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BIOSSEGURANÇA EM BIOTÉRIOS

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Conduta Bioética, Biossegurança e Boas Práticas 
na pesquisa com manejo de animais em 
experimentação e Biossegurança em Biotérios de 
experimentação animal.
Discentes: Daniele Brito, Ivan Calixto, Paulo Freitas, Sarita Fagundes, Vitória 
Calmon, Viviane Rodrigues
Docente: Clícia Leite
Salvador, 2018
Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Farmácia
Introdução
O manejo adequado de animais de laboratório implica na interação de diversos
fatores, sejam estes físicos, químicos, biológicos e da responsabilidade e
profissionalismo do bioterista. A biossegurança no manejo desses animais é
importante para:
➢ Manter a saúde e o bem-estar dos animais dentro de padrões de
excelência, determinando maior confiabilidade aos resultados
experimentais;
➢ Proporcionar a segurança da equipe envolvida no trabalho;
➢ Assegurar a preservação do meio ambiente, evitando a saída de agentes
de risco.
O que é biotério?
Biotérios são instalações capazes de produzir e manter espécies animais destinadas a servir 
como reagentes biológicos em diversos tipos de ensaios controlados.
➢ Classificação:
✓ Quanto à finalidade:
o Criação → Matrizes reprodutoras→ controle de características desejáveis
o Produção ou manutenção→ Adaptação do animal ao cativeiro; Produção de sangue 
animal e fornecimento de órgãos (fontes externas).
o Experimentação→ recebe animais criados no biotério de produção e abriga, 
temporariamente, para experimentação.→ alto controle dos fatores de interferência.
Aclimatação 
X
Quarentena
➢ Classificação:
✓ Quanto ao status sanitário:
o Gnotobióticos → Possuem uma microbiota associada conhecida.
o Germ Free → Animais totalmente isentos de germes.
o Specific Patogen Free (SPF) → Animais isentos de Agentes Patogênicos
o Específicos Animais Convencionais → Animais que possuem microbiota indefinida.
✓ Quanto ao status genético:
o Heterogênicos = outbred
o Isogênicos = Inbred
O que é biotério?
Padronização dos animais 
Genética
Criação e manutenção de 
linhagens isogênicas, congênitas, 
geneticamente definidas, mutantes 
e geneticamente modificados.
Sanitária
Baseado em avaliação qualitativa e 
quantitativa de ausência ou limitação 
de microrganismos, classificando 
conforme status sanitário. 
Nutricional
Adequação da nutrição adequada para que o 
animal possa atingir seu potencial genético de 
crescimento, longevidade e resposta a estímulos ou 
modulada conforme objetivo do estudo.
Genética
Criação e manutenção de linhagens 
isogênicas, congênitas, geneticamente 
definidas, mutantes e geneticamente 
modificados.
Heterogênico Isogênico
Padronização dos animais 
Sanitária
Baseado em avaliação 
qualitativa e quantitativa de 
ausência ou limitação de 
microrganismos, classificando 
conforme status sanitário
Gnotobióticos
SPF (Specific Patogen Free)
Convencional
Padronização dos animais 
Instalações
→ Básicas: 
Área administrativa; Área de recepção
de animais / quarentena; Área de
depósitos para: insumos, materiais
limpos, equipamentos, rejeitos entre
outros; Área de higienização; Salas
de animais; Vestiários; Sala de
procedimentos; Eutanásia; Áreas de
serviços;
As instalações requerem áreas separadas para funções específicas, salas e equipamentos 
especializados e ambientes controlados.
Para biotérios experimentais, áreas adicionais
poderão ser necessárias, tais como:
Cirurgia e cuidado intensivo (UTI); Preparação de
dietas especiais, Irradiação e coleta de imagens;
Tratamento clínico e laboratório de análises entre
outros; Sala de isolamento nos casos de uso de
material biológico, químico ou físico que
apresentem riscos; Barreiras adicionais nos casos
de animais geneticamente modificados ou que
necessitem um isolamento especial; Área para
estocagem de cama e ração especiais, Área
específica para suprimentos biológicos e
farmacêuticos; Área para estocagem de produto
biológico contaminado;
Edificações
➢ RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 15, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2013 – Estrutura Física e Ambiente de
Roedores e Lagomorfos do Guia Brasileiro de Criação e Utilização de Animais para Atividades
de Ensino e Pesquisa Científica.
