Buscar

CF de 1988 até EC 110

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 576 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 576 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 576 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E 
JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES 
Material de Eduardo B. S. Teixeira. 
 
Última atualização legislativa: - 19/07/2021 - EC nº 105, public. 13/12/19 (acrescenta o art. 166-A); EC nº 106, 
public. 8/5/20 (obs.: não alterou em nada o texto principal da CF, tendo instituído regime extraordinário 
fiscal, financeiro e de contratações para enfrentamento de calamidade pública nacional decorrente de 
pandemia); EC nº 107, public. 3/7/20 (obs.: não alterou em nada o texto principal da CF/88, tendo adiado, em 
razão da pandemia da Covid-19, as eleições municipais de outubro de 2020 e os prazos eleitorais 
respectivos); EC nº 108, public. 27/8/20 (alterou e introduziu alguns dispositivos ao texto principal da CF/88 
e ao ADCT). EC nº 109, public. 16/3/21 (alterou e introduziu alguns dispositivos ao texto principal da CF/88 
e ao ADCT). (obs: cuidado com o teor do art. 7º da EC 109/21: “Art. 7º Esta Emenda Constitucional entra em 
vigor na data de sua publicação, exceto quanto à alteração do art. 29-A da Constituição Federal, a qual entra 
em vigor a partir do início da primeira legislatura municipal após a data de publicação desta Emenda 
Constitucional.” – aguardar!!!); EC nº 110, public. 13/7/21 (Acrescenta o art. 18-A ao ADCT). 
 
Última atualização Jurisprudencial: 11/01/2021 – julgados: Sem Info (art. 5º, XII); Info 958 (art. 21, XIV); Info 
958 (art. 5º, LVII); Info 940 e Info 959 (art. 5º, XXXVI); Info 960 (art. 109, §2º); Info 962 (art. 40, §7º); Info 962 
(art. 69); Info 962 (art. 145, II); Info 657 (art. 134); Info 813 e Info 657 (art. 153, §3º, II); Info 964 (art. 39, §4º); 
Info 964 (art. 144, §1º); Info 964 (art. 195, §7º); Info 659 (art. 173, §1º, II); Info 659 (art. 5º, XXXIX); Info 659 
(art. 109, IV); Info 676 (art. 37, XIX); Info 992 (art. 18); Info 992 (art. 145, II); Info 1000 (art. 102, I, “r”) 
 
Última atualização questões de concurso: 29/07/2021. 
 
Observações quanto à compreensão do material: 
1) Cores utilizadas: 
➢ EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc. 
➢ EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso. 
➢ EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, 
especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe na 
CF/88). 
➢ EM AMARELO ou EM LARANJA: destaques importantes (ex.: critério pessoal) 
2) Siglas utilizadas: 
➢ MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc). 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 
PREÂMBULO 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir 
um ESTADO DEMOCRÁTICO, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a 
liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de 
uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na 
ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de 
Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. (DPERS-2011) 
##Atenção: ##TJMG-2006/2007: ##AGU-2007/2013: ##CESPE: ##MPCE-2011: ##TJCE-2012: ##MPGO-
2012: ##TRF4-2012: ##MPF-2012: ##MPMG-2017: ##Anal. Judic./STF-2013: ##CESPE: É certo que a 
jurisprudência do STF inclina-se à teoria da irrelevância jurídica do preâmbulo. Porém, isso pode ser 
verificado em um acórdão em que entendeu que as normas do preâmbulo da CF não são de reprodução 
obrigatória pelos Estados-membros em suas Constituições estaduais, por não se tratarem de NORMAS 
CENTRAIS da Constituição. Eis o entendimento do STF: “CONSTITUIÇÃO: PREÂMBULO. (...) II - 
Preâmbulo da Constituição: não constitui norma central. Invocação da proteção de Deus: não se trata de norma 
de reprodução obrigatória na Constituição estadual, não tendo força normativa. III - Ação direta de 
inconstitucionalidade julgada improcedente. STF. Plenário. ADI 2076, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 15/08/02.” No 
entanto, em que pese o preâmbulo não se tratar de norma central da Constituição, ele não é totalmente 
destituído de valor (caso contrário, nem precisaria existir). Ele serve de elemento de interpretação e 
integração. Nas palavras de Alexandre de Moraes ("Direito Constitucional", 26º ed., pág. 20): "Apesar de 
não fazer parte do texto constitucional propriamente dito e, consequentemente, não conter normas 
constitucionais e valor jurídico autônomo, o preâmbulo não é juridicamente irrelevante, uma vez que deve 
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/509f2321d97cd2d203256b280052245a?OpenDocument&Highlight=1,constitui%C3%A7%C3%A3o&AutoFramed
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/509f2321d97cd2d203256b280052245a?OpenDocument&Highlight=1,constitui%C3%A7%C3%A3o&AutoFramed
2 
 
ser observado como elemento de interpretação e integração dos diversos artigos que lhe seguem." Portanto, 
é correto afirmar que o preâmbulo pode influir no controle de legalidade do ato administrativo. 
(MPMG-2017): Analise a seguinte assertiva relativa ao preâmbulo da CF/1988: O preâmbulo da CR/88 não 
pode, por si só, servir de parâmetro de controle da constitucionalidade de uma norma. 
(MPMG-2017): Analise a seguinte assertiva relativa ao preâmbulo da CF/1988: O preâmbulo traz em seu bojo 
os valores, os fundamentos filosóficos, ideológicos, sociais e econômicos e, dessa forma, norteia a 
interpretação do texto constitucional. 
(AGU-2013-CESPE): A jurisprudência do STF considera que o preâmbulo da CF não tem valor normativo. 
Desprovido de força cogente, ele não é considerado parâmetro para declarar a constitucionalidade ou a 
inconstitucionalidade normativa. 
(TRF4-2012): Considerando o sistema constitucional brasileiro vigente, assinale a alternativa correta: Segundo 
o STF, o preâmbulo da Constituição não contém normas constitucionais de valor jurídico autônomo, nem 
serve de paradigma comparativo para a declaração de inconstitucionalidade. 
(MPCE-2011-FCC): A invocação à proteção de Deus, constante do Preâmbulo da Constituição da República 
vigente, não tem força normativa. 
(MPGO-2010): Para o STF o preâmbulo constitucional situa-se no domínio da política e reflete a posição 
ideológica do constituinte. Logo, não contém relevância jurídica, não tem força normativa, sendo mero vetor 
interpretativo das normas constitucionais, não servindo como parâmetro para o controle de 
constitucionalidade. 
(TJMG-2007): Em razão das tendências atuais do Direito Administrativo brasileiro, muito se tem discutido 
quanto à influência do teor do Preâmbulo da Constituição no controle dos atos da Administração. 
Considerando o teor do Preâmbulo da Constituição, é correto afirmar: o Preâmbulo da Constituição de l988 
influi no controle de legalidade do ato da Administração. 
 
(MPMA-2014): Em termos estritamente formais, o Preâmbulo constitui-se em uma espécie de introdução 
ao texto constitucional, um resumo dos direitos que permearão a textualização a seguir, apresentando o 
processo que resultou na elaboração da Constituição e o núcleo de valores e princípios de uma nação. 
 
(MPMA-2014): O termo "assegurar" constante no Preâmbulo da CF/88 constitui-se no marco da ruptura 
com o regime anterior e garante a instalação e asseguramento jurídico dos direitos listados em seguida e 
até então não dotados de força normativa constitucional suficiente para serem respeitados, sendo eles o 
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem estar, o desenvolvimento, a 
igualdade e a justiça. 
 
(MPMA-2014): Nos moldes jurídicos adotados pela CF/88, o preâmbulo se configura como um elemento 
que serve de manifesto à continuidade de todo o ordenamento jurídico ao conectar os valores do passado 
- a situação de início quemotivou a colocação em marcha do processo legislativo - com o futuro - a 
exposição dos fins a alcançar -, descrição da situação que se aspira a chegar. 
 
(MPMA-2014): O voto emanado pelo então Min. Ayres Brito, à época presidente do STF, que acompanhou 
o proferido pelo relator Min. Ricardo Lewandowski, considerou improcedente a ADPF 186, reafirmou a 
validade das chamadas ações afirmativas sustentando que as políticas públicas de justiça compensatória, 
restaurativas, afirmativas ou reparadoras de desvantagens históricas são um instituto jurídico 
constitucional, e enfatizou ainda a distinção entre cotas sociais e raciais como uma construção dogmática 
feita a partir do Preâmbulo da Constituição da República que fala em assegurar o bem estar e na promoção 
de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos. 
 
(DPEPA-2009-FCC): A Lei 9.099/95 inaugura no sistema jurídico brasileiro a mitigação do princípio da 
indisponibilidade da ação penal e inclui a vítima na resolução dos conflitos penais. A tendência mundial 
simplificadora do procedimento criminal expressa no consenso amolda-se a qual categoria constitucional? 
O compromisso do Estado Brasileiro na resolução pacífica de controvérsias, contida no preâmbulo da 
Constituição Federal. 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
Art. 1º A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, FORMADA pela união indissolúvel dos Estados 
e Municípios e do Distrito Federal, CONSTITUI-SE em ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO e TEM 
como FUNDAMENTOS: [DICA MNEMÔNICA: “SO-CI-DI-VA-PLU”] (TJDFT-2007) (TJAP-2009) (MPRN-
2009) (TJSC-2010) (DPERS-2011) (MPPI-2012) (MPPR-2012) (MPTO-2012) (DPERO-2012) (DPESE-2012) 
(MPDFT-2009/2013) (TJSC-2013) (MPMA-2014) (MPMG-2014) (MPMT-2014) (TRF2-2014) (MPMS-2015) 
(MPSP-2005/2006/2011/2019) (MPCE-2009/2020) 
3 
 
(MPCE-2020-CESPE): Ao tratar dos princípios fundamentais, a CF estabelece, em seu art. 1.º, a forma 
republicana de governo, caracterizada pela eletividade, temporariedade e responsabilidade do 
governante. BL: art. 1º, caput, CF. 
 
