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1. Freud, ao discorrer sobre o recalque, faz uma distinção entre o recalcamento primário e o secundário. O que diferencia esses dois fenômenos? O primeiro recalque consiste na negação do representante pulsional; o segundo recalque, ocorre o surgimento de derivados mentais do que já estava recalcado. 2. Como ocorre o recalque primário? Fase da fixação. Mecanismo segundo o qual a pulsão era inibida em seu desenvolvimento e permanecia fixada num estágio infantil, mantendo-se inconsciente (não no inconsciente recalcado, pois esse ainda não se constitui). 3. Qual a ligação da repressão com o sintoma? A repressão é um mecanismo através do qual uma pessoa expulsa de sua consciência os pensamentos, sentimentos ou desejos que acredita serem inadmissíveis. Ou seja, tudo aquilo que não tolera sentir, pensar ou desejar. A partir disso, o corpo pode exprimir um sintoma, como a ansiedade. 4. O que é contra investimento do recalque primário? Negar a entrada no consciente do representante psíquico (ideia) da pulsão. Com isso se estabelece uma fixação. 5. Quais as formas que o retorno do recalcado pode tomar? O que Freud traz sobre cada uma delas? O instinto “renova sua demanda, e, uma vez que o caminho para a satisfação normal, permanece fechado a ele pelo que podemos chamar a cicatriz da repressão, em algum lugar, em um ponto fraco, ele abre outro caminho para si mesmo ao que é conhecido como uma satisfação substitutiva, o que vem à luz como um sintoma. A sua característica distintiva, no entanto, é a distorção de longo alcance a qual o material foi submetido retornando em comparação com o original O recalcado mantém assim o seu impulso inicial, o seu desejo de penetrar a consciência. Pode alcançar este objetivo, de acordo com Freud, sob três condições: “(1) se a força da anticatexia é diminuída por processos patológicos que tomam conta da outra parte [da mente] que chamamos de ego, ou por uma distribuição diferente das energias catexiais nesse ego, como acontece normalmente no estado de sono; (2) se os elementos instintuais que se ligam ao reprimido recebem um reforço especial (do qual o melhor exemplo são os processos que ocorrem durante a puberdade); e (3) se, em qualquer ocasião na experiência recente, ocorrem impressões ou vivências que se assemelham tão estreitamente ao reprimido, que são capazes de despertá-lo. No último caso, a experiência recente é reforçada pela energia latente do reprimido e este entra em funcionamento por trás da experiência recente e com a ajuda dela” 6. Como ocorre o recalque secundário? Freud descreve como sendo constituída por um processo essencialmente ativo, por oposições ao recalcamento primário, que é de natureza mais passiva. Seria uma pressão superior. 7. O superego é o ‘'herdeiro do Complexo de Édipo’' ? Pode-se dizer que a partir do complexo de Édipo, o indivíduo procura se identificar com seus pais. Na castração, o indivíduo internaliza princípios, regras, ‘'leis'' que regem o ambiente familiar- atribuído ao superego como um ‘’veículo do ideal do ego pelo qual o ego se mede'' (Freud, 1925. p.8). A identificação do superego se mostra presente no ‘’caráter do ego’’, denominadas como catexias objetais da criança em assimilações inconscientes: tomando o lugar do Complexo de Édipo (Freud, 1925). Há quatro tendências de identificação com os pais do complexo de Édipo, sendo dissolvidas na identificação paterna e/ou materna. O precipitado do ego, vem a partir da união de alguma maneira dessas duas identificações- a retenção do caráter do pai e/ou mãe. Entretanto, o superego não é algo simplificado em resíduos das primitivas escolhas objetais do id. Segundo Vasconcelos (2018), é uma gradação do ego- se forma a partir das identificações morais que vêem em outros sujeitos. Freud (1925) justifica à essa gradação como uma trajetória do complexo de Édipo, se formando no final dele. O ideal do ego é, portanto, herdeiro do complexo de Édipo, pois ele reflete a lei do mundo interno: moralidade, religião e um senso social; contrastando com o Ego. 8. Explique o caráter sádico do superego Como dito anteriormente, o superego é caracterizado como uma ideia de instância moral, projetando críticas na forma de rigidez e severidade contra o ego (Lacan, 1966). O sentimento de culpa representa uma tensão entre o ego e o superego; o superego se manifesta pela pulsão de morte para ‘'punir'' o ego. Essa punição consiste em uma repetição de críticas incessantes, caracterizado como caráter compulsivo (imperativo categórico) (Freud, 1925). O que influencia o superego para o sadismo, por assim dizer, uma cultura pura do instinto de morte, podendo levar ao neurótico obsessivo, por apresentar sentimentos de inferioridade; ao neurótico compulsivo, pelas criticas incessantes (Freud, 1925)- dando um passo para a auto-destruição. O superego apresenta severidade e dirige sua ira de maneira cruel ao ego. REPRESSÃO/ RECALQUE ○ É inconsciente e constante ○ Um mecanismo de defesa do ego primário que envolve a colocação de pensamentos incômodos no icc. Suas representações de impulsos podem produzir angustias, então são mantidas recalcadas no icc. ● A essência da repressão consiste em afastar determinada coisa do consciente, mantendo-a distante. ○ (Ex: os adultos levam consigo muitos medos infantis) ○ O recalque estrutura a neurose e barra a pulsão que para a cc do sujeito seria insuportável. ○ Para que o recalque ocorra, a realização da pulsão deve gerar desprazer (conflito psíquico). Sendo uma etapa preliminar da condenação (julgamento), algo entre a fuga e a condenação. ○ O recalque não é um mecanismo defensivo que esteja presente desde o início; é necessário uma cisão marcante entre a atividade mental consciente e inconsciente. ● INCONSCIENTE Encontra-se ideias reprimidas (representações de impulsos), às quais é negado o acesso à consciência mas que tem grande influencia na vida consciente. Estas ideias reprimidas aparecem de forma disfarçada nos sonhos e nos sintomas neuróticos principalmente e é através do seu conhecimento que podemos chegar até o conflito neurótico durante um processo terapêutico geralmente. O inconsciente é uma das entidades do 1º modelo da mente criado por Freud ID ○ A primeira instancia do aparelho psíquico. Matriz do qual se origina o ego e o superego. ○ Opera em nível inconsciente, contém impulsos instintivos que se originam na organização somática. ○ Consiste em tudo que é psicológico, que é herdado e que se acha presente no nascimento, incluindo os instintos. ○ É o reservatório da energia psíquica e fornece toda a energia para a operação dos outros dois sistemas. ○ Quando um estado de tensão no organismo aumenta, o id funciona de maneira a descarregar a tensão. Porém, não possui uma organização comparável à do ego, pois é regido pelo Princípio do Prazer. Sua interação com as outras instâncias é geralmenteconflituosa pois o ego sob os imperativos do superego e as exigências da realidade tem que avaliar e controlar os impulsos provindos do Id, permitindo sua satisfação, adiando-a ou inibindo-a totalmente. EGO ○ O ego passa a existir porque as necessidades do organismo requerem transações apropriadas com o mundo objetivo da realidade. ○ É a parte organizada do id ○ Entra em contato direto com a realidade externa e através de suas funções tem capacidade de atuar sobre esta numa tentativa de adaptação. Por isso, estão sob o domínio do ego as percepções sensoriais, os controles e habilidades para atuar sobre o ambiente, a capacidade de lembrar, comparar e pensar. No âmbito de sua relações com as outras duas instâncias do sistema e o ego assume o papel de mediador e integrador dos impulsos instintivos do id e as exigências do superego), para adaptá-los à realidade externa. ○ Principal papel: mediador entre as exigências instituais do organismo e as condições do ambiente circundante. SUPEREGO ○ É o representante interno dos valores tradicionais e dos ideais da sociedade conforme interpretado e impostos para as crianças, pelos pais. ○ É a força moral da personalidade ○ Com relação as outras instâncias, ele é o controlador por excelência dos impulsos do ide age como colaborador nas funções do ego, mas muitas vezes ele se torna extremamente severo anulando as possibilidades de satisfação instintiva e a capacidade de livre escolha do ego PRINCIPIO DO PRAZER ○ Princípio que busca sempre a satisfação, ignorando as diferenças e contradições e sem a capacidade de considerar espaço e tempo. ○ Quando um estado de tensão no organismo aumenta (resultados ou estimulação externa ou de excitações internamente produzidas), o id funciona de maneira a descarregar a tensão e a fazer o organismo a voltar a um nível de energia confortavelmente baixo. LIBIDO É a energia inerente aos movimentos e transformações dos impulsos sexuais. Ela é a contrapartida psíquica da excitação sexual somática. FIXAÇÃO Processo pelo qual o indivíduo permanece vinculado a modos de satisfação ou padrões de comportamento característicos de uma fase anterior de seu desenvolvimento libidinal. ● A fixação pode ser também a pessoas significativas da infância PROJEÇÃO Processo defensivo (ver defesa) no qual o indivíduo atribui a outro (pessoa ou coisa) sentimentos e desejos que seria penoso admitir como seus próprios DEFESA É o conjunto de manobras inconscientes (mecanismos de defesa) que o ego se utiliza para evitar ameaças à sua própria integridade. Essas ameaças podem surgir pela intensificação dos impulsos instintivos que põem em perigo o equilíbrio do ego, que tem como função harmonizar esse impulsos com os imperativos do superego ("consciência moral") e às exigências da realidade externa. NASCISISMO Perversão em que o indivíduo escolhe a si mesmo como objeto sexual. NEUROSE OBSESSIVA Em sua essência vai designar os distúrbios dos comportamentos, sentimentos ou ideias, que surgem como resultado de um