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Conduta Bioética, Biossegurança e Boas Práticas na pesquisa com manejo de animais em experimentação e Biossegurança em Biotérios de experimentação animal. Discentes: Daniele Brito, Ivan Calixto, Paulo Freitas, Sarita Fagundes, Vitória Calmon, Viviane Rodrigues Docente: Clícia Leite Salvador, 2018 Universidade Federal da Bahia Faculdade de Farmácia Introdução O manejo adequado de animais de laboratório implica na interação de diversos fatores, sejam estes físicos, químicos, biológicos e da responsabilidade e profissionalismo do bioterista. A biossegurança no manejo desses animais é importante para: ➢ Manter a saúde e o bem-estar dos animais dentro de padrões de excelência, determinando maior confiabilidade aos resultados experimentais; ➢ Proporcionar a segurança da equipe envolvida no trabalho; ➢ Assegurar a preservação do meio ambiente, evitando a saída de agentes de risco. O que é biotério? Biotérios são instalações capazes de produzir e manter espécies animais destinadas a servir como reagentes biológicos em diversos tipos de ensaios controlados. ➢ Classificação: ✓ Quanto à finalidade: o Criação → Matrizes reprodutoras→ controle de características desejáveis o Produção ou manutenção→ Adaptação do animal ao cativeiro; Produção de sangue animal e fornecimento de órgãos (fontes externas). o Experimentação→ recebe animais criados no biotério de produção e abriga, temporariamente, para experimentação.→ alto controle dos fatores de interferência. Aclimatação X Quarentena ➢ Classificação: ✓ Quanto ao status sanitário: o Gnotobióticos → Possuem uma microbiota associada conhecida. o Germ Free → Animais totalmente isentos de germes. o Specific Patogen Free (SPF) → Animais isentos de Agentes Patogênicos o Específicos Animais Convencionais → Animais que possuem microbiota indefinida. ✓ Quanto ao status genético: o Heterogênicos = outbred o Isogênicos = Inbred O que é biotério? Padronização dos animais Genética Criação e manutenção de linhagens isogênicas, congênitas, geneticamente definidas, mutantes e geneticamente modificados. Sanitária Baseado em avaliação qualitativa e quantitativa de ausência ou limitação de microrganismos, classificando conforme status sanitário. Nutricional Adequação da nutrição adequada para que o animal possa atingir seu potencial genético de crescimento, longevidade e resposta a estímulos ou modulada conforme objetivo do estudo. Genética Criação e manutenção de linhagens isogênicas, congênitas, geneticamente definidas, mutantes e geneticamente modificados. Heterogênico Isogênico Padronização dos animais Sanitária Baseado em avaliação qualitativa e quantitativa de ausência ou limitação de microrganismos, classificando conforme status sanitário Gnotobióticos SPF (Specific Patogen Free) Convencional Padronização dos animais Instalações → Básicas: Área administrativa; Área de recepção de animais / quarentena; Área de depósitos para: insumos, materiais limpos, equipamentos, rejeitos entre outros; Área de higienização; Salas de animais; Vestiários; Sala de procedimentos; Eutanásia; Áreas de serviços; As instalações requerem áreas separadas para funções específicas, salas e equipamentos especializados e ambientes controlados. Para biotérios experimentais, áreas adicionais poderão ser necessárias, tais como: Cirurgia e cuidado intensivo (UTI); Preparação de dietas especiais, Irradiação e coleta de imagens; Tratamento clínico e laboratório de análises entre outros; Sala de isolamento nos casos de uso de material biológico, químico ou físico que apresentem riscos; Barreiras adicionais nos casos de animais geneticamente modificados ou que necessitem um isolamento especial; Área para estocagem de cama e ração especiais, Área específica para suprimentos biológicos e farmacêuticos; Área para estocagem de produto biológico contaminado; Edificações ➢ RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 15, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2013 – Estrutura Física e Ambiente de Roedores e Lagomorfos do Guia Brasileiro de Criação e Utilização de Animais para Atividades de Ensino e Pesquisa Científica. Piso: Deve ser liso, altamente polido, porém não escorregadio, impermeável não absorvente e resistente a agentes químicos; Paredes: devem ser impermeáveis, lisas e sem fendas, deve-se evitar que as juntas com piso e o teto formem ângulos agudos pois dificultam a limpeza. ➢ O revestimento (*pintura) deve ser resistente a agentes químicos ➢ Não é aconselhável revestimento cerâmico