##Atenção: ##TRF4-2010: ##DPERO-2012: ##MPCE-2020: ##CESPE: Marcelo Novelino explica que “a 
república se caracteriza pelo caráter representativo dos governantes, inclusive do Chefe de Estado 
(representatividade), pela necessidade de alternância no poder (temporariedade) e pela responsabilização 
política, civil e penal de seus detentores (responsabilidade). A forma republicana de governo possibilita a 
participação dos cidadãos, direta ou indiretamente, no governo e na administração pública, sendo irrelevante 
a ascendência do indivíduo para fins de titularidade e exercício de funções públicas.” (Fonte: Manual de 
Direito Constitucional, 14ª Ed. 2019, p. 285). 
(DPERO-2012-CESPE): Tendo em vista a teoria geral do Estado, assinale a opção correta: As características 
fundamentais da República são: temporariedade, eletividade e responsabilidade. BL: art. 1º, caput, CF. 
(TRF4-2010): Assinale a alternativa correta: Como República, o Brasil conta com o exercício do poder político 
em caráter eletivo, transitório e com responsabilidade. BL: art. 1º, caput, CF. 
 
(MPPR-2019): Sobre o princípio federativo, é correto afirmar: O princípio federativo tem por elemento 
informador a pluralidade consorciada e coordenada de mais de uma ordem jurídica incidente sobre um 
mesmo território estatal, posta cada qual no âmbito de competências previamente definidas. BL: art. 1º, 
caput, CF. 
 
##Atenção: Acerca do tema, Gabriela Serafin explica: “O elemento informador do princípio federativo é 
constituído pela pluralidade consorciada e coordenada de mais de uma ordem jurídica incidente sobre um 
mesmo território estatal, posta cada qual no âmbito de competências previamente definidas, a submeter 
um povo. O objetivo da Federação é alcançar a eficácia do exercício do poder no plano interno de um Estado, 
resguardando-se a sua integridade pela garantia de atendimento das condições autônomas dos diferentes grupos que 
compõem o seu povo e assegurando-se, assim, a legitimidade do poder e a eficiência de sua ação. Pela grande extensão 
territorial da pátria brasileira e pelo seu elevado número de habitantes, o princípio federativo identificou sua dimensão 
axiológica na concessão de maior autonomia aos entes regionais e locais, fazendo crescer a representação legislativa 
do cidadão.” (Fonte: http://www.revistadoutrina.trf4.jus.br/artigos/edicao058/Gabriela_Serafin.html) 
 
(TJMS-2008-FGV): Como corolário do princípio federativo (art. 1º, caput, da CF), a União, os Estados-
membros, o Distrito Federal e os Municípios, no Brasil, são autônomos e possuidores da tríplice capacidade 
de auto-organização e normatização própria, autogoverno e autoadministração. BL: art. 1º, caput, CF. 
I - a SOberania; (MPDFT-2009) (TJMS-2010) (DPERS-2011) (TRF2-2011) (DPESE-2012) (TJAP-2014) 
(MPMA-2014) (MPMS-2011/2015) (MPMG-2010/2019) 
(TCM/BA-2018-CESPE): O princípio fundamental da Constituição que consiste em fundamento da 
República Federativa do Brasil, de eficácia plena, e que não alcança seus entes internos é a soberania. BL: 
art. 1º, I, CF/88. 
 
##Atenção: ##MPDFT-2009: ##MPPR-2012: ##MPTO-2012: ##DPESE-2012: ##MPMS-2015: ##CESPE: 
A soberania, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil (CF, Art. 1°, I), constitui um dos 
atributos do Estado, na medida que este não existe sem a soberania. Vale dizer que não existe Estado que 
não seja soberano. Todos os entes federados (entes internos) são dotados, apenas, de autonomia. Não há 
que se falar em soberania de um ente federado sobre outro, tampouco de subordinação entre eles. Todos 
são autônomos nos termos estabelecidos na Constituição Federal. Só se pode falar em soberania do todo, 
da República Federativa do Brasil, frente a outros Estados soberanos. Assim, os Estados-membros, 
dentro das competências próprias fixadas pela Constituição Federal, são tão autônomos quanto à União 
(MAIA, 2007, p. 72). A soberania diz respeito ao caráter supremo de um poder, que não admite qualquer 
outro acima ou em concorrência com ele. A autonomia, por sua vez, pressupõe a tríplice capacidade de 
auto-organização, autogoverno e autoadministração. Tendo em o que foi exposto, a soberania é um 
fundamento que não alcança os entes internos. Ela constitui um dos atributos do Estado e não se confunde 
com autonomia. 
 
(MPAM-2007-CESPE): A soberania do Estado, no plano interno, traduz-se no monopólio da edição do 
direito positivo pelo Estado e no monopólio da coação física legítima, para impor a efetividade das suas 
regulações e dos seus comandos. BL: art. 1º, I, CF. 
 
##Atenção: O conceito trazido é de Canotilho. 
http://www.revistadoutrina.trf4.jus.br/artigos/edicao058/Gabriela_Serafin.html
4 
 
II - a CIdadania; (MPCE-2009) (TJMS-2010) (MPMS-2011) (DPERS-2011) (MPMT-2014) (MPMG-
2010/2019) 
III - a DIgnidade da pessoa humana; (TRF4-2009) (TJMS-2010) (DPESP-2010) (MPSP-2011) (DPEMA-
2011) (DPERS-2011) (PGEPA-2012) (MPMA-2014) (MPRO-2013/2017) (PCRS-2018) (TJSP-2018) (TJRO-
2019) 
(MPSP-2011): O princípio da dignidade da pessoa humana está previsto constitucionalmente como um 
dos fundamentos da República e constitui um núcleo essencial de irradiação dos direitos humanos, 
devendo ser levado em conta em todas as áreas na atuação do Ministério Público. BL: art. 1º, III, CF. 
IV - os VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (TJMS-2010) (MPMG-2010) (DPESP-2010) 
(DPERS-2011) (TRF5-2011) (PGEPA-2012) (TRF3-2011/2013) (TRF1-2011/2015) (MPMS-2011/2018) (TRF2-
2018) (MPSC-2019) 
V - o PLUralismo político. (DPESP-2009) (TJMS-2010) (MPMS-2011) (DPERS-2011) (PGEPA-2012) 
(MPMT-2014) (Cartórios/TJAM-2018) (MPMG-2010/2019) 
(MPMS-2018): A República Federativa do Brasil constitui Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamento, entre outros, o pluralismo político. BL: art. 1º, V, CF. 
Parágrafo único. Todo o poder EMANA do povo, que O EXERCE por meio de REPRESENTANTES 
ELEITOS ou DIRETAMENTE, nos termos desta Constituição. (TJAP-2008) (TJMS-2008/2010) (DPERS-2011) (TJRS-2018) 
(TJMG-2018-Consulplan): O princípio democrático é postulado do regime político e o princípio 
republicano é postulado da forma de governo. BL: art. 1º e § único, CF. 
##Atenção: O princípio democrático é definidor do regime político adotado pelo Estado brasileiro (art. 1º, 
caput e parágrafo único), ao passo que o princípio republicano é definidor da forma de governo (art. 1º, 
caput). 
(TJGO-2012-FCC): Antiga linha de pensadores políticos, que inclui, por exemplo Aristóteles e 
Montesquieu, converge para uma determinada forma de governo, concebida como apta a impedir a sua 
própria degeneração, e que pode ser descrita como politeia ou governo misto, em que elementos de 
diferentes formas de governo se combinam. Sustenta-se que esse modelo foi adotado na Grécia antiga. 
(MPRO-2008-CESPE): Julgue o item subsequente, relativo aos princípios fundamentais e à relação entre 
indivíduo, sociedade e Estado: O princípio republicano traduz uma forma de governo na qual, em 
igualdade de condições ou sem distinções de qualquer natureza, a investidura no poder e o acesso aos 
cargos públicos em geral - do chefe de Estado ao mais humilde dos servidores - são franqueados a todos 
os indivíduos que preencham tão-somente as condições de capacidade estabelecidas na própria CF ou em 
conformidade com ela. BL: art. 1º e § único c/c art. 14 c/c art. 37, II, CF. 
(TJMS-2008-FGV): O princípio da indissolubilidade do vínculo federativo no Estado Federal Brasileiro 
(art. 60, §4º, I, CF) tem como finalidades básicas a unidade nacional e a necessidade descentralizadora. 
Art. 2º SÃO PODERES DA UNIÃO, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo 
e o Judiciário. (DPEMG-2009) (TRF1-2009/2011) (MPMS-2011) (TJBA-2012) (DPESP-2012) (MPDFT-2013) 
(TRF3-2013) (TJMT-2014) (MPMA-2014) (MPSP-2017) 
##Atenção: ##STF: ##MPRO-2017: ##FMP: O STF já firmou a orientação de que é possível a imposição 
de multa diária contra o poder público quando esse descumprir obrigação a ele imposta por força de 
decisão judicial. Não há falar em ofensa ao princípio da separação dos Poderes quando o Poder 
Judiciário desempenha regularmente a função jurisdicional. STF. 1ª T., AI 732.188-AgR, Rel. Min. Dias 
Toffoli, j. 12-6-12. No mesmo sentido: STF. 2ª T., ARE 639.337-AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 23-8-11. 
 
5 
 
##Atenção: A Administração pública adota medidas assecuratórias de direitos constitucionalmente 
reconhecidos como essenciais, sem que isso configure violação do princípio da separação dos poderes, 
inserto no art. 2º da Constituição Federal. 
 
##Atenção: ##STF: ##TRF1-2009: ##CESPE: ##MPMA-2014: (...) A iniciativa legislativa, no que respeita 
à criação de conta única de depósitos judiciais e extrajudiciais, cabe ao Poder Judiciário. A deflagração 
do processo legislativo pelo Chefe do Poder Executivo consubstancia afronta ao texto da CF/1988 [art. 
61, § 1º]. Cumpre ao Poder Judiciário a administração e os rendimentos referentes à conta única de 
depósitos judiciais e extrajudiciais. Atribuir ao Poder Executivo essas funções viola o disposto no art. 
2º da CF/1988, que afirma a interdependência --- independência e harmonia --- entre o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário. (...). STF. Plenário. ADI 3458, Rel. Min. Eros Grau, j. 21/02/08. 
 
##Atenção: ##STF: ##TRF4-2009: Norma que subordina convênios, acordos, contratos e atos de 
Secretários de Estado à aprovação da Assembleia Legislativa: inconstitucionalidade, porque ofensiva 
ao princípio da independência e harmonia dos poderes. C.F., art. 2º. Inconstitucionalidade dos incisos 
XX e XXXI do art. 99 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro. ADI julgada procedente. STF. Plenário. 
ADI 676, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 01/07/1996. 
 
(PF-2021-CESPE): No que concerne a controle da administração pública, julgue o item subsequente: 
Apenas a Constituição Federal de 1988 pode prever modalidades de controle externo. BL: art. 2º, CF. 
 
