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3. Política Nacional do Meio Ambiente

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DIREITO AMBIENTAL
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – LEI 6.938/81
Por Fernanda Evlaine
ATUALIZADO EM 23/04/2017[1: As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos, porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos eventos anteriormente citados. ]
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – LEI 6.938/81
	1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS:
A Lei 6.938/81 dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e institui o Sistema Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formação e aplicação, e dá outras providências. A referida legislação foi fruto de intensa pressão política internacional, tendo em vista que até então inexistia no país uma lei ambiental geral, mas tão somente normas jurídicas que regulavam especificamente determinados recursos naturais, como o Código de Águas (Década de 30), ou o antigo Código Florestal, de Pesca, de Caça e de Mineração (Década de 1960). [2: Ainda vivenciávamos a segunda fase do direito ambiental no Brasil. (Lembraram-se da tabelinha do ponto 1 da FUC??? Acho bom que sim, hein?!). ]
Por conta disso, é a mais relevante norma ambiental depois da Constituição Federal de 1988, pela qual foi recepcionada, visto que traçou toda a sistemática das políticas públicas brasileiras para o meio ambiente.
Para a Lei 6.938/81 o meio ambiente é definido como:
Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - Meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
	2. OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE:
Por Política Nacional do Meio Ambiente se compreende as diretrizes gerais estabelecidas por lei que têm o objetivo de harmonizar e de integrar as políticas públicas de meio ambiente dos entes federativos, procurando torná-las mais efetivas.
Os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente podem ser classificados em geral e específicos, conforme estabelece a própria Lei n° 6.938/81.
2.1. OBJETIVOS GERAIS: 
 Segundo o art. 2° da Lei n° 6.938/81, a Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propicia à vida, visando assegurar, no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.
Dessa maneira, o objetivo geral pode ser dividido em preservar, recuperar e melhorar a qualidade do meio ambiente, de acordo com a seguinte conceituação: 
Preservar é procurar manter o estado natural do meio ambiente, impedindo a intervenção dos seres humanos.
Melhorar significa aumentar a qualidade ambiental por meio da intervenção humana.
Recuperar é fazer com que uma área degradada volte a ter as características ambientais anteriores ou compatíveis com a sua função ecológica.
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
O art. 4º da Lei 6.938/81 estabelece os objetivos específicos da Política Nacional do Meio Ambiente:
Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais;
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
	
