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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA VIVIAN CRISTINA MENEZES STHEFANNY GRANZOTI PEREIRA TIFFANNY AMERICO GROSSI TROCADORES DE CALOR CURITIBA 2018 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA VIVIAN CRISTINA MENEZES STHEFANNY GRANZOTI PEREIRA TIFFANNY AMERICO GROSSI TROCADORES DE CALOR Trabalho realizado para obtenção de nota parcial na disciplina de Introdução à Engenharia Química do curso de Engenharia Química sob a orientação do Prof. Alberto Tadeu Martins. CURITIBA 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO........................................................................... 1 2. TROCADORES DE CALOR ...................................................... 2 2.1. Funcionamento ................................................................... 2 2.1.1. Com armazenagem intermediária ................................... 2 2.1.2. Através de uma parede que separa os fluidos .............. 2 2.1.3. Pela mistura de fluidos ................................................... 3 3. TIPOS DE TROCADORES DE CALOR .................................... 4 3.1. Trocador de calor de Duplo Tubo ..................................... 4 3.2. Trocador de Calor tipo Feixe Tubular ............................... 5 3.3. Trocador de calor em Serpentina ...................................... 6 3.3.1. Aplicações e Funcionamento ......................................... 6 3.4. Trocador de calor de placas .............................................. 7 3.4.1. Aplicações ....................................................................... 7 3.5. Trocadores de calor compactos ....................................... 8 4. MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO ......................................... 9 5. CONCLUSÃO .......................................................................... 10 6. REFERÊNCIAS ....................................................................... 11 1 1. INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo apresentar o princípio de funcionamento dos trocadores de calor e os principais tipos existentes. É intrínseco conhecer os principais modelos com suas vantagens e desvantagens para poder escolher o melhor de acordo com a necessidade do processo industrial. Para tanto, deve- se sempre pensar em otimização, palavra-chave para todo engenheiro químico. 2 2. TROCADORES DE CALOR Um trocador de calor é um equipamento que tem como objetivo a transferência de calor eficiente de um meio para outro. Nesse caso, visa transferir calor de um fluido para o outro, enquanto as temperaturas desse fluidos são diferentes entre si, sendo um fluido quente e outro frio. Os trocadores de calor são utilizados em vários ramos da engenharia, como por exemplo nas áreas de refrigeração, condicionamento de ar, geração de energia, petroquímicas, tratamento de águas residuais, entre outros. 2.1. Funcionamento O funcionamento dos trocadores de calor se baseiam em 3 princípios, sendo o segundo o mais comum na indústria, pois não ocasiona o contato entre os fluidos, permitindo, desta maneira, que os dois fluidos sejam reaproveitados posteriormente. Os princípios restantes possuem aplicações específicas. 2.1.1. Com armazenagem intermediária Os fluídos são escoados de modo intercalado na mesma passagem. Quando o fluido quente atravessa a passagem, o calor é armazenado na parede do trocador. Em seguida o fluido frio atravessa o trocador de calor e absorve o calor armazenado. O método descrito é, geralmente, usado em processos com gases. 2.1.2. Através de uma parede que separa os fluídos Os fluidos escoam no trocador sem contato direto, através de tubulações diferentes, separadas por paredes de alta condutibilidade térmica (paredes essas feitas, geralmente, de metais como o cobre e o alumínio, ou até mesmo de ligas metálicas). O escoamento pode ocorrer e correntes paralelas em que os fluídos entram do mesmo lado do trocador e fluem no mesmo sentido, ou entram por lados diferentes e fluem em sentido contrário; ou em correntes cruzadas onde os fluídos escoam perpendicularmente. O escoamento em corrente cruzada é bastante utilizado em aquecimento de gases e sistemas de refrigeração. 