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Direito Constitucional III

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DIREITO CONSTITUCIONAL III
PROF. FERNANDO BRITO
CONTEUDO PROGRAMÁTICO:
I- CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
II- DIREITOS FUNDAMENTAIS
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
- PEDRO LENZA;
- ALEXANDRE DE MORAIS;
- ZULMAR FACHIN.
24/08 - Provinha = Constrole Difuso de Constitucionalidade
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07/08/15 - 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Contexto Geral:
- Rigidez Constitucional
Limites para a aprovação de emendas constitucionais: 
*Procedimentais = quorum, quem tem legitimidade para propor, etc;
*Circunstanciais = circunstancias que nao permitem que sejam propostas emendas (estado de sitio, etc);
*Materiais = existe um nucleo fundamental que nao pode ser alterado (clausulas pétras);
*Temporais = só se permite emendas constitucionais de tempos em tempos, e nao a qualquer momento (por ex. Portugal).
Se for observado todos estes limites na mesma constituição diz-se que a mesma é Hiper-rígida. Se houver pelo menos um, já é rígida. Se não houver nenhum, é flexível.
- Principio da Supremacia da Constituição
Tanto a supremacia normativa (formal), quanto a supremacia eficácia (material). Significa que a Constituição é o padrão a ser seguido, que todos os outros ramos do direito e também as normas Estaduais/Municipais devem seguir a CF quando da elaboração de suas leis.
- Principio da Presunção de Constitucionalidade das Leis
Todas as leis e atos normativos pressupõe-se que nasceram em conformidade com a Constituição. Enquanto nao houver uma declaração de inconstitucionalidade, não é possivel descumprir uma norma alegando sua inconstitucionalidade. A Presunção de Constitucionalidade das Leis é Relativa, ou seja, pode ser discutida e elaborada prova em contrário.
Sistemas de Controle de Constitucionalidade:
- Sistema Americano = assume a Teoria da Nulidade da Norma Inconstitucional; Nulidade é quando o ato é incapaz de produzir efeitos. Desde a sua origem, o ato ou lei é incapaz de produzir efeitos. O controle aqui é feito pelo Poder Judiciário. A decisão tem natureza declaratória.
- Sistema Austríaco (ou Francês) = assume a Teoria da Anulabilidade da Norma Constitucional; Anulabilidade é quando o ato produz efeitos até ser declarado inconstitucional, não podendo entao ser anulaveis os efeitos produzidos pelo ato antes de sua declaração. Criado por Hans Kelsen, que dizia que o poder politico deveria ter o poder de regular a constitucionalidade das leis, dando origem às Cortes Constitucionais na Europa, que são orgãos de auxilio do Parlamento, que nomeia os membros, etc., nao podendo ser considerado um orgão do poder judiciário. A decisão tem natureza constitutiva negativa.
Formas/Modalidades de Inconstitucionalidade:
- Inconstitucionalidade por Ação (Positiva) = quando do momento da criação da lei, da elaboração do ato normativo, o legislativo nao observa a Constituição.
*Vício Formal: quando ocorre vício nos procedimentos da criação da lei.
 Orgânico = relacionado com o mau uso das regras de competência (entre União, Estados e Municipios). Quando um ente invade a esfera de competência de outro;
 Propriamente Dito Subjetivo = quando ocorre violação em iniciativas privativas/reservadas de elaboração de leis. Vicio de Iniciativa;
 Propriamente Dito Objetivo = vício no proprio procedimento, quando deixa de ser observado;
 Pressupostos Objetivos do Ato = ex: é pressuposto objetivo da Medida Provisória a Relevância e a Urgência. Se nao forem observados, é inconstitucional.
*Vício Material: quando ocorre vício no conteúdo da lei, quando este conteúdo é contrario ao da CF e seus valores.
- Inconstitucionalidade por Omissão (Negativa) = ocorre quando existe uma norma de eficácia contida/limitada, aquela onde a CF cria um direito e deixa para uma lei específica regulamentá-lo (Licença Paternidade), e o orgão responsavel pela criação dessa lei específica não o faz.
Momentos:
- Preventivo = antes do nascimento do ato normativo, quando ainda é um projeto de lei.
*Legislativo: ocorre de duas maneiras, pelo Plenário, quando vota a lei, e pelas Comissões de Constituição e Justiça dos órgãos legislativos.
*Executivo: ocorre do veto do representante do poder executivo.
*Judiciário: excepcionalmente, ocorre através do Mandado de Segurança para assegurar o direito do paramentar à tramitação regular do projeto de lei.
- Repressivo = depois do nascimento do ato normativo, quando já ocorreu a promulgação da lei.
*Legislativo: pode ocorrer em duas hipóteses
 Sustação do Decreto Executivo = art. 49, §5º. Quando ocorre exorbitação da delegação do congresso.
 Tribunal de Contas = Tribunais de Contas, enquanto órgão auxiliar do Poder Legislativo, também podem suspender a eficácia de leis inconstitucionais.
*Judiciário: pode ocorrer também em duas hipóteses
 Difuso = por meio do controle difuso, consegue-se levar situações de fato ao STF quando envolvem questões constitucionais, podendo este controle difuso ser feito por qualquer membro do poder judiciário. É o meio pelo qual questões concretas chegam ao STF para controle de constitucionalidade. Também chamado de controle concreto. É controle incidental de constitucionalidade, não é a principal forma.
 Concentrado = serve para se discutir a TESE da lei, também no STF. Chamado também de controle abstrato. É o controle principal de constitucionalidade.
10/08/15 - 
Sistemas e Vias de Controle Judicial:
- Critério Subjetivo (Orgânico) = com relação ao órgão que faz o controle
 Sistema Difuso: todos os órgãos podem fazem o controle de constitucionalidade. Não existe uma corte específica para realizar o controle de constitucionalidade, pois aqui se fala de demandas concretas e reais, de casos fáticos que envolvem problemas com constitucionalidade, podendo entao QUALQUER ÓRGÃO realizar o controle. O controle difuso é sempre incidental. "Controle Difuso é controle de exceção, de defesa, é incidental e prejudicial ao mérito, e pode ser feito por qualquer órgão do Poder Judiciário."; Art. 97, CF = Cláusula de Reserva de Plenário, que se aplica aos TJs e aos Tribunais Superiores e que não se aplicam às Turmas Recursais do Juizado e aos Juizes de 1º Grau (Obs: Sumula Vinculante 10). Para os casos de Recurso Extraordinario, o STF pode dispensar a discussão no Pleno e resolver a questão na propria turma, porém cabe posteriormente agravo interno para o Pleno da decisão da Turma. Repercurssão Geral: art. 102, §3º, CF e art.543-A e B, CPC73.
 Sistema Concentrado: Aqui apenas os TJ (Constituição Estadual) e o STF (Constituição Federal) podem fazer o controle de constitucionalidade. São debatidas aqui as teses jurídicas, e não casos fáticos. O sistema concentrado sempre terá como problema principal a declaração de constitucionalidade/inconstitucionaldiade.
- Critério Formal = 
 Incidental: A questão de inconstitucionalidade é invocada no processo de forma secundária, e não como a questão principal. Tem relação com o Sistema Difuso, pois não é o pedido principal do processo, e sim uma discussão de fundo sobre um caso fatíco.
 Principal: Ocorre quando o pedido principal do processo está relacionado com a declaração de constitucionalidade/inconstitucionalidade. Tem relação com o Sistema Concentrado.
Efeitos da Decisão no Controle Difuso:
- Efeitos Subjetivos = Inter Partes. As decisões valem apenas para quem participou do processo. Para que a decisão tenha valor para terceiros, observa-se o art. 52, X, CF, que diz que o Senado Federal deve suspender, por meio de resolução, no todo ou em parte (de acordo com o que foi decidido no STF), a lei que foi considerada inconstitucional.