	3. SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – SISNAMA:
	
Para colocar a PNMA em prática, foi implementado o SISNAMA. Ele é formado por órgãos e entidades de todas as esferas de governo. Por esta razão, é necessário conhecer bem o art. 6° da Lei 6.938/81. Este artigo traz a estrutura federativa do SISNAMA. Vejamos seus principais órgãos e entidades:[3: Alta incidência em prova]
Art. 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
3.1. CONSELHO DE GOVERNO: 
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais;  (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
A formulação da PNMA é feita pela Presidência da República que é assessorada pelo Conselho de Governo, órgão superior do SISNAMA. Este conselho é o órgão de cúpula do SISNAMA que faz parte da estrutura do Poder Executivo, composto por todos os Ministros de Estado.
3.2. O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA
 II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
É um conselho deliberativo, composto por representantes de todas as esferas de governo, bem como representantes da sociedade civil organizada, em atendimento ao princípio da democratização. É órgão consultivo e deliberativo e edita atos como resoluções, proposições, recomendações, dentre outros. Se cabe ao conselho de governo assessorar a presidência, o CONAMA assessora o Conselho de Governo. Vale aqui conhecer o que dispõe o art. 8º, outro artigo de conhecimento fundamental desta lei:
Art. 8º Compete ao CONAMA:   
I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluídoras, a ser concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
O estudo de Direito Ambiental requer certo jogo de cintura interpretativo, pois existem dispositivos que não estão atualizados com a Constituição, como é o caso desse inciso I do art. 8º. Alguns são mais evidentes e outros nem tanto. Quanto a esses últimos casos é preciso atenção, pois, às vezes, as provas o cobram literalmente, mesmo eles estando desatualizados, em virtude desta desatualização não ser patente. 
O CONAMA tem competência para editar atos normativos a respeito do licenciamento ambiental, mediante proposta do IBAMA. Nesse respeito, a Resolução principal do CONAMA 237/97 regulamenta o referido inciso e versa sobre licenciamento. Porém, a parte final do artigo, destacada de vermelho, está desatualizada, pois hoje temos licenciamento federal, estadual e municipal. Muitasvezes o inciso I é copiado e colado em provas e quando o enunciado exigir apenas a sua literalidade, deve ser considerado como correto, pois esta não é uma desatualização tão escancarada como a que se vê em outros casos:
II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis consequências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais, bem assim a entidades privadas, as informações indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto ambiental, e respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental, especialmente nas áreas consideradas patrimônio nacional.
Este inciso também deve ser considerado verdadeiro quando lançado em sua integralidade no texto de provas, mas aqui também é necessária a atualização. A função de realização de estudos e projetos elencados neste dispositivo, atualmente vem sendo feita pelos órgãos ambientais que fazem o licenciamento ambiental, na esfera federal, v.g. o IBAMA. Isso não é mais feito pelo CONAMA. Porém, deve ser tomada redobrada atenção, pois se cobrada a literalidade da lei, o inciso II deve ser tomado por correto:
IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades pecuniárias na obrigação de executar medidas de interesse para a proteção ambiental; (VETADO);
Inciso III foi revogado. Ele previa que a última instância para julgar recursos contra multas do IBAMA era o CONAMA. Isso acabou de 2009 pra cá. Já o inciso IV trata da conversão da multa em medidas de reparação ou recuperação ambiental. Este inciso também vem sendo exercido pelo IBAMA e outros órgãos estaduais e municipais, valendo aqui a mesma observação feita no inciso II.
V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito;