3 2.1.3. Pela mistura de fluidos Dois fluidos de distintas temperaturas se unem em um único sistema, de modo a alcançar uma mesma temperatura final. O processo pode acontecer em ambiente aberto e até mesmo em sistemas fechados. 4 3. TIPOS DE TROCADORES DE CALOR 3.1. Trocador de calor de Duplo Tubo É o tipo mais simples de trocador de calor. Consiste em dois tubos concêntricos com conexões nas suas extremidades para permitir a passagem dos fluidos de uma seção para a outra. Um dois fluidos circula pelo tubo interno e o outro pelo espaço anular entre os tubos, geralmente em sentido contrário ao do tubo interno. A troca de calor ocorre na área de contato entre eles, através da parede da tubulação interna. É de fácil construção e manutenção, além disso possui capacidade de ampliação de área (conectando vários tubos em série). A principal desvantagem deste equipamento é o alto custo por unidade de área de troca térmica, por isso é usado para pequenas vazões ou áreas de troca e para altas pressões. Figura 1: Exemplo de trocador de duplo tubo. Fonte: Universidade Federal de Juíz de Fora. 5 3.2. Trocador de Calor tipo Feixe Tubular Esse tipo de equipamento permite áreas de troca de calor maiores do que um trocador de duplo tubo. Consiste em um casco cilíndrico, com um feixe de tubos em seu interior (banco de tubos). Estes tubos determinam a área de troca térmica entre os fluidos. Um dos fluidos escoa pelo exterior do tubos e o outro circula pelo interior. A estrutura que suporta esse banco de tubos são os espelhos, que são placas de metal perfuradas onde em cada furo são inseridos um dos feixes tubulares. Cada tubo do feixe atravessa as chicanas, que são placas perfuradas. Estas suportam os tubos na posição apropriada, evitam vibrações nos tubos e aumentam a turbulência no escoamento e, consequentemente, aumentam as trocas térmicas. Pode-se construir trocadores com tubos longos e um diâmetro de casco pequeno ou trocadores com tubos mais curtos e diâmetro de casco maior. Para o segundo caso, posiciona-se os tubos de maneira que o fluido faça duas voltas pelo feixe tubular. Vale ressaltar que, se os tubos estiverem fixados na carcaça, uma pequena dilatação dos tubos já será capaz de causar rachaduras no equipamento. Por este motivo, coloca-se cabeçotes em cada uma das extremidades do feixe tubular, dando certa mobilidade para o feixe. Esse tipo de trocador é denominado de “cabeçote flutuante”. As principais vantagens do trocador de calor tipo feixe tubular são: baixo custo por unidade de área de troca de calor e a grande variedade de tipos disponíveis no mercado. A principal desvantagem é a grande dificuldade de realizar alterações em um equipamento já pronto. Figura 2: Trocador de calor tipo feixe tubular ou casco e tubo. Fonte: Metalica 6 3.3. Trocador de calor em Serpentina O trocador de calor serpentina é um equipamento utilizado para processar a troca térmica entre dois fluidos em diferentes temperaturas. Consiste em uma ou mais serpentina de tubos circulares alinhados em uma carcaça.O trocadorde calor serpentina é fabricado através de materiais resistentes e com boa condutividade de calor como, por exemplo, o aço inoxidável, o cobre, entre outros. A transferência de calor ligada a um tubo espiral é mais alta do que a transferência de calor associada a um tubo duplo. 3.3.1. Aplicações e Funcionamento Possui diversas aplicações na engenharia, como no resfriamento e aquecimento de ambientes, condicionamento de ar, na recuperação de calor e em processos químicos como em evaporadores e aquecedores, e também em condensadores, por exemplo. Exemplo de funcionamento: Em caso de resfriamento de água, a serpentina possui em seu interior um fluído a ser refrigerado e um fluído refrigerante que é armazenado em um tubo envolto por sistema de tubos no formato serpentina. A água que é o elemento a ser resfriado circulará dentro do trocador de calor em volta desse tubo para que ocorra o resfriamento. Figura 3: Trocador de calor em serpentina. Fonte: Universidade Federal de Juíz de Fora. Figura 3: Trocador de calor em serpentina (imagem real). Fonte:Termotek 7 3.4. Trocador de calor de placas É o trocador que utiliza placas de metal para transferência de calor entre dois fluidos. Esta categoria de trocadores