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Metabolismo de açúcares e hormônios

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2º aula de metabolismo – dia 28.08.18
HORMONIOS:
Os hormônios podem auxiliar na regulação do nosso metabolismo. Cada célula do nosso organismo secreta produtos ou fermentos especial no sangue que influenciam todas as células, integrando elas por mecanismos diferentes do sistema nervoso. 
Vários tecidos são considerados glândulas endócrinas, como por exemplo o sistema nervoso central, em especial a hipotálamo e a hipófise que são regiões que secretam hormônios.
Os hormônios secretados pelas glândulas possuem diferentes mecanismos de ação que irá depender da característica do hormônio, pode ter hormônios que se ligam a receptores presentes na membrana plasmática. TODO HORMONIO SE LIGA A ALGUM TIPO DE RECEPTOR. O hormônio não tem uma resposta direta, ele precisa se ligar a um receptor que irá desencadear uma resposta intracelular, como por exemplo um aumento no nível do segundo mensageiro (ex: AMP-ciclico). O AMP-ciclico pode levar a alteração de enzimas que podem inibir ou ativar essas enzimas, ele também pode alteração a transcrição enzimática.
Existem hormônios que são lipossolúveis, que passam direto pela membrana plasmática e membrana nuclear, e se ligam a receptores presentes dentro do núcleo que pode influenciar na transcrição gênica. 
Os hormônios sempre vão se ligar a receptores com alta afinidade, onde uma pequena molécula hormonal pode desencadear uma alta resposta intracelular. 
Existem hormônios dipeptideos que são formados por aminoácidos, como por exemplo a insulina (produzida pelas células beta pancreaticas) e o glucagon. Eles tem um processamente proteolítico, eles são armazenados em vesículas de uma maneira inativa, e sofrem uma clivagem proteolítica para se tornarem ativos. O Pancreas consegue armazenar na forma de pré-hormonio e quando tem um estímulo para a ativação ocorre uma clivagem proteolítica nesse hormônio, e assim é liberado na corrente sanguínea para exercer inúmeras funções metabólicas. Esse hormônio age a partir de receptores da membrana plasmática que irá ativar a sinalização de mensageiros secundários. 
O receptor de insulina é extremamente sensível, que irá desencadear várias respostas intracelulares, como por exemplo a síntese de lipídeos, proteínas e glicose. E pode também influenciar nos níveis de captação de glicose por alguns tipos de transportadores específicos de glicose. Isso envolve a fosforilação de resíduos presentes no receptor, assim que tem a ligação da insulina que irá promover uma cascata de sinalização intracelular que promove efeitos globais. 
A insulina, glucagon e adrenalina eles agem através do aumento de AMP-ciclico que irá ativar a proteína quinase A, essa proteína é sensível aos níveis de AMP-ciclico. Ela participa de inumero processos metabólicos principalmente de fosforilação que pode ativar ou inibir inúmeras enzimas metabólicas.
A Adrenalina é uma catecolamina que é sintetizada a partir de tirosina, que também tem uma resposta através de receptores da membrana plasmática, que altera mensageiros secundários. Tem um resposta quase que imediata 
Testosterona é um hormônio esteiroide, insolúvel que está ligado a receptores nucleares de regulação e é sintetizado a partir do colesterol. A vitamina D age através de receptores nucleares que também é sintetizada através do colesterol. Ácido retinoico derivado da vitamina A e hormônios tireoidianos. Esses quatro hormônios se ligam em receptores nucleares que estão envolvidos na transcrição gênica e possuem um mecanismo de ação mais demorado, pois necessitam de mecanismos de transcrição e expressão gênica. 
O óxido nítrico é derivado de um aminoácido e oxigênio, é considerado um hormônio de ampla atuação que se difunde facilmente pelos tecidos, ele tem um receptor citosólico.
