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Sociedade, Comunicação e Cultura (a11)

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Sociedade, Comunicação e Cultura 
Aula 11 
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. 
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de 
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente 
virtual de aprendizagem UNINOVE. 
 
 
Uso consciente do papel. 
Cause boa impressão, imprima menos. 
 
Aula 11: Globalização 
 
Objetivo: Compreender as características da globalização, sua influência na 
economia de mercado contemporâneo, bem como nas relações sociais diárias, na 
língua, no trabalho, na educação, suas vantagens e desvantagens, e, mais do que 
teorizar, compreender seus meandros. 
 
 
O que é globalização – conceito 
 
O conceito de globalização carrega em si uma enorme complexidade, pois 
ultrapassa séculos de história e desenvolvimento e envolve a sociedade em todos os 
ambitos, modificando culturas e povos nos mais recônditos lugares do planeta. 
Ninguém está livre dela, pois, enquanto processo econômico e social, a globalização 
estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. É através 
de aparatos extremamente tecnológicos que pessoas, governos e empresas trocam 
ideias, realizam transações financeiras e comerciais, e espalham aspectos culturais 
indistintamente pelos quatro cantos do mundo. 
Conforme Santos (2002): 
 
Nas últimas três décadas, as interações transacionais conheceram 
uma intensificação dramática, desde a globalização dos sistemas de 
produção e das transferências financeiras, à disseminação, a uma 
escala mundial, de informação e imagens através dos meios de 
comunicação social ou às deslocações em massa de pessoas, quer 
 
como turistas, quer como trabalhadores migrantes ou refugiados. A 
extraordinária amplitude e profundidade destas interações 
transacionais levaram a que alguns autores as vissem como ruptura 
em relação às anteriores formas de interações transfronteiriças, um 
fenômeno novo designado por “globalização” (...). (Santos, 2002, p. 
25). 
 
 
Esse processo reduz o mundo ao que McLuhan (1964) chamou de “Aldeia 
Global”, um mundo cada vez menor pela quebra das barreiras de distância e tempo 
creditado à criação de uma rede de conexões que facilitam as relações culturais e 
econômicas de forma rápida e eficiente. As tecnologias passam a ditar as normas de 
inclusão e exclusão numa sociedade cada vez mais próxima. 
 
Um pouco de história 
 
A globalização, palavra da moda, aclamada a todo o momento, responsável 
pelas maravilhas modernas que tanto nos encantam, mas também pelas mazelas 
que a humanidade enfrenta, na verdade, é um processo social e econômico mais 
antigo do que podemos imaginar. Ela teve início na chamada Idade Média, nos 
séculos XV e XVI, com as Grandes Navegações e as Descobertas Marítimas. 
Os desbravadores (como Cristóvão Colombo e Pedro Alvarez Cabral), com 
suas caravelas, cruzaram os mares em busca de novas terras, da rota das 
especiarias, da seda, de caminhos que levassem a liberdade e a lugares que 
pudessem subsidiar as necessidades de uma Europa necessitada de novas fontes 
de recursos e abastecimentos. Nesse navegar, entraram em contato com outros 
povos e civilizações, outros continentes e, a partir daí, começaram a estabelecer 
novas relações culturais e comerciais. 
Surgem também os conflitos, claro. São povos, tradições, usos e costumes 
diferentes e, logo, se estabelecerá uma relação de forças entre “os diferentes”, 
muitas delas resolvidas a ferro e fogo, resultando no colonialismo, no escravismo e 
na subserviência de um povo para com o outro. 
Mesmo com todos os problemas advindos desse contato, deve-se reconhecer 
que é a partir daí que começa o “vai-e-vem” de povos de um continente para o outro, 
a criação de rotas de comércio de mercadorias e de gente, a troca de tecnologia, a 
busca de adaptação à realidade, clima e demais aspectos culturais do mundo novo: 
é uma verdadeira corrida exploratória sem fim. 
 