##Atenção: ##TRF1-2009: ##PF-2021: ##CESPE: Em se tratando de controle externo, isto é, aquele que é 
exercido por um Poder da República sobre atos de outro Poder, é preciso que haja expressa previsão 
constitucional. Isto porque, se a regra geral consiste na independência e separação de poderes (art. 2º, CF), 
as exceções - que correspondem às hipóteses de controle externo - também devem estar contempladas no 
texto da Lei Maior. Violaria a hierarquia das normas, em suma, admitir que legislação infraconstitucional 
pudesse criar exceções não previstas na Constituição. Nesse sentido, é a lição de Maria Sylvia Z. Di Pietro: 
“Os casos de controle parlamentar sobre o Poder Executivo devem constar expressamente da Constituição Federal, 
pois consagram verdadeiras exceções ao princípio constitucional da separação de poderes (art. 2.º da CRFB), não se 
admitindo, destarte, a sua ampliação por meio da legislação infraconstitucional” (DI PIETRO, Maria Sylvia 
Zanella. Direito administrativo. 22. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 739). Portanto, não podem as legislações 
complementar ou ordinária e as Constituições estaduais prever outras modalidades de controle que não 
as constantes da Constituição Federal, sob pena de ofensa ao princípio da separação de Poderes; o 
controle constitui exceção a esse princípio, não podendo ser ampliado fora do âmbito constitucional. 
(TRF1-2009-CESPE): Considerando o controle administrativo, assinale a opção correta: Os casos de controle 
legislativo sobre o Poder Executivo devem constar expressamente da CF, pois consagram exceções ao 
princípio da separação de poderes, não se admitindo, assim, a sua ampliação por meio da legislação 
infraconstitucional. BL: art. 2º, CF. 
 
(TRF4-2010): Assinale a alternativa correta: No Brasil as atividades estatais básicas estão distribuídas entre 
Poderes independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Judiciário e o Executivo, vocacionados ao 
desempenho, respectivamente, das funções normativa, judicial e administrativa, estando esta última 
concentrada no Executivo, o qual a exerce precipuamente, mas sem exclusividade. BL: art. 2º, CF. 
 
(TJSP-2008-VUNESP): Como decorrência do princípio da independência e harmonia dos Poderes, cada 
um dos Poderes pode organizar livremente seus serviços, observando apenas os preceitos constitucionais 
e legais. BL: art. 2°, CF. 
 
(DPESP-2006-FCC): A teoria dos checks and balances prevê que a cada função foi dado o poder para exercer 
um grau de controle direto sobre as outras, mediante a autorização para o exercício de uma parte, embora 
limitada, das outras funções. BL: art. 2°, CF. 
 
##Atenção: A CF/88 adotou o modelo de separação de poderes com base no sistema de freios e contrapeso. 
Portanto, ao mesmo tempo que são independentes, os poderes também relacionam-se e fiscalizam um ao 
outro, havendo esferas de interferência. 
Art. 3º CONSTITUEM OBJETIVOS FUNDAMENTAIS da República Federativa do Brasil: [Dica 
Mnemônica: “CO-GA-ERRA-PRO”] (TJSC-2010) (TJMS-2010) (MPSP-2005/2011) (DPERS-2011) (TJBA-
2012) (TJSC-2013) (TJMG-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (PCRS-2018) 
I - COnstruir uma sociedade livre, justa e solidária; (DPECE-2008) (DPESP-2009) (DPERS-2011) 
(MPPR-2012) (MPSC-2019) 
6 
 
II - GArantir o desenvolvimento nacional; (DPESP-2010) (DPERS-2011) (MPPR-2012) (MPMT-2014) 
(MPSC-2019) (Cartórios/TJPR-2019) 
III - ERRAdicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; (TJAL-
2008) (DPERS-2011) (TRF1-2011) (MPF-2017) (Cartórios/TJMG-2017) 
IV - PROmover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras 
formas de discriminação. (DPERS-2011) (TRF1-2011) (MPPR-2012) (TRF5-2013) (DPESP-2006/2010/2019) 
(DPESP-2009-FCC): Em relação aos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil previstos 
no artigo 3o da Constituição Federal, considere a seguinte afirmação: São reveladores de uma axiologia, 
uma antevisão de um projeto de sociedade mais justa esposado pelo constituinte. BL: art. 3º, CF. 
(DPESP-2009-FCC):Em relação aos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil previstos 
no artigo 3o da Constituição Federal, considere a seguinte afirmação: Vem enunciados em forma de ação 
verbal (construir, erradicar, reduzir, promover), que implicam a necessidade de um comportamento ativo 
pelos que se acham obrigados à sua realização. BL: art. 3º, CF. 
##Atenção: São aquilo que a doutrina chama de "normas programáticas", isto é, são normas que 
direcionam a atuação do Estado. Por si só, não são capazes de produzir efeitos no campo prático, mas 
traçam diretrizes para balizar a conduta dos poderes públicos. 
Art. 4º A República Federativa do Brasil REGE-SE nas suas relações internacionais pelos 
SEGUINTES PRINCÍPIOS: (TJMS-2010) (MPSP-2011) (TJBA-2012) (TJSC-2010/2013) (Cartórios/TJRS-
2015) (Cartórios/TJPR-2019) 
I - independência nacional; (TRF5-2009) (MPMT-2012) 
II - prevalência dos direitos humanos; (DPEPI-2009) (MPRO-2010) (MPDFT-2011) (DPEMA-2011) 
(MPMT-2012) (PCRS-2018) 
(MPPR-2012): Assinale a alternativa correta: A prevalência dos direitos humanos é um dos princípios que 
regem as relações internacionais da República Federativa do Brasil, previstos na Magna Carta. BL: art. 4º, 
II, CF. 
III - autodeterminação dos povos; (DPEMS-2008) (TRF5-2009) (MPSC-2013) 
IV - não-intervenção; (DPEMS-2008) (DPESP-2009) (TRF5-2009) (MPSC-2013) (MPF-2017) 
V - igualdade entre os Estados; (DPEMS-2008) 
(TRF5-2009-CESPE): A CF deu especial destaque ao direito internacional público, ao dispor a respeito dos 
princípios que devem nortear as relações internacionais brasileiras. Supondo que um país vizinho da 
América do Sul decretasse a prisão de um ex-presidente ditador, após o devido processo legal, e os EUA 
diplomaticamente condenassem essa decisão por simpatizarem com o ex-dirigente, o Brasil deveria 
respeitar a decisão do país sul-americano, tendo em vista o princípio da independência nacional e da 
igualdade entre os Estados. BL: art. 4º, I, IV e V, CF. 
VI - defesa da paz; (DPEMS-2008) (MPSC-2013) 
VII - solução pacífica dos conflitos; (DPEMS-2008) (DPESP-2010) 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; (DPEMS-2008) (DPESP-2009/2010) (DPEBA-2010) (MPSC-
2013) 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; (MPRO-2017) 
X - concessão de asilo político. (MPRO-2010) (DPU-2010) (DPEMS-2008/2012) (MPSC-2013) (MPMT-
2014) (TRF5-2009/2015) (TRF1-2011/2013/2015) (TJDFT-2016) 
7 
 
(MPSC-2014): A concessão de asilo político é um dos princípios que regem a República Federativa do 
Brasil nas suas relações internacionais. BL: art. 4º, X, CF. 
 
(TRF2-2014): Assinale a alternativa correta: O asilo é medida política, de natureza discricionária, e alberga 
quem sofra perseguição individual, e está referido na Constituição da República Federativa do Brasil. BL: 
art. 4º, X, CF. 
 
##Atenção: ##TRF2-2014: ##TRF1-2015: ##TRF5-2015: ##CESPE: A CF/88, no art. 4º, coloca o asilo 
político como um dos pilares que rege as relações internacionais do Brasil. Não existe uma lei específica 
para tratar os casos de asilo, que é avaliado diretamente pela Presidência da República, sendo possível 
controle pelo STF, e cabendo ao Ministério da justiça, no caso de ser dado o asilo, lavrar um termo fixando 
um prazo de tempo onde a pessoa ficará no Brasil, além de fixar as condições em que a pessoa ficará 
submetida. Guido Fernando Silva Soares, entre outros, mostra a diferença entre asilo e refúgio, e aponta 
que o asilo é ato discricionário do Estado, ao passo que o refúgio é obrigatório, e os motivos para a 
concessão do asilo são políticos, ao passo que os para a concessão de refúgio são humanitários. (SOARES, 
Guido Fernando Silva. Curso de Direito Internacional Público. São Paulo: Atlas. p. 404-405) 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil BUSCARÁ a INTEGRAÇÃO econômica, política, 
social e cultural dos povos da América Latina, VISANDO à formação de uma comunidade latino-
americana de nações. (DPEMS-2008) (TJMS-2010) (TJBA-2012) (TJSC-2013) (Cartórios/TJPR-2019) 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
##Atenção: ##TJPR-2008: ##MPPB-2011: ##DPEMA-2011: ##TRF2-2011: ##MPDFT-2009/2013: 
##MPMA-2014: ##TJDFT-2016: ##DPEDF-2019: ##CESPE: A Relatividade ou Limitabilidade, como 
uma das características dos Direitos Fundamentais, entende-se que não existem direitos absolutos, pois, 
por mais importante que eles sejam, todos encontram limites em outros direitos ou interesses coletivos, 
também consagrados na Constituição. Logo, a tese da existência de direitos absolutos, portanto, é 
incompatível com a ideia de que todos os direitos são passíveis de restrições impostas por interesses 
coletivos ou por outros também consagrados na CF/88. A relatividade é uma característica que todo 
direito fundamental possui para permitir a convivência das liberdades públicas. A colisão de direitos 
pressupõe a cedência recíproca entre eles. 
(TJPR-2008): Os direitos fundamentais não são absolutos. Isso posto, a manifestação do pensamento, a 
criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo poderão sofrer restrições em 
face das disposições da CF/1988. BL: art. 5º, IV e XXIX da CF. 
 
##Atenção: ##MPDFT-2009: ##MPAM-2015: ##MPGO-2016: Por terem fundamento na dignidade da 
pessoa humana e serem desprovidas, em sua maioria, de conteúdo econômico-patrimonial, parte da 
doutrina considera os direitos fundamentais imprescritíveis, inegociáveis, indisponíveis e 
irrenunciáveis. 
 
(TJDFT-2007): A respeito dos direitos fundamentais, assinale a alternativa correta: os direitos 
fundamentais, enumerados no Título II da Constituição, compõem um sistema aberto. 
 
