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Autores Antropologia

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*****LARAIA*****
>LOCKE
>ROUSSEAU
CULTURA = APRENDIZADO
DETERMINISMO BIOLOGICO
DETERMINISMO GEOGRAFICO
EVOLUCIONISMO UNILINEAR
DIFERENTEMENTE DOS ANIMAIS (QUE PODEM SER PREVISIVEIS DE ACORDO A SUA ESPECIE) O SER HUMANO É INTEGRALMENTE INFLUENCIADO POR SUA CULTURA
SIMILAR A FORMA COMO SE ADQUIRE UMA LINGUAGEM, A CULTURA É ABSORVIDA SEM QUE TENHAMOS CONSCIENCIA DISSO 
NÃO NOS DAMOS CONTA QUE SOMOS MOLDADOS PELA SOCIEDADE
NOSSO COMPORTAMENTO É SOCIAL, NÃO INDIVIDUAL/ESPONTÂNEO/NATURAL
CONHECIMENTO OU HÁBITO ADQUIRIDO DA SOCIEDADE EM QUE UM DETERMINADO INDIVIDUO VIVE = CULTURA
TOMAMAMOS NOSSA OPINIÃO COMO PARÂMETRO/NORMAL POIS ESTO NOS FORA IMPOSTO SEM QUE TENHAMOS PERCEBIDO
ROUSSEAU: PODEMOS SER ESCRAVOS OU LIVRES = DEPENDE DA SOCIEDADE EM QUE ESTAMOS INSERIDOS
MONTESQUIEU: O SER HUMANO É MOLDADO CONFORME O MEIO EM QUE ESTAMOS INSERIDOS. SOMOS A ÚNICA ESPECIE QUE CONSEGUE SE ADAPTAR A QUALQUER MEIO. NOS MOLDAMOS CONFORME NECESSIDADES. ADAPTAMOS O MEIO AS NOSSAS NECESSIDADES E A NOSSA CULTURA.
EXEMPLO DE QUE NÃO E O MEIO QUE NOS DEFINE: ESQUIMOS E LAPÕES 
AMBOS VIVEM NO POLO NORTE, CONTUDO, USUFRUEM DE DIFERENTES FORMAS DE VIDA
PROBLEMA: INTERPRETAR O SENTIDO DA VIDA COMO ALGO ÚNICO. COMO FAZ A “LINHA DO TEMPO”, QUE DETEM POR “EVOLUCAO” UMA CULTURA PADRÃO: EUROPÉIA. DE TAL FORMA, QUAISQUER CULTURAS QUE NÃO SEJAM EUROPEIA, SÃO DETENTORAS DE FALTA DE:
1)REI 2)LEI 3)RELIGIAO 3)CULTURA
PERCEBEMOS AQUILO QUE NOS FORA ENSINADO COMO REALIDADE. SENDO ASSIM, TEMOS VISOES DIFERENTES DE MUNDOS. HÁ UM LIMITE PARA AQUILO QUE CONSEGUIMOS VER DO MUNDO. TAL LIMITE ESTA ESTABELECIDO DENTRO DA CULTURA
A INTELECTUALIDADE É SOCIAL. VARIA DE CULTURA A CULTURA 
AQUILO QUE SOMOS CAPAZES DE PRODUZIR ESTA DENTRO DE UM CONTEXTO SOCIAL
INSTRUMENTOS PARA INTERPRETAR O MUNDO VARIAM DE ACORDO COM A CULTURA E NÃO PODEM SER PASSADOS A UMA DIFERENTE CULTURA.
CULTURA INTERFERE NO CORPO BIOLOGICO; EX: REFEICOES, DOENCAS 
*PARA INDIGENAS, TEMOS TODOS (HOMEM E ANIMAL) A MESMA ALMA.