Esta é uma competência exercida no processo administrativo. Em situações mais graves, quando não houver mais recursos, o IBAMA pode requerer ao CONAMA a aplicação dessa penalidade. Apesar de não haver prazo especificado ele deve existir.
VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes;
Essa é outra competência normativa, cabendo ao CONAMA editar resoluções neste sentido. O PROCONVE regulamenta o setor de veículos automotores. Por exemplo, a exigência de utilização de certo óleo diesel menos poluente nos veículos que consomem tal combustível foi imposta por uma resolução deste órgão, instituído com fulcro no inciso VI supra.
VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos.
Essa competência é a mais importante, pois é a mais ampla, dando margem ao CONAMA para a sua atuação em diversas áreas não mencionadas nos demais incisos. Normas, critérios e padrões para a manutenção da qualidade do meio ambiente é uma expressão muito ampla, que permite ao CONAMA uma atuação extensiva. Alguns legalistas são contrários às resoluções do CONAMA, mas o STF as aceita, como foi decidido no caso da ADPF dos pneus usados. Ele manteve as resoluções do CONAMA que vedam esta importação, exceto de países do MERCOSUL, sem que haja lei federal exigindo isso, mas, tão somente, uma resolução do CONAMA.
OBS: O Secretário do Meio Ambiente é, sem prejuízo de suas funções, o Presidente do CONAMA.
3.2.1. Atos do CONAMA: 
Os atos do Conselho Nacional do Meio Ambiente podem ser classificados em resoluções, moções, recomendações, proposições e decisões.
	Resoluções
	São atos normativos administrativos colegiados que estabelecem critérios, normas técnicas e padrões de qualidade ambiental, além dos procedimentos que devem nortear a atuação das entidades e órgãos ambientais.
	Moções
	São manifestações, normalmente de congratulação ou repúdio.
	Recomendações
	São direcionamentos a respeito de atos normativos, políticas públicas ou programas governamentais.
	Proposições
	São proposições encaminhadas ao Conselho de Governo ou às comissões responsáveis da Câmara dos Deputados ou do Senado.
	Decisões 
	Trata-se de decisões finais em âmbito administrativo a respeito das sanções impostas pelo IBAMA, devendo o CIPAM se manifestar previamente.
3.3. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE: 
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente;  (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
Esta Secretaria não existe mais e foi substituída pelo Ministério do Meio Ambiente. Ele é o órgão central que controla e supervisiona a efetivação da PNMA. O CESPE já o considera, mas outras bancas consideram a SMAPR, por isso, atenção (tá fácil pra quem, amigo cicleiro?)
3.3. ÓRGÃOS EXECUTORES
IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas competências; (Redação dada pela Lei nº 12.856, de 2013)
 Tecnicamente, o IBAMA não é um órgão, mas uma autarquia federal. Ele é uma entidade executora criada pela Lei 7.735/89. O IBAMA quando nasceu tinha função de exercício do poder de polícia e licenciamento na esfera federal e gestão das unidades de conservação criadas pela União. Atualmente, ele não atua na gestão das unidades de conservação que, em 2007, passou a ser de competência do ICM-Bio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). As unidades de conservação criadas pela União são tuteladas por ele. O IBAMA agora só fiscaliza e licencia.
3.5. ÓRGÃOS SECCIONAIS:
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
São órgãos e entidades estaduais de meio ambiente dos estados e DF, responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental.
3.6. ÓRGÃOS LOCAIS:
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
É o braço na estrutura do município. São os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental, nas suas respectivas jurisdições.
	QUADRO ESQUEMÁTICO DO SISNAMA
	ÓRGÃO SUPERIOR
	CONSELHO DE GOVERNO
	ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO:
	CONAMA
	ÓRGÃO CENTRAL:
	MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (Antiga Secretaria do Meio Ambiente)
	ÓRGÃOS EXECUTORES:
	IBAMA E ICMBIO
	ÓRGÃOS SECCIONAIS:
	ÓRGÃOS AMBIENTAIS DOS ESTADOS E DF
	ÓRGÃOS LOCAIS:
	ÓRGÃOS AMBIENTAIS MUNICIPAIS
#RESUMO
	SISNAMA – SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
	