A recepção de hormônios pelos receptores irá desencadear uma cascata de sinalização que pode ser mediada pelo sistema nervoso central. Como por exemplo, a sensação de estomago vazio que ocorre a partir de uma recepção do sistema nervoso central, que irá desencadear a liberação de hormônios ( Gastrina) que irão sinalizar a fome. 
Outros hormônios podem ser neurotransmissores que irão ativar a contração muscular, como por exemplo acetilcolina. E também tem os neurotransmissores que irão amplificar o sinal até a célula alvo. 
A regulação endócrina ocorre por distâncias maiores, a glândula é capaz de secretar o hormônio na corrente sanguínea que irá transportar esse hormônio por longas distancias, e pode influenciar no seu efeito mais amplo (ex: pâncreas secretando insulina e a tireoide secretando os hormônios tereoidianos).
Sistemas de ativação desses hormônios..
Sistema Nervoso Central, em especial o hipotálamo que irá perceber os sinais do organismo e irá levar respostas intracelulares mediadas por fatores de liberação, chamados de hormônios hipotalâmicos que irão atingir primeiramente alvos primários, como por exemplo a adenohipofise que irá liberar outros tipos de hormônios, isso irá ter uma cascata de ativação de hormônios até chegar a célula alvo final. Como por exemplo, a adenohipófise libera corticotropina que ativa a glândula suprarrenal para liberar cortisol, adelterona e corticoesterona que tem efeitos em uma condição de estresse que irá ativar essa via e um aumento no cortisol.
T4 E T3 são hormônios tireodianos, onde o T3 é a forma mais ativa do hormônio. Eles sofrem uma ativação anterior, a adenohipofise libera tireotropina que estimula a tireoide a liberar o T4 ou o T3.
Os hormônios sexuais testosterona e o estrogeneo eles tem uma ativação no ovário ou nos testículos promovidos por hormônios liberados pela adenohipofise, como por exemplo o hormônio folículo estimulante e o hormônio luteinizante.
O hormônio do crescimento, somanotropina tem efeitos no fígado e no osso, e também é liberada pela adenohipofise 
Prolactina é um hormônio estimulado principalmente na fase de amamentação.
A Neurohipófise também é um alvo primário do hipotálamo, irá estimular a produção de ocitocinas que terão efeitos diretos nas glândulas mamárias e no músculo liso no momento do parto, que irá estimular a contração do útero.
Vasoprecina que irá regular a pressão arterial, que também tem regulação pelo sistema nervoso central.
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS – VIA GLICOLITICA 
Os carboidratos serão a nossa fonte inicial para obter energia. Os carboidratos são polímeros, que são formados por monómeros de glicose. Pode ser um polialdeido ou uma poliacetona, pois eles serão formados por aldoses que tem característica de uma dupla OH ou por cetoses (cetonas) que tem a dupla COOH no final.
Os carboidratos serão principalmente formados por C,H e O em grandes cadeias. Os carboidratos serão classificados em monossacarídeos, dissacarídeos ou polissacarídeos. Os monossacarídeos é um monómero, uma única molécula como por exemplo a glicose. Eles podem ser encontrados na forma beta ou na forma alfa, essas formas tem relação com a hidroxila que está presente no monômero. Na forma beta a hidroxila está para cima em relação a molécula, e na forma alfa a hidroxila está para baixo. 
Os monossacarídeos irão realizar ligações glicosídicas para formar dissacarídeos e polissacarídeos, essa ligação ocorre entre dois monómeros. Nessa ligação ocorre uma hidrólise, onde a hidroxila é retirada do primeiro monómero com o hidrogênio do segundo monómero. A ligação alfa irá ocorrer entre o monómero alfa do primeiro monossacarídeo e o monómero beta do segundo monossacarídeo. A ligação beta irá ocorrer entre o monómero beta do primeiro monossacarídeo e o monómero beta do segundo monossacarídeo. O tipo de ligação realizada será importante para a estrutura que será formado nos polissacarídeos. Oligopolissacarídeos são grandes cadeias formadas por monossacarídeos. Exemplos de carboidratos que realizam ligações glicosídicas:
Lactose- Realiza ligação glicosídica do tipo beta 1,4, ocorre entre a Galactose e a Glicose.