em virtude da juntas Teto: deve ser de concreto plano, sem fundo falso, desfavorecendo a permanência de forma de vidas indesejáveis Edificações Janela: na sala de animais não devem haver janelas. Recomenda-se visores equipados com dupla armação de vidro 4mm isolando o ambiente. Portas: as portas e os marcos devem ser, de preferência, metálicos, ou de madeira revestida de material lavável e resistentes agentes químicos. É aconselhável que possuam visores. Devem ter no mínimo, 1m de largura por 2 m de altura. Corredores: devem ser amplos, com 1,90m a 2,20m de largura. ➢ as juntas piso/ parede/ teto deve ser arredondadas, a fim de facilitar a limpeza e desinfecção; Sala de animais: deve ser em número suficiente para abrigar somente uma espécie por sala, isto é, numa sala deve ser criada ou mantido a única espécie animal. A Área recomendada é de 3 metros de largura por 6m e 10m de comprimento considerando a espécie o número de animais, bem como os materiais a serem utilizados. Área de recepção: situado de forma que somente os animais que sejam do biotério tenham acesso, e que estes não necessitam passar por outras áreas. Depósitos: a área de estocagem de ração peletizada e de materiais utilizados como cama deve ser ventilados e secas. Área de higienização: Esta área deve estar localizada de forma a não causar estresse e aos animais e técnicos. ➢ Deve haver separação entre área ‘limpa’ e área ‘suja’. Laboratório de controle da qualidade: parasitologia, microbiologia e genética que devem estar localizado no próprio biotério, ou fora da instituição de pesquisa. Instalações prediais: o acesso às instalações (hidráulica, elétrica ,etc.) que necessita de manutenção conserto deve ser localizada na área suja. Edificações Barreiras Sanitárias de Contenção → Bioexclusão: voltada na prevenção da entrada de enfermidades e infestações, provenientes do exterior, para os animais alojados no biotério. → Biocontenção: é voltada para prevenir o escape de agentes contaminantes dos animais alojados nos biotérios para o exterior. ➢ Barreiras periféricas: (paredes externas, portas, telhados ...) ➢ Barreiras internas(higienização, pressão atmosférica ...) Exemplos de barreiras ➢ materiais utilizados na construção dos Biotérios (isolantes térmicos, impermeabilizantes), equipamentos para a filtração de ar, autoclaves, tanque de imersão, quarentena, higiene pessoal da equipe de funcionários do setor e dos usuários de animais, gradiente de pressão, compostos químicos utilizados em desinfecção e esterilização, etc. Boas práticas em biotérios ➢ Práticas aplicadas: proteção pessoal, ambiental e animal ✓ Autorização para uso dos animais (CEUA´s); ✓ Autorização para acesso às instalações (obtenção de senha); ✓ Símbolo de risco biológico, nome do responsável e telefone para contato. ✓ Manter bancadas, equipamentos e a sala sempre em ordem e limpos. ✓ Durante o trabalho, as portas do laboratório devem permanecer fechadas. ✓ Utilizar métodos de eutanásia aprovados pela CEUA ▪ Uniformes e aventais de uso único no biotério; ▪ Respeito as normas de Higiene pessoal; ▪ Não comer, beber, fumar, usar cosméticos, cabelo solto,sapatos abertos, jóias; ▪ Não falar alto ou ouvir música dentro das salas de animais. ▪ Cuidado durante a manipulação dos animais, não fazer movimentos bruscos; ▪ Evitar a formação de aerossóis; ▪ Nunca realizar procedimentos dentro das salas de animais. ➢ Práticas aplicadas: proteção pessoal, ambiental e animal Boas práticas em biotérios EPI´s e EPC´ s EPI´s Jaleco Touca Luvas Máscaras ▪ Se necessário: Protetor auricular; Respiradores; Óculos; EPC´ s Cabine de segurança química; Racks ventilados; Sistemas de ar condicionado e exaustão; Chuveiros de emergência e lava-olhos; Caixa de material perfuro-cortante; Extintores de incêndio. EPI´s e EPC´ s Normas de Higiene ▪ Visam a proteção do usuário, proteção e prevenção de doenças relacionadas com animais e proteção dos objetos do experimento. • Higiene pessoal (lavar as mãos antes e após procedimentos); • Não colocar as mãos com luvas em objetos, olhos, boca ou nariz; • Não comer, beber no ambiente. Fonte: ANDRADE, 2002 Risco Biológico ➢ É a probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos (organismos vivos causadores de doenças). ➢ O contágio pode ocorrer através de: microrganismos (bactérias, fungos e vírus), parasitas internos (vermes), parasitas externos (sarna, piolho e berne), insetos, plantas, ar e protozoários. ➢ O risco de contaminação por agentes biológicos depende da susceptibilidade dos técnicos, manejo