- Efeitos Temporais = Ex tunc (retroagem), via de regra. Como exceção, podem ser modulados os efeitos dependendo do caso concreto e da análise do STF.
Controle Concentrado:
AÇÃO		FUND. CONST.			REGULAMENTO
ADI		Art. 102, I, "a"		Lei 9868/99
ADPF
Art. 102, §1º			Lei 9882/99
ADO		Art. 103, §2º			Lei 12.063/09
ADI Intervent.	Art. 36, III c/c art. 34, VIII	Lei 12.562/11
ADC		Art. 102, I, "a"		Lei 9868/99
Teoria da Transcendência dos Motivos Determinantes:
 Anotar no caderno 10/20 linhas sobre o conceito da teoria.
17/08/15 - 
Marco Regulatório = Lei 9.868/99 - ADI, ADC, ADO
- Legitimidade Ativa?
ADI = PR, Mesa do SF, Mesa da CD, Mesa da AL ou a Mesa da Camara Legislativa do DF, Governador, PGR, Conselho Federal da OAB, partido com representação no CN e Confederação Sindical ou Entidade de classe de ambito nacional. Em âmbito estadual, admitem-se por simetria os mesmos representantes.
ADC = PR, Mesa da CD, Mesa do SF e PGR.
ADO = os mesmos da ADI e ADC.
- Legitimidade Passiva?
ADI = AGU e PGR.
ADC = PGR.
ADO = AGU e PGR.
- Órgão que decide?
ADI = STF e somente se presentes pelo menos 8 Ministros, sendo necessário pelo menos 6 votos para a declaração. Se não alcançada a maioria necessaria à declaração, estando ausentes Ministros em numero que possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número num ou noutro sentido.
ADC = mesmo da ADI.
ADO = mesmo da ADI.
- Efeitos da decisão?
ADI = tem eficácia erga omnes e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciario e à Administração Pública federal, estadual e municipal; o STF, por maioria de dois terços de seus membros, pode restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu transito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado; da cautelar: erga omnes e ex nunc, via de regra.
ADC = tem eficácia erga omnes e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciario e à Administração Pública federal, estadual e municipal; da cautelar: determinação de que os juizes e os tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo. 
ADO = será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providência necessarias; da cautelar: suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em outra providencia a ser fixada pelo Tribunal.
- Tem recurso?
ADI = por questões de merito jamais; cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial e cabe interposição de embargos declaratórios. Vetada ação rescisória.
ADC = mesma coisa da ADC.
ADO = mesma coisa da ADI.
- É necessário advogado?
ADI = apenas para confederações sindicais e partidos politicos.
ADC = idem.
ADO = idem.
- Admite desistência?
ADI = não.
ADC = não.
ADO = não.
- Admite Amicus Curiae?
ADI = apenas em casos onde se considerarão a relevância da materia e a representatividade dos postulantes.
ADC = não.
ADO = 
- Admite Audiência Pública?
ADI = sim.
ADC = sim.
ADO = sim.
- Admite Diligência?
ADI = sim.
ADC = sim.
ADO = sim.
- É possível cautelar?
ADI = sim.
ADC = sim.
ADO = sim.
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ADI - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (Marco regulatório na Lei 9.868/99)
Conceito: é o remédio processual pelo qual se busca o controle de constitucionalidade de ato normativo em tese, abstrato, geral e impessoal.
Objeto (art. 102, I, "a"): Lei (art. 59, CF) ou Ato Normativo (federal, dotado de generalidade e abstração e Decisão Administrativa dos Tribunais em Resolução).
Não são objeto da ADI: Súmula, Súmula Vinculante, Decretos de execução/regulamentos (somente inconstitucionalidade reflexa - a inconstitucionalidade é da lei que o decreto está regulamentando), normas constitucionais originárias, ato normativo revogado (não tem generalidade e abstração), respostas do TCE/TCU/TSE, ato normativo de eficácia exaurida e atos normativos anteriores à promulgaçao da CF/88 (5/10/88; estes atos são passíveis de não-recepção e nao de inconstitucionalidade).
Efeitos das Decisões (ADI e ADC): Erga omnes, vinculando o Poder Judiciário e a Administração Publica federal, estadual e municipal.
Competência:
*Ato Nomativo Federal e Lei Federal = STF
*Lei Estadual em conflito com CF = STF
*Lei Estadual em conflito com CE = TJ
*Lei do DF em materia estadual em conflito com CF = STF
*Lei do DF em materia estadual em conflito com Lei Organica DF = TJ/DF
*Lei do DF em materia municipal em conflito com CF = Não cabe ADI, somente Representação de Inconstitucionalidade ao TJ/DF (vale tambem para as leis municipais comuns)
*Lei do DF em materia municipal em conflito com Lei Organica DF = TJ/DF
Legitimidade Ativa (art. 103, CF):
*Universal (pode ingressar com a ADI em qualquer tema) = art. 103, I, II, III, VI, VII e VIII
*Especial (deve demonstrar pertinencia temática) = art. 103, IV, V e IX.
*O jus postulandi é a regra, ou seja, os legitimados não necessitam de advogado para ingressar com a ação, com exceção da Confederação Sindical e do Partido Politico.
*Principio da Simetria
 Ambito Federal (STF)		|	Ambito Estadual (TJ)
				| Estado		| Municipal
I- PR				| Gov. Estado		| Prefeito
II- MDSF			| MD Assembleia Leg. ou | MD Camara Ver.
III- MDCD			| MD da Camara Leg.	|
IV- MDAL			| Ja feita a simetria	| idem
V- Gov E/DF			| idem			| idem
VI- PGR				| PGJ (chefe do MP)	| nao tem equivalente
VII- Cons. Fed. OAB		| Cons. Seccional OAB	| nao tem equivalente
VIII- Part. Pol. c/ Rep. CN	| Part. Pol. rep. AL	| Part. Pol. rep. Camara Ver.
IX- Org. Classe Nacional	| Org. de Clas Est. ou	| nao tem equivalente
				| Federação Sindical	| nao tem equivalente
24/08/15 - 
Algumas Caracteristicas:
*Não tem prazo especial = agentes como o AGU, por ex., nao tem prazo especial (dobrado, quadruplicado) para responder à ação, como nos demais casos em que atua;
*Não tem prazo prescricional/decadencial = não se perde o direito de ação e nem o proprio direito material. Se uma lei é inconstitucional, isso pode ser alegado em qualquer tempo;
*Não tem intervenção de terceiros = aquelas descritas no processo civil (art. 7º);
*Tem Amicus Curiae (art. 7º, §2º);
*Não é possivel desistencia da ação;
*A decisão de mérito é irrecorrível = recursos internos (recusa de entrada do Amicus Curiae), Embargos de Declaração, etc., podem. Recurso com relação ao mérito nao. Excepcionalmente, podem ser atribuidos efeitos infringentes para os Embargos de Declaração, possibilitando assim uma mudança na decisão do mérito;
*Não tem ação rescisória;
*Não vincula a tese jurídica, apenas o pedido = pode ser pedida a declaração de inconstitucionalidade de determinada lei ou ato normativo utilizando determinadas teses, mas depois o tribunal entender inconstitucional com outras razões que nao as apontadas inicialmente;
Questões relacionadas ao mérito da ADI:
a) procedencia parcial? -> é jurisprudencia pacificada do STF que pode haver procedencia parcial, declarando inconstitucionalidade de apenas palavras ou parte do texto;
b) procedencia sem redução de texto? -> quando o STF acolhe a ADI, mas ele nao afasta o texto, nao excluindo texto, artigo, lei, etc., fazendo apenas uma interpretação do referido dispositivo conforme a Constituição.
c) coisa julgada inconstitucional? -> os efeitos da ADI são ex nunc. Pode se discutir a coisa julgada baseada em lei inconstitucional apenas se a lei na qual foi baseada a decisão for declarada inconstitucional dentro do prazo da ação rescisória.
d) pedido cautelar/liminar em ADI? -> sim. Art. 10 da lei de regência.