Sacarose – realiza ligação glicosídica do tipo alfa 1,2, ocorre entre Frutose e Glicose
Tralose – realiza ligação glicosídica do tipoalfa, ocorre entre dois monômeros de glicose.
Os polissacarídeos serão moléculas de armazenamento, serão utilizados como armazenamento para o animal ou o ser vivo. Exemplo disso, o glicogênio (armazenamento de glicose nos animais tanto no músculo como no fígado, ligações alfa 1,6 que darão origens a ramificações e algumas poucas ligações alfa 1,4 que são mais retilíneas). Como por exemplo a celulose que forma ligações beta 1,4, essa ligação só acontece em plantas. Nos seres vivo não produzimos a enzima necessária para a quebra desse ligação beta 1,4, essa enzima será encontrada no sistema digestório de ruminantes. No nosso sistema digestório, a celulose não será digerida porém é importante para formar as fezes.
Tanto o glicogênio como o amido são a nossa forma de obtenção da glicose. Como o amido é degradado??
O amido é degradado pela ptialina (alfa amilase salivar) em maltose e em pequenos polissacarídeos, que serão degradados pela em maltase e a alfa dextrinase no intestino onde também irá ocorrer a degradação da lactose em galactose, a enzima responsável por esse processo é a lactase. A galactose será eliminada em glicose? O amido que não foi degradado na boca será degradado pela alfa amilase pancreática no intestino, e a sacarose ingerida pelas frutas será degradada pela sacarase em frutose e a glicose. Essa glicose que foi obtida pela alimentação será absorvida pelas células intestinais e será transportada pro tecido sanguíneo.
- REGULAÇÃO DA GLICEMIA
Então, a glicose ingerida na alimentação será levada para o tecido sanguíneo que irá distribuir em todo corpo. Todas as células do nosso corpo utilizam glicose, algumas células utilizam preferencialmente e outras utilizam somente glicose. Ex: células neuronais (somente glicose) e os eritrócitos (utilizam preferencialmente glicose), por isso que quando em jejum ficamos mais com o pensamento mais devagar. O musculo esquelético utiliza glicose, porém tem uma forma de armazenamente quando tem altos níveis de glicose. O fígado também como combustível e também armazena a glicose em forma de glicogeneo em altos níveis, onde será regulado pelo pâncreas que irá sinalizar quando o fígado deve armazenar a glicose em altas doses através da insulina ou pro fígado não gastar essa glicose como combustível e liberar a glicose que tiver armazenada através do glucagon. A glicose também vai para o tecido adiposo e quando está em altas taxas será transformada em tecido adiposo. 
A glicose é absovida pelo intestino e levada para o tecido sanguíneo, onde será carreada para todo o corpo e no fígado ela é careada pela veia porta. E no fígado ela não serve apenas como combustível, serve também como forma de armazenamento que é o glicogênio para o nosso corpo. A glicose entra nas nossas células a partir dos transportadores GLUT, existem 12 tipos de GLUT no nosso corpo. A glicose precisa de um transportador. O GLUT ele estará em todas as células do nosso corpo, porém alguns tipos de GLUT serão encontrados em alguns tipos de células do que em outras. Exemplo: o GLUT 2 estará presente no fígado, ilhotas pancreáticas e no intestino será essencial para o transporte de glicose para dentro e para fora do fígado. Eles é sensível à altas ou a baixas taxas de glicose. O GLUT 4 está presente nos músculos, gordura e coração, ele é especial porque ele é sensível a insulina. Ele vai transportar a glicose quando tiver a sinalização da insulina.