ÓRGÃO SUPERIOR: CONSELHO DE GOVERNO
	Possui a função de assessorar o Presidente da República na formulação política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais.
	
ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO: CONAMA
	Possui a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida.ÓRGÃO CENTRAL: MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (Antiga Secretaria do Meio Ambiente)
	Possui a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente. 
	ÓRGÃOS EXECUTORES: IBAMA E ICMBIO
	Com a finalidade de executar e fazer executar, como órgãos federais, a política e diretrizes governamentais fixadas para meio ambiente. 
	ÓRGÃOS SECCIONAIS: ESTADUAIS E DO DISTRITO FEDERAL
	São os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental. 
	ÓRGÃOS LOCAIS: MUNICIPAIS
	São os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental, nas suas respectivas jurisdições. 
	4. INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE:
	
Artigo 9º da Lei 6.938/81 é quem traz esta previsão em um rol meramente exemplificativo. Grande parte do nosso estudo se dará em cima dos desdobramentos deste dispositivo. Analisaremos aqui os instrumentos menos importantes, deixando os mais importantes para uma análise pormenorizada mais adiante no nosso material.
Art. 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
4.1. PADRÕES DE QUALIDADE AMBIENTAL:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
É por meio do estabelecimento de padrões de qualidade ambiental que são definidos os limites de emissão ou lançamento de efluentes, energias, matérias ou resíduos na natureza.
Trata-se da adoção de critérios técnicos que deverão nortear o desenvolvimento das atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, com o intuito de promover o desenvolvimento sustentável. Em outras palavras, é a definição dos níveis de poluição e da técnica ou tecnologia a ser utilizada.
É importante destacar que a legislação não proíbe a poluição ou a produção de impactos ambientais, mas apenas regulamenta-os a fim de que os mesmos ocorram em níveis tais que sejam socialmente aceitáveis.
	Alguns exemplos de padrões de qualidade ambiental
	Limites à poluição sonora
	Resolução CONAMA n. 001/90
	Limites à poluição atmosférica de ciclomotores, motociclos e veículos similares novos
	Resolução CONAMA n. 342/ 2003
	Classificação e limites à poluição dos corpos hídricos
	Resolução CONAMA n. 357/2005
	Limites à poluição atmosférica de fontes fixas
	Resolução CONAMA n. 382/2006
4.2. ZONEAMENTO AMBIENTAL:
II – O zoneamento ambiental; 
O zoneamento ambiental é o instrumento de planejamento do uso do solo que procura delimitar as áreas de acordo com a suas características ecológicas, econômicas e sociais, determinando as atividades que podem ou não ser desenvolvidas em determinada região.
Também conhecido como Zoneamento Ecológico-Econômico, o assunto foi regulamentado pelo Decreto n. 4.297/02, cujo art. 2° o definiu como instrumento de organização do território a ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas, que estabelece medidas e padrões de proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população.
Ainda, de acordo com o artigo 3º do regulamento, o zoneamento tem por objetivo geral organizar, de forma vinculada, as decisões dos agentes públicos e privados quanto a planos, programas, projetos e atividades que, direta ou indiretamente, utilizem recursos naturais, assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços ambientais dos ecossistemas.
4.3. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS:
III – A avaliação de impactos ambientais; (AIA)
O nome mais utilizado para este instrumento é Estudo de Impacto Ambiental – EIA, mas ambos devem ser considerados válidos para fazer menção a tal instrumento. Ele será analisado mais adiante dada a sua importância, como já ficou ressaltado.
4.4. LICENCIAMENTO E REVISÃO DE ATIVIDADES:
IV - licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
Assim como o anterior, é um instrumento de extrema importância, previsto no art. 10 desta lei, e, por isso, será detidamente à frente no material.
4.5. INCENTIVOS E DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS:
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
Cabe à administração pública fomentar, tanto no setor público, quanto no setor privado, a realização de pesquisa para a adoção de tecnologias menos impactantes para o meio ambiente. Este inciso tem uma ligação direta com o art. 170, VI da Constituição, que coloca a defesa do meio ambiente como princípio informador da ordem econômica, prevendo um tratamento diferenciado às empresas que promovam um menor impacto ambiental com a realização das suas atividades, cabendo ao Poder Público utilizar a tributação ambiental como um instrumento eficaz nesse desiderato.
4.6. ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS:
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas;
ATENÇÃO: Esse é o instrumento mais cobrado em provas, independentemente de qual a banca examinadora. Sua importância é tão grande que ele foi constitucionalizado. O art. 225, §1º, III, prevê os espaços ambientais especialmente protegidos. Devido a sua importância, também será analisado separadamente dos demais abaixo neste material.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
4.7. SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE O MEIO AMBIENTE - SINIMA:
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
O Sistema Nacional de Informações sobre Meio Ambiente - SINIMA é o instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente responsável pelo gerenciamento das informações ambientais no âmbito do SISNAMA, tendo por objetivo reunir informações oriundas e produzidas por todos os órgãos ambientais ou que guardem relação com a matéria, seja em âmbito federal, estadual, distrital ou municipal.
A Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente é responsável pela administração do SINIMA, o que é feito por meio do Departamento de Coordenação do SISNAMA, e possui três eixos estruturados: o desenvolvimento de ferramentas de acesso à informação baseadas em programas computacionais livres; a sistematização de estatísticas e elaboração de indicadores ambientais; a integração e interoperabilidade de sistemas de informação de acordo com uma Arquitetura Orientada a Serviços - SOA.