##Atenção: ##Anal. Judic./STJ-2008: ##CESPE: ##MPDFT-2013: Os direitos e garantias fundamentais 
são considerados elementos limitativos das constituições: Elementos limitativos manifestam-se nas 
normas que compõem o elenco dos direitos e garantias fundamentais (direitos individuais e suas garantias, 
direitos e nacionalidade e direitos políticos democráticos) limitando os poderes do Estado, como forma de 
evitar abuso de poder. 
Art. 5º Todos SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, sem distinção de qualquer natureza, GARANTINDO-
SE aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a INVIOLABILIDADE DO DIREITO à Vida, à 
Liberdade, à Igualdade, à Segurança e à Propriedade, nos termos seguintes: (DICA MNEMÔNICA: 
“VILPS”) (DPEAL-2009) (DPEES-2009) (DPEPI-2009) (TRF4-2010) (DPEMA-2009/2011) (MPPB-2011) 
(MPSP-2011) (TJBA-2012) (MPTO-2012) (TJSC-2013) (MPDFT-2013) (TJDFT-2007/2015) (TJSP-2015) 
(DPEAC-2017) (TJRO-2019) (MPPR-2019) 
8 
 
(MPMG-2017): Quanto aos direitos fundamentais, assinale a alternativa correta: A Constituição Federal 
não dispõe sobre o início da vida humana e, por isso, a capacidade para ser titular de direitos fundamentais 
é informada pela lei civil. BL: art. 5º, caput, CF c/c art. 2º, CC. 
 
##Atenção: A Constituição estabelece o direito à vida como um direito fundamental, mas não dispõe sobre 
o seu início, que é disposto no Código Civil. 
(TJDFT-2016-CESPE): Em atenção aos direitos e garantias fundamentais da Constituição brasileira, 
assinale a opção correta: Há direitos fundamentais cuja titularidade é reservada aos estrangeiros. BL: art. 
5º, caput c/c art. 4º, X, CF. 
##Atenção: De fato, há direitos fundamentais reservados aos estrangeiros. É o caso, por exemplo, do art. 
5º, LII da CF, que proíbe a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião, vejamos: “LII - não 
será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião”. Outro direito fundamental titularizado 
exclusivamente por estrangeiros apontado pela doutrina é o direito de asilo político (art. 4º, X, CF). 
##Atenção: ##DPEES-2009: ##MPPB-2011: ##DPEMA-2011: ##MPTO-2012: ##TJDFT-2015: ##CESPE: 
##TJRO-2019: ##VUNESP: Apesar do caput do art. 5º enunciar direitos apenas a brasileiros e estrangeiros 
residentes no Brasil, a doutrinae o STF os estendem também para estrangeiros em trânsito e pessoas 
jurídicas (HC 94.016/2008). 
(TJPA-2014-VUNESP): O texto constitucional, em seu art. 5.º, caput, prevê expressamente valores ou 
direitos fundamentais ao ditar literalmente que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. BL: art. 5º, caput, CF. 
I - homens e mulheres SÃO IGUAIS em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; (TRF4-
2012) 
(TJMG-2012-VUNESP): De acordo com o STF, não ofende o princípio da igualdade a limitação de idade 
para a inscrição em concurso público, desde que se leve em conta a natureza das atribuições do cargo a 
ser preenchido. BL: Súmula 683, STF. 
(TJMG-2012-VUNESP): O princípio da isonomia reveste-se de autoaplicabilidade e não é suscetível de 
regulamentação ou complementação normativa, pois se traduz em norma de eficácia plena. BL: art. 5º, I 
e §1º, CF. 
(TRF4-2010): Quanto à igualdade, assinale a alternativa correta: Segundo autorizada doutrina (Celso 
Antonio Bandeira de Mello, Humberto Ávila, etc.), o elemento-chave para a verificação da igualdade é o 
critério de distinção (“medida de comparação”) analisado à luz da finalidade. 
##Atenção: ##TRF4-2010: ##Conteúdo Jurídico do Princípio da Igualdade: ##Critérios para 
Identificação do desrespeito à Isonomia: Celso Antônio Bandeira de Mello aponta os critérios para 
identificação do desrespeito à isonomia. Para o autor, o reconhecimento das diferenciações, que não 
podem ser feitas sem quebra da isonomia, são os seguintes: i) O elemento tomado como fator de 
desigualação (critério de distinção); ii) A correlação lógica abstrata existente entre o fator erigido e a 
disparidade estabelecida no tratamento jurídico diversificado (entre o fator de desigualação e a 
desigualação consequente); iii) A consonância desta correlação lógica com os interesses absorvidos no 
sistema constitucional. Em resumo, o doutrinador explica que, tem-se que investigar, de um lado, aquilo 
que é adotado como critério discriminatório, ou seja, o próprio elemento tomado como fator de 
desequiparação; de outro, cumpre verificar se há justificativa racional, isto é, fundamento lógico, para, 
à vista do traço desigualador acolhido, atribuir o específico tratamento jurídico construído em função 
da desigualdade proclamada. Finalmente, impende analisar se a correlação ou fundamento racional 
abstratamente existente é, in concreto, afinado com os valores prestigiados no sistema normativo 
constitucional. A dizer: se guarda ou não harmonia com eles.1 Humberto Ávila ensina que a igualdade 
deve funcionar como regra, prevendo a proibição de tratamento discriminatório; como princípio, 
instituindo um estado igualitário com fim a ser promovido; e como postulado, estruturando a aplicação 
 
1 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. O conteúdo jurídico do princípio da igualdade. 3. ed. 20ª tiragem. São 
Paulo: Malheiros, 2011, pp. 21-22. 
9 
 
do Direito em função de elementos (critério de diferenciação e finalidade de distinção) e da relação entre 
eles (congruência do critério em razão do fim).2 
II - ninguém SERÁ OBRIGADO a fazer ou deixar de fazer alguma coisa SENÃO em virtude de lei; 
(TJDFT-2008) (MPRO-2008) (DPEMA-2009) (AGU-2009) (MPPR-2011) (MPSC-2012) (DPESP-2012) (TRF2-
2011/2013) (MPMG-2013) (DPERR-2013) (TRF3-2013) (MPRS-2014) (TJSP-2018) (MPBA-2018) (TJRO-2019) 
(TJSP-2018-VUNESP): O princípio da legalidade, já incorporado ao direito pátrio pelas Cartas anteriores, 
foi mantido pelo artigo 5° , II, da atual Constituição. Sobre o tema, é possível afirmar que o conceito de 
legalidade não corresponde exclusivamente à lei em sentido formal, mas abrange também os preceitos 
normativos da própria Constituição e aqueles editados com base nela, como as emendas constitucionais, 
as leis complementares, as leis delegadas e as medidas provisórias. BL: art. 5º, II e art. 59 da CF. 
 
##Atenção: ##TJDFT-2008: ##MPDFT-2009: ##AGU-2009: ##DPERR-2013: ##CESPE: ##MPRS-2014: O 
princípio da legalidade possui uma abrangência mais ampla que o princípio da reserva legal. Enquanto 
o princípio da legalidade consiste na submissão a todas as espécies normativas elaboradas em 
conformidade com o processo legislativo constitucional (leis em sentido amplo), o princípio da reserva 
legal incide apenas sobre campos materiais específicos, submetidos exclusivamente ao tratamento do 
Poder Legislativo (leis em sentido estrito). Quando a exige a regulamentação integral de sua norma por 
lei em sentido formal (ato emanado do Poder Legislativo e elaborado de acordo com o devido processo 
legislativo), trata-se de reserva legal absoluta; se, apesar de exigir a edição desta espécie de lei, permite 
que ela apenas fixe os parâmetros de atuação a serem complementados por ato infralegal (por óbvio, 
respeitados os limites estabelecidos pela legislação), trata-se de reserva legal relativa. Portanto, conclui-
se a reserva legal possui abrangência menor que o princípio da legalidade. Isso porque a reserva legal 
apenas exige que haja lei exigindo determinados comportamentos, enquanto a legalidade orienta a 
criação de princípios e regras que irão embasar todo o ordenamento jurídico. 
 
##Atenção: Para Hely Lopes Meirelles, “na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. 
Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só 
é permitido fazer o que a lei autoriza”. 
 
(MPPR-2016): Assinale a alternativa correta: O art. 5, inc. II, da CF expressa a ideia de que somente a lei 
pode criar regras jurídicas (Rechtsgesetze), no sentido de interferir na esfera jurídica dos indivíduos de 
forma inovadora, sendo inegável nesse sentido o conteúdo material da expressão em virtude de lei 
presente na Constituição de 1988. BL: art. 5º, II, CF. 
 
(MPDFT-2009): Sobre direitos fundamentais, julgue o seguinte item: O princípio da legalidade significa 
dizer que ninguém será obrigado a fazer, ou deixar de fazer algo, senão em virtude de lei. BL: art. 5º, II, 
CF. 
III - ninguém SERÁ SUBMETIDO a tortura NEM a tratamento desumano ou degradante; (MPSP-
2008) (DPESP-2009) (DPESC-2012) (TJBA-2019) (TJRO-2019) 
(TJPR-2012-UFPR): A norma do art. 5º, III da CF/88 segundo a qual “ninguém será submetido a tortura 
nem a tratamento desumano ou degradante”, é dotada de eficácia plena. BL: art. 5º, III, CF. 
##Atenção: Além disso, é dotada de aplicabilidade direta, imediata e integral, pois não necessita de lei 
infraconstitucional para torná-la aplicável e nem admite lei infraconstitucional que lhe restrinja o 
conteúdo. 
##Atenção: ##TJBA-2019: ##CESPE: No caso brasileiro, de acordo com o que dispõe o art. 5º, III, da 
CF/1988, a tortura, assim como todo e qualquer tratamento desumano e degradante, encontra-se vedada 
por norma de direito fundamental específica, com estrutura de regra, pois se trata de norma proibitiva de 
determinada conduta.3 
 
2 ÁVILA, Humberto. Teoria dos princípios: da definição à aplicação dos princípios jurídicos. 12. ed. São 
Paulo: Malheiros, 2004, p. 162. 
3 Fonte: https://www.conjur.com.br/2015-ago-21/direitos-fundamentais-veto-tortura-ilustra-funcao-dignidade-clausula-barreira 
https://www.conjur.com.br/2015-ago-21/direitos-fundamentais-veto-tortura-ilustra-funcao-dignidade-clausula-barreira
10 
 