Geralmente os GLUT irão transportar por afinidade, quando tiver uma alta taxa de glicose no meio a glicose irá se ligar ao transportador, esse transportador irá se fechar internalizando a glicose e depois vai se abrir para dentro da célula, levando a glicose para dentro da célula. Isso quando o transportador é sensível a glicose. Em GLUT 4, como ele é dependente de insulina, quando tiver uma alta taxa de glicose, a glicose irá sinalizar para o pâncreas que deve ter produção de insulina, a insulina produzida irá se ligar ao transportador de insulina ( a tirosina) fazendo com que haja uma cascata de sinalização, essa cascata de sinalização irá ativar as vesículas de transportadores que será transportada para a membrana celular, onde irá de fundir e expressar seus transportadores, no caso GLUT 4. Quando esse transportador tiver na membrana, ele vai começar a transportar glicose para dentro da célula. Quando tiver a diminuição dos níveis de glicose fora da célula, também terá diminuição dos níveis de insulina, o que irá levar a diminuição dos receptores de GLU4 na membrana, voltando a ser internalizado em vesículas novamente. Quando tiver uma nova sinalização de insulina, esse transportador será difundido novamente na membrana plasmática. 
Esses transportadores de glicose irão regular os níveis de glicose dentro de fora da célula, glicemia é o índice de glicose fora da célula que estará circulante no sangue. Os níveis de glicose serão mantidos dentro de uma faixa estreita pela ação da insulina e glucagon. Essas regulação dos níveis de glicose é chamado de homeostase. 
A insulina é produzida pela célula beta pancreática, ela irá auxiliar na internalização da glicose quando essa glicose estiver em níveis altos fora da célula. Logo, os níveis de glicose irão estimular a secreção de insulina, que irá estimular a captação de glicose pelos receptores (GLUT4) presente nas células. 
E quando a glicose estiver em níveis baixos, o glucagon irá sinalizar que a glicose não seja internalizada por algumas células e seja liberada por outras células, por exemplo o fígado, onde o glucagon irá sinalizar a liberação da glicose armazenada no fígado em forma de glicogênio.
COMO QUE É SECRETADA A INSULINA?
A glicose irá entrar nas células beta pancraticas pelo receptor GLUT 2 que é sensível a glicose, essa glicose irá produzir ATP através da glicólise. Esse ATP irá sinalizar para o transportador de potássio que esse transporte de potássio deve ser interrompido para que não ocorra a mudança de potencial da célula, levando a despolarização da membrana plasmática. Assim, o transportador de cálcio poderá aumentar transporte de cálcio para dentro da célula. Esse cálcio adicionado na célula irá para o retículo endoplasmático, que será importante para a produção de insulina que será transportada para o complexo de Golgi onde será armazenada em vesículas. Também com a sinalização de cálcio, essas vesículas que contem a insulina inativa serão ativadas e serão secretadas para fora da célula. A glicose irá ativar toda essa cascata para que haja a liberação de insulina.
A alimentação rica em amido irá aumentar o nível de glicose no sangue, que irá estimular as células beta pancreáticas na produção de insulina. Essa insulina do pâncreas vai para o fígado e irá sinalizar para as células do fígado para que elas absorvam essa glicose e formem o glicogênio, quando a glicose tiver em níveis altos. Em jejum, o nível de glicose será baixo e irá estimular as células alfas pancreáticas para a produção do glucagon. Esse glucagon vai para o fígado e vai sinalizar que o glicogênio seja quebrado e liberado a glicose no tecido sanguíneo para alimentar as células e que o próprio fígado pare de utilizar essa glicose como combustível. 
A insulina e o glucagon são de extrema importância para a manutenção da glicemia, são de extrema importância também para a formação do glicogênio. 
- GLICOLISE 
A glicólise tem grande importância no metabolismo de plantas, animais e microorganismo. É capaz de formar polímeros de alta massa molecular como amido em plantas e glicogênio em animais. É importante ressaltar que quando a demanda energética aumenta esses polímeros utilizados para armazenamento pode ser utilizado para produzir ATP de forma aeróbico ou anaeróbia. É um precursor de intermediários metabólicos em reações biossintéticas. É a via central de catabolismo da glicose. 
