção social do homem); 
Didática Crítica supera: intelectualismo ( escola tradicional); espontaneísmo (escola nova); racionalismo (escola técnica); criticismo (teorias reprodutivistas);
Professor= formação e dimensão política
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A DIDÁTICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR
Ação consciente, contextualizado, sujeito histórico, intencionalidade na prática pedagógica, opção teórica clara e definida; atitude dialeticamente crítica sobre o mundo e a prática educacional.
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PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Liberal tradicional – receptiva e minemônica;
Liberal Tecnicista – aprendizagem hierarquizada (Gagné), domínios afetivo-cognitivo e psicomotor (Blom), objetivos operacionais (Mager), pensamento behavorista;
Liberal Renovada Progressivista – linha pragmática: aprender fazendo; descoberta, auto-aprendizagem, situações-problemas, 
Liberal Renovada não –Diretiva – motivação desejo de auto-realização, influência de Carl Rogers, valorização do eu, formação de atitudes;Progressista Libertadora – aprender é um ato de conhecimento crítico da realidade, escola formal, compreensão–reflexão-crítica.
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PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Progressista Libertária – burocracia da escola impede o crescimento pessoal, autogestão pedagógica, aprendizagem informal, coletiva, motivação em crescer no grupo;
Progressista Crítico-Social dos Conteúdos – processar informações e lidar com estímulos do ambiente, organizando os dados disponíveis da experiência, competências e habilidades, aprendizagem significativa.
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EXERCITANDO
18, 19, 20, 21, 22, 23, 24,25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 39, 40, 41, 42, 44, 55, 56, 65, 73, 74, 87, 90, 91.
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PCN’ S
Os Parâmetros Curriculares Nacionais são referências para o trabalho dos professores das diversas disciplinas e áreas do ensino fundamental e médio, tendo, como objetivo, garantir que todas as crianças e jovens brasileiros possam usufruir dos conhecimentos básicos necessários para o exercício da cidadania.
Os PCN’s têm como função subsidiar a elaboração ou a revisão curricular dos Estados e Municípios, dialogando com as propostas e experiências já existentes, incentivando a discussão pedagógica interna das escolas e a elaboração de projetos educativos, assim como servir de material de reflexão para a prática de professores.
Mesmo apontando um conjunto de conteúdos e objetivos para as diversas disciplinas, os Parâmetros Curriculares Nacionais não são uma diretriz obrigatória. Suas propostas devem ser adaptadas à realidade de cada comunidade escolar, servindo como eixo norteador na revisão ou elaboração de propostas curriculares próprias.
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PCN’s
Flexibilização da Grade Curricular pela Transversalidade e Interdisciplinaridade.
Orientar e garantir a coerência dos investimentos no sistema educacional. Respeitar as diversidades culturais, regionais, étnicas, religiosas e políticas.
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RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO E SUAS IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
o autoritário: que vê o ato de lecionar apenas como um complemento de salário. Aquele que usa com rigor a sua autoridade, não admitindo contradições. 
 o crítico-reflexivo: planeja suas aulas e investe na continuidade de sua formação. Aquele que está aberto a quaisquer sugestões e críticas que o ajudem a se repensar como profissional a fim de reformular e melhorar sua prática 
 o permissivo: o “mãezona”, e tantos outros cujas atitudes pessoais que jamais passarão despercebidas pelos alunos), que embora critiquemos, muitas vezes fazem parte de nosso discurso aos alunos: ameaças, chantagens emocionais, controle da indisciplina através do medo. Aquele que permite que seus alunos pratiquem ou tomem atitudes despropositadas ou desrespeitosas para consigo ou para com seus amigos. 
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RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO E SUAS IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Liberal Tradicional: relação vertical. Professor autoritário e aluno atento e silencioso. Ensino centrado no professor.
Liberal Tecnicista: relação vertical. professor e aluno em relação técnica, sem afetividade e apenas profissional. Ensino centrado no professor.