IV - É LIVRE a manifestação do pensamento, SENDO VEDADO o anonimato; (MPSP-2010) 
(MPDFT-2011) (MPF-2011/2012) (MPPR-2012/2014) (MPMA-2014) (MPRR-2017) (DPEDF-2019) 
(Téc./MPU-2018-CESPE): A liberdade de pensamento é exercida com ônus para o manifestante, que 
deverá se identificar e assumir a autoria daquilo que ele expressar. BL: art. 5º, IV, CF. 
V - É ASSEGURADO o DIREITO DE RESPOSTA, proporcional ao agravo, além da INDENIZAÇÃO 
por dano material, moral ou à imagem; (MPPR-2008) (MPSP-2010) (TRF3-2011) (MPMS-2015) (DPEDF-
2019)(MPF-2011): O direito de resposta, além de tutelar os direitos da personalidade, também configura 
instrumento para a promoção do pluralismo interno dos meios de comunicação social, na medida em que 
confere ao público a possibilidade de acesso a posições divergentes sobre tema de interesse social. BL: art. 
5º, V, CF. 
VI - É INVIOLÁVEL a LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA e DE CRENÇA, SENDO ASSEGURADO 
o livre exercício DOS CULTOS RELIGIOSOS e GARANTIDA, na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e a suas liturgias; (MPPB-2010) (TRF4-2010) (MPSP-2012) (MPF-2011/2013) 
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPGO-2019: É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de 
resguardar a liberdade religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz 
africana. STF. Plenário. RE 494601/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, j. 
28/3/19 (Info 935). 
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O princípio da laicidade significa dizer que o Estado 
brasileiro é laico (secular ou não-confessional), ou seja, não existe nele uma religião oficial (art. 19, I, da 
CF/88). Assim, por força deste princípio, o Estado não pode estar associado a nenhuma religião, nem sob a 
forma de proteção, nem de perseguição. Há, portanto, uma separação formal entre Igreja e Estado. O STF 
entendeu que, ao contrário do que alegou o MP/RS, a referida lei não viola o princípio da laicidade. A 
proteção legal às religiões de matriz africana não representa um privilégio, mas sim um mecanismo de 
assegurar a liberdade religiosa, mantida a laicidade do Estado. Desse modo, a lei estadual, na verdade, está 
de acordo com o princípio da laicidade. Isso porque a laicidade do Estado proíbe que haja o menosprezo 
ou a supressão de rituais, especialmente no caso de religiões minoritárias que poderiam ser subjugadas 
pelo Estado. 
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Além disso, não há violação ao princípio da igualdade: A 
CF promete uma sociedade livre de preconceitos, entre os quais, o religioso. A proibição do sacrifício de 
animais em seus cultos negaria a própria essência da pluralidade cultural, com a consequente imposição de 
determinada visão de mundo. Ao se conferir uma proteção aos cultos de religiões historicamente 
estigmatizadas, o legislador não ofende o princípio da igualdade. Ao contrário, materializa esse princípio 
diante do preconceito histórico sofrido. 
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Por fim, não há violação ao art. 225 da CF: O legislador, ao 
admitir a prática de imolação (sacrifício), não violou o dever constitucional de amparo aos animais, 
estampado no art. 225, § 1º, VII, da CF. Isso porque se deve evitar que a tutela de um valor constitucional 
relevante (meio ambiente) aniquile o exercício de um direito fundamental (liberdade de culto), revelando-
se desproporcional impedir todo e qualquer sacrifício religioso quando diariamente a população consome 
carnes de várias espécies. Além disso, deve-se reforçar o argumento de que os animais sacrificados nestes 
cultos são abatidos de forma rápida, mediante degola, de sorte que a realização dos rituais religiosos com 
estes animais não se amolda ao art. 225, § 1º, VII, que proíbe práticas cruéis com animais. 
 
(MPGO-2019): É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa, permite 
o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana, conforme entendimento recente do 
STF. BL: Info 935, STF. 
 
 
 
(MPRS-2014): Considere a seguinte afirmação sobre Direitos Fundamentais: A liberdade de crença 
apresenta-se na Constituição Federal como direito individual sem reserva legal expressa, ao passo que a 
proteção aos locais de culto e as suas liturgias submete-se ao regime da reserva legal simples. BL: art. 5º, 
II e VI, CF. 
##Atenção: Inicialmente, sobre o princípio da legalidade, ver comentário no inciso II do art. 5º da CF. 
Agora, vejamos o teor do inciso VI do art. 5º: “Art. 5º. (...) VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença 
11 
 
[não há reserva legal expressa], sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da 
lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias [há reserva legal expressa]; (...)” 
(Agente Penitenc./ES-2009-CESPE): Acerca dos direitos fundamentais, julgue o item a seguir. O Brasil, por 
ser um país laico, não tem religião oficial, sendo assegurada constitucionalmente a inviolabilidade da 
liberdade de consciência e de crença, bem como o livre exercício dos cultos religiosos. BL: art. 5º, VII, c/c 
art. 19, I, CF. 
VII - É ASSEGURADA, nos termos da lei, a prestação de ASSISTÊNCIA RELIGIOSA nas entidades 
civis e militares de internação coletiva; (TRF4-2010) (TJPA-2012) (DPEPR-2012) (MPSP-2012) (MPGO-2019) 
VIII - ninguém SERÁ PRIVADO de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica 
ou política, SALVO SE as invocar para EXIMIR-SE de obrigação legal a todos imposta e RECUSAR-SE a 
cumprir prestação alternativa, fixada em lei; (TJDFT-2008) (MPPB-2010) (TRF4-2010) (TRF5-2011) (MPSP-
2012) (DPESC-2012) (TJSC-2013) (MPDFT-2013) (MPMA-2014) (MPPR-2014) (MPSC-2019) 
##Atenção: O direito de escusa de consciência não se restringe ao serviço militar obrigatório, quando se 
trata de crença religiosa, convicção filosófica ou religiosa, pois ele pode atingir, por exemplo, indivíduos 
que não aceitam trabalhar ou realizar prova aos sábados. 
 
(MPBA-2018): O brasileiro que se recusa a cumprir prestação alternativa legalmente estabelecida, após ter 
invocado convicção política para eximir-se de obrigação legal a todos imposta, poderá, em razão dessa 
conduta, ser privado de direitos. BL: art. 5º, VIII, CF. 
##Atenção: A pessoa tem direito a não cumprir a obrigação imposta por motivos de consciência sem que 
isso a prive de direitos. Entretanto, ela há de cumprir a obrigação alternativa, caso contrário, poderá sim 
ser privada de direitos. 
IX - É LIVRE a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
INDEPENDENTEMENTE de CENSURA ou LICENÇA; (MPSP-2006) (MPF-2011) (DPESP-2012) (TJSC-
2013) (MPDFT-2013) (MPMA-2014) (TJPE-2015) (TJDFT-2015) (TRF5-2015) (TJBA-2019) 
X - SÃO INVIOLÁVEIS a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
ASSEGURADO o DIREITO A INDENIZAÇÃO pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
(MPRO-2008) (TRF4-2010) (MPGO-2010) (TRF2-2011) (TRF3-2011) (DPESP-2012) (MPF-2011/2013) (MPRS-
2014) (TRF5-2013/2015) (MPMS-2015) (DPEDF-2019) 
(MPSP-2011): Considerando a disciplina constitucional brasileira, é possível afirmar que o direito à 
privacidade encontra expressão constitucional na inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra 
e da imagem das pessoas. BL: art. 5º, X, CF. 
XI - a casa É ASILO INVIOLÁVEL do indivíduo, NINGUÉM nela PODENDO PENETRAR sem 
consentimento do morador, SALVO em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, 
durante o dia, por determinação judicial; (TJAL-2008) (TRF1-2009) (DPEGO-2010) (MPSP-2011) (TJPA-
2012) (TJMG-2012) (MPRS-2012) (DPEAC-2012) (DPESC-2012) (DPESP-2012) (MPRO-2008/2010/2013) 
(MPES-2013) (MPMS-2013) (MPSC-2013) (TRF2-2011/2014) (TRF5-2009/2015) (TJDFT-2015) (MPPR-
2008/2011/2017) (TJPR-2017) (MPRR-2017) (TJRS-2018) (TJCE-2018) (TJAC-2019) 
Art. 150 do Código Penal: 
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou 
tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências: 
 Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. 
 § 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de 
arma, ou por duas ou mais pessoas: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência. 
 § 2º - (Revogado pela Lei nº 13.869, de 2019) (Vigência) 
 § 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências:I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência; 
 II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência 
de o ser. 
12 
 
 § 4º - A expressão "casa" compreende: 
 I - qualquer compartimento habitado; 
 II - aposento ocupado de habitação coletiva; 
 III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade. 
 § 5º - Não se compreendem na expressão "casa": 
 I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do 
n.º II do parágrafo anterior; 
 II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero. 
 
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPPR-2017: ##TJPA-2019: ##TJPR-2019: ##TJSC-2019: ##MPPI-2019: 
##CESPE: ##MPMT-2019: ##FCC: A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, 
mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas “a 
posteriori”, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de 
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade, e de nulidade dos atos 
praticados. STF. Plenário. RE 603616/RO, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 4 e 5/11/15 (repercussão geral) 
(Info 806). 
(MPMT-2019-FCC): À luz da disciplina dos direitos e garantias fundamentais na Constituição Federal e da 
jurisprudência do STF na matéria, a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial é lícita, mesmo em 
período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem 
que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal 
do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados. BL: Info 806, STF. 
 
##Atenção: ##STF: ##DPEAC-2012: ##CESPE: A CF/1988 autoriza a prisão em flagrante como exceção à 
inviolabilidade domiciliar, prescindindo de mandado judicial, qualquer que seja sua natureza. STF. 2ª 
T., RHC 91.189, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 9/3/10. 
 
##Atenção: ##STF: ##DPEAC-2012: ##CESPE: De acordo com o art. 5°, XI, da CF/88, a existência de 
ordem judicial não cancela a inviolabilidade noturna. Nesse sentido, veja-se decisão do STF: “Domicílio – 
Inviolabilidade noturna – Crime de resistência – Ausência de configuração. A garantia constitucional do 
inciso XI do art. 5º da Carta da República, a preservar a inviolabilidade do domicílio durante o período 
noturno, alcança também ordem judicial, não cabendo cogitar de crime de resistência.” STF. 1ª T. RE 
460.880, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 25/9/07. 
 