A glicólise vai utilizar uma molécula de glicose, gerando duas moléculas de piruvato e com isso vai gerar duas moléculas de NADH e quatro moléculas de ATP. 
A glicólise é separada em duas fases, primeiramente vem a fasepreparatória onde teremos a utilização de duas moléculas de ATP. Nessa fase teremos a glicose sendo lisada, e tendo a utilização de duas moléculas de ATP para que ocorra a lise da glicose em duas moléculas com 3 carbonos. Na primeira reação, a glicose vai ser fosforilada pela Hexoquinase, essa enzima irá utilizar um ATP para transferir o fosfato do APT para a glicose, formando a glicose-6-fosfato. Essa transferência do fosfato do ATP irá torna-lo ADP. Essa primeira reação é muito importante!! Ela é o ponto de regulação da via da glicólise, a partir dessa reação poderemos saber se teremos muita ou pouca ativação da via de glicólise, pois a Hexoquinase será regulada por alguns fatores e isso fará com que aumente ou diminua a glicólise. Além disso, essa sração tem um delta g negativo, isso dificulta que a reação ocorra ao contrário. Essa reação é irreversível. O magnésio estará presente como um cofator, auxiliando para que ocorra a reação. Mas será ele que vai regular a enzima. 
Na segunda reação, essa glicose-6-fosfato formada terá a translocação do grupamento carbono pela fosfo-hexose-isomerase, que irá translocar a posição do carbono 1. Transformando a glicose-6-fosfafo em frutose-6-fosfato.
Na terceira reação, a frutose-6-fosfato será fosforilada pela fosfofrutoquinase-1 (PFK1) sendo gerada a frutose-1,6-bifosfato. A PFK1 pega o fosforo do ATP e transfere para a frutose-6-fosfato, gerando frutose-1,6-bifosfato. Essa reação é o segundo ponto de regulação da glicólise!! Terá reguladores que vai atuar na fosfofrutoquinase-1 (PFK1), que vão regular a maior ou a menor ativação da glicólise. Também é um ponto irreversível, pq também tem um delta g negativo. 
Na quarta reação, a frutose-1,6-fosfato será lisada pela aldalose ou aldolase em dihidroxiacetona-fosfato e glicaraldeido-3-fosfato. Essa etapa dará o nome a via! Porque tínhamos uma molécula com 6 carbonos e será gerada duas moléculas com 3 carbonos, ocorrendo a quebra da glicose.
Na quinta reação, a diidroxiacetona-fosfato irá se tornar gliceraldeído-3-fosfato pela ação da enzima triose-fosfato-isomerase. Assim, teremos duas moléculas de gliceraldeido-3-fosfato. Encerrando a primeira fase da glicólise!!
Na fase de pagamento ou compensação, é nessa fase que será compensado a utilização de dois ATPs nas reação 1 e 3 da primeira fase, e será gerado 4 moléculas de ATP. Nessa fase será formada duas moléculas de NADH, que é muito importante no transporte de elétrons e na manutenção da glicólise. Além disso, duas moléculas de piruvato também será gerada! 
Na segunda fase, ocorrerá uma sexta reação onde o gliceraldeído-3-fosfato será fosforilado com um fosfato inorgânico, esse fosfato não irá vir mais do ATP, a enzima gliceraldeído-3-fosfato-desidrogenase será responsável por catalisar essa reação. O gliceraldeído-3-fosfato será fosforilado por um fosfato inorgânico, além disso, esse gliceraldeido será oxidado, ele vai perder um hidrogênio para o NAD formando NADH. Serão formados duas moléculas de NADH, pois são duas moléculas que vão participar desse processo. Esse NADH formado será muito importante para outras vias como por exemplo a formação do Lactato e na cadeia transportadora de elétrons. A partir de toda essa reação será formado o 1,3-bifosfoglicerato, que irá conter o fosfato inorgânico que foi inserido a partir da participação da enzima gliceraldeido-3-fosfato-desidrogenase. 