Liberal Renovada Progressivista: professor não tem importância porque o aprendizado é espontâneo. Relação democrática pautada nas regras de convivência em grupo.
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RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO E SUAS IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Liberal Renovada não diretiva: educação centrada no aluno. Relação de distanciamento para que o aluno desenvolva o seu “eu”. (liberdade-igualdade-atividade).
Progressista Libertadora: Ensino centrado no aluno. Relação horizontal. Educador e educando = sujeitos do conhecimento. Professor facilitador.
Progressista Libertária: Professor orientador, a serviço do aluno. 
Progressista Crítico-Social dos Conteúdos: professor orientador, respeita a cultura do aluno e confronta o conhecimento científico com o contexto cultural do aprendente.
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RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO E SUAS IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Relação Professor-Aluno x Prática Pedagógica = Conteúdo + Metodologia.
Relação Professor-Aluno x Escola = Educação
Aluno espera reconhecimento do professor = afetividade.
Compromisso político do professor.
Professor como modelo.
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RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO E SUAS IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Ideologia da sociedade define o comportamento do professor e do aluno.
Condições de classe social do aluno determinam a expectativa de seu desempenho.
Ambiente institucional interfere no desempenho e nas relações professor-aluno.
Professor é um ser contextualizado .
Proximidade aluno-professor = influência no comportamento.
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COMPROMISSO SOCIAL E ÉTICO DO PROFESSOR
Trabalho docente = compromisso com a sociedade = cidadão ativo = formação cultural e científica do povo = democracia.
Magistério = ato político = relações sociais/interesses das classes sociais.
Compromisso social = competência técnica = intencionalidade na construção da sociedade.
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PRÁTICA EDUCATIVA
A prática educativa atua no desenvolvimento individual e social dos indivíduos, proporcionando-lhes os meios de apropriação dos conhecimentos e experiências acumuladas pelas gerações anteriores, como requisito para a elaboração de conhecimentos vinculados a interesses da população majoritária da sociedade.
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PRÁTICA EDUCATIVA
Os objetivos educacionais expressam propósitos definidos explícitos quanto ao desenvolvimento das qualidades humanas que todos os indivíduos precisam adquirir para se capacitarem para as lutas sociais de transformação da sociedade. 
O caráter pedagógico da prática educativa está, precisamente, em explicitar fins e meios que orientem tarefas da escola e do professor para aquela direção. 
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COMPONENTES DO PROCESSO DE ENSINO
OBJETIVOS
CONTEÚDOS
MÉTODOS, TÉCNICAS E MEIOS
O
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Objetivos e conteúdos de ensino
Conteúdos: base objetiva da instrução referidos aos objetivos e viabilizados pelos métodos de transmissão e assimilação.
Cabe aos métodos: dinamizar as condições e modos de realização do ensino.
Temas:
Importância dos objetivos educacionais
Objetivos gerais e específicos
Conteúdos de ensino
Critérios de seleção dos conteúdos
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Importância dos objetivos educacionais
Objetivos educacionais: mediante ação intencional e sistemática.
Não há prática educativa sem objetivos.
Objetivos – três referências interligadas e sujeitas a contradições:
Valores e idéias – legislação
Conteúdos básicos das ciências
Necessidades e expectativas da sociedade
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Os objetivos educacionais têm pelo menos três referências para sua formulação:
Os valores e ideais proclamados na legislação educacional e que expressam os propósitos das forças políticas dominantes no sistema social;
Os conteúdos básicos das ciências, produzidos e elaborados no decurso da prática social da humanidade;
As necessidades e expectativas de formação cultural exigidas pela população majoritária da sociedade, decorrentes das condições concretas de vida e de trabalho e das lutas pela democratização.