##Atenção: Em outras palavras: 
- por determinação judicial: apenas durante o dia; 
- em caso de flagrante delito, desastre, ou para prestar socorro: durante o dia ou à noite, não 
necessitando de determinação judicial. 
- com o consentimento do morador: em qualquer horário. 
##Atenção: Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro, não se faz necessário que haja 
autorização judicial, ou que seja durante o dia. 
##Atenção: ##DPESP-2012: ##TJAC-2019: ##FCC: ##VUNESP: A abrangência do termo “casa” no direito 
constitucional deve ser ampla, entendida como “projeção espacial da pessoa”, alcançando não somente o 
escritório de trabalho como também o estabelecimento industrial e o clube recreativo. 
 
(Anal. Judic./TRF5-2017-FCC): Fernando passou mal de manhã em sua residência e, como estava sozinho, 
tentou sair para buscar ajuda, mas não conseguiu nem abrir o portão de casa. Fernando teve tempo apenas 
de pedir auxílio ao seu vizinho, Paulo, desmaiando logo em seguida, ali mesmo no jardim. Paulo, 
desesperado, rapidamente telefonou ao Corpo de Bombeiros. Nessa situação, à luz da CF/88, os bombeiros 
estarão autorizados a adentrar no imóvel de Fernando, assim que chegarem, já que para a prestação de 
socorro pode-se penetrar na casa do morador, sem o seu consentimento, a qualquer hora. BL: art. 5º, XI, 
CF. 
 
(TRF2-2014): Assinale a alternativa correta: A tutela da inviolabilidade do domicílio inclui quartos de hotel 
em que o indivíduo se hospeda e até mesmo compartimentos privados não abertos ao público onde alguém 
exerça a sua profissão ou atividade. BL: art. 5º, XI, CF e art. 150, §4º, CP, Entend. Dout. e Jurisprud. 
 
13 
 
##Atenção: ##DPESP-2012: ##TRF2-2014: ##FCC: É o que dispõe o §4º do art. 150 do CP. Acerca do que, 
de fato, deve ser entendido como domicílio, Bernardo Gonçalves Fernandes explica que, segundo a 
doutrina e a jurisprudência, é possível apontar as seguintes situações: “Pátio da casa: Tratando-se de local 
cercado ou, ainda que não haja essa delimitação, havendo evidências certas de que integra o ambiente da residência, o 
pátio deverá ter o mesmo tratamento desta, exigindo, para que se proceda à busca e apreensão, a ordem judicial. Bem 
diferente, todavia, é a situação dos campos abertos ou terrenos baldios, nos quais é permitida a livre ação da autoridade 
para diligenciar e apreender objetos e provas; Veículos: Não podem ser equiparados a domicílio, pois se tratam de 
coisas que pertencem à pessoa. No mesmo caso encontram-se os ônibus de transporte de passageiros, que podem ser 
livremente examinados. Diferente, contudo, a situação da rotulada boleia do caminhão, que se equipara a domicílio na 
hipótese de encontrar-se o motorista em viagem prolongada, valendo-se da cabine do veículo como dormitório, lá 
possuindo seus objetos pessoais, roupas e material de higiene. Nesse caso, deve ser respeitada a previsão constitucional 
exigente de ordem judicial para revista específica, quer dizer, a abordagem diretamente relacionada àquele veículo. 
Evidentemente, essa regra não tem aplicabilidade na hipótese de blitz, que se caracteriza como operação de revista 
geral em todos os veículos que passam por determinado local, caso em que a revista aos veículos deve ser livremente 
facultada; Trailers, cabine de barcos, barracas, motor homes e afins: Tratando-se de locais destinados à 
habitação, ainda que provisória, da pessoa, deverão receber idêntico tratamento conferido à busca na casa propriamente 
dita; Quarto ocupado de hotel, motel, pensão, hospedaria e congêneres: Quarto de hotel e similares, quando 
ainda ocupados, qualificam-se juridicamente como casa para fins da tutela da inviolabilidade domiciliar. Assim, a 
inobservância das regras legais e constitucionais na busca e apreensão realizada nesta espécie de recinto conduz à 
ilicitude da prova, acarretando o seu banimento do processo criminal. Neste sentido, o STF: "Para os fins da proteção 
jurídica a que se refere o art. 5°, XI, da Constituição da República, o conceito normativo de "casa" revela-se abrangente 
e, por estender-se a qualquer aposento da habitação coletiva, desde que ocupado (CP, art. 150, § 4º, II), compreende, 
observada essa específica limitação espacial, os quartos de hotel". (RHC 90.376/RJ, DJ 18.05.2007); Escritório, 
consultório, gabinete de trabalho e similares quando não ocupados por qualquer pessoa no momento da 
diligência de busca: Embora haja controvérsia, decidiu-se, no Supremo Tribunal Federal, por afastar os referidos 
ambientes da proteção constitucional da inviolabilidade domiciliar quando não estiverem ocupados no momento da 
diligência. Isto ocorreu no julgamento do inquérito 2.424/RJ (20.11.2008), entendendo aquela Corte que "é, no 
mínimo, duvidosa a equiparação entre escritório vazio com domicílio stricto sensu, que pressupõe a presença de 
pessoas que o habitem". Neste contexto, validou a busca e apreensão realizada no local, durante a noite (in casu, 
tratava-se do escritório de advogado a quem se imputava participação em crimes), refutando os argumentos de que 
essa providência teria afrontado o art. 5°, XI, da CF por não ter sido realizada no período diurno”. (Fonte: 
FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 9. ed. Salvador. JusPODIVM, 2017, 
pp. 500-501). 
 
(TJDFT-2008): Em caso de desastre, ou para prestar socorro,autoriza-se a entrada na casa, seja de dia ou 
de noite, tenha-se ou não anuência do morador ou autorização judicial. BL: art. 5º, XI, CF. 
 
(TJDFT-2008): Em caso de flagrante delito, igualmente, autoriza-se o ingresso na casa, de dia ou de noite, 
independentemente de quem quer que seja. BL: art. 5º, XI, CF. 
 
(TJDFT-2008): No período diurno, por determinação judicial, excepciona-se também a inviolabilidade 
domiciliar. Nesta hipótese, estamos diante da denominada reserva de jurisdição, ou seja, situações em que 
se faz indispensável a atuação do Poder Judiciário, autorizando determinada conduta, sem a qual seria a 
mesma considerada ilícita. BL: art. 5º, XI, CF. 
 
(TJDFT-2007): Em tema de direitos fundamentais, é correto afirmar que o direito à inviolabilidade de 
domicílio repele a ação estatal e de particulares e tem como titulares pessoas físicas e jurídicas. BL: art. 5º, 
XI, CF. 
XII - É INVIOLÁVEL o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, SALVO, no último caso, POR ORDEM JUDICIAL, nas hipóteses e na forma 
que a lei estabelecer PARA FINS de investigação criminal ou instrução processual penal; (MPRO-2008) 
(MPMG-2010) (MPPB-2010) (DPEGO-2010) (TJPE-2011) (MPDFT-2011) (TRF1-2011) (TRF2-2011) (DPESP-
2010/2012) (MPSP-2011/2012) (TJMS-2012) (TJPA-2012) (DPESC-2012) (MPGO-2010/2013) (TJRJ-2011/2013) 
(MPES-2013) (MPPR-2013) (TJDFT-2014) (MPAC-2014) (TRF5-2015) (TJPR-2017) (MPBA-2018) (TJAC-
2012/2019) (TJSC-2019) (MPCE-2020) 
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPPI-2019: ##TJBA-2019: ##CESPE: O sigilo a que se refere o art. 5º, XII, 
da CF/88 é em relação à interceptação telefônica ou telemática propriamente dita, ou seja, é da 
comunicação de dados, e não dos dados em si mesmos. Desta forma, a obtenção do conteúdo de 
conversas e mensagens armazenadas em aparelho de telefone celular ou smartphones não se subordina 
aos ditames da Lei n. 9.296/96. Contudo, os dados armazenados nos aparelhos celulares decorrentes de 
14 
 
envio ou recebimento de dados via mensagens SMS, programas ou aplicativos de troca de mensagens 
(dentre eles o "WhatsApp"), ou mesmo por correio eletrônico, dizem respeito à intimidade e à vida privada 
do indivíduo, sendo, portanto, invioláveis, no termos do art. 5°, X, da CF/88. Assim, somente podem ser 
acessados e utilizados mediante prévia autorização judicial, nos termos do art. 3° da Lei n. 9.472/97 e do 
art. 7° da Lei n. 12.965/14. A jurisprudência das duas Turmas da Terceira Seção STJ firmou-se no sentido 
de ser ilícita a prova obtida diretamente dos dados constantes de aparelho celular, decorrentes de 
mensagens de textos SMS, conversas por meio de programa ou aplicativos ("WhatsApp"), mensagens 
enviadas ou recebidas por meio de correio eletrônico, obtidos diretamente pela polícia no momento do 
flagrante, sem prévia autorização judicial para análise dos dados armazenados no telefone móvel. No caso, 
se o telefone celular foi apreendido em busca e apreensão determinada por decisão judicial, não há 
óbice para que a autoridade policial acesse o conteúdo armazenado no aparelho, inclusive as conversas 
do Whatsapp. Para a análise e a utilização desses dados armazenados no celular não é necessária nova 
autorização judicial. A ordem de busca e apreensão determinada já é suficiente para permitir o acesso 
aos dados dos aparelhos celulares apreendidos. STJ. 5ª T. RHC 77.232/SC, Rel. Min. Felix Fischer, j. 
03/10/17. 
(MPPI-2019-CESPE): Com relação à licitude do procedimento de busca e apreensão de celular por autoridade 
policial, assinale a opção correta: É lícito o acesso aos dados armazenados em celular apreendido após 
determinação judicial de busca e apreensão, mesmo que a decisão não tenha expressamente previsto tal 
medida. BL: RHC 77.232/SC, STJ. 
 