Piso: Deve ser liso, altamente polido, porém não escorregadio, impermeável não absorvente e
resistente a agentes químicos;
Paredes: devem ser impermeáveis, lisas e sem fendas, deve-se evitar que as juntas com piso e o
teto formem ângulos agudos pois dificultam a limpeza.
➢ O revestimento (*pintura) deve ser resistente a agentes químicos
➢ Não é aconselhável revestimento cerâmico em virtude da juntas
Teto: deve ser de concreto plano, sem fundo falso, desfavorecendo a permanência de forma
de vidas indesejáveis
Edificações
Janela: na sala de animais não devem haver janelas. Recomenda-se visores equipados
com dupla armação de vidro 4mm isolando o ambiente.
Portas: as portas e os marcos devem ser, de preferência, metálicos, ou de madeira
revestida de material lavável e resistentes agentes químicos. É aconselhável que possuam
visores. Devem ter no mínimo, 1m de largura por 2 m de altura.
Corredores: devem ser amplos, com 1,90m a 2,20m de largura.
➢ as juntas piso/ parede/ teto deve ser arredondadas, a fim de facilitar a limpeza e
desinfecção;
Sala de animais: deve ser em número suficiente para abrigar somente uma espécie por
sala, isto é, numa sala deve ser criada ou mantido a única espécie animal. A Área
recomendada é de 3 metros de largura por 6m e 10m de comprimento considerando a
espécie o número de animais, bem como os materiais a serem utilizados.
Área de recepção: situado de forma que somente os animais que sejam do biotério tenham 
acesso, e que estes não necessitam passar por outras áreas.
Depósitos: a área de estocagem de ração peletizada e de materiais utilizados como cama 
deve ser ventilados e secas.
Área de higienização: Esta área deve estar localizada de forma a não causar estresse e aos 
animais e técnicos.
➢ Deve haver separação entre área ‘limpa’ e área ‘suja’.
Laboratório de controle da qualidade: parasitologia, microbiologia e genética que devem 
estar localizado no próprio biotério, ou fora da instituição de pesquisa.
Instalações prediais: o acesso às instalações (hidráulica, elétrica ,etc.) que necessita de 
manutenção conserto deve ser localizada na área suja.
Edificações
Barreiras Sanitárias de Contenção
→ Bioexclusão: voltada na prevenção da entrada de enfermidades e infestações, provenientes
do exterior, para os animais alojados no biotério.
→ Biocontenção: é voltada para prevenir o escape de agentes contaminantes dos animais
alojados nos biotérios para o exterior.
➢ Barreiras periféricas: (paredes externas, portas, telhados ...)
➢ Barreiras internas(higienização, pressão atmosférica ...)
Exemplos de barreiras
➢ materiais utilizados na construção dos Biotérios (isolantes térmicos, impermeabilizantes),
equipamentos para a filtração de ar, autoclaves, tanque de imersão, quarentena, higiene
pessoal da equipe de funcionários do setor e dos usuários de animais, gradiente de
pressão, compostos químicos utilizados em desinfecção e esterilização, etc.
Boas práticas em biotérios
➢ Práticas aplicadas: proteção pessoal, ambiental e animal
✓ Autorização para uso dos
animais (CEUA´s);
✓ Autorização para acesso às
instalações (obtenção de
senha);
✓ Símbolo de risco biológico,
nome do responsável e telefone
para contato.
✓ Manter bancadas,
equipamentos e a sala sempre
em ordem e limpos.
✓ Durante o trabalho, as portas
do laboratório devem
permanecer fechadas.
✓ Utilizar métodos de eutanásia
aprovados pela CEUA
▪ Uniformes e aventais de uso 
único no biotério;
▪ Respeito as normas de Higiene 
pessoal;
▪ Não comer, beber, fumar, usar 
cosméticos, cabelo solto,sapatos abertos, jóias; 
▪ Não falar alto ou ouvir música 
dentro das salas de animais.
▪ Cuidado durante a manipulação 
dos animais, não fazer movimentos 
bruscos; 
▪ Evitar a formação de aerossóis; 
▪ Nunca realizar procedimentos 
dentro das salas de animais.