Art. 102, I, "l" = Para assegurar a força do julgado, para que não descumpram a decisão de inconstitucionalidade, cabe Reclamação Constitucional direto no STF, que qualquer um pode entrar.
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AMICUS CURIAE
*É admitido pelo relator;
*A decisão que defere é irrecorrível = porem a que indefere é recorrível, através de Agravo Interno;
*Requisitos: (art. 7º, §2º, Lei 9.868/99)
 1) Relevância de matéria;
 2) Representatividade dos postulantes;
*Prazo: Até a pauta = relator, quando considera que o processo está pronto para ir para julgamento, com o voto preparado, faz o pedido da pauta para julgamento para o Presidente do Tribunal. A partir deste pedido, não pode mais ser pedido Amicus Curiae, pelo relator já estar com seu voto pronto e o Amicus Curiae perder sua capacidade de interferir no julgamento do processo;
*Pode sustentação oral;
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31/08/15 - 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
Conceito: é o remédio processual que objetiva a declaração de inconstitucionalidade por omissão de medida do Poder Público.
Objeto: omissão de medida; As omissões podem ser Totais, Parciais Propriamente Ditas e Parciais Relativa.
*Total = quando fica caracterizada a ausência completa de norma regulamentadora. Ex: art. 37, VII - direito de greve do servidor público.
*Parcial Propriamente Dita = é aquela que disciplina uma determinada matéria de forma deficiente. A lei existe, mas regulamenta a matéria de forma deficiente. Ex: se houvesse uma lei que regulamentasse a greve do serviço publico e esta dissesse que pelo menos 80% do funcionalismo deveria ser mantido em funcionamento nos casos de greve. Nesse caso, praticamente não existia greve eficiente.
*Parcial Relativa = uma determinada norma prevê direitos a uma determinada categoria de pessoas, mas nao a outras. Ex: concessão de reajuste salarial para varios setores do funcionalismo publico e uma categoria, por exemplo os procuradores gerais de autarquias, fica de fora desse reajuste.
Competência: originária do STF. Art. 103, §2º.
Legitimidade ativa: art. 103, incisos; Legitimados especiais, legitimados universais e jus postulandi é igual na ADI.
Mérito: art. 103, §2º; Na ADI, a natureza juridica da decisão era DECLARATÓRIA, para que o Supremo declare que determinada lei é inconstitucional. Já na ADO, a natureza jurídica da decisão é MANDAMENTAL, tendo o órgao responsável (seja ele Executivo, Legislativo ou Judiciário) pela omissão que ser notificado para que faça a norma. Não basta apenas uma declaração de que existe uma lacuna no ordenamento, mas sim uma ORDEM para que o órgão responsável preencha esta lacuna. O prazo para o Poder Competente (Executivo, Legislativo ou Judiciario) é o "prazo razoável". Já nos casos de Orgao Administrativo (por ex. uma agência reguladora) o prazo é de 30 dias. A notificação, ainda que nao imponha um prazo, notifica o responsável pela omissão é CONSTITUIR ESTE EM MORA, nascendo o dever de Reparação Civil por conta do nao exercicio de um direito.
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AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Conceito: é o remedio processual utilizado para transformar a presunção de constitucionalidade de leis de Relativa em Absoluta.
Objeto: art. 102, I, "a"; Lei ou ato normativo federal. A presunção de constitucionalidade das leis é juris tantum, relativa, que admite discussão e prova em contrário. O intuito da ADC é transformar essa presunção relativa em absoluta, jure et de juri, nao admitindo discussão e prova em contrário. 
Mérito: a natureza juridica da decisão da ADC é DECLARATÓRIA. Os efeitos da decisão sao erga omnes e ex tunc (pois a lei sempre foi constitucional, e nao apenas a partir da declaração).
Legitimidade: art. 13, Lei 9.868/99 sendo interpretado conforme o art. 103, CF. Isso significa que o rol de legitimados da ADC é o mesmo da ADI e da ADO.
Legitimidade Passiva na ADC: a ADC é considerada uma ação seu réu. Ao contrario da ADI, onde o AGU é chamado para fazer a defesa da constitucionalidade da lei, na ADC nao existe este papel. Por vezes, pode ocorrer de o Ministerio Publico, na figura da PGR, atuar como custos legis nessas ações, e nos seus pareceres invocar teses sobre a inconstitucionalidade, mas não que seja obrigatorio de ser seguido este parecer.
Características: a ADC é considerada uma ação dúplice da ADI, ou seja, um provimento positivo na ADC é a mesma coisa que um provimento negativo na ADI, e um negativo na ADC é o mesmo que um positivo em uma ADI. Mesmo que sejam ações praticamente identicas, a existencia da ADC, para a doutrina brasileira, se justifica pela transformação da presunção relativa em absoluta, coisa que um provimento negativo de uma ADI não faz. Para alguns doutrinadores internacionais, a existencia da ADC, que é posterior à criação da ADI, nao se justifica por ser uma ação praticamente identica à ADI.
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AÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
Art. 102, §1º e Lei 9.882/99
2 modalidades: Principal e Incidental
*Principal: a propria ADPF no STF.
*Incidental: já existe um procedimento de controle de constitucionalidade no STF ou um mandado de segurança, por ex., e então fica constatado uma lesão decorrente de descumprimento de preceito fundamental ou um ato que possivelmente causará uma lesão, entra-se com uma ADPF no bojo desse mesmo processo.
Conceito: evitar ou reparar lesão à preceito fundamental, resultante de ato do poder público.
*Deve haver nexo de causalidade entre a lesão e o ato, necessariamente proveniente do poder público.
*Cabe contra qualquer ato administrativo, inclusive decretos regulamentares. ADI não serve contra decreto regulamentar. Já a ADPF é mais abrangente, podendo ser manejada contra decreto regulamentar (e não apenas contra a lei que institui o decreto), contra lei municipal, etc. A ADPF cabe aonde nao cabe a ADI.
*Tem que demonstrar divergência jurisprudencial relevante na aplicação do ato, ou seja, já deve ter havido decisões judiciais conflitantes com relação ao assunto.
*Serve para analisar a recepção de lei ou ato normativo, revogação de lei, lei municipal, etc.
Competência: STF.
Legitimidade: mesmos da ADI.
Decisão:
*Natureza Jurídica = condenatória, pois tem a caracteristica de evitar ou reparar lesão.
*Efeitos = erga omnes e via de regra ex tunc, podendo haver modulação dos efeitos, como em todas as outras.
Fungibilidade: pode ser trocada a ADI por ADPF e a ADPF pela ADI. Se for proposta uma delas quando deveria ser proposta outra, o STF recebe mesmo assim, entendendo e interpretando a ação proposta errada como se fosse a ação que deveria ter sido proposta.
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14/09/15 - 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA ou REPRESENTAÇÃO INTERVENTIVA
Art. 36, III.
Julgada pelo STF, com legitimidade ativa do PGR. Esse tipo de controle de constitucionalidade serve para tratar dos casos de Intervenção, à priori Federal, mas também Estadual, pelo principio da simetria.
Hipóteses de cabimento: a) recusa a cumprimento de lei federal e; b) violação dos principios constitucionais sensíveis do art. 34, VII.