Na sétima reação, o 1,3-bifosfoglicerato irá doar o fosfato para o ADP, a partir da ação da enzima fosfoglicerato-quinase. Essa enzima irá retirar o fosfato que o bifosfato recebeu e irá levar para o ADP, tornando-o ATP. Nessa reação, teremos a formação de duas moléculas de ATP pois duas moléculas de bifosfoglicerato participam desse processo. Essa reação não é um ponto de regulação, porém é uma reação irreversível tendo um delta g negativo.
Na oitava reação, o 3-fosfoglicerato irá translocar o fosfato por meio da enzima fosfoglicerato-mutase, formando o 2-fosfoglicerato.
Na nova reação, o 2-fosfoglicerato será hidrolisado pela enzima enolase formando o fosfoenolpiruvato e liberando uma molécula de água. 
Na décima reação, encontramos o terceiro e último ponto da via glicolitica. Será o ponto onde a enzima será regulada para que ocorra mais ou menos atividade de glicólise. A enzima piruvato-quinase será regulada por moléculas externas, o que irá fazer com que ocorra mais ou menos glicólise. Esse ponto também é um ponto irreversível, pois tem delta g negativo. Nessa reação, o fofoenolpiruvato irá doar seu fosfato por meio da enzima piruvato-quinase para o ADP, formando o piruvato e o ATP. Por ter a participação de duas moléculas de fosfoenolpiruvato, teremos como saldo final dessa reação, duas moléculas de piruvato e duas moléculas de ATP. 
COLOCAR A REAÇÃO GERAL DA GLICOLISE
A glicólise é uma reação irreversível, porque teremos um delta g altamente negativo em algumas reações, fazendo com que a glicólise não volte do piruvato a glicose. As reações que são altamente negativas são, a fosforilação da glicose formando glicose-6-fosfato com um delta g negativo, a fosforilação da frutose -6-fosfato também com o delta g negativo e também a última reação que é a fosfoenolpiruvato formando piruvato e ATP.
A regulação da glicólise será feita pela taxa enzimática de enzimas chaves da via glicolitica que são necessárias para manter os níveis de ATP constantes, assim como os intermediários. Essas enzimas são as enzimas Hexoquinase, PFK-1 e a Piruvato-quinase. Essas enzimas serão reguladas para que tenham uma atividade maior ou menor dentro da via glicolitica. 
A hexoquinase é derivada da família das isoenzimas, que são proteínas codificadas por genes diferentes que teram a mesma função catalítica em uma determinada reação. No caso, a hexoquinase terá genes diferentes que vão produzir hexoquinases diferentes, mas no final terão a mesma função de fosforilar a glicose. A heoxquinase possui 4 isoenzimas, dessas 4 isoenzimas a hexoquinase I esterá presente nos músculos, cérebro e tecido adiposo. A hexoquinase II esterá presente em miócitos e no tecido adiposo. A hexoquinase III esterá presente nos músculos. Essas hexoquinases serão inibidas alostericamente pelo aumento da glicose-6-fosfato dentro da célula. A hexoquinase IV está presente no fígado, ela vai ter um Km diferente do Km das outras hexoquinases, isso mostra que a hexoquinase IV tem menos afinidade pelo substrato da glicose. Isso é importante porque se ela atinge a saturação depois, ela vai fazer com que mais glicose permaneça dentro da célula formando menos glicerolaldeido-3-fosfato. Quando o nível de glicose for alto, ela será armazenada e quando o nível de glicose for baixo, a glicose que foi gerada será liberada pelo fígado sem passar pela ação da hexoquinase. A hexoquinase IV não será inibida pela glicose-6-fosfato, com isso, ela vai continuar agindo mesmo quando as outras hexoquinases estão sendo inibidas. Porém ela será regulada por uma proteína reguladora que irá se ligar na Hexoquinase quando tiver baixos níveis de glicose dentro da célula (hipoglicemia), por meio da elevação dos níveis defrutose-6-fosfato dentro da célula, isso irá manter a Hexoquinase IV dentro do núcleo. Quando tiver altos níveis de glicose na células (hiperglicemia), a proteína reguladora irá se desligar da hexoquinase IV, pois teremos baixos níveis de frutose-6-fosfato, então a hexoquinase irá sair do núcleo.
