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Teoria do Ordenamento jurídico

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Teoria do Ordenamento Jurídico 
 
 
➢ Características: 
 
 
 
 
 
• O Ordenamento Jurídico possui elementos que guardam entre si certos tipos de 
relações, portanto é um SISTEMA. Em um sistema não podem coexistir normas 
incompatíveis. 
• É AUTO REGULÁVEL, uma vez que, compreende certos dispositivos legais 
que são acionados toda vez que ocorre uma violação a um de seus elementos 
internos. 
• É DINÂMICO, já que compreende elementos internos que estabelecem as 
formas de sua reprodução. As normas que o compõem derivam de sucessivas 
delegações de poder. 
• É FECHADO, uma vez que, a validade de uma norma, ou as suas condições de 
validade, são determinadas por outras normas desse sistema. 
 
 
 
➢ Subordinação 
 
 
 
• Limites Materiais: Há uma compatibilidade entre a norma superior com a norma 
inferior, já que a segunda deriva da primeira. (CONTEÚDO) 
• Limites Formais: Estabelecem tanto o procedimento previsto para a criação de 
determinado tipo de norma, como também a autoridade competente para a dos 
atos determinantes nesse processo. (PROCESSO) 
 
 
➢ Coordenação: Relações que fazem referência ao fato de que as normas de um 
sistema jurídico mantêm entre si um intercâmbio de significações. 
 
 
 
 
 
➢ Propriedades Fundamentais 
 
 
 
• Unidade: 
 
 
 
✓ Há um problema em identificar a medida possível para afirmar que o 
ordenamento jurídico constitui uma unidade e de qual modo ela se 
constitui. A maior complexidade do ordenamento jurídico é que ele é 
composto por inúmeras normas que se derivam de múltiplas fontes. 
✓ O Poder Originário é o ponto de referência necessário para fundar a 
unidade do ordenamento, ou como também é conhecido, Fonte das 
Fontes. 
✓ A complexidade do Ordenamento jurídico advém do fato que a 
necessidade de regras de conduta na sociedade é tamanha, que não há 
um órgão que, sozinho, possa satisfazê-lo e, por tal motivo, o poder 
supremo recorre a DELEGAÇÃO (Uma fonte delegada é o regulamento 
relacionado a lei. Assim como as leis, os regulamentos são normas gerais 
e abstratas, o que os diferência é que estes são produzidos pelo poder 
executivo por delegação do poder legislativo.) e a RECEPÇÃO (Fontes 
reconhecidas são o costume nos ordenamentos estatais modernos tendo 
como fonte superior direta a lei.) 
✓ Fontes do Direito são fatos ou atos que o ordenamento jurídico depende 
para a produção de normas jurídicas, se dividem entre: NORMAS DE 
COMPORTAMENTO (Têm como objeto a conduta das pessoas nas 
relações intersubjetivas) e NORMAS DE ESTRUTURA (normas que 
estabelecem o processo de criação de outras normas). 
✓ A NORMA FUNDAMENTAL é o termo unificador das normas que 
compõem o ordenamento jurídico, ela que valida as normas presentes na 
Constituição Federal. É O FUNDAMENTO DE VALIDADE DE 
TODAS AS NORMAS DO SISTEMA 
✓ O Ordenamento jurídico é um sistema hierarquizado onde as normas 
superiores limitam as inferiores no que diz respeito ao tempo, espaço em 
relação ao objeto. 
✓ LIMITE EXTERNO: estabelece as modalidades e por quem o poder 
deve ser exercido. 
✓ LIMITE INTERNO: como e para que fins o poder inferior é exercido, 
pode ser negativo ou positivo. 
 
 
 
 
• Coerência 
 
 
✓ O ordenamento jurídico é considerado um sistema porque nele não podem 
haver normas incompatíveis. Normas incompatíveis entre si são 
denominadas como ANTINOMIA. 
✓ “Há conflito de normas ou antinomia quando duas ou mais normas 
incompatíveis entre si regulam a mesma relação.” 
(LUMIA, 2003) 
✓ Há três casos de antinomia: 
1. Entre uma norma que proíbe fazer algo e outra que ordena fazer 
2. Entre uma norma que permite não fazer e outra que obriga fazê-lo 
3. Entre uma norma que permite fazer e outra que proíbe. 
✓ Condições para a Antinomia: As duas normas devem pertencer ao mesmo 
ordenamento e devem ter o mesmo âmbito de validade. 
✓ As normas devem coincidir em relação a: 
1. Validade temporal 
2. Validade espacial 
3. Validade pessoal 
4. Validade material 
✓ Antinomias próprias podem ser resolvidas por 
1. Critério cronológico (norma posterior revoga a anterior) 
2. Critério hierárquico (prevalece sobre os outros) 
3. Critério da especialidade (trata a situação de acordo com suas 
particularidades) 
✓ Antinomias improprias: 
1. Contemporâneas 
2. Do mesmo nível 
3. Ambas Gerais 
4. A SOLUÇÃO DO CONFLITO FICA NAS MÃOS DO INTERPRETE 
QUE PODE 1. EQUILIBRAR AS DUAS NORMAS. 2. ELIMINAR AS 
DUAS. 3. CONSERVAR AS DUAS. 
✓ A Coerência não é condição de validade, mas sim de justiça no 
ordenamento jurídico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Completude 
 
 
 
 
 
✓ Significa a AUSÊNCIA DE LACUNAS 
✓ O Ordenamento só é completo quando o juiz pode encontrar nele uma norma 
para regular qualquer caso. Para haver completude, não podem existir caso 
sem que exista também uma norma que o regule. 
✓ O juiz é obrigado a julgar todos os casos que sejam apresentados para a 
sua interpretação e deve julga-los com uma norma que faça parte do 
sistema. 
✓ O DOGMA da completude afirma que dentro do ordenamento deve haver 
uma norma que regule o caso para o juiz não precisar regular com base na 
equidade. 
✓ NORMA GERAL EXCLUSIVA: Exclui todos os comportamentos que não 
estejam regulados pela norma particular. Não diz sobre a existência da norma 
inclusiva. 
✓ NORMA GERAL INCLUSIVA: Permite a regulação de casos que não são 
atingidos pela norma particular de maneira adequada aos fundamentos 
normativos e axiológicos do ordenamento. 
✓ LACUNA é sobre a escolha entre usar a norma exclusiva ou inclusiva 
✓ “Um Ordenamento Jurídico não é completo a não ser pela norma geral 
exclusiva, dinamicamente considerado, porém, é compatível.” 
✓ Heterointegração: operada através dos recursos a ordenamentos e fontes 
diversas daquela que é dominante. 
✓ Auto integração: Integração através da mesma fonte e do mesmo 
ordenamento, ocorre através da analogia (comparação com outros casos do 
direito) e através dos princípios gerais do direito (normas mais gerais do 
sistema).

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