experimental, estado de doença do animal e do agente infeccioso. ➢ Animais silvestres podem funcionar como reservatórios ou transmitir doenças como a Hantavirose e as Leishmanioses. ➢ A manipulação de animais silvestres durante a captura, identificação, coleta de material e transporte expõe a riscos as pessoas envolvidas nos procedimentos experimentais e o meio ambiente. Risco Biológico Zoonoses ➢ São as infecções transmitidas naturalmente entre animais vertebrados e o homem. ➢ São consideradas doenças de caráter ocupacional em pessoas que trabalham em biotérios. ➢ Os primatas não-humanos constituem fontes mais perigosas de zoonose, não só por abrigarem uma grande gama de bactérias e vírus, mas também por serem uma espécie altamente susceptível a infecções comuns ao homem. ➢ Alguns microorganismos causam danos à saúde, outros são considerados oportunistas por causarem doenças em indivíduos imunodeprimidos. Alergias ➢ Consideradas doenças de caráter ocupacional. ➢ É uma reação de hipersensibilidade do tipo imediato (IgE), provocada pelo contato com células descamativas da pele, pêlo, urina, soro, saliva, entre outros tecidos do animal. ➢ Sintomas: corrimento nasal e ocular, lacrimejamento, espirros, prurido, exantemas, tosse, dificuldade respiratória e chiado no peito, sinais presentes na asma. ➢ Todos os sintomas podem variar de intensidade e gravidade e ocasionar risco de vida, se o processo alérgico não for prontamente diagnosticado e tratado pelo médico. Risco Físico ➢ São riscos físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores. ✓ Ruídos ✓ Vibrações ✓ Temperaturas extremas: frio ou calor ✓ Umidade ✓ Materiais Radioativos (os animais podem eliminar material radioativo em seus excrementos.) ✓ Os olhos e a pele são áreas críticas quando expostos à ação de raios ultravioleta. Se lâmpadas UV são usadas durante as tarefas, os técnicos devem usar roupas e óculos protetores. Risco Químico ➢ Os acidentes decorrentes de riscos químicos mais comuns em biotérios são ferimentos nos olhos e pele, quando da utilização incorreta de agentes químicos. ➢ Uso de éter como anestésico (problemas de inalação e risco de explosão) ➢ É o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos que podem causar-lhe danos físicos ou prejudicar-lhe a saúde. Risco Mecânico ➢ Situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes. ➢ Os acidentes relacionados a riscos mecânicos que geralmente ocorrem em biotérios estão incluídos em uma das categorias a seguir: ✓ ferimentos causados por animais (arranhão, mordedura, coice etc.); ✓ cortes causados pelas gaiolas, tampas ou outros materiais; ✓ quedas causadas por pisos escorregadios ou degraus; ✓ torções causadas por objetos pesados, levantados incorretamente; ➢ Riscos ergonômicos: lesões articulares, tendinites e dores musculares, entre outras provenientes de posturas inadequadas para a execução de trabalhos repetitivos ou de pé por longos períodos. ➢ Contaminantes ambientais dos biotérios (amoníaco, que se forma pela ação das bactérias sobre os excrementos) ➢ Riscos aos animais: estresse, ferimentos por brigas e contaminação por agentes patogênicos. ➢ Exposição de animais a materiais carcinogênicos, infecciosos ou alérgicos; ➢ Alguns dos riscos ao ambiente são: escape de animais e o descarte das carcaças. Demais Riscos Doenças ocupacionais decorrentes do trabalho em Biotérios Fonte: Souza et al, 2017 Estudo realizado no Rio de Janeiro, com 155 profissionais. Doenças ocupacionais decorrentes do trabalho em Biotérios Fonte: Souza et al, 2017 Níveis de riscos associados com o uso de animais de laboratório Grupo 1 • Os que apresentam baixa ou nenhuma probabilidade de causar doenças ao homem. Grupo 2 • Os que podem causar doenças ao homem e constituir perigo aos trabalhadores, sendo bem pequena a probabilidade de se propagar e para quais existem geralmente, meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Níveis de riscos associados com o uso de animais de laboratório Grupo 3 • Os que podem causar doenças ao homem e constituir perigo aos trabalhadores, com grande risco de se propagarem e existindo geralmente, profilaxia e tratamento eficaz. Grupo 4 • Os que causam doenças graves ao homem e que constituem um sério perigo aos trabalhadores com elevadas possibilidades de propagação, e para quais não existem meios eficazes de profilaxia ou de tratamento. Níveis de Biossegurança Existem 4 níveis de categorias de práticas, segurança, equipamentos e instalações para experimentos com animais infectados com agentes que