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A elaboração dos objetivos pressupõe, da parte do professor, uma avaliação crítica das referências que utiliza, balizada pelas suas opções em face dos determinantes sócio-políticos da prática educativa. Assim, o professor precisa saber avaliar a pertinência dos objetivos e conteúdos propostos pelo sistema escolar oficial, verificando em que medida saber compatibilizar os conteúdos com necessidades, aspirações, expectativas da clientela escolar, bem como torná-los exeqüíveis face às condições sócio-culturais e de aprendizagem dos alunos. 
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COMPONENTES DO PROCESSO DE ENSINO-OBJETIVOS
Objetivos = posicionamento ativo do professor em relação ao planejamento escolar. É a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa atividade.
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COMPONENTES DO PROCESSO DE ENSINO-OBJETIVOS
Objetivos gerais = expressam propósitos amplos acerca do papel da escola e do ensino.são aqueles previstos para um determinado grau ou ciclo numa escola ou numa certa área de estudos, e que serão alcançados a longo prazo. São proposições gerais sobre mudanças comportamentais desejadas. Decorrem de uma filosofia da educação e surgem do estudo da sociedade contemporâneo e do estudo sobre o desenvolvimento do aluno e sobre os processos de aprendizagem.
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COMPONENTES DO PROCESSO DE ENSINO-OBJETIVOS
Objetivos específicos = determinam exigências e resultados esperados da atividades dos alunos, referentes a conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções a partir dos conteúdos.
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COMPONENTES DO PROCESSO DE ENSINO-OBJETIVOS
Objetivos específicos (ou instrucionais) = determinam exigências e resultados esperados da atividades dos alunos, referentes a conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções a partir dos conteúdos.
Consistem numa maior especificação dos objetivos educacionais e numa operacionalização dos mesmos. Os objetivos específicos, portanto, são proposições específicas sobre mudanças no comportamento dos alunos, que serão atingidos gradativamente no processo de ensino-aprendizagem. São aqueles definidos especificamente para uma disciplina, uma unidade de ensino ou uma aula. Consistem no desdobramento e na operacionalização dos objetivos educacionais.
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Os objetivos educacionais e específicos, por sua vez podem referir-se aos domínios cognitivo, afetivo e psicomotor. Alguns autores utilizam a palavra taxionomia (do grego táxis = ordem e nómos = lei) para indicar essa classificação.
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DOMÍNIO COGNITIVO
Refere-se à razão, à inteligência e à memória, compreendendo desde simples informações e conhecimentos intelectuais, até idéias, princípios, habilidades mentais de análise, síntese, etc. Está constituída de 6 (seis) classes principais:
Conhecimento
Compreensão
Aplicação
Análise
Síntese
Avaliação
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O domínio afetivo, refere-se aos valores, às atitudes, às apreciações e aos interesses.
O domínio psicomotor, refere-se às habilidades operativas ou motoras, isto é, às habilidades para manipular materiais, objetos instrumentos ou máquinas.
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COMPONENTES DO PROCESSO DE ENSINO-OBJETIVOS
Para Libâneo, formulação dos objetivos:
Valores e ideais expressos na legislação educacional = forças políticas dominantes;
Conteúdos científicos;
Necessidade e expectativas de formação cultural = elite.
SISTEMA ESCOLAR: expressa as finalidades educativas de acordo com os ideais e valores dominantes-LDB, CF e Pareceres do Conselho de Educação.
UNIDADE ESCOLAR: princípios e diretrizes para o trabalho escolar, a partir do plano escolar.
PROFESSOR: realiza a prática escolar, implementa e implanta o Plano de Ensino e Plano de Aula.
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COMPONENTES DO PROCESSO DE ENSINO-OBJETIVOS
Para Maria Eugênia Castanho:
 
Objetivos Comportamentais: busca da eficiência.
Objetivos Abertos:levam o aluno a definir seu próprio problema e a propor sua própria solução.
Objetivos Provocativos:especificam o problema e a função que deve ter a solução mas deixam margem a muitas soluções.
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Conteúdos de Ensino
Relações recíprocas entre matéria – professor – aluno.