A ALMA UNE
O QUE NOS DIFERENCIA É A FORMA
SENDO ASSIM, TUDO O QUE COMEMOS É HUMANO, ASSIM, PARTILHA A MESMA ALMA
TAL FATO JUSTIFICA O CANIBALISMO
PORCO E HOMEM = MESMA ALMA
INDIGENAS FAZIAM RITUAL PARA EXTRAIR A ALMA
NENHUM SISTEMA DE SOCIALIZACAO E PERFEITO, OU SEJA, NÃO ABSORVEMOS TUDO O QUE NOS E ENSINADO 
EXEMPLO DA NÃO ABSORVENCIA TOTAL DE UMA CULTURA: DIFERENTES PROFISSOES EXISTENTES
O INDIVIDUO NÃO É UMA CRIACAO ILUMINISTA, MAS SIM A PARTE DE UM TODO (EXISTE EM TODAS AS CULTURAS)
PARA QUE SE ENTENDA UMA CULTURA E SEUS COSTUMES É NECESSARIO IMERGIR NELA
PARA ISTO EXISTE A HISTORIA = FRUTO DO INDIVIDUO E CULTURA
CULTURA É DINAMICA
TRANSFORMA-SE SOZINHA, PRINCIPALMENTE EM CONTATO COM UM DIVERGENTE 
PRESERVAR A CULTURA É INEFICAZ = “SEGURAR AGUA COM AS MAOS”
*****MAUSS*****
RECIPROCIDADE
É UM CONTRATO: NÃO INDIVIDUAL
PESSOAS MORAIS QUE TROCAM; MORALIDADE INSTITUIDA SEM QUE PERCEBEMOS
ESPONTANEA* E OBRIGATORIA: PARECE SER ESPONTANEA, NO ENTANTO, AS RELACOES SÃO PAUTADAS NUM DEVER SOCIAL, ALEM DE PRESSAO ENCIMA DELAS
QUANDO A CULTURA ATUA, É MAIS FORTE QUE O DIREITO
*****CLASTRES*****
CONSIDERAVAMOS OS INDIGENAS COMO SELVAGENS JUSTAMENTE POR NÃO ADOTAREM A VIOLENCIA E CORÇAO COMO FORMA DE GARANTIR O PODER DO ESTADO
IDEIA CAPITALISTA DE QUE NÃO SE PODE FOLGAR = IMPRODUTIVO
*WEBER CONTRAPOE MARX AO ALEGAR QUE A MUDANÇA ESTA NOS COSTUMES
NA MAIORIA DAS CULTURAS, SE TRABALJHA PARA CONSEGUUIR AQUILO QUE GARANTE SOBREVIVIENCIA. EX TUPINAMBAS TRABALHA 3 HRS POR DIA. SUA VIDA NÃO ESTA PAUTADA EM PRODUÇÃO DE RIQUEZA, E SIM SUBSISTENCIA 
P/ INDIGENAS: GUERRA SERVE PARA PRESTIGIO 
APOÇAR-SE DAQUILO QUE NÃO LHE PERTENCE É VERGONHOSO; EX GUERRA TERRITORIAL
NA SOCIEDADE OCIDENTAL:
ESTADO CRIADO P REGULAR SOCIEDADE; RESPONDE ÀRAZÃO; LEI É A VONTADE DA SOCIEDADE
A CIVILIZAÇÃO É CONSEQUENCIA DA VIDA HUMANA, NÃO DO ESTADO
NAS COMUNIDADES INDIGENAS:
CHEFE TEM PODER ENQUANTO TEM PRESTIGIO
NA SOC OCIDENTAL: INDIV SUBMETIDOS AO PODER DO ESTADO E DAQUILO QUE É CONVENCIONADO POR SER BOM P INDIVIDUOS
P/ QUE ESTADO? POIS PENSAMOS QUE SUA EXISTENCIA CORRESPONDE A MAIOR GRAU DE EVOLUÇÃO
P/ INDIGENAS: UM = MAL
UM = ESTADO
INDIGENAS FUGIAM DO ESTADO
*****MALINOWSKI*****
1) TROBRIANDESES ENCONTRAVAM-SE NA POLINESIA
OS PRIMEIROS EUROPEUS A CONHECE-LOS, OS CLASSIFICARAM COMO CAPITALISTAS/SOCIALISTAS, O QUE NÃO CORRESPONDE A VERDADE DA SOCIEDADE, A NÃO SER DA NOSSA.