causam ou podem causar doenças em humanos, ou colocar o ambiente em risco. Estas categorias são: NB 1 NB 2 NB 3 NB 4 Níveis de Biossegurança Níveis de Biossegurança Descarte de Materiais ➢ O material de necropsia a ser descartado, deve ser lacrado em sacos plásticos, adequadamente identificado, autoclavado, se infeccioso, e incinerado. ➢ Resolução Nº 306 (ANVISA) e nº 358 (CONAMA) dispõem sobre o tratamento e disposição final de resíduos de serviços de saúde. Descarte de Materiais Grupo A: Resíduo Biológico Subgrupo A2: Devem passar por descontaminação prévia e aterro sanitário. Animal contaminado: carcaça ou parte de animal inoculado, exposto à microrganismos patogênicos ou portador de doença infecto- contagiosa, bem como resíduos que tenham estado em contato com este. Subgrupo A1: Devem passar por descontaminação prévia e aterro sanitário. Culturas de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, descarte de vacinas, meios de cultura e instrumentais utilizados em culturas, resíduos de laboratórios de manipulação genética. Resíduos de cuidados de indivíduos ou animais, com suspeita ou com contaminação biológica por agentes classe de risco. Subgrupo A4: Sobras de amostras de laboratório (secreções, urina, fezes) contaminados com classe 1, 2, 3 6. peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduosprovenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo- patológicos ou de confirmação diagnóstica, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações. Esses resíduos tem como destino o aterro sanitário, sem necessidade de tratamento prévio. Resíduos B: Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfetantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes. Destinação: Aterro ou rede pública de esgoto (sem perigo), tratamento específico prévio (com perigo). Resíduos D: a) papel de uso sanitário, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente, material utilizado em anti-sepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros similares não classificados como A1; b) sobras de alimentos e do preparo de alimentos; c) resto alimentar de refeitório; d) resíduos provenientes das áreas administrativas; e) resíduos de varrição, flores, podas e jardins. Destinação: Reciclagem, reutilização, recuperação ou aterro sanitário. Resíduos E: Materiais perfuro cortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares. Destinação: acondicionados em coletores estanques, rígidos e hígidos, resistentes à ruptura, à punctura e corte. Descarte de Materiais ➢ Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS): descreve as ações de um estabelecimento de saúde relativas ao manejo dos resíduos, desde a geração até tratamento e disposição final, englobando ainda questões referentes à saúde pública. ➢ Etapas de gerenciamento de resíduos: 1. Os resíduos devem ser separados em locais de descarte específicos, sendo estes: ➢ Maravalha ➢ Perfuro cortante ➢ Lixo de laboratório ➢ Lixo comum Descarte de Materiais Descarte de Materiais ➢ Etapas de gerenciamento de resíduos: 2. Acondicionamento (fechamento com lacre) 3. Identificação 4. Coleta 5. Transporte interno 6. Armazenamento externo: carcaças em câmara fria e outros resíduos em abrigo 7. Recolhimento pelo órgão competente ➢ As carcaças devem ser armazenadas em freezer, separadas por espécies, em sacos plásticos e identificadas. ➢ Os resíduos devem apresentar fichas de identificação específica. Legislação associada ao uso de animais em laboratório Lei 11.794/2008 “Arouca” regulamenta que o uso de animais fica restrito às atividades de ensino nos estabelecimentos de ensino técnico de nível médio da área biomédica e aos de ensino superior. Fiscalização pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), ligado ao MCTIC. Para conseguir credenciamento no Concea, as instituições devem constituir previamente uma Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA). Legislação associada ao uso de animais em laboratório Comissão de Ética no Uso de Animais- CEUA Pode ser formada por • Professores • Escola de Medicina Veterinária • Instituições de Ensino Superior (IES) • Discentes • Sociedade civil • Sociedade protetora de animais Objetivo • Regulamentar todas as atividades envolvendo a criação e utilização de animais de experimentação no ensino e pesquisa. Finalidades • Analisar, emitir parecer e expedir certificados à luz dos princípios éticos em experimentação animal; Cumprir e fazer cumprir no âmbito da Instituição, o disposto na legislação (Lei 11.794/2008) aplicável à criação