Processo:
*1ª Fase = chamada de fase judiciária; é apresentada a RI, sendo processada como qualquer ADI. Pode gerar duas decisões por parte do STF: a negativa, não concedendo o pedido, e a positiva, dando provimento ao pedido e dizendo que é caso sim de Intervenção;
*2ª Fase = chamada, junto com a 3ª, de fase de execução; após o provimento positivo do STF, se dá inicio a fase de execução, nos moldes da Intervenção. Primeiro deve o executivo emitir um decreto para sustar o ato que motivou o
processo, se isto for suficiente;
*3ª Fase = também chamada Execução da Intervenção Propriamente Dita; se não for suficiente a sustação do ato via decreto, dá-se continuação nos atos interventivos. Deve-se estabelecer prazo, nomear interventor, sobre os meios que ocorrerão etc., seguindo os moldes constitucionais para a Intervenção.
**Duas mais famosas: IF 114 (Mato Grosso - apedrejamento de presos - União fez troca de diretor no presidio) e IF 179 (Roraima, Penitenciaria Urso Branco - esquartejamento de presos e coisas afins).
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28/09/15 - 
DIREITOS FUNDAMENTAIS - INTRODUÇÃO
DIMENSÕES
1ª: Direitos de Liberdade (Direitos Civis)
*Não prestacionais = abstenção por parte do Estado/Liberdades negativas. Estado deve deixar de suprimir liberdades individuais.
2ª: Direitos de Igualdade (Direitos Sociais)
*Prestacionais = demandam atuação do Estado para que as pessoas tenham mais igualdade.
3ª: Direitos de Participação (Direitos Politicos)
*Obs: primeira, segunda e terceira são incontroversas.
4ª: democracia, globalização, pluralismo, informação etc. Quando o Estado alcança o maximo de complexidade, que ele consegue as caracteristicas que possui hoje.
5ª: paz (como um direito fundamental).
CARACTERÍSTICAS
1) HISTORICIDADE: os direitos vao acontecendo na historia, não sao coisas dadas de um momento só. São conquistados com o tempo e ganhando complexidade de acordo com as demandas da sociedade.
2) UNIVERSALIDADE: são de todos, não apenas de uma parcela. É um direito universal, seus destinatários são o conjunto universal dos homens. Nasce para ser atribuido a todas as pessoas.
3) LIMITABILIDADE/RELATIVIDADE: não existe direito fundamental absoluto. São sempre limitaveis, mesmo que universais. Limitações devem sempre advir da CF, quando advierem de lei infracosntitucional deve-se olhar sempre se nao existe conflito nessa limitabilidade com algum preceito constitucional. Ex: hipóteses de pena de morte em casos de guerra declarada (contrarios ao direito à vida), restrição de alguns cargos (Presidente, por ex) à brasileiros natos (contrarios aos direitos politicos e à igualdade entre brasileiros natos e naturalizados).
4) CONCORRÊNCIA: os direitos podem ocorrer em concomitancia. Também é sinonimo de nao exclusividade. Muitas pessoas podem estar exercendo o mesmo direito ao mesmo tempo, sem que um exclua o outro. Ex: direito à vida, liberdade de expressão etc, sao direitos de todas as pessoas, que podem ser exercidos em conjunto, sem que um exclua o outro.
5) IRRENUNCIABILIDADE: não se pode renunciar direito fundamental. Alguns direitos podem deixar de serem exercidos, mas o seu titular nunca perde o direito de usá-lo.
6) IMPRESCRITIBILIDADE: os direitos fundamentais nao sao corroidos pelo tempo, nao caem sobre eles a prescrição/decadencia.
7) INALIENABILIDADE: os direitos fundamentais nao podem ser transferidos, passados para outra pessoa. Ex: proibição da barriga de aluguel (contraria à liberdade de reprodução), salvo nos casos da barriga solidaria, sem cobrança.
DIFERENÇA ENTRE DIREITO, REMEDIO E GARANTIA
Direitos = são bens, vantagens, posições, incorporadas ao patrimonio juridico das pessoas.
Remedios = são genero de Garantia. Estratégias adotadas pela CF para proteger os direitos fundamentais. Ex: Ações do controle concentrado de constitucionalidade (servem para proteger a supremacia da constituição, assegurando assim todos os direitos fundamentais. Não protegem diretamente os direitos).
Garantias = servem para a direta proteção de direitos fundamentais. Podem ser institucionais, processuais etc. Ex: Separação de Poderes (institucional), Habeas Corpus (processuais).
EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Vertical: relação do Estado com o Particular.
Horizontal: relação entre particulares. Ex: RE 160.222-8 (Revista Íntima), RE 158.215-4 (Expulsão de associado sem contraditorio) e RE 161.243-6 (Air France, equiparação salarial por nacionalidade).
*Dizer que os DF possuem essas duas eficácias é consagrar que a CF é de direito publico e de direito privado, atuando nessas duas esferas, tanto do Estado com o Particular como nas relações entre os proprios particulares.
Indireta: necessario o legislativo fundamentar a utilização de determinado direito fundamental.
*Positiva = o legislador deve elaborar leis que protejam os direitos fundamentais.
*Probitiva = o legislador não deve elaborar leis que violem os direitos fundamentais.
Direta: alguns direitos fundamentais tem aplicação direta sem a necessidade de mediação legislativa.
DEVERES FUNDAMENTAIS
*Efetivação dos Direitos Fundamentais;
*Deveres Fundamentais do Estado frente aos indivíduos; Ex: obrigação de indenização por erro judiciário.
*Deveres de Criminialização; Ex: tortura, terrorismo, racismo etc. - Art. 5º, XLII.
*Deveres Fundamentais do Indivíduo com relação à sociedade; Ex: art. 143, 205.
*Explicito de exercer os direitos observando-se a finalidade social deste; Ex: art. 5º, XXIII.
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DIREITO À VIDA
Fundamento: Art. 5º, caput (previsão generica); Outros dispositivos - art. 5º, XLVII, art. 84, XIX.
Conceito: conceito funcional de vida - ADI 3.510 e ADPF 54 = tem atividade neurologica, tem vida. Não tem, nao tem vida.
Do direito à vida decorre:
*Proteção à integridade fisica;
*Proibição da pena de morte;
*Proibição da tortura;
*Proibição da eutanásia;
*Restrição ao aborto.
05/10/15 - 
DIREITO À IGUALDADE
Fundamento: Art. 5º, caput (previsão generica);
Igualdade Formal: tratamento igual na lei.
Igualdade Material: tratamento desigual na medida da desigualdade.
Direito à igualdade na CF/88: 
*art. 3º, I, III e IV;
*art. 4º, VIII;
*art. 5º, I, XXXVII, XLI e XLII;
*art. 7º, XX, XXX, XXXI, XXXII e XXXIV;
*art. 12, §2º e §3º;
*art. 14, caput;
*art. 19, III;
*art. 24, XIV;
*art. 37, X e VIII;
*art. 43, caput;
*art. 146, III, "d";
*art. 150, II;
*art. 183, §1º;
*art. 189, §ºú;
*art. 203, IV e V;
*art. 206, I;
*art. 208, III;
*art. 226, §5º;
*art. 231, §2º;
(...)
Ações afirmativas: ADPF 186 (cotas), ADI 3330 (PROUNI) e ADC 19 (Lei Maria da Penha).
PRINCIPIO DA LEGALIDADE
Previsão Genérica: 
*art. 5º, II = legalidade ampla, no ambito do particular. Pode-se fazer tudo o que nao é proibido.
*art. 37 = legalidade estrita, no ambito da administração publica. Apenas pode-se fazer o que está descrito na lei.