➢ Práticas aplicadas: proteção pessoal, ambiental e animal
Boas práticas em biotérios
EPI´s e EPC´ s
EPI´s
Jaleco
Touca
Luvas
Máscaras 
▪ Se necessário:
Protetor auricular; 
Respiradores; 
Óculos;
EPC´ s
Cabine de segurança química;
Racks ventilados;
Sistemas de ar condicionado e exaustão;
Chuveiros de emergência e lava-olhos; 
Caixa de material perfuro-cortante; 
Extintores de incêndio.
EPI´s e EPC´ s
Normas de Higiene
▪ Visam a proteção do usuário, proteção e prevenção
de doenças relacionadas com animais e proteção dos
objetos do experimento.
• Higiene pessoal (lavar as mãos antes e 
após procedimentos); 
• Não colocar as mãos com luvas em 
objetos, olhos, boca ou nariz; 
• Não comer, beber no ambiente.
Fonte: ANDRADE, 2002
Risco Biológico
➢ É a probabilidade da exposição ocupacional a agentes
biológicos (organismos vivos causadores de doenças).
➢ O contágio pode ocorrer através de: microrganismos
(bactérias, fungos e vírus), parasitas internos (vermes),
parasitas externos (sarna, piolho e berne), insetos, plantas,
ar e protozoários.
➢ O risco de contaminação por agentes biológicos depende
da susceptibilidade dos técnicos, manejo experimental,
estado de doença do animal e do agente infeccioso.
➢ Animais silvestres podem funcionar como
reservatórios ou transmitir doenças como a
Hantavirose e as Leishmanioses.
➢ A manipulação de animais silvestres durante a
captura, identificação, coleta de material e
transporte expõe a riscos as pessoas envolvidas
nos procedimentos experimentais e o meio
ambiente.
Risco Biológico
Zoonoses
➢ São as infecções transmitidas naturalmente entre animais vertebrados e o
homem.
➢ São consideradas doenças de caráter ocupacional em pessoas que
trabalham em biotérios.
➢ Os primatas não-humanos constituem fontes mais perigosas de zoonose,
não só por abrigarem uma grande gama de bactérias e vírus, mas
também por serem uma espécie altamente susceptível a infecções
comuns ao homem.
➢ Alguns microorganismos causam danos à saúde, outros são considerados
oportunistas por causarem doenças em indivíduos imunodeprimidos.
Alergias
➢ Consideradas doenças de caráter ocupacional.
➢ É uma reação de hipersensibilidade do tipo imediato (IgE),
provocada pelo contato com células descamativas da pele,
pêlo, urina, soro, saliva, entre outros tecidos do animal.
➢ Sintomas: corrimento nasal e ocular, lacrimejamento, espirros,
prurido, exantemas, tosse, dificuldade respiratória e chiado no
peito, sinais presentes na asma.
➢ Todos os sintomas podem variar de intensidade e gravidade e
ocasionar risco de vida, se o processo alérgico não for
prontamente diagnosticado e tratado pelo médico.
Risco Físico
➢ São riscos físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores.
✓ Ruídos
✓ Vibrações
✓ Temperaturas extremas: frio ou calor
✓ Umidade
✓ Materiais Radioativos (os animais podem eliminar material radioativo em seus excrementos.)
✓ Os olhos e a pele são áreas críticas quando expostos à ação de raios ultravioleta. Se
lâmpadas UV são usadas durante as tarefas, os técnicos devem usar roupas e óculos
protetores.
Risco Químico
➢ Os acidentes decorrentes de riscos químicos mais
comuns em biotérios são ferimentos nos olhos e pele,
quando da utilização incorreta de agentes químicos.
➢ Uso de éter como anestésico (problemas de inalação e
risco de explosão)
➢ É o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos
químicos que podem causar-lhe danos físicos ou prejudicar-lhe a saúde.
Risco Mecânico
➢ Situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de
acidentes.
➢ Os acidentes relacionados a riscos mecânicos que geralmente ocorrem
em biotérios estão incluídos em uma das categorias a seguir:
✓ ferimentos causados por animais (arranhão, mordedura, coice etc.);
✓ cortes causados pelas gaiolas, tampas ou outros materiais;
✓ quedas causadas por pisos escorregadios ou degraus;
✓ torções causadas por objetos pesados, levantados incorretamente;
➢ Riscos ergonômicos: lesões articulares, tendinites e dores musculares, entre 
outras provenientes de posturas inadequadas para a execução de trabalhos 
repetitivos ou de pé por longos períodos.