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPMG-2017: ##MPRR-2017: ##TJBA-2019: ##MPCE-2020: ##CESPE: A 
obtenção do conteúdo de conversas e mensagens armazenadas em aparelho de telefone celular ou 
smartphones não se subordina aos ditames da Lei 9.296/96. O acesso ao conteúdo armazenado em 
telefone celular ou smartphone, quando determinada judicialmente a busca e apreensão destes 
aparelhos, não ofende o art. 5º, XII, da CF/88, considerando que o sigilo a que se refere esse dispositivo 
constitucional é em relação à interceptação telefônica ou telemática propriamente dita, ou seja, é da 
comunicação de dados, e não dos dados em si mesmos. Assim, se o juiz determinou a busca e apreensão 
de telefone celular ou smartphone do investigado, é lícito que as autoridades tenham acesso aos dados 
armazenados no aparelho apreendido, especialmente quando a referida decisão tenha expressamente 
autorizado o acesso a esse conteúdo. STJ. 5ª T. RHC 75.800-PR, Rel. Min. Felix Fischer, j. 15/9/16 (Info 
590). 
(MPRR-2017-CESPE): A Polícia Civil, em uma operação de combate ao tráfico de drogas, prendeu Adelmo 
em flagrante. Durante a operação, na residência do indiciado, apreendeu-se, além de grande quantidade de 
cocaína, um smartphone que continha toda a movimentação negocial de Adelmo e seus clientes, o que 
confirmava o tráfico e toda a estrutura da organização criminosa. Acerca dessa situação hipotética, assinale a 
opção correta: Se a prisão em flagrante tiver sido precedida de mandado de busca e apreensão do smartphone 
de Adelmo, então, ainda que não haja, no referido mandado, a previsão de quebra do sigilo de dados, não 
haverá qualquer ilegalidade no acesso às informações contidas no referido aparelho. BL: Info 590, STJ. 
 
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPMG-2017: ##MPRR-2017: ##MPSP-2019: ##MPCE-2020: ##CESPE: 
##Cuidado (situação diferente em relação ao julgado veiculado no Info 590, STJ, citado acima): Sem 
prévia autorização judicial, são nulas as provas obtidas pela polícia por meio da extração de dados e de 
conversas registradas no whatsapp presentes no celular do suposto autor de fato delituoso, ainda que o 
aparelho tenha sido apreendido no momento da prisão em flagrante. Assim, é ilícita a devassa de dados, 
bem como das conversas de whatsapp, obtidos diretamente pela polícia em celular apreendido no 
flagrante, sem prévia autorização judicial. STJ. 6ª T. RHC 51.531-RO, Rel. Min. Nefi Cordeiro, j. 19/4/16 
(Info 583). 
(MPSP-2019): Com base na orientação jurisprudencial assentada no STJ quanto à ilicitude da prova, é 
considerada ilícita a prova: obtida diretamente dos dados constantes de aparelho celular, decorrentes de 
mensagens de textos SMS ou conversas por meio de WhatsApp, quando ausente prévia autorização judicial. 
BL: Info 583, STJ. 
 
 
 
(PCMA-2018-CESPE): De acordo com o entendimento do STF, a polícia judiciária não pode, por afrontar 
direitos assegurados pela CF, invadir domicílio alheio com o objetivo de apreender, durante o período 
diurno e sem ordem judicial, quaisquer objetos que possam interessar ao poder público. Essa determinação 
consagra o princípio da reserva de jurisdição. BL: art. 5º, inciso XI e XII da CF/88. 
 
##Atenção: 
➢ Investigação criminal: inquérito policial ou CPI 
➢ Instrução processual penal: processo em andamento 
15 
 
 
(MPPR-2017): Assinale a alternativa correta: A reserva qualificada de lei ocorre quando a norma 
constitucional exige que a restrição de determinado direito fundamental somente se perfaça por meio de 
lei em sentido formal, atrelando a limitação a fins a serem necessariamente perseguidos ou os meios a 
serem compulsoriamente adotados pelo legislador e pelo administrador. BL: art. 5º, XII, CF. 
 
##Atenção: ##MPDFT-2009: ##TJDFT-2016: ##CESPE: ##MPRR-2017: O art. 5º, XII da CF/88 consagra 
uma reserva legal ou restrição legal QUALIFICADA quando a CF não se limita a exigir que eventual 
restrição ao âmbito de proteção de determinado direito seja prevista em lei, estabelecendo, também, as 
condições especiais, os fins a serem perseguidos ou os meios a serem utilizados (Lei 9.296/96 – 
regulamenta a interceptação telefônica). 
 
(TJDFT-2014-CESPE): A respeito dos direitos e garantias fundamentais,dos direitos sociais e dos direitos 
políticos, assinale a opção correta: Embora a CF estabeleça a inviolabilidade do sigilo das comunicações 
telefônicas, o juiz poderá, de ofício, determinar a interceptação de comunicação telefônica na investigação 
criminal e na instrução processual penal. BL: art. 5º, XII, CF c/c art. 3º, Lei 9296. 
 
##Atenção: O art. 3º da Lei 9.296/96 expressamente permite a decretação de ofício pelo magistrado. 
Cumpre lembrar que há doutrinadores que sustentam que a decretação de ofício poderá ocorrer apenas na 
fase judicial. 
XIII - É LIVRE o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, ATENDIDAS as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer; (DPEAL-2009) (DPEMA-2009) (MPSP-2010) (DPEES-2012) (TJSC-2013) 
(TJAM-2013) (MPDFT-2013) (MPF-2013) (TRF2-2011/2014) (MPMA-2014) (MPPR-2014) (TJPE-2015) 
##Atenção: ##STF: ##TJMS-2020: ##FCC: O art. 5º, XIII, parte final, da CF admite a limitação do 
exercício dos trabalhos, ofícios ou profissões, desde que materialmente compatível com os demais 
preceitos do texto constitucional, em especial o valor social do trabalho (arts. 1º, IV; 6º, caput e inciso XXXII; 
170, caput e inciso VIII; 186, III, 191 e 193 da CF) e a liberdade de manifestação artística (art. 5º, IX, da CF). 
As limitações ao livre exercício das profissões serão legítimas apenas quando o inadequado exercício de 
determinada atividade possa vir a causar danos a terceiros e desde que obedeçam a critérios de 
adequação e razoabilidade, o que não ocorre em relação ao exercício da profissão de músico, ausente 
qualquer interesse público na sua restrição. A existência de um conselho profissional com competências 
para selecionar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de músico, para proceder a registros 
profissionais obrigatórios, para expedir carteiras profissionais obrigatórias e para exercer poder de polícia, 
aplicando penalidades pelo exercício ilegal da profissão, afronta as garantias da liberdade de profissão e 
de expressão artística. (STF. Plenário. ADPF 183, Min. Rel. Alexandre de Moraes, Tribunal Pleno, j. 
27/9/19. (Info 960). 
(TJMS-2020-FCC): À luz da jurisprudência do STF, em matéria de direitos e garantias fundamentais e 
aspectos correlatos, admitem-se limitações por lei ao livre exercício das profissões, sendo consideradas 
legítimas quando o inadequado exercício de determinada atividade possa vir a causar danos a terceiros e 
desde que obedeçam a critérios de adequação e razoabilidade. BL: art. 5º, XIII, CF e Info 960, STF. 
 
##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2013: Nem todos os ofícios ou profissões podem ser condicionadas ao 
cumprimento de condições legais para o seu exercício. A regra é a liberdade. Apenas quando houver 
potencial lesivo na atividade é que pode ser exigida inscrição em conselho de fiscalização profissional. 
A atividade de músico prescinde de controle. Constitui, ademais, manifestação artística protegida pela 
garantia da liberdade de expressão. (STF. Plenário. RE 414426, Min. Rel. Ellen Gracie, j. 01/08/11). 
 
##TRF3-2011: ##MPDFT-2011: ##TJRS-2012: ##DPEES-2012: ##TJDFT-2016: ##TJPR-2017: ##CESPE: 
O Plenário do STF, no julgamento do RE 511.961, declarou como não recepcionado pela CF/88 o art. 4º, 
V, do Dec.-Lei 972/69, que exigia diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. 
Vejamos o seguinte o julgado: “(...) A CF/88, ao assegurar a liberdade profissional (art. 5º, XIII), segue um modelo 
de reserva legal qualificada presente nas Constituições anteriores, as quais prescreviam à lei a definição das "condições 
de capacidade" como condicionantes para o exercício profissional. No âmbito do modelo de reserva legal 
qualificada presente na formulação do art. 5º, XIII, da CF/88, paira uma imanente questão constitucional 
quanto à razoabilidade e proporcionalidade das leis restritivas, especificamente, das leis que disciplinam 
as qualificações profissionais como condicionantes do livre exercício das profissões. Jurisprudência do STF: 
Representação n.° 930, Redator p/ o acórdão Min. Rodrigues Alckmin, DJ, 2-9-1977. A reserva legal estabelecida pelo 
art. 5º, XIII, não confere ao legislador o poder de restringir o exercício da liberdade profissional a ponto de atingir o 
seu próprio núcleo essencial. 5. JORNALISMO E LIBERDADES DE EXPRESSÃO E DE INFORMAÇÃO. 
16 
 