A ECONOMIA ERA BASEADA EM TROCAS (KULA) E O VALOR DOS OBJETOS DERIVAVA DA IMPORTANCIA DO INDIVIDUO POSSUIDOR DELE
DETER UM OBJETO VALIOSO CONFERIA PODER AO PRESENTEADO
PODER POLITICO = DEPENDE DAS TROCAS (ETERNAS)= KULA
OBEDECIA-SE AQUELES QUE SE MOSTRAVAM GENEROSOS. 
OS CHEFES ERAM OS MAIS TRABALHADORES
LIDER POLITICO = COMERCIAL = ESPIRITUAL 
O GRANDE RESPONSAVEL POR ACONTECIMENTOS ERAM QUESTOES ESPIRITUAIS / MAGIA
DISSECAVAM CADAVERES P DESVENDAR CAUSAS DE DOENÇAS
SOCIEDADES MATRILINEARES. PATRIARCAL SOMENTE PARA DECISOES POLITICAS
2)AS CATEGORIAS DE PENSAMENTO PRODUZIDAS POR UMA CULTURA SOMENTE A ELA PODEM SER ATRIBUIDAS. 
NENHUMA CULTURA PODE SER JULGADA CONFORME PARAMETROS ESTIPULADOS POR OUTRA
CADA SOCIEDADE DEVERIA SER ESTUDADA COMO UM “TODO”, COMO UM ORGANISMO POSSUIDOR DE UMA LÓGICA INTERNA E SINGULAR, SUBDIVIDIDO ATRAVÉS DE UMA COMPLEXA REDE DE RELAÇÕES ENTRE OS INDIVÍDUOS.
A ANÁLISE ANTROPOLÓGICA DEVERIA SE REALIZAR DE FORMA SINCRÔNICA, IMEDIATA E LEVANDO EM CONTA OS FATORES SOCIAIS, PSICOLÓGICOS E BIOLÓGICOS DOS NATIVOS. 
O FUNCIONALISMO DE MALINOWSKI, CONHECIDO COMO BIOPSICOLÓGICO, DEFENDE QUE AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS TÊM COMO FUNÇÃO SATISFAZER AS NECESSIDADES BIOLÓGICAS DOS INDIVÍDUOS.  OU SEJA, SEGUNDO A DEFINIÇÃO DE LAPLANTINE (2003), CADA PESSOA POSSUI UM CONJUNTO DE PRECISÕES, CABENDO A CULTURA DESENVOLVER DIFERENTES MANEIRAS DE RESOLVER ESSAS NECESSIDADES, DE FORMA COLETIVA, ATRAVÉS DAS INSTITUIÇÕES. 
A CULTURA REPRESENTA A TOTALIDADE SOCIAL, O CONJUNTO DE TODAS ASINSTITUIÇÕES, UM “AMBIENTE ARTIFICIAL”, UMA FORMA DE RESOLVER AS NECESSIDADES HUMANAS. O MESMO DEFINE FUNÇÃO COMO UMA AÇÃO COLETIVA RESPONSÁVEL POR SATISFAZER UMA NECESSIDADE (FOME, PROCRIAÇÃO, PROTEÇÃO ETC.). MAS, PARA QUE ISSO OCORRA, É PRECISO QUE HAJA COOPERAÇÃO, ORGANIZAÇÃO ENTRE OS INDIVÍDUOS. AORGANIZAÇÃO, POR SUA VEZ, PRECISA DE UM ARRANJO, DE UMA ESTRUTURA BEM DEFINIDA, A QUAL SE CHAMA INSTITUIÇÃO.  