➢ Contaminantes ambientais dos biotérios (amoníaco, que se forma pela ação 
das bactérias sobre os excrementos)
➢ Riscos aos animais: estresse, ferimentos por brigas e contaminação por agentes 
patogênicos.
➢ Exposição de animais a materiais carcinogênicos, infecciosos ou alérgicos;
➢ Alguns dos riscos ao ambiente são: escape de animais e o descarte das 
carcaças.
Demais Riscos
Doenças ocupacionais decorrentes do 
trabalho em Biotérios
Fonte: Souza 
et al, 2017
Estudo 
realizado no 
Rio de 
Janeiro, com 
155 
profissionais.
Doenças ocupacionais decorrentes do 
trabalho em Biotérios
Fonte: Souza et al, 2017
Níveis de riscos associados com o uso 
de animais de laboratório
Grupo 1 
• Os que apresentam baixa ou 
nenhuma probabilidade de 
causar doenças ao homem.
Grupo 2 
• Os que podem causar doenças 
ao homem e constituir perigo 
aos trabalhadores, sendo bem 
pequena a probabilidade de se 
propagar e para quais existem 
geralmente, meios eficazes de 
profilaxia ou tratamento.
Níveis de riscos associados com o uso 
de animais de laboratório
Grupo 3 
• Os que podem causar doenças 
ao homem e constituir perigo 
aos trabalhadores, com grande 
risco de se propagarem e 
existindo geralmente, profilaxia 
e tratamento eficaz.
Grupo 4 
• Os que causam doenças 
graves ao homem e que 
constituem um sério perigo aos 
trabalhadores com elevadas 
possibilidades de propagação, 
e para quais não existem meios 
eficazes de profilaxia ou de 
tratamento.
Níveis de Biossegurança
Existem 4 níveis de categorias de práticas, segurança, equipamentos e
instalações para experimentos com animais infectados com agentes que
causam ou podem causar doenças em humanos, ou colocar o ambiente
em risco. Estas categorias são:
NB 1
NB 2
NB 3
NB 4
Níveis de Biossegurança
Níveis de Biossegurança
Descarte de Materiais
➢ O material de necropsia a ser descartado,
deve ser lacrado em sacos plásticos,
adequadamente identificado, autoclavado,
se infeccioso, e incinerado.
➢ Resolução Nº 306 (ANVISA) e nº 358
(CONAMA) dispõem sobre o tratamento e
disposição final de resíduos de serviços de
saúde.
Descarte de Materiais
Grupo A: 
Resíduo 
Biológico
Subgrupo A2: Devem 
passar por 
descontaminação prévia 
e aterro sanitário. Animal 
contaminado: carcaça ou 
parte de animal 
inoculado, exposto à 
microrganismos 
patogênicos ou portador 
de doença infecto-
contagiosa, bem como 
resíduos que tenham 
estado em contato com 
este.
Subgrupo A1: Devem passar 
por descontaminação prévia 
e aterro sanitário. Culturas de 
microrganismos; resíduos de 
fabricação de produtos 
biológicos, descarte de 
vacinas, meios de cultura e 
instrumentais utilizados em 
culturas, resíduos de 
laboratórios de manipulação 
genética. Resíduos de 
cuidados de indivíduos ou 
animais, com suspeita ou 
com contaminação biológica 
por agentes classe de risco.
Subgrupo A4: Sobras de amostras de 
laboratório (secreções, urina, fezes) 
contaminados com classe 1, 2, 3 6. 
peças anatômicas (órgãos e 
tecidos) e outros resíduosprovenientes de procedimentos 
cirúrgicos ou de estudos anátomo-
patológicos ou de confirmação 
diagnóstica, carcaças, peças 
anatômicas, vísceras e outros 
resíduos provenientes de animais 
não submetidos a processos de 
experimentação com inoculação de 
microorganismos, bem como suas 
forrações. Esses resíduos tem como 
destino o aterro sanitário, sem 
necessidade de tratamento prévio.
Resíduos B: 
Resíduos de saneantes, 
desinfetantes, desinfetantes; 
resíduos contendo metais 
pesados; reagentes para 
laboratório, inclusive os 
recipientes contaminados 
por estes. 
Destinação: Aterro ou rede 
pública de esgoto (sem 
perigo), tratamento 
específico prévio (com 
perigo).