e/ou utilização de animais para o ensino e pesquisa. Conduta Bioética ➢ Proteger os animais com um planejamento do experimento, utilizando o menor número possível de animais e evitando estresse, dor ou sofrimento desnecessários, estabelecendo leis claras e pesquisas bem delineadas, que envolvam a sociedade para designar normas éticas. Técnicas alternativas: ✓ Testes in vitro (realizados em tecidos e células), ✓ Utilização de vegetais, ✓ Estudos clínicos e não invasivos em humanos voluntários, ✓ Estudos epidemiológicos, ✓ Técnicas físico-químicas (como a tomografia), ✓ Estudos em cadáveres, e ✓ Uso da tecnologia para criar simulações computacionais, softwares educacionais, filmes, modelos matemáticos, nanotecnologia e manequins. Considerações Finais ➢ Manter a saúde e o bem-estar das pessoas, animais e proteger o meio ambiente é um desafio constante; ➢ Informações sobre os riscos e precauções a serem tomadas devem estar disponíveis em manuais e protocolos; ➢ Adotar os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) e usar EPIs são indispensáveis para garantir a qualidade das atividades; ➢ Investimento institucional em programas educacionais nas áreas de biossegurança, cuidados e manejo de animais e ética em pesquisa; ➢ Destinar recursos para manutenção de instalações, equipamentos e aquisição de insumos merecem atenção dos gestores; ➢ Presença do médico veterinário é indispensável para realizar o controle da saúde dos animais mantidos no Biotério; e ➢ Implementação dos Comitês de Biossegurança e Ética no Uso de Animais para avaliação de projetos são essenciais para promover a segurança e o bem estar de pessoas, animais e meio ambiente. Considerações Finais REFERÊNCIAS ANDRADE, A., PINTO, S.C., OLIVEIRA, R.S., orgs. Animais de Laboratório: criação e experimentação [online]. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002. 388 p. __________. Biossegurança em biotérios. In: ANDRADE, A., PINTO, S.C., OLIVEIRA, R.S., orgs. Animais de Laboratório: criação e experimentação [online]. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002. 388 p. Área SST - Saúde e Segurança do Trabalho. Riscos Biológicos. Disponível em: <https://areasst.com/riscos-biologicos/> Acesso em: 08/07/2018. Barbara PM, Christovam RRF, Yasko K; Suzuki FF, Dellamano JC, Marumo JT, Sanches MP, Bellintani RVSA. Noções Básicas de Proteção Radiológica – Diretoria de Segurança Nuclear Divisão de Desenvolvimento de Recursos Humanos – Coordenação geral: SA Bellintani; FN Gili, ago. 2002. CABRAL, V. P. T. Biossegurança em Biotérios. Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2013. CARDOSO, C. V. P. Classificação de biotérios quanto à finalidade. In: ANDRADE, A., PINTO, S.C., OLIVEIRA, R.S., orgs. Animais de Laboratório: criação e experimentação [online]. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002. 388 p. CEUA – Comissão de Ética no Uso de Animais. RESOLUÇÃO NORMATIVA n. 15, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2013 – Estrutura Física e Ambiente de Roedores e Lagomorfos do Guia Brasileiro de Criação e Utilização de Animais para Atividades de Ensino e Pesquisa Científica. CORDEIRO, F. Biossegurança em biotérios . Rio de Janeiro, UFRJ, 2006. Guimarães, Mariana V. , Freire, José Ednésio da C. , Menezes, Lea M. B. de. Utilização de animais em pesquisas: breve revisão da legislação no Brasil. Rev. bioét. (Impr.). 2016; 24 (2): 217-24, Juazeiro do Norte/CE, Brasil. Franco, Ana L., Nogueira, Marianne N. M., Sousa, Natália G. K, Frota, Matheus F. da, Fernandes, Clemente M. S., Serra, Mônica da C. Pesquisas em Animais: Uma Reflexão Bioética. Acta Bioethica, 2014; 20 (2): 247-253, São Paulo, Brasil. REFERÊNCIAS FIOCRUZ. Riscos Químicos. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_quimicos.html> Acesso em 08/07/2018. MAJEROWICZ, J. Boas Práticas em Biotérios e Biossegurança. Rio de Janeiro: Interciência,2008. National Institute of Health (NIH). Biosafety in Microbiological and Biomedical Laboratories. Issuing Office: OACU 496-5424-2000. Disponível em: <http//www.nih.gov/>. Reis, S. R. Manual básico de bioterismo / Sonia Rolim Reis, Antonia Maria Ramos Franco. Manaus : [s.n.], 2012. 47 p. SARMENTO, E. O. Biossegurança e Experimentação Animal. Revista CFMV. Brasília/DF, Ano XI, n. 36, set./out./nov./dez., 2005. SOUZA, G. F. et al. Fatores de riscos ocupacionais e implicações à saúde do trabalhador em biotérios. Saúde Debate. Rio de janeiro, v. 41, n. especial, p. 188-199, jun 2017 REFERÊNCIAS
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