No entanto, a globalização só se concretizou no século XX com a queda do 
socialismo1 no Leste europeu e na União Soviética. As mudanças na geopolítica 
mundial fizeram o neoliberalismo2 ganhar forças na década de 1970, impulsionando 
o processo de globalização econômica. 
Com o liberalismo econômico, muitas empresas multinacionais buscaram 
conquistar novos mercados e consumidores como forma de ampliar o mercado 
interno já saturado. Uma das principais investidas foi a busca por novos mercados 
consumidores, principalmente nos países recém-saídos do socialismo. 
Diversos países tiveram a mesma iniciativa e a concorrência impulsionou um 
novo mercado, o da tecnologia, que ajudou as empresas a baratearem os preços, 
ampliar o mercado e também a estabelecerem novos contatos comerciais e 
financeiros de forma rápida e eficiente para além de suas fronteiras. 
Neste contexto de mudanças, mais uma vez as tecnologias assumem o topo 
da prioridade para as multinacionais e entram em cena a internet, as redes de 
computadores, os meios de comunicação via satélite, etc. 
Além dos contatos comerciais e das exportações, a indústria investe cada vez 
mais no barateamento do processo produtivo, e muitas delas passas a produzir suas 
mercadorias em países em que a mão de obra, a matéria-prima e a energia são 
mais baratas. Um exemplo disso são as empresas norte-americanas que projetam 
seus produtos nos EUA, usando matéria-prima da América Latina e produzindo e 
finalizando na Indonésia, para só então distribuir para todo o mundo. 
Outra característica importante da globalização é a ascensão no mercado 
internacional dos chamados Tigres Asiáticos (Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul 
e Taiwan), que após grandes investimentos em educação e tecnologia nas décadas 
de 1980 e 1990, conseguiram despontar no mercado internacional com produtos 
tecnológicos e de baixo custo. Juntos, conseguem uma grande fatia do mercado 
exportador e apresentam ótimos índices de desenvolvimento econômico e social. 
Para chegar nesse patamar de desenvolvimento, os quatro países 
desenvolveram um modelo industrial denominado Industrialização Orientada para a 
Exportação (IOE), no qual implantaram um parque industrial para as indústrias 
transnacionais que se estabeleceram nesses países e as empresas locais, 
destinado principalmente ao mercado exterior. 
 
 
 
Os Novos Tigres Asiáticos 
 
Esse modelo de crescimento econômico e social dos Tigres Asiáticos acabou 
servindo para outros países do sudeste asiático e proporcionou um rápido processo 
de expansão e industrialização na Indonésia, Vietnã, Malásia, Tailândia e Filipinas. 
Somando forças com os quatro Tigres originais, esses “Novos Tigres” atualmente 
fazem parte das redes de negócios de empresas dos Estados Unidos, do Japão e de 
outros países desenvolvidos. 
A principal característica das indústrias instaladas neles são as já tradicionais 
indústrias têxteis, calçados, alimentos, brinquedos e produtos eletrônicos. No 
entanto, devido ao excedente de mão de obra sem qualificação, em todos esses 
países, o resultado são produtos bem mais baratos do que os produzidos em outros 
países e, por isso, conseguem atender à demanda de países de todos os lugares do 
mundo. 
É comum encontrarmos no comércio, seja pequeno, médio ou, mesmo, 
grande, produtos (de alimentos a roupas e adereços) com etiquetas, principalmente, 
de Taiwan e China. A qualidade de alguns é um tanto duvidosa, mas e daí? É essa 
outracaracterística da globalização: produtos supérfluos e de curta duração, pois 
tudo passa, muda e perde o valor muito rapidamente. 
Como afirma Reis (2002): 
 
O mundo é, em geral, maior do que se pressupõe. Por isso, a ideia 
de globalização é, em grande parte, uma metáfora. Uma metáfora 
justificada por um universo – o universo-da-globalização – que é 
apenas uma parte do universo-propriamente-dito. (Reis, 2002, p. 
105). 
 