Resíduos D: 
a) papel de uso sanitário, peças 
descartáveis de vestuário, resto 
alimentar de paciente, material 
utilizado em anti-sepsia e 
hemostasia de venóclises, equipo 
de soro e outros similares não 
classificados como A1;
b) sobras de alimentos e do 
preparo de alimentos; 
c) resto alimentar de refeitório; 
d) resíduos provenientes das 
áreas administrativas;
e) resíduos de varrição, flores, 
podas e jardins.
Destinação: Reciclagem, 
reutilização, recuperação ou 
aterro sanitário.
Resíduos E: 
Materiais perfuro cortantes ou 
escarificantes, tais como: lâminas 
de barbear, agulhas, escalpes, 
ampolas de vidro, brocas, limas 
endodônticas, pontas 
diamantadas, lâminas de bisturi, 
lancetas; tubos capilares; 
micropipetas; lâminas e 
lamínulas; espátulas; e todos os 
utensílios de vidro quebrados no 
laboratório (pipetas, tubos de 
coleta sanguínea e placas de 
Petri) e outros similares. 
Destinação: acondicionados em 
coletores estanques, rígidos e 
hígidos, resistentes à ruptura, à 
punctura e corte.
Descarte de Materiais
➢ Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS):
descreve as ações de um estabelecimento de saúde relativas ao manejo dos
resíduos, desde a geração até tratamento e disposição final, englobando ainda
questões referentes à saúde pública.
➢ Etapas de gerenciamento de resíduos:
1. Os resíduos devem ser separados em locais de descarte específicos, sendo estes:
➢ Maravalha
➢ Perfuro cortante
➢ Lixo de laboratório
➢ Lixo comum
Descarte de Materiais
Descarte de Materiais
➢ Etapas de gerenciamento de resíduos:
2. Acondicionamento (fechamento com lacre)
3. Identificação
4. Coleta
5. Transporte interno
6. Armazenamento externo: carcaças em câmara fria e outros resíduos em abrigo
7. Recolhimento pelo órgão competente
➢ As carcaças devem ser armazenadas em freezer, separadas por espécies, em 
sacos plásticos e identificadas.
➢ Os resíduos devem apresentar fichas de identificação específica.
Legislação associada ao uso de 
animais em laboratório
Lei 11.794/2008 “Arouca” regulamenta que o uso de animais fica
restrito às atividades de ensino nos estabelecimentos de ensino
técnico de nível médio da área biomédica e aos de ensino
superior.
Fiscalização pelo Conselho Nacional de Controle de
Experimentação Animal (Concea), ligado ao MCTIC. Para
conseguir credenciamento no Concea, as instituições devem
constituir previamente uma Comissão de Ética no Uso de Animais
(CEUA).
Legislação associada ao uso de 
animais em laboratório
Comissão de Ética no Uso de Animais-
CEUA 
Pode ser formada por
• Professores
• Escola de Medicina 
Veterinária
• Instituições de Ensino 
Superior (IES)
• Discentes
• Sociedade civil 
• Sociedade protetora 
de animais
Objetivo
• Regulamentar todas 
as atividades 
envolvendo a 
criação e utilização 
de animais de 
experimentação no 
ensino e pesquisa.
Finalidades
• Analisar, emitir parecer e 
expedir certificados à luz 
dos princípios éticos em 
experimentação animal;
Cumprir e fazer cumprir no 
âmbito da Instituição, o 
disposto na legislação 
(Lei 11.794/2008) 
aplicável à criação e/ou 
utilização de animais 
para o ensino e 
pesquisa.
Conduta Bioética
➢ Proteger os animais com um planejamento do experimento, utilizando o menor
número possível de animais e evitando estresse, dor ou sofrimento desnecessários,
estabelecendo leis claras e pesquisas bem delineadas, que envolvam a sociedade
para designar normas éticas.
Técnicas alternativas:
✓ Testes in vitro (realizados em tecidos e células), 
✓ Utilização de vegetais, 
✓ Estudos clínicos e não invasivos em humanos voluntários, 
✓ Estudos epidemiológicos, 
✓ Técnicas físico-químicas (como a tomografia),
✓ Estudos em cadáveres, e
✓ Uso da tecnologia para criar simulações computacionais, softwares educacionais, 
filmes, modelos matemáticos, nanotecnologia e manequins.