PARA QUE UMA INSTITUIÇÃO POSSA EXISTIR, UM CONJUNTO DE VALORES TRADICIONAIS QUE DIZEM RESPEITO A ESSA INSTITUIÇÃO NECESSITA SER ACEITO PELA COLETIVIDADE, BEM COMO É NECESSÁRIO QUE HAJA RELAÇÃO ENTRE AS PESSOAS E COM O AMBIENTE FÍSICO E COM A CULTURA. O KULA, POR EXEMPLO, REPRESENTA UMA REDE DE RELAÇÕES, BASEADA NA TRADIÇÃO, QUE ENVOLVE A TROCA DE BRACELETES E PULSEIRAS, QUE, ALÉM DO ASPECTO DAS TROCAS, ENVOLVE TAMBÉM A MAGIA, PERMITIDO QUE A PARTIR DESSA INSTITUIÇÃO SE POSSA COMPREENDER UMA PARTE DA REALIDADE CULTURAL DO TROBRIANDESES.
O PESQUISADOR DA ÁREA DE ANTROPOLOGIA DEVE OBSERVAR CADA DETALHE DA CULTURA ESTUDADA, POR MAIS SIMPLES QUE POSSA PARECER, A FIM DE RECONSTRUIR DE FORMA PRECISA A LÓGICA DAQUELA CULTURA. POR ISSO, É IMPORTANTE A OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE, UMA METODOLOGIA DESENVOLVIDA POR MALINOWSKI, RESULTANTE DO APERFEIÇOAMENTO DO TRABALHO DE CAMPO, ONDE O OBSERVADOR CONVIVE DURANTE UM LONGO PERÍODO COM A COLETIVIDADE POR ELE ESTUDADA, PARTICIPANDO DE TODAS AS ATIVIDADES, DO DIA-A-DIA, NO INTUITO DE APREENDER TODA A COMPLEXIDADE DA CULTURA.
******LEVI – STRAUSS*****
1) Lévi-Strauss procurou “ultrapassar a abordagem particularista das culturas”, estudando “a invariabilidade da Cultura”, uma vez que “as culturas particulares não podem ser compreendidas sem referência à Cultura, ‘esse capital comum’ da humanidade e do qual elas se alimentam para elaborar seus modelos específicos”.
Para Lévi-Strauss existem dois conceitos opostos: a Cultura e a Natureza. 
O primeiro remete ao estágio em que o homem organiza a vida social; o segundo, ao material ainda não-organizado pela Cultura.
Para ele as sociedades – dealguma maneira – vão substituindo a Natureza pela Cultura, uma vez que vão sendo criadas, ao longo do tempo, regras para o “bom” funcionamento da sociedade. Quando mais elementos culturais vão sobrepondo aos aspectos naturais, mais complexa se torna a sociedade em questão. Cada grupo social tende a se omplexar, em diferentes espaços/tempo e de diversos formas.
Podemos, assim, afirmar que o que, de acordo com Lévi-Strauss, diferencia uma cultura da outra não é que uma está mais próxima da Cultura e outra da Natureza, mas sim o modo como cada uma estrutura, pela Cultura, a vida social. A diferenciação entre os grupos sociais está diretamente ligada ao modo como tal sociedade se organiza, dái o temos como um teórico Estruturalista.
2) enquanto a ciência racionalista e positivista do século xix desprezava a mitologia, a magia, o animismo e os rituais fetichistas em geral
lévi-strauss entendeu-as como recursos de uma narrativa da história tribal, como expressões legitimas de manifestações de desejos e projeções ocultas, todas elas merecedoras de serem admitidas no papel de matéria-prima antropológica. 
como é o caso dos seus estudos sobre o mito (mythologiques), cuja narrativa oral corria da esquerda para a direita num eixo diacrônico, num tempo não-reversível, enquanto que a estrutura do mito (por exemplo o que trata do nascimento ou da morte de um herói), sobe e desce num eixo sincrônico, num tempo que é reversível. se bem que eles, os mitos, nada revelavam sobre a ordem do mundo, serviam muito para entender-se o funcionamento da cultura que o gerou e perpetuou.