Os conteúdos de ensino não são estáticos, cristalizados, mas significativos, porque articulados às condições sócio-culturais e individuais dos alunos.
Devem incluir elementos da vivência prática dos alunos (conteúdos significativos).
 
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Conteúdos de Ensino
Conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos e atitudinais de atuação social, organizados pedagógica e didaticamente, tendo em vista o processo de construção do conhecimento dos alunos e suas relações com o contexto vivido.
Retratam a experiência social da humanidade, constituindo o objeto de mediação escolar.
São organizados em matérias de ensino.
Expressam os resultados da atividade prática dos homens, nas suas relações com o ambiente natural e social.
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Conteúdos de ensino
Nas sociedades capitalista, o saber é reservado ao usufruto da classe dominante.
Os conhecimentos e modos de ação surgem da prática social e histórica dos homens e são sistematizados e transformados em objetos de conhecimento.
Vínculo entre o aluno e a prática social.
Na escolha dos conteúdos de ensino: não só a herança cultural, mas também a experiência da prática social vivida no presente pelos alunos. 
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Elementos dos Conteúdos de Ensino
Inter-relação entre eles.
Conhecimentos sistematizados: conceitos e termos fundamentais das ciências.
Habilidades: qualidades intelectuais necessárias para a atividade mental no processo de assimilação de conhecimentos.
Atitudes e convicções: modos de agir, de sentir e de se posicionar frente a tarefas da vida social.
 
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Elementos dos Conteúdos de Ensino
Os elementos constitutivos dos conteúdos convergem para a formação das capacidades cognoscitivas.
Capacidades cognoscitivas: processos psíquicos da atividade mental (relação parte-todo, abstração, generalização, análise, síntese...).
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Elementos dos Conteúdos de Ensino
Fontes para a escolha dos conteúdos de ensino:
Programação oficial.
Bases das ciências, da técnica e da arte.
Experiência da prática de vida dos alunos e necessidades profissionais, sociais, políticas e culturais. 
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Elementos dos Conteúdos de Ensino
Três sentidos das exigências teóricas e práticas da vida social:
Participação na prática social.
Relação entre o estudo sistemático das matérias e o cotidiano dos alunos.
Condições de rendimento escolar dos alunos.
Prática social: determina a contradição entre as exigências de aquisição e estudo das matérias, as condições sócio-culturais e o nível de preparo para realizá-los. 
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Dimensão Crítico-Social dos Conteúdos
Reconhece a objetividade e universalidade dos conteúdos.
Não neutralidade dos conteúdos: nas sociedades capitalistas o saber reflete os interesses do poder.
O conhecimento é interessado, porque produzido socialmente, na relação entre classes sociais e suas contradições.
Consciência crítica: do conhecimento científico para a aplicação teórica e prática; mobilização de convicções para a participação na vida prática. 
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Dimensão Crítico-Social dos Conteúdos
Caráter histórico dos conteúdos, em estreita ligação com o caráter científico: elaborados conforme as necessidades de cada época histórica e os interesses sociais vigentes em cada organização social.
Dimensão crítico-social dos conteúdos: domínio ativo e prático de modos de atuação crítica e criativa na vida, na profissão, no exercício da cidadania. 
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Dimensão crítico-social dos conteúdos
Dimensão crítico-social dos conteúdos: elevação do grau de compreensão da realidade e formação de convicções e princípios reguladores da ação na vida prática.
Grande referência: Dermeval Saviani. 
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Os Conteúdos e o Livro Didático
É necessário um estudo crítico dos materiais didáticos.
Os materiais didáticos expressam o modo de ver de determinados segmentos sociais.
Critérios de seleção:
Correspondência entre objetivos gerais e conteúdos.
Caráter científico
Caráter sistemático (ligação entre os temas).
Relevância social. 
Acessibilidade e solidez (organização didática).