A PFK-1 vai fosforilar a frutose-6-fosfato formando a frutose-1,6-bifosfato, ela vai utilizar um ATP gerando um ADP. Ela será regulada pelos próprios produtos dela, a partir das concentrações de ADP, AMP e citrato. Altos níveis de ATP indica a glicólise, e isso irá inibir a PFK-1 fazendo com que diminuía a glicólise . O citrato é o intermediário do ciclo de Krebs, ele irá sinalizar quando tiver ocorrendo muita glicólise e vai inibir a PFK-1. ADP em altas concentrações irá sinalizar que é preciso que ocorra glicólise na célula, isso irá ativar a PFK-1. Outra forma de regular a PFK-1 é através da frutose-2,6-bifosfato é uma moléculaque irá ativar e aumentar a atividade da PFK-1. Porém para regular os níveis de frutose-2,6-bifosfato uma enzima chamada de PKF-2 irá catalisar frutose-2,6-bifosfato aumentando seus níveis, e a enzima FBPase-2 irá degradar a frutose-2,6-biofosfato diminuindo seus níveis e como consequência irá diminuir a atividade de PFK-1. Isso será mediado pelo glucagon e pela insulina. Em jejum, o glucagon irá se ligar ao receptor ativando uma cascata de sinalização que irá aumentar os níveis de AMP-ciclico, que irá ativar a proteína quinase dependente de AMP-ciclico que irá fosforilar a enzima PFK-2/FBPase, isso vai ativar a porção FBPase que vai diminuir os níveis de frutose-2,6-bifosfato com essa diminuição a PFK-1 irá diminuir sua atividade e vai diminuir a via glicolitica. E com a presença de insulina ocorre o contrário, ativando a PFK-1 e aumentando a via glicolitica.
A piruvato-quinase será regulada pelo glucagon que irá ativar uma cascata de sinalização que vai fazer com que AMP-ciclio ative enzimas que vão desfosforilar e fosforilar a piruvato-quinase. A piruvato-quinase tem duas formas, a piruvato-quinase L presente no fígado, ela vai ser inativada quando for fosforilada e é ativa novamente quando for desfosforilada. Isso irá ocorrer quando o glucagon ativar uma cascata de sinalização, fazendo com que AMP-ciclico ative a fosforilação da piruvato-quinase L, isso em JEJUM. Quando os níveis de glicose aumentarem a proteína será desfosforilada e será ativada novamente, retomando a via glicolitica. e a piruvato-quinase M presente nos músculos, será inibida pelos níveis de ATP, Acetil-CoA e ácidos graxos que são produtos da glicólise e será ativada pela frutose-2,6-bifosfato
NAD é importante para cadeias de elétrons, tanto na via aeróbica quanto nas vias anaeróbicas. Dos NADs serão formados e depois serão oxidados e depois utilizados novamente na via, formando um ciclo dentro da via. Senão tiver NAD oxidado não terá como continuar com a via e se não tiver NADH reduzido a via também não poderá continuar. NADH será oxidado no ciclo de Krebs ou na oxidação em condições anaeróbicas.
A glicose possui um transportador que irá transportar a glicose para dentro ou para fora da célula, no caso é GLUT2. Porém a glicose-6-fosfato não tem como ser transportada pois não possui um transportador. Logo, quando tem maiores níveis de glicose-6-fosfato tem maior retenção dessa glicose dentro da célula por conta de não ter um transportador, isso impede também que a glicose desfosforilada também não consiga sair da célula, em níveis mais baixos essa glicose irá conseguir sair da célula. No fígado a glicose poderá ser fosforilada ou desfosforilada e com isso a glicemia será mantida.

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