a mesma coisa aplica-se com o totemismo, poderoso instrumento simbólico do clã para reger o sistema de parentesco, regulando os matrimônios com a intenção de preservar o tabu do incesto (cada totem está associado a um grupo social determinado, a uma tribo ou clã, e todo o sistema de casamentos é estabelecido pelo entrecruzar dos que filiam-se a totens diferentes). o objetivo dele era provar que a estrutura dos mitos era idêntica em qualquer canto da terra, confirmando assim que a estrutura mental da humanidade é a mesma, independentemente da raça, clima ou religião adotada ou praticada. contrapondo o mito à história ele separou as sociedades humanas em "frias" e "quentes", formando então o seguinte quadro delas:
sociedades "frias" (primitivas) - encontram-se "fora da história", orientando-se pelo modo mítico de pensar, sendo que o mito é definido como "máquinas de supressão do tempo".
sociedades "quentes" (civilizadas) - movem-se dentro da história, com ênfase no progresso, estando em constante transformação tecnológica. partindo-se das idéias de saussure e do lingüista roman jakobson, e do antropólogo lévi-strauss, especificaram-se quatro procedimentos básicos ao estruturalismo:
- primeiro, a análise estrutural examina as infraestruturas inconscientes dos fenômenos culturais; 
- segundo, considera os elementos da infraestrutura 
como "relacionados," não como entidades independentes; 
-terceiro, procura entender a coerência do sistema; 
- quarto, propõe a contabilidade geral das leis para os testes padrões subjacentes no sentido da organização dos fenômenos.
"a verdadeira contribuição das culturas não consiste numa lista das suas invenções particulares mas na maneira diferenciada com que elas se apresentam. o sentimento de gratidão e de humildade de cada membro de uma cultura dada deve ter em relação a todas as demais não deve basear-se senão numa só convicção: a de que as outras culturas são diferentes, de uma maneira a mais variada e se a natureza última das suas diferenças nos escapa...deve-se a que foram imperfeitamente penetradas.
se a nossa demonstração é válida não há nem pode haver uma civilização mundial no seu sentido absoluto, porque civilização implica na coexistência de culturas que oferecem o máximo de diversidade entre elas, consistindo mesmo nesta coexistência. a civilização mundial não será outra coisa que a coalizão de culturas em escala mundial, preservando cada uma delas a sua originalidade".
3) ideias comuns do estruturalismo
uma das últimas “grandes narrativas” com pretensões generalizantes a ser levada a sério no século xx, o estruturalismo possui alguns pressupostos comuns:
não atomismo: perspectiva na totalidade e não nas partes;
foco nas inter-relações e não na substância: em uma metáfora bem conhecida, o carbono é a mesma substância do diamante e do grafite, só diferindo em sua estrutura.
estruturas são relações entre categorias e relações entre relações.
universalismo: as teorias estruturalistas argumentam a existências de universais nas estruturas comportamentais, culturais, linguísticas e psicológicas; contrapondo ao particularismo e ao individualismo metodológicos.
processos mentais como centro de análise: a realidade de processos e estruturais mentais funcionam como “programas” que ordenam a percepção do mundo e são comuns a todas as culturas, ainda que com características locais. por exemplo, os critérios de taxonomias são particulares a cada cultura, mas o processo de criar taxonomia é universal.
relações sociais: são a matéria-prima para os modelos estruturais.
redução binária: a complexidade das estruturas pode ser reduzida e representada em elementos binários. esses arcabouços de opostos –frio/calor, macho/fêmea, cru/cozido a e alto/baixo dentre outros — organizam o pensamento. há uma lógica universal das dualidades que molda as representações profundas.
representações profundas: a percepção da superfície de um texto, de um mito, um artefato ou da organização social de uma aldeia integra e revela a existência de uma relação estrutural profunda que orienta a manifestação exterior nesses produtos culturais e instituições.
o valor relacional dos elementos: cada componente cultural só faz sentido em relação a outro e com o todo.
sincronia: sendo as estruturas seriam universais e atemporais, a análise diacrônica dos fenômenos passa a ser irrelevante.
transcendência dos problemas ontológicos e epistemológicos do pensamento ocidental: o estruturalismo aborda a relação intrínseca entre seres e coisas, assim as dicotomias do sensível e do racional, da forma e do conteúdo, do abstrato e do concreto dentre outros não fazem sentidos.