Esse mecanismo foi regulamentado pela Lei n. 10.650/03, que dispõe sobre o acesso público aos dados e informações ambientais existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente.
#TEMCARADEPROVA #ATENÇÃO: Todas as informações dos órgãos ambientais integrantes do SISNAMA são públicas, ressalvados o sigilo empresarial, e qualquer cidadão poderá ter acesso a elas sem precisar motivar.
4.8. CADASTRO TÉCNICO FEDERAL DE ATIVIDADES E INSTRUMENTOS DE DEFESA AMBIENTAL:
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental;
O objetivo do Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambientalé realizado no IBAMA, podendo ser conceituado como o "registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a consultoria técnica sobre problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras", conforme dispõe o inciso 1 do art. 17 da Lei n. 6.938/81.
Sem o cadastro, não poderá, o profissional ou a consultoria, patrocinar estudos ou avaliações de impactos ambientais junto aos órgãos ambientais competentes.
4.9. PENALIDADES DISCIPLINARES:
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
São penalidades administrativas para punir os infratores da legislação ambiental. Este tema será analisado posteriormente, quando forem analisados os artigos 70/76 da Lei 9.605/98. As penalidades estão listadas em abstrato nesses dispositivos.
4.10. RELATÓRIO DE QUALIDADE DO MEIO AMBIENTE:
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989). 
O objetivo do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente é fazer uma avaliação de impactos ambientais globais do país, no intuito de construir uma espécie de inventário da situação dos ecossistemas e identificar os principais problemas ambientais do país, a fim de que, com base nessas informações, sejam definidas as políticas públicas relativas ao meio ambiente.
A despeito da previsão legal, a produção de informações em matéria ambiental não tem sido considerada prioridade, tanto que esse relatório só foi produzido em 2002, quando o IBAMA e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA elaboraram o estudo chamado "Geo Brasil 2002 - perspectivas do meio ambiente no Brasil", cujo objetivo era fazer um diagnóstico da situação ambiental do país.
4.11. PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES:
XI - A garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
Toda informação em matéria ambiental é considerada de interesse público, de maneira que deverá ser disponibilizada à sociedade, pois se parte do pressuposto de que sem o seu acesso não poderão ser definidas as políticas públicas nem haverá engajamento popular.
Tanto que na ausência dessas informações, o inciso XI do art. 9° da Lei n. 6.938/81 determina que cabe ao Poder Público produzi-las e disponibilizá-las.
4.12. CADASTRO TÉCNICO FEDERAL DE ATIVIDADES POTENCIALMENTE POLUIDORAS:
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
O objetivo do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou utilizadoras de Recursos Ambientais é fazer o "registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e flora", nos termos do que dispõe o inciso I do art. 17 da Lei n. 6.938/81.
Trata-se de um importante instrumento de controle das atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, já que a não inclusão de uma determinada atividade poderá fazer com que o órgão ambiental não tome conhecimento de sua existência e, consequentemente, não possa exercer a fiscalização. 
Os cadastros técnicos federais são registrados no IBAMA e não em órgãos estaduais. A legislação estadual ou municipal deve prever o seu próprio cadastro para poder exigi-lo.[4: Informação com alta incidência em prova]
4.13. INSTRUMENTOS ECONÔMICOS:
XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006).
O art. 9°, XIII da Lei 6.938/81 estabelece como instrumentos econômicos da PNMA a concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental, dentre outros.
a) Concessão florestal: É contrato administrativo no qual o poder público outorga ao particular a exploração sustentável das florestas públicas. 
O art. 3°, VII da Lei 11.284/06 define concessão florestal como "a delegação onerosa, feita pelo poder concedente, do direito de praticar manejo florestal sustentável para exploração de produtos e serviços numa unidade de manejo, mediante licitação, à pessoa jurídica, em consórcio ou não, que atenda às exigências do respectivo edital de licitação e demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado".
b) Servidão ambiental: Está disciplinada no art. 90-A da Lei 6.938/81, e é instituída mediante instrumento público ou particular, ou ainda, por termo administrativo firmado perante órgão integrante do SISNAMA, cujo objetivo é a limitação da propriedade de forma total ou parcial autorizada por seu proprietário, com o objetivo de preservar, conservar ou recuperar os recursos ambientais.
Pela servidão, o proprietário ou possuidor pode renunciar ao direito de explorar os recursos ambientais daquele imóvel (urbano ou rural). Esta renúncia pode ser definitiva ou temporária (de pelo menos 15 anos). Isso pode ser feito por filantropia ou com fins econômicos. Basta que seja feito um instrumento com o órgão ambiental com o seu respectivo no cartório de registro de imóveis. 
c) Seguro ambiental: É modalidade de seguro cujo objetivo é reparar os danos ambientais advindos da execução das atividades econômicas, haja vista a responsabilidade em sede de meio ambiente ser objetiva, baseada na teoria do risco integral. Tem respaldo nos princípios do poluidor pagador e da prevenção.
	5. DISPOSITIVOS PARA O CICLO DE LEGISLAÇÃO:
	
	DIPLOMA
	DISPOSITIVO
	Lei 6.938/81
	Leitura integral, com atenção especial aos artigos 1º ao 9º 
	6. BIBLIOGAFIA UTILIZADA:
	
Esse material é uma fusão das seguintes fontes:
1. Direito Ambiental, coleção Sinopses – Talden Faria e outros – Editora Juspodivm.
2. Resumo de Direito Ambiental Esquematizado – Frederico Amado – Editora Juspodivm.
3. Coleção resumos para concursos, Direito Ambiental – Frederico Amado.
4. Informativos esquematizados do Dizer o Direito – Márcio André Cavalcante Lopes. 
5. Anotações pessoais de aulas.

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