Considerações Finais
➢ Manter a saúde e o bem-estar das pessoas, animais
e proteger o meio ambiente é um desafio constante;
➢ Informações sobre os riscos e precauções a serem
tomadas devem estar disponíveis em manuais e
protocolos;
➢ Adotar os Procedimentos Operacionais Padrão
(POPs) e usar EPIs são indispensáveis para garantir a
qualidade das atividades;
➢ Investimento institucional em programas
educacionais nas áreas de biossegurança, cuidados
e manejo de animais e ética em pesquisa;
➢ Destinar recursos para manutenção de instalações,
equipamentos e aquisição de insumos merecem
atenção dos gestores;
➢ Presença do médico veterinário é indispensável
para realizar o controle da saúde dos animais
mantidos no Biotério; e
➢ Implementação dos Comitês de Biossegurança e
Ética no Uso de Animais para avaliação de projetos
são essenciais para promover a segurança e o bem
estar de pessoas, animais e meio ambiente.
Considerações Finais
REFERÊNCIAS
ANDRADE, A., PINTO, S.C., OLIVEIRA, R.S., orgs. Animais de Laboratório: criação e experimentação 
[online]. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002. 388 p.
__________. Biossegurança em biotérios. In: ANDRADE, A., PINTO, S.C., OLIVEIRA, R.S., orgs. Animais de 
Laboratório: criação e experimentação [online]. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002. 388 p. 
Área SST - Saúde e Segurança do Trabalho. Riscos Biológicos. Disponível em: 
<https://areasst.com/riscos-biologicos/> Acesso em: 08/07/2018.
Barbara PM, Christovam RRF, Yasko K; Suzuki FF, Dellamano JC, Marumo JT, Sanches MP, Bellintani RVSA. 
Noções Básicas de Proteção Radiológica – Diretoria de Segurança Nuclear Divisão de 
Desenvolvimento de Recursos Humanos – Coordenação geral: SA Bellintani; FN Gili, ago. 2002.
CABRAL, V. P. T. Biossegurança em Biotérios. Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2013.
CARDOSO, C. V. P. Classificação de biotérios quanto à finalidade. In: ANDRADE, A., PINTO, S.C., 
OLIVEIRA, R.S., orgs. Animais de Laboratório: criação e experimentação [online]. 1 ed. Rio de Janeiro: 
Editora FIOCRUZ, 2002. 388 p. 
CEUA – Comissão de Ética no Uso de Animais. RESOLUÇÃO NORMATIVA n. 15, DE 16 DE DEZEMBRO DE 
2013 – Estrutura Física e Ambiente de Roedores e Lagomorfos do Guia Brasileiro de Criação e 
Utilização de Animais para Atividades de Ensino e Pesquisa Científica.
CORDEIRO, F. Biossegurança em biotérios . Rio de Janeiro, UFRJ, 2006.
Guimarães, Mariana V. , Freire, José Ednésio da C. , Menezes, Lea M. B. de. Utilização de animais em 
pesquisas: breve revisão da legislação no Brasil. Rev. bioét. (Impr.). 2016; 24 (2): 217-24, Juazeiro do 
Norte/CE, Brasil.
Franco, Ana L., Nogueira, Marianne N. M., Sousa, Natália G. K, Frota, Matheus F. da, Fernandes, 
Clemente M. S., Serra, Mônica da C. Pesquisas em Animais: Uma Reflexão Bioética. Acta Bioethica, 
2014; 20 (2): 247-253, São Paulo, Brasil.
REFERÊNCIAS
FIOCRUZ. Riscos Químicos. Disponível em: 
<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_quimicos.html> Acesso em 08/07/2018.
MAJEROWICZ, J. Boas Práticas em Biotérios e Biossegurança. Rio de Janeiro: Interciência,2008.
National Institute of Health (NIH). Biosafety in Microbiological and Biomedical Laboratories. Issuing 
Office: OACU 496-5424-2000. Disponível em: <http//www.nih.gov/>.
Reis, S. R. Manual básico de bioterismo / Sonia Rolim Reis, Antonia Maria Ramos Franco. Manaus : 
[s.n.], 2012. 47 p.
SARMENTO, E. O. Biossegurança e Experimentação Animal. Revista CFMV. Brasília/DF, Ano XI, n. 36, 
set./out./nov./dez., 2005.
SOUZA, G. F. et al. Fatores de riscos ocupacionais e implicações à saúde do trabalhador em biotérios. 
Saúde Debate. Rio de janeiro, v. 41, n. especial, p. 188-199, jun 2017
REFERÊNCIAS

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