PROIBIÇÃO DA TORTURA
Previsão Genérica: art. 5º, III.
*Tortura = o proprio crime de tortura.
*Tratamento desumano/degradante = por ex. SV 11 - sumula da proibição do uso de algemas. Se não utilizada a algema nas hipoteses da SV 11 se configura o tratamento desumano ou desgradante.
LIBERDADE DE MANISFESTAÇÃO DE PENSAMENTO
Previsão: art. 5º, IV e V.
LIBERDADE RELIGIOSA (CONSCIENCIA/CRENÇA/CULTO)
Previsão: art. 5º, VI, VII e VIII.
*Estado laico x Deus no preâmbulo da CF; -> preâmbulo não possui força de norma, portanto o Deus no preâmbulo da CF não interfere em nada pois é apenas de natureza literária.
*ensino religioso (art. 210, §1º); -> existe por questão cultural. Não pode se obrigar.
*feriados religiosos; -> aqueles instituídos antes da CF/88 foram mantidos, porém depois da promulgação da CF não foi instituido mais nenhum feriado religioso.
*casamento religioso (art. 226 §2º); -> desde que haja o minimo de formalidade e nenhum impedimento QUALQUER casamento religioso serve para averbação de casamento civil.
*curandeirismo (art. 284, CP); -> separação tenue entre crença e curandeirismo na perspectiva de recebimento de valores, quando são cobrados as "consultas" ou não.
*crucifixo; -> STF já decidiu que é indiferente juridicamente a existencia de cruxifixos em predios publicos, desde
que antes da CF/88.
*imunidade tributária; -> tudo o que estiver relacionado ao culto está alcançado pela imunidade tributaria.
*guarda sabática/transfusão... -> quando da pra compatibilizar a guarda sabática com o exercicio do direito em conflito é feito isso normalmente, quando não, prevalece que a supressão da guarda. No caso da transfusão, esta é feita apenas em ultimo caso, quando se tratando de religião que a proíbe.
LIBERDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA OU DE COMUNICAÇÃO
Previsão: art. 5º, IX e X.
*Não pode existir censura prévia. Classificação de conteúdo não é censura previa, é apenas indicativa. Ministério da Justiça que faz a classificação.
*São inviolaveis: 
 - a Honra (objetiva = imagem construida pela coletividade sobre uma pessoa; subjetiva = auto-percepção);
 - a Vida Privada (o contrario da Vida Publica, que é aquilo que é mostrado às pessoas, é aquilo que acontece dentro da casa, que nao quer ser mostrado a ninguem);
 - a Imagem (atributo da pessoa, associado a um conjunto de valores).
*Quando da violação da Honra, Vida Privada ou Imagem, pelo exercicio da liberdade intelectual, artistica, cientifica ou de comunicação pode gerar obrigação de reparar.
*Quando se trata de pessoa publica, existe uma mitigação na proteção da honra, vida privada e imagem.
*Intimidade/Vida Privada x Quebra de Sigilo Bancário = pode ocorrer a quebra, desde que autorizada judicialmente. O mesmo se aplica ao sigilo telefonico, fiscal, etc.
INVIOLABILIDADE DO DOMICILIO
Previsão: art. 5º, XI.
*Pode-se entrar na casa de alguem apenas durante o dia e com determinação judicial ou com flagrante delito ou desastre. Também para prestar socorro.
*Conceito de dia: enquanto houver luz (conceito astronomico).
*Conceito de domicilio: qualquer repartição que seja habitavel pela pessoa. Areas comuns de hotel ou condominio não estao resguardadas pela inviolabilidade de domicilio. Locais onde se habitualmente se exerce a profissão também é domicilio (ex. escritorio do advogado, consultorio medico).
SIGILO DE CORRESPONDENCIA E COMUNICAÇÃO
Previsão: art. 5º, XII.
*Em algumas hipóteses podem haver restrições à esse sigilo (estado de defesa/sítio etc), para investigação criminal e instrução processual (somente por autorização judicial).
*Lei 9.296/96 -> presentes as hipóteses de quebra do sigilo.
19/10/15 - 
LIBERDADE DE PROFISSÃO
Previsão: art. 5º, XIII.
*As profissões são livres para serem exercidas, porem algumas são regulamentadas, sendo exigido alguns requisitos presentes no determinado regulamento da profissão.
*Profissões polemicas: Jornalismo (Lei de Imprensa não foi recepcionada pela CF/88 - nao é exigida licença para garantir a liberdade de informação), Músico;
LIBERDADE DE INFORMAÇÃO
Previsão: art. 5º, XIV e XXXIII.
*Informar: direito de veicular informações, protegido o sigilo da fonte, mesmo que seja vedado o anonimato. Ainda que preservado o sigilo da fonte, o jornalista é responsável pela veiculação da informação quando falsa.
*Ser informado: liberdade de ser informado pelo poder publico.
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
Previsão: art. 5º, XV e LXI.
*Qualquer pessoa pode entrar e sair do territorio nacional, e nele permeanecer com seus bens. Podem haver restrições à liberdade de locomoção quando Estado de Sítio, Estado de Defesa, etc. Pagamento de imposto sobre entradas e saidas de bens não infringem a liberdade de locomoção.
*Ressalvadas as prisões militares disciplinares, não podem haver prisoes sem ser flagrante delito ou sem decisão judicial fundamentada (qualquer que seja o tipo da prisão).
DIREITO DE REUNIÃO
Previsão: art. 5º, XVI
*Pacífica, sem armas e em local público.
*Pode ser restringido no Estado de Defesa/Sitio.
DIREITO DE ASSOCIAÇÃO
Previsão: art. 5º, XVII ao XI.
*Finalidade lícita = nao tem limite para a liberdade de associação (vedada às de carater paramilitar).
*Para criar associação deve-se cumprir o que a lei civil diz, sendo desnecessária a intervenção do poder publico.
*Cooperativa, se for atuar em um ramo economicamente regulado, deve-se sujeitar às regras estabelecidas. Com relação à criação nao se exige intervenção do poder publico, se for ATUAÇÃO sim.
*As associações podem ser dissolvidas voluntariamente, nao sendo ninguem obrigado a se manter associado contra sua vontade, ou por decisão judicial (quando a associação estiver desenvolvendo uma atividade ilicita ou de carater paramilitar).
*Membros podem ser expulsos, desde que assegurado o contraditorio.
*As associações podem fazer substituição processual por seus associados, desde que previsto no estatuto.
DIREITO DE PROPRIEDADE
Previsão: art. 5º, XXII ao XXVI.
*A propriedade atenderá à sua função social (função para a propriedade rural = produtividade; propriedade urbana = estatuto das cidades, não-especulação).
*Desapropriação Necessidade/Utilidade Publica/Interesse Social = indenização previa e em dinheiro.
*Desapropriação Pena/Sanção = indenização posterior ou em titulos da divida agrária ou em titulos da divida publica; Acontece para as propriedades que não estao cumprindo sua função social. A desapropriação da propriedade rural somente pode ser feita pela União (sendo a desapropriação pena somente para fins de reforma agrária) e os municipios somente podem desapropriar imóveis urbanos.
*IPTU Progessivo pôde começar a ser feito a partir de 2000.
*Desapropriação não é requisição. Requisição é para uso temporario, para alocar familias ou hospital de campana, por ex, devendo pagar indenização pelo tempo que ficou utilizando do imóvel.
DIREITO DE HERANÇA
Previsão: art. 5º, XXX e XXXI.
*Herança = mutação subjetiva do patrimonio. Quando o patrimonio passa para outra pessoa pela morte de seu proprietario.