 
Portanto, conforme o autor, pensar a globalização é pensar não apenas um 
mundo, mas o universo. Algo maior do que hoje as economias globais podem 
mensurar. 
 
 
 
 
 
 
Considerações finais 
 
Concluímos, assim, que a globalização é, hoje e sempre, um sistema 
complexo que envolve relações globais entre as corporações que vão engolindo, aos 
poucos, os sistemas locais, provocando o contato entre nações, povos e culturas 
antes distantes e mudando nossa concepção de mundo. Estamos todos sujeitos às 
normas e regras ditadas pelo mercado de consumo da moda, das novas ideologias, 
da diversidade, das tecnologias e não se adequar a este processo é ser invisível e, 
certamente, não é isso que queremos. 
 
Na próxima aula, continuaremos a falar sobre a globalização e os demais 
blocos econômicos que comandam a nova ordem econômica mundial. Mas, por ora, 
dê uma passadinha no AVA e teste os seus conhecimentos. Não se esqueça de tirar 
quaisquer dúvidas com seu professor. 
 
Saiba mais 
 
Socialismo1: é uma doutrina política e econômica que surgiu no final do século XVIII 
e se caracteriza pela ideia de transformação da sociedade através da distribuição 
equilibrada de riquezas e propriedades, diminuindo a distância entre ricos e pobres. 
Karl Marx, um dos principais filósofos do movimento, afirmava que o socialismo seria 
alcançado a partir de uma reforma social, com luta de classes e revolução do 
proletariado, pois no sistema socialista não deveria haver classes sociais nem 
propriedade privada. 
 
Neoliberalismo2: é um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que 
defende a não participação do estado na economia. Nele, deve haver total liberdade 
de comércio para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social de 
um país. O neoliberalismo defende a pouca intervenção do governo no mercado de 
trabalho, a política de privatização de empresas estatais, a livre circulação de 
capitais internacionais e ênfase na globalização, a abertura da economia para a 
entrada de multinacionais, a adoção de medidas contra o protecionismo econômico, 
a diminuição dos impostos e tributos excessivos, etc. 
 
 
Vale a pena conferir 
 
Filmes: 
 
1. Trabalho Interno: documentário vencedor do Oscar 2011 que fala sobre a crise 
econômica atual, explicando de modo didático o sistema financeiro mundial e como 
a crise se desenvolveu da Islândia aos Estados Unidos. 
 
2. Mondovino (Argentina, França, EUA – Direção: Jonathan Nossiter). O filme é uma 
investigação sobre o tema da globalização, tendo como principal personagem a 
indústria do vinho e a transformação das formas de produção no velho mundo, 
influenciadas pelo mercado americano. O diretor, antigo sommelier, de origem 
francesa, aponta a influência americana, em especial a da vinícola Mondavi, que ao 
se alastrar na Europa contrapõe, através da tecnologia e da manipulação humana, a 
tradição do terror, dos barris de carvalho, das regiões produtoras francesas e 
italianas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M.H.P. Temas de Filosofia. 3. ed. São Paulo: 
Moderna, 2005. 
BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de 
Janeiro: Jorge Zahar, 1999. 
GIDDENS, Anthony. O mundo na era da globalização. 2. ed. Lisboa: Presença, 
2000. 
HOBSBAWM, Eric. Globalização, Democracia e Terrorismo. São Paulo: Companhia 
das Letras, 2007. 
MCLUHAN, Marshall. A galáxia de Gutenberg: a formação do homem tipográfico. 
São Paulo: Nacional,1972. 
REIS, José. A globalização como metáfora da perplexidade? Os processos 
geoeconômicos e o “simples funcionamento dos sistemas complexos”. In: A 
Globalização e as Ciências Sociais. Boaventura, S. Santos (org). 2. ed. São Paulo: 
Cortez, 2002. 
SANTOS, Boaventura de Souza. Os processos da globalização. In: A Globalização e 
as Ciências Sociais. Boaventura, S. Santos (org). 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

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