de calor foi inserida nas indústrias farmacêutivas e de alimentos no ano de 1930, devido à facilidade de limpeza que proporciona.Os trocadores de caor de placas são formados por um pacote de finas placas metálicas prensadas em um pedestal. Esse pedestal dispõe de placas fixa e de aperto móvel, (que possuem bocais para conexão das tubulações de alimentação e de coleta dos fluidos), e de barramentos superior e inferior e de parafusos de aperto.Apresentam grande vantagem sobre os demais tipos de reocadores de calor, pois os fluidos são expostos a uma maior superfície, espalhados sobre as placas, o que facilita a transferência de calor e aumenta a velocidade da variação de temperatura. 3.4.1. Aplicações Em geral, os trocadores de calor de placas são utilizados com finalidade de esfriamento, aquecimento ou recuperação de calor entre líquidos com temperaturas inferiores a 150°C e pressões não maiores que 1,4 MPa. São usados frequentemente no ramo de alimentos colo laticínios, sucos e cervejas, e também na indústria farmacêutica. Figura 4: Trocador de calor de placas. Fonte:Esquema de trocador de calor do tipo casco e tubo Fonte: Universidade Federal de Minas Gerais 8 3.5. Trocadores de calor compactos São equipamentos que estimulam a transferência de calor entre dois fluidos geralmente separados por uma interface sólida, e que possuem elevada área de transferência de calor e volume do trocador. Exemplos: trocadores de placa e espiral, trocadores com tubos aletados, resfriadores a ar e variações do trocador casco e tubo. Figura 5: Trocador de calor compacto. Fonte: Metalica. 9 4. MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO Para o bom funcionamento do trocador de calor, é necessário que haja inspeções frequentes. Para a avaliação do estado das paredes do trocador de calor, são usados dois métodos, o método do gás hélio, que consiste em preencher totalmente o trocador com gás hélio e, posteriormente, observar se houve vazamento, através de um espectro de massa, com o intuito de medir a concentração do gás. O método é capaz de detectar micro vazamentos; O método da corrente parasita se fundamenta na aplicação de um forte campo eletromagnético no trocador de calor, ocasionando correntes de Foucault, que são medidas e, se encontradas abaixo do padrão indicado, apontam dano na estrutura metálica. Os trocadores de calor tendem a acumular impurezas na superfície dos tubos, devido a passagem dos fluidos. Para evitar futuros danos, deve-se inspecionar regularmente a higiene dos trocadores, especialmente, de suas superfícies, pois a incrustação tente a prejudicar o rendimento e a diminuir o contato entre o fluido e a parede do trocador. Esse equipamento necessita de desmontagem e limpeza periodicamente. 10 5. CONCLUSÃO Podemos observar que os trocadores de calor realizam funções além das trocas térmicas. Ao longo da pesquisa concluímos que são responsáveis pela otimização do aproveitamento energético nas indústrias. Quando bem planejados, dimensionados e conservados, os trocadores de calor são capazes de executar de modo mais eficiente as trocas térmicas, tornando-se economicamente interessante, o que pode desencadear maior competitividade do produto final. Os trocadores de calor beneficiam, também, o meio ambiente, devido ao fato evitarem o descarte de fluidos em alta temperatura e, também, até mesmo por tornarem possível o reaproveitamento dos fluidos que seriam descartados, para outros procedimentos. 11 6. REFERÊNCIAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUÍZ DE FORA – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA E DE PRODUÇÃO, podendo ser encontrado em: http://www.ufjf.br/washington_irrazabal/files/2014/05/Aula-23_Trocadores-de- Calor.pdf BEJAN, ADRIAN. São Paulo E. Blucher. Transferência de calor.1996 DE OLIVEIRA, G. A. Dimensionamento de um Trocador de Calor Tipo Casco e Tubos. 2010. Trabalho Acadêmico (Graduação em Engenharia Mecânica) – Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia. http://www.trocadordecalor.com.br http://wwwo.metalica.com.br/principais-tipos-de-trocadores-de-calor http://www.termotek.com.br/ https://betaeq.com.br/index.php/2015/09/08/trocadores-de-calor-do-tipo-placas/
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