INTEPRETAÇÃO DO ART. 5º, INCISO XIII, EM CONJUNTO COM OS PRECEITOS DO ART. 5º, INCISOS 
IV, IX, XIV, E DO ART. 220 DA CONSTITUIÇÃO. O jornalismo é uma profissão diferenciada por sua 
estreita vinculação ao pleno exercício das liberdades de expressão e de informação. O jornalismo é a 
própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, profissional e 
remunerada. Os jornalistas são aquelas pessoas que se dedicam profissionalmente ao exercício pleno da liberdade de 
expressão. O jornalismo e a liberdade de expressão, portanto, são atividades que estão imbricadas por sua 
própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada. Isso implica, logicamente, que a 
interpretação do art. 5º, inciso XIII, da Constituição, na hipótese da profissão de jornalista, se faça, impreterivelmente, 
em conjunto com os preceitos do art. 5º, incisos IV, IX, XIV, e do art. 220 da Constituição, que asseguram as 
liberdades de expressão, de informação e de comunicação em geral. 6. DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR COMO 
EXIGÊNCIA PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE JORNALISTA. RESTRIÇÃO INCONSTITUCIONAL 
ÀS LIBERDADES DE EXPRESSÃO E DE INFORMAÇÃO. As liberdades de expressão e de informação e, 
especificamente, a liberdade de imprensa, somente podem ser restringidas pela lei em hipóteses excepcionais, 
sempre em razão da proteção de outros valores e interesses constitucionais igualmente relevantes, como os direitos à 
honra, à imagem, à privacidade e à personalidade em geral. Precedente do STF: ADPF n° 130, Rel. Min. Carlos Britto. 
A ordem constitucional apenas admite a definição legal das qualificações profissionais na hipótese em que sejam elas 
estabelecidas para proteger, efetivar e reforçar o exercício profissional das liberdades de expressão e de informação por 
parte dos jornalistas. Fora desse quadro, há patente inconstitucionalidade da lei. A exigência de diploma de curso 
superior para a prática do jornalismo - o qual, em sua essência, é o desenvolvimento profissional das liberdades de 
expressão e de informação - não está autorizada pela ordem constitucional, pois constitui uma restrição, um 
impedimento, uma verdadeira supressão do pleno, incondicionado e efetivo exercício da liberdade jornalística, 
expressamente proibido pelo art. 220, § 1º, da Constituição. 7. PROFISSÃO DE JORNALISTA. ACESSO E 
EXERCÍCIO. CONTROLE ESTATAL VEDADO PELA ORDEM CONSTITUCIONAL. PROIBIÇÃO 
CONSTITUCIONAL QUANTO À CRIAÇÃO DE ORDENS OU CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO 
PROFISSIONAL. No campo da profissão de jornalista, não há espaço para a regulação estatal quanto às 
qualificações profissionais. O art. 5º, incisos IV, IX, XIV, e o art. 220, não autorizam o controle, por parte 
do Estado, quanto ao acesso e exercício da profissão de jornalista. Qualquer tipo de controle desse tipo, 
que interfira na liberdade profissional no momento do próprio acesso à atividade jornalística, configura, 
ao fim e ao cabo, controle prévio que, em verdade, caracteriza censura prévia das liberdades de expressão 
e de informação, expressamente vedada pelo art. 5º, inciso IX, da Constituição. A impossibilidade do 
estabelecimento de controles estatais sobre a profissão jornalística leva à conclusão de que não pode o Estado criar uma 
ordem ou um conselho profissional (autarquia) para a fiscalização desse tipo de profissão. O exercício do poder de 
polícia do Estado é vedado nesse campo em que imperam as liberdades de expressão e de informação. Jurisprudência 
do STF: Representação n.° 930, Redator p/ o acórdão Ministro Rodrigues Alckmin, DJ, 2-9-1977. 8. 
JURISPRUDÊNCIA DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. POSIÇÃO DA 
ORGANIZAÇÃO DOSESTADOS AMERICANOS - OEA. A Corte Interamericana de Direitos Humanos proferiu 
decisão no dia 13 de novembro de 1985, declarando que a obrigatoriedade do diploma universitário e da inscrição em 
ordem profissional para o exercício da profissão de jornalista viola o art. 13 da Convenção Americana de Direitos 
Humanos, que protege a liberdade de expressão em sentido amplo (caso "La colegiación obligatoria de periodistas" - 
Opinião Consultiva OC-5/85, de 13 de novembro de 1985). Também a Organização dos Estados Americanos - OEA, 
por meio da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, entende que a exigência de diploma universitário em 
jornalismo, como condição obrigatória para o exercício dessa profissão, viola o direito à liberdade de expressão (Informe 
Anual da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, de 25 de fevereiro de 2009). (...). STF. Plenário. RE 
511961, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 17/06/09. 
(TJRS-2012): Em relação ao diploma de jornalismo, decisão do STF considerou que exigi-lo era 
desproporcional e violava a liberdade de expressão e informação. BL: Entend. Jurisprud. 
(MPDFT-2011): O Estado não pode criar uma ordem ou um conselho profissional para a fiscalização da 
atividade jornalística. BL: Entend. Jurisprud. 
 
 
 
(TCEMG-2018): Considere a seguinte norma da Constituição de 1988: “é livre o exercício de qualquer trabalho, 
ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. Com base na classificação das 
normas constitucionais segundo sua eficácia, consagrada no Brasil por José Afonso da Silva, a norma 
reproduzida é um exemplo de norma de eficácia contida. 
 
##Atenção: ##DPEMA-2009: ##FCC: ##MPPR-2014: ##TCEMG-2018: O art. 5º, XIII da CF é uma norma 
autoaplicável, pode ser exercida imediatamente. Porém, existem restrições em seu conteúdo, ou seja, 
norma de eficácia contida. 
 
(TJGO-2015-FCC): A Lei 8.906/94, que dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados 
do Brasil – OAB, estabelece, em seu art. 8o , inciso IV e § 1o , que, “para inscrição como advogado é 
necessário” haver “aprovação em Exame de Ordem”, “regulamentado em provimento do Conselho 
17 
 
Federal da OAB”. A exigência em questão é constitucional, por ser compatível tanto com a exigência de lei 
para o estabelecimento de condições para o exercício profissional, como com a finalidade institucional do 
exercício da advocacia como função essencial à Justiça. BL: art. 5º, XIII, CF. 
 
##Atenção: ##TJPR-2012: ##MPF-2013: ##TJGO-2015: ##FCC: O art. 5º, XIII da CF é norma dotada de 
aplicabilidade direta, imediata, mas não integral, passível de ser restringida pelo legislador, como no caso 
da restrição imposta pela exigência de aprovação do exame da OAB para o exercício da profissão de 
advogado. 
(TJPR-2012-UFPR): O art. 5º, XIII da CF, que assegura a liberdade de “exercício de qualquer trabalho, ofício ou 
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”, constitui norma de eficácia contida, passível 
de ser restringida pelo legislador, como no caso da restrição imposta pela exigência de aprovação do exame 
da OAB para o exercício da profissão de advogado. 
 
 
XIV - É ASSEGURADO a todos o ACESSO À INFORMAÇÃO e RESGUARDADO o SIGILO DA 
FONTE, quando necessário ao exercício profissional; (TRF3-2011) (MPPR-2014) 
(Perito Médico Previdenc./INSS-2010-CESPE): Quando um jornalista denuncia fatos de interesse geral, 
como os relacionados às organizações criminosas especializadas no desvio de verbas públicas, está 
juridicamente desobrigado de revelar a fonte da qual obteve suas informações. BL: art. 5º, XIV, CF/88. 
 
##Atenção: Esse inciso tem dois desdobramentos: assegura o direito de acesso à informação (desde que 
esta não fira outros direitos fundamentais) e resguarda os jornalistas, possibilitando que estes obtenham 
informações sem terem que revelar sua fonte. Não há conflito, todavia, com a vedação ao anonimato. Caso 
alguém seja lesado pela informação, o jornalista responderá por isso (Noções de D. Constitucional, Nádia 
Carolina). 
 
##Atenção: O sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional, é resguardado pela CF (art. 5º, 
XIV). 
XV - É LIVRE A LOCOMOÇÃO no território nacional EM TEMPO DE PAZ, PODENDO qualquer 
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; (DPEES-2009) (DPESP-2010) 
(TRF2-2011) (MPDFT-2013) (MPMT-2014) 
(TJMG-2012-VUNESP): A liberdade constitucional de locomoção encontra restrições próprias à sua 
manifestação ou mesmo impostas por regulamentações dos poderes públicos. BL: art. 5º, XV, CF. 
##Atenção: A liberdade constitucional de locomoção, a exemplo de qualquer direito fundamental, não 
tem valor absoluto, de modo que encontra restrições à sua manifestação ou mesmo impostas por 
regulamentações dos poderes públicos. 
XVI - TODOS PODEM REUNIR-SE PACIFICAMENTE, sem armas, em locais abertos ao público, 
INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO, DESDE QUE NÃO FRUSTREM outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, SENDO APENAS EXIGIDO PRÉVIO AVISO à autoridade 
competente; (DPEMT-2009) (TJPR-2010) (TRF2-2011) (TJCE-2012) (TJSC-2013) (MPDFT-2013) (TRF5-2013) 
(MPAC-2014) (MPMA-2014) (MPMT-2014) (MPBA-2018) 
(Cartórios/TJSP-2016-VUNESP): Sobre o direito de reunião previsto no art. 5o, XVI, da CF/88, é correto 
afirmar que todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para 
o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente. BL: art. 5º, XVI, CF. 
 
RESUMO SOBRE O DIREITO DE REUNIÃO: 
1 - É um direito individual e está na CF; 
2 - A Reunião deve ser pacífica; 
3 - A Reunião não pode ter uso de armas, inclusive as brancas; 
4 - A Reunião não precisa da autorização da Administração Pública; 
5 - A Reunião precisa de um prévio aviso a Administração Pública; 
6 - A Reunião não pode atrapalhar uma outra Reunião, por exemplo: ser no mesmo lugar; 
18 
 
7 - A Reunião tem que ser em um lugar aberto, por exemplo: Avenida Paulista. 
 
(TJPE-2015-FCC): Em relação aos direitos e garantias individuais, revela-se de extrema importância a 
problemática atinente aos regimes de tratamento das liberdades. Entre eles, destaca-se o regime preventivo 
mediante autorização prévia. Nessa modalidade, o exercício do direito de liberdade fica submetido, em 
virtude de previsão legal, à condição de haver prévio consentimento por parte da autoridade 
administrativa competente. A instituição de tal regime é vedada, segundo a Constituição brasileira, em 
relação aos seguintes direitos: liberdade de reunião em locais públicos e liberdade de expressão da 
atividade intelectual, artística, científica e de comunicação. BL: art. 5º, IX4 e XVI, CF. 
XVII - É PLENA a liberdade de associação para fins lícitos, VEDADA a de caráter paramilitar; 
(MPRO-2008) (TJAP-2009) (MPPB-2011) (TRF2-2011) (TJCE-2012) (MPAP-2012) (MPDFT-2013) (MPES-
2013) (MPMT-2014) (TJGO-2015) (TJPE-2015) (TJPR-2017) (DPERS-2018) 
##Atenção: ##MPRO-2008: ##MPDFT-2009: ##TJPR-2017: ##CESPE: Nenhum direito é absoluto. Desse 
modo, em que pese a CF/88 tenha estabelecido a plenitude da liberdade de associação (art. 5º, XVII), 
determinou que os fins deverão ser lícitos e vedou associação de caráter paramilitar. Logo, não é 
incompatível a liberdade de associação com a edição de normas disciplinadoras do seu exercício pelo 
Estado. 
XVIII - a CRIAÇÃO DE ASSOCIAÇÕES e, na forma da lei, a DE COOPERATIVAS INDEPENDEM 
de autorização, SENDO VEDADA a interferência estatal em seu funcionamento; (MPSP-2006) (MPRO-
2008) (DPEMT-2009) (TRF2-2011) (TJCE-2012) (MPAP-2012) (MPES-2013) (TRF3-2013) (PGEPR-2015) 
(MPMS-2018) 
(DPERS-2018-FCC): A liberdade de associação, em nossa Constituição, compreende o direito de criar 
associação, independentemente de autorização. BL: art. 5º, XVIII, CF. 
XIX - as associações SÓ PODERÃO ser COMPULSORIAMENTE DISSOLVIDAS ou TER SUAS

Outros materiais