Influências
o estruturalismo, principalmente na antropologia de claude lévi-strauss, recebeu influências dos seguintes fatores:
análise da sociedade com termos de infraestrutura, superestrutura e conflito de marx, porém sem seu fundamento materialista.
holismo da psicologia da gestalt para a produção dos sentidos;
pressupostos de um inconsciente e seus mecanismos em conflitos (como o ego, id e superego) para organizar a mente conforme discutia freud.
coletivismo metodológico de durkheim e a universalidade das relações do modo explicado no ensaio sobre a dádiva de mauss.
os estudos das operações lógicas através de culturas de lucien lévi-bruhl.
linguística estrutural de ferdinand saussure e roman jakobson, especialmente nas relações binárias e na ontologia do não ser (por exemplo, chá é um “não café”, a→‘a).
a síntese entre linguística estrutural europeia e a semiótica norte-americana de leonard bloomfield.
um “ancestral” mais remoto na psicologia experimental estruturalista de wilhelm wundt e edward lee thorndike que enfocaram em elementos intuitivo estudados sistematicamente como se fossem fenômenos.
formação da sociedade: resulta da troca das mulheres em um grupo restrito (como a complexa relação controlada por parentesco, coorte e frarias dos povos jês) ou generalizadas (em sociedades amplas) criando mais de um núcleo de parentesco, possibilitando uma sociedade estável.
mitos: a existência de parâmetros em narrativas mitológicas de tão díspares culturas como os povos gês e os gregos revelaria a existência de temas comuns universais que reverberam em outras áreas de suas sociedades, por exemplo na organização espacial das aldeias ou tabus alimentares. essas unidades de mitos, com parâmetros de elementos e narrativa comuns são os mitemas. os mitosdecorrem da necessidade humana de criar sentido no mundo e resolver o dilema da determinação cultural.
o estudo da estrutura e conteúdo seria entendido pela mitologia enquanto o estudo da estrutura e expressão seria entendido pela linguística.
o estruturalismo como método cria modelos sobre fenômenos socioculturais e decifra os mecanismos mentais por dois meios: (1) identificar e isolar os níveis de realidades representáveis que possuam propriedades formais comparáveis; e (2) isolar os fenômenos mais significativos.
4) CADERNO
PENSAMENTO SIMBOLICO
FORMA SIMBOLICA DE VER O MUNDO/METAFORAS, EXIGE MUITO DO RACIOCINIO. NÃO CABE AO ARTISTA/ESCRITOR EXPLICAR OS FATOS, MAS SIM AO INTERLOCUTOR. QUANDO ISSO NÃO SE TORNA POSSIVEL, NÃO PRESUME UMA DEFICIENCIA DO ARTISTA, E SIM DO INTERLOCUTOR.
POVOS AMERINDIOS
CIENCIA – DO TODO P/ PARTE
MITO – DA PARTE P/ O TODO
ESTRUTURALISMO: BUSCA AQUILO QUE AS CULTURAS TEM EM COMUM, NÃO O QUE TEM DE DIFERENTE(MALINOWSKI)
BUSCA DAQUILO QUE É HUMANO, HÁ ALGO EM COMUM DENTRE AS CULTURAS
MITO E RAZAO NÃO OCORREM UMA EM DETRIMENTO DA OUTRA
AO LECIONAR A VER FRANCESA, CRIA-SE UM MITO DE QUE DE FATO SURGIU A IGUALDADE, FRATERNIDADE E LIBERDADE

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