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MÉTODOS, TÉCNICAS E MEIOS
Métodos: seqüencia de operações com vistas a determinado resultado esperado.
Os Métodos e técnicas não são neutros
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É o caminho para atingir um objetivo, com os meios adequados; (investigação científica; assimilação do conhecimento, etc.)
Ver o objeto de estudo nas suas propriedades e relações com outros objetos e fenômenos e sob vários ângulos;
São ações, passos e procedimentos vinculados a reflexão, compreensão e transformação da realidade;
São ações do professor pelas quais se organizam as atividades de ensino e dos alunos para atingir os objetivos.
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Deve corresponder à necessária unidade objetivo-conteúdo-método. (um depende do outro para ter sucesso).
Dependem dos conteúdosespecíficos;
Implica o conhecimento das características dos alunos quanto à capacidade de assimilação e quanto as suas características sócio-culturais e individuais; (ligação entre os objetivos e as condições de aprender do aluno);
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Ter caráter científico e sistemático. (Ficar atento ao conteúdo científico);
Ser compreensível e possível de ser assimilado. (Ver as condições dos alunos e ir dosando as dificuldades);
Assegurar a relação conhecimento-prática. (Saber aplicar o conhecimento na sua vida prática);
Apoiar-se na unidade ensino-aprendizagem. (Criar condições de ensino que resultem em aprendizagem);
Garantir a solidez dos conhecimentos. (Recapitulação, fixação, etc);
Levar à vinculação trabalho coletivo – particularidades individuais. (Educar a todos, observando as diferenças).
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Exposição pelo professor.
Trabalho independente
Elaboração conjunta 
Trabalho em grupo
Atividades especiais. 
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Na exposição, o professor deve mobilizar a atividade interna do aluno de concentrar-se e de pensar articulando com outros procedimentos:
Exposição verbal – sua função é explicar um assunto desconhecido. O professor deverá estimular sentimentos, instigar a curiosidade, relatar sugestivamente um fato, descrever com vivacidade uma situação real, fazer leitura expressiva, etc.
Demonstração – é a forma de representar fenômenos e processos reais (germinação).
Ilustração – é uma forma de representar fatos e fenômenos reais através de gráficos, mapas, esquemas, gravuras, etc. (Requer dos alunos capacidade de concentração e observação).
Exemplificação – é um meio de auxiliar a exposição verbal
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Atividades realizadas pelos alunos, dirigidas (estudo dirigido) e orientadas pelo professor. 
Para que esse método seja eficiente, o professor precisa: 
- Dar tarefas claras e acessíveis; 
- Assegurar condições de trabalho; 
- Acompanhar de perto; 
- Aproveitar o resultado para toda classe.
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Interação entre alunos e professor. É a conversação, aula dialogada, com elaboração de perguntas que leve os alunos a reflexão.
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Debate – os debatedores devem defender uma posição.
Philips 66 – 6 grupos de 6 pessoas discutem uma questão e apresentam a conclusão.
Tempestade mental – escrever no quadro o que vem em mente sobre determinado assunto, destacar o mais relevante e discutir. 
Grupo de verbalização – grupo de observação (GV-GO) – uma parte da turma forma um círculo para discutir o tema, outra parte fica em volta observando.
Seminário – pode ser exposição ou conversação sobre determinado assunto previamente estudado pelo grupo.
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Complementam os métodos de ensino com objetivo de assimilação dos conteúdos. Jornal escolar, Museu escolar, Teatro, Biblioteca escolar, estudo do meio, etc.
O Estudo do meio não se limita só aos passeios, mas a todos os procedimentos que possibilitem a discussão e compreensão do cotidiano. São necessárias 3 fases:
Planejamento – o que observar? Que perguntas poderão ser feitas? (O professor deverá fazer conhecer o local)
Execução – observar, anotar, conversar com as pessoas.
 
Exploração dos resultados e avaliação – relatório, redação, sistematização pelo professor. 
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EXERCITANDO
 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86.

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