*Se o autor da herança ("de cujus") for estrangeiro, vale para a herança aquela que for mais favoravel ao conjuge e aos filhos do autor da herança.
DIREITO DE PROPRIEDADE INTELECTUAL
Previsão: art. 5º, XXVII, XXVIII e XXIX.
*Depois de um determinado tempo, nao existe mais o direito de propriedade intelectual vigorando sobre determinada obra.
DIREITO DO CONSUMIDOR
Previsão: art. 5º, XXXII e art. 48, ADCT. Lei 8.078/90.
*Consumidor = destinatário final do produto ou do serviço.
DIREITO DE PETIÇÃO/CERTIDÃO
Previsão: art. 5º, XXXIV.
*Esses direitos, perante órgãos publicos, sao gratuitos. Prazo de expedição de certidão: 15 dias. Se nao for expedida, cabe Mandado de Segurança.
*Não entra aqui o direito de ação perante o poder judiciario, pois este nao é gratuito.
PRINCIPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO/DIREITO DE AÇÃO
Previsão: art. 5º, XXXV.
*A Lei nao pode afastar do Poder Judiciario a apreciação de lesão ou ameaça de lesão à direito.
*Não existe jurisdição administrativa obrigatoria no Brasil.
PRINCIPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI
Previsão: art. 5º, XXXVI.
*A Lei nunca retroagirá pra atingir o Ato Juridico Perfeito, a Coisa Julgada e o Direito Adquirido.
*Ato Juridico Perfeito = ato juridico já praticado, consumado, de acordo com a lei vigente no tempo de sua consumação.
*Coisa Julgada = decisão judicial da qual nao cabe mais recurso.
*Direito Adquirido = aquele que já se incorporou ao patrimonio juridico da pessoa. Nao confundir com expectativa de direito.
*Exceção à essa regra é o poder constituinte originário.
PRINCIPIO DO JUIZ NATURAL
Previsão: art. 5º, XXXVII e LIII.
*Constituição veda justiça "ad hoc", nao sendo possivel tribunal ou procedimentos de exceção.
TRIBUNAL DO JURI
Previsão: art. 5º, XXXVIII.
*Pode-se alterar a competência do tribunal do juri, mas nao pode extingui-lo.
PRINCIPIO DA LEGALIDADE PENAL E DA ANTERIORIDADE DA LEI PENAL INCRIMINADORA
Previsão: art. 5º, XXXIX, XL.
MANDADOS DE CRIMINALIZAÇÃO
Previsão: art. 5º, XLI, XLII, XLIII e XLIV.
*Constituição da ordens para o legislador ordinario para como deve proceder em determinados casos com relação à crimes.
CONSIDERAÇÃO COM RELAÇÃO À PENAS
Previsão: art. 5º, XLV, XLVI, XLVII, XLVIII.
26/10/15
- 
DIREITOS DOS PRESOS
Previsão: art. 5º, XLIX, L, LXII, LXIII, LXIV.
*Integridade física e moral, permanecer com os filhos durante a amamentação, obrigação de comunicação da prisão à familia do preso e ao juiz, informação sobre os direitos do preso, identificação dos responsaveis pela prisão e interrogatorio.
REGRAS DE EXTRADIÇÃO
Previsão: art. 5º, LI e LII.
*Ocorre quando alguem está sendo acusado de cometer um crime em outro país que não o que atualmente reside. Deve haver tratado de extradiçao entre os países, assim como esse país que pede a extradição nao pode ter pena de morte ou pena que ultrapasse os 30 anos limite no Brasil.
*Brasileiro Nato = nao pode ser extraditado em nenhuma hipótese.
*Brasileiro Naturalizado = crime anterior à naturalização e tráfico.
*Estrangeiro = sempre pode ser extraditado.
PRESUNÇÃO DE INOCENCIA
Previsão: art. 5º, LVII.
*Ninguem será considerado culpado antes do transito em julgado da sentença penal condenatória.
*Lançamento no rol dos culpados = Rol dos Culpados é um cadastro no qual ficam o nomes das pessoas condenadas, servindo para comprovar reincidência etc. 
*Execução da pena = só pode começar depois do transito em julgado da sentença penal condenatoria.
*Comutação/progressão/aplicação de regime mais severo (regressão) antes do transito em julgado = pode ocorrer.
REGRAS SOBRE A PRISÃO
Previsão: art. 5º, LXI, LXV, LXVI, LXVII.
*Ninguem será preso se nao for por flagrante delito ou por autorização da autoridade judiciária.
*A prisão ilegal será automaticamente relaxada.
*Ninguem será levado à prisão quando pode fiança ou liberdade provisoria.
*Não havera prisão civil por dívida, salvo do devedor de alimentos.
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
Previsão: art. 5º, LVIII.
Lei 12.037/09.
*Identificação Criminal = identificação das impressoes digitais.
*Identificação Civil = impressoes digitais registradas para fins civis (ex. RG).
AÇÃO PENAL SUBSIDIÁRIA
Previsão: art. 5º, LIX.
*Ação Penal Privada Subsidiária da Publica quando caracterizada a inércia do MP.
DEVIDO PROCESSO LEGAL/CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA
Previsão: art. 5º, LIV e LV.
SV 5, SV 14, SV 21 e SV 28.
PROVA ILÍCITA
Previsão: art. 5º, LVI.
*Teoria dos frutos da árvore envenenada = um meio de obter a prova de maneira ilicita contamina a propria prova.
*Poder Judiciário mitiga esta teoria quando é pro reu.
PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS E DEVER DE MOTIVAÇÃO
Previsão: art. 5º, LX.
ASSISTENCIA JUDICIARIA
Previsão: art. 5º, LXXIV.
*Feita pela defensoria publica ou pelo convenio desta com a Ordem.
INDENIZAÇÃO POR ERRO JUDICIÁRIO
Previsão: art. 5º, LXXV.
*Por prisão alem do tempo devido ou condenação por erro judiciario, sem discussão de culpa. Responsabilidade objetiva.
GRATUIDADE DAS CERTIDÕES
Previsão: art. 5º, LXXVI.
*Certidão de nascimento e certidão de óbito.
GRATUIDADE DAS AÇÕES HABEAS CORPUS E HABEAS DATA
Previsão: art. 5º, LXXVII.
*Não se pagam custas de Habeas Corpus ou Habeas Data.
CELERIDADE PROCESSUAL
Previsão: art. 5º, LXXVIII.
*Introduzido pela EC 45.
*CNJ, com base nesse artigo, faz metas de celeridade, para assegurar que os processos sejam julgados de forma célere.
*NCPC institui a ordem cronologica de julgamento, dando um novo aspecto à este direito.
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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
HABEAS CORPUS
OBJETO: proteger a liberdade de locomoção de legalidade ou de abuso de poder.
FUNDAMENTO: art. 5º, LXVIII.
COMPETÊNCIA:
- STF
art. 102, I, "d";
art. 102, I, "i";
art. 102, II, "a";
- STJ
art. 105, I, "c";
art. 105, II, "c";
- TRF
art. 108, I, "d";
art. 108, II;
- JF
art. 109, VII.
- Justiça Eleitoral
art. 121, §§3º e 4º, V, C/C art. 105, I, "c".
ESPÉCIES: Preventivo (quando a pessoa está na eminencia de ser cerceada sua liberdade de locomoção) ou Liberatório (quando a pessoa já está presa).
*Não cabe em punição disciplinar militar.
*Compete ao TJ local o HC de turma recursal JECRIM.
OBSERVAÇÕES: HC dispensa capacidade postulatória. Qualquer um pode impetrar.
MANDADO DE SEGURANÇA
OBJETO: direito líquido e certo, desde que este direito nao esteja relacionado com a liberdade de locomoção (HC) ou acesso e retificação de informações (HD). É subsidiário com relação ao HC e ao HD.
CONCEITO: Direito Líquido e Certo é aquele que pode ser demonstrado de plano mediante prova pré-constituída, é manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão, e apto a ser exercido. Direito Líquido e Certo é aquele que pode ser demonstrado por documentos, não podendo ser requeridas diligências, expedição de ofício ou qualquer outro meio de produção de provas. Se haver de ser produzidas provas, não é direito liquido e certo. É uma ação sem contraditório, pois a autoridade coatora apenas deve prestar informações, e nao apresentar defesa.
ILEGALIDADE: atos vinculados. Lei nao deixa nenhuma margem para a atuação do poder publico. Poder publico é obrigado a praticar o ato, pois a lei determina que o ato seja praticado. Ex: aprovação em concurso publico da quantidade de vagas determinada no edital.
ABUSO DE PODER: atos discricionários. Ato adminsitrativo que a lei deixa uma margem para o administrador publico decidir. Ex: decreto de desapropriação de interesse publico para a construção de escola em bairro. No caso, se houver alguma irregularidade ou abuso de poder nessa desapropriação.
FUNDAMENTO: art. 5º, LXIX / Lei 12.016/09.
AUTORIDADE COATORA: órgao publico ou aquele que exerce função de orgao publico, ainda que particular.
COAGIDO: pessoas fisica ou juridica, estrangeiro, pessoa juridica estrangeira, entes despersonalizados etc.
ESPÉCIES: Preventivo (quando a lesão ao direito liquido e certo ainda nao ocorreu) ou Repressivo (depois de já ocorrida a violação ao direito liquido e certo).
PRAZO: mandado de segurança deve ser impetrado em 120 dias, sendo esse prazo decadêncial, pela natureza do mandado de segurança ser de um direito. Isto nao impede que a lesão ao direito liquido e certo seja discutida em outra ação.
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO
*Tudo do MS se aproveita ao MS Coletivo, com diferença na legitimidade para impetrar a ação.
IMPETRANTES:
*Partido Politico com representação no CN e apenas os integrantes do partido nos interesses do partido;
*Associação, orgão ou entidade de classe com funcionamento de pelo menos 1 ano em interesse de seus membros. Deve ter previsão estatutária.
OBJETO: serve para tutelar direito coletivo ou individual homogêneo.
*Direito Coletivo: é direito transindividual de natureza indivisível de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica. São impossiveis de serem individualizados. Ex: direito ambiental.
*Direito Individual Homogêneo: são os de origem comum da atividade ou situaçao específica da totalidade ou de parte dos membros do impetrante. Está relacionado ao fato de se pertencer à determinada associação que impetrará o MSC. Ex: Direito do consumidor (Associação de defesa do consumidor). Recall de carro com problema; Apenas os compradores desse carro tem direito ao recall.
16/11/15 - 
MANDADO DE INJUNÇÃO
REQUISITOS: normas constitucionais de eficácia limitada e ausência de norma regulamentadora.
LEGITIMIDADE:
*Ativa = qualquer pessoa (com apenas a exceção da Pessoa Juridica de Direito Publico).
*Passiva = quem tem o dever de regulamentar.
COMPETÊNCIA:
*art. 102, I, "q";
*art. 102, II, "a";
*art. 105, I, "h";
*art. 121, §4º.
EFEITOS DA DECISÃO: Posições = Não concretista (Tribunal não pode substituir o legislador. Prevaleceu até metade da decada de 90) ou Concretista (Geral -Tribunal deve apenas criar uma regra geral, ou seja, os efeitos da decisão sao erga omnes- ou Individual -eficácia da decisão é inter partes- // Teoria da Troca de Sujeitos).
*Concretista
Individual = Direta (Próprio Tribunal substitui o órgao que deveria regulamentar e cria uma regra individual) ou Intermediária (Tribunal antes de regulamentar tem que fixar um prazo para o órgao devido regulamentar. Se o órgão ainda assim não faz, então o Tribunal regulamenta).
HABEAS DATA (art. 5º, LXXII)
*Serve para pessoa conhecer ou retificar informações suas que estejam em banco de dados de caráter publico ou mantido por poder publico. Embora previsto constitucionalmente, o poder publico tem interesse em que os dados dos particulares estejam atualizados em seus banco de dados, podendo o particular apenas se valer de um processo administrativo simples para a retificação. É mais utilizado para conhecimento de informações, ainda que pouco.
OBJETO: Conhecimento/Retificação.
LEGITIMIDADE ATIVA: Pessoa do impetrante. Para saber informações sobre terceiros a ação é o Mandado de Segurança.
COMPETÊNCIA:
*art. 102, I, "d";
*art. 102, II, "a";
*art. 105, I, "b";
*art. 108, I, "c";
*art. 109, VIII;
*art. 121, §4º, V;
*art. 123, §1º.
AÇÃO POPULAR (art. 5º, LXIII)
*Visa anular ato publico que cause lesão. Tem isenção de custas. É necessário advogado. Se o particular não faz determinado ato que era necessario para o andamento da ação popular, o Ministerio Publico pode assumir e fazer esse ato. Só cabe desistencia, sem o Ministerio Publico assumir, caso quem entrou com a ação protocole sua desistência.
LESÃO: Patrimonio publico, moralidade administrativa, meio ambiente ou patrimonio historico-cultural.
LEGITIMIDADE ATIVA: qualquer cidadão (Cidadão é aquele que tem alistamento eleitoral/título de eleitor).
COMPETÊNCIA: Justiça Comum (estadual ou federal).
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DIREITOS SOCIAIS (ART. 6º)
*Procurar doutrina.
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DIREITOS DE NACIONALIDADE
NACIONALIDADE ORIGINÁRIA: nato. Art. 12 = Jus Sanguinis e Jus Soli.
*Jus Sanguinis = direito de sangue. Quando a pessoa é filha de brasileiros, sendo de pai ou de mãe.
 - Serviço: quando os pais (ou um deles) estão a serviço do país em outro lugar e o filho nasce lá. Art. 12, I, "b".
 - Registro: quando nasce fora do país e se registra no consulado. Art. 12, I, "c", 1ª parte.
 - Opção: quando nasce fora do país, é filho de brasileiro, e opta pela nacionalidade BR. Art. 12, "c", 2ª parte.
*Jus Soli = direito de solo/território. Nasceu no Brasil é brasileiro nato, sem interessar nacionalidade dos pais ou o que estes fazem no país. Art. 12, I, "a".
NACIONALIDADE DERIVADA (SECUNDÁRIA/ADQUIRIDA): nacionalidade daquele que passa por um processo de naturalização. Se torna naturalizado, e nao nato.
*Naturalização Tácita = art. 69, §4º, CF 1891 (Todos aqueles que estivessem no Brasil, a nao ser que manifestassem não quererem, se tornariam brasileiros).
*Naturalização Expressa = Ordinaria e Extraordinária.
 - Ordinária: art. 12, II, "a". Facilitação daqueles oriundos de países que falam a Lingua Portuguesa, tendo que viver apenas 1 ano no país e idoniedade moral. Aqueles oriundos de países que não falam a lingua portuguesa devem seguir os trâmites regulares da lei. Para aqueles que não são de língua portuguesa.
 I) capacidade civil segundo a lei brasileira (18 anos); 
 II) visto de permanente (não pode estar aqui com visto de turista ou irregular); 
 III) residência no Brasil a mais de 4 anos (pode ser mitigado em situações excepcionais. Ex: casamento -não gera nacionalidade pelo casamento, mas facilita a obtenção da naturalização em prazo menor-); 
 IV) ler e escrever em lingua portuguesa (ser fluente, bastando entender); 
 V) tem que ter meios de sustento (deve ter uma profissão ou demonstrar que nao precisa trabalhar); 
 VI) bom procedimento (equivale a idoniedade moral -não estar sendo processado, etc); 
 VII) inexistência de denúncia ou pronúncia por crime doloso; 
 VIII) boa saúde.
 - Extraordinária: art. 12, II, "b". Estrangeiro residente ininterruptamente a mais de 15 anos no país e sem condenação criminal pode pedir que será concedida. Estado não pode negar se preenchido os requisitos. Considerada a "usucapião da nacionalidade".
 - Radicação Precoce (prevista em lei infraconstitucional): pessoa que veio morar no país antes dos 5 anos de idade. Quando esta pessoa atingir a maioridade, tem até 2 anos para pedir a naturalização. Esse prazo de 2 anos é decadencial, não obstando, porém, o pedido por naturalização ordinária.
 - Conclusão do curso superior (também prevista infraconstitucionalmente): independente da idade, se formar em curso superior garante naturalização. Deve ser pedida em até 1 anos depois da conclusão do curso.
QUASE NACIONALIDADE: acontece entre os brasileiros e portugueses. Se fundamenta na existência de reciprocidade entre Brasil e Portugal, tendo os direitos que são reconhecidos aos portugeses aqui serem reconhecidos por Portugal aos brasileiros lá, devendo apenas haver um requerimento. Isso é fruto de tratado entre os países.
DIFERENCIAÇÃO ENTRE BRASILEIROS NATOS E NATURALIZADOS: apenas podem ser estabelecidas diferenças entre natos e naturalizados pela propria Constituição. Lei infraconstituicional não pode.
*Hipóteses = art. 5º, LI; art. 12, §3º; art. 12, §4º, I; art. 89, VII (os eleitos devem ser brasileiros natos, assim como vice-presidente e presidente da camara e senado. Porem, os lideres das maiorias, camara e senado, e o Ministro da Justiça, por nao serem cargos reservados a brasileiros natos, podem ser brasileiros naturalizados); art. 222.
EXTRADIÇÃO: requisitos para a extradição disponíveis no Pedro Lenza (deve haver tratado entre os países -BR e o país que pede-, dupla tipicidade -crime nos dois países, aqui e no país-, país que pede tem que se prontificar a não aplicar as penas proibidas pela CF, deve ser descontada a pena já cumprida aqui, não pode haver reenvio -quando o BR não tem tratado com o país X, mas tem com o Y. Y pede a extradição para depois o país X pedir ao Y a extradição-,
*Ativa = Brasil faz independente de requerimento.
*Passiva = Estado estrangeiro requer a extradição da pessoa.
*Extradição, Expulsão, Deportação e Banimento = 
 - Extradição: acontece nas hipóteses admitidas na CF e na forma da lei.
 - Expulsão: acontece a expulsão do estrangeiro que atenta contra a segurança nacional.
 - Deportação: acontece quando existe entre ou permanencia irregular do estrangeiro no país.
 - Banimento: proibido pela constituição (no mesmo artigo das penas proibidas).
23/11/15 - 
ASILO/REFÚGIO: obrigação de acolhimento do estrangeiro. Tem relação com o "jus cogens" do direito internacional. A condição do asilado/refugiado deve ser reconhecida pelo governo. Apenas o fato de entrar no país não garante asilo ou refúgio. Pode este ser incluido também em programas sociais do governo para ajudar a se estabelecer.
*Motivações = 
 - Política: quando o que requisita asilo está sendo processado por crime politico ou de opinião.
 - Ambiental: terremotos (Haiti) ou outras catástrofes naturais.
 - Social: relacionado à guerra civil, internas, ou mesmo guerras entre países.
PERDA DA NACIONALIDADE: apenas ocorre com o brasileiro naturalizado, nunca com o nato. Hipóteses da perda de nacionalidade art. 12, §4º, sendo um rol taxativo. A competência para julgamento de perda de nacionalidade é da Justiça Federal.
I - cancelamento da naturalização por decisão judicial quando houver atividade nociva ao interesse nacional. Lei 818/49.
II - quando adquire outra nacionalidade (atinge tanto o naturalizado como o brasileiro nato, embora este ultimo não perca definitivamente), exceto quando a nacionalidade que está se adquirindo não excluir outras nacionalidades ou quando houver
a imposição da nacionalidade para exercicio de direitos. A perda ocorre aqui por processo administrativo, sendo decretada a perda por um decreto do Presidente.
REAQUISIÇÃO:
*No cancelamento da naturalização mediante ação rescisória;
*Na aquisição de outra nacionalidade se o "ex-brasileiro" fixar residencia no território nacional e preencher outros requisitos legais.
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DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14:
MANIFESTAÇÃO DA VONTADE POPULAR: Plebiscito (antes, autorização), Referendo (depois, concordancia) e Iniciativa Popular (processo legislativo - apenas nas hipóteses de iniciativa geral. Vedada a iniciativa popular nas matérias de iniciativa reservada. Regra: pelo menos 1% do eleitorado nacional, divididos por 5 estados e não pode haver menos de 0,3% do eleitorado em cada estado).
ALISTAMENTO ELEITORAL E VOTO: cidadania ativa (votar); facultativo aos maiores de 16 e menores de 18 e maiores de 65. Obrigatório aos maiores de 18 e menores de 65. Estrangeiros (exceção aos portugueses com reconhecida quase nacionaldiade) e conscritos (ano do tg - alistamento militar) não podem se alistar e votar.
CONDIÇÕES DE ELIGIBILIDADE: cidadania passiva (ser votado); Condições presentes no §3º. Inelegíveis são os inalistaveis e os analfabetos (§4º) e os parentes (§7º). 
*Militares com menos de 10 anos devem se afastar do cargo.
*Militares com mais de 10 anos ficam agregados (tiram licença remunerada para concorrer à eleição), passando à inatividade quando eleito, correspondendo esta inatividade à aposentadoria (§8º).
REELEIÇÃO: pros cargos do poder executivo apenas 1 mandato subsequente. Desimcompatibilização = aquele que ocupa cargo do poder executivo e quer sair para concorrer à outro cargo quaisquer que sejam acessíveis através de eleição deve desocupar o cargo 6 meses antes da eleição.
Art. 15 - PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS:
I) cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; -> recupera quando recuperar a nacionalidade.
II) incapacidade civil absoluta; (interdição, p. ex.)
III) condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; -> aqueles que se encontram presos. Preso provisório não tem perda/suspensão dos direitos políticos.
IV) recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V) improbidade administrativa, nos termos do art. 37, §4º.
Art. 16: regra que altera processo eleitoral deve ser aprovada até um ano antes da eleição, seja ela lei ou resolução do TSE, com pena de se aplicar apenas à proxima eleição.
Art. 17 - DISPOSIÇÕES DOS PARTIDOS POLÍTICOS:
I) devem ter programa nacional, nao podendo existir partido politico de âmbito/propostas regional;
II) proibição de receber recurso ou financiamento de entidades ou governo estrangeiros;
III) prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV) funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
*Autonomia para definir estruta inteira e coligações e estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. Os mandados pertencem ao partido politico, em especial o mandado do parlamentar. Quando o parlamentar troca de partido ele perde o mandado, a nao ser que prove que esta sendo coibido ou a troca para partido novo. Expulsão ou desligamento por parte do partido nao perde o mandado. 
*Estatutos registrados no TSE.
*Tem direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e TV na forma da lei.
*É vedada a utilização pelos partidos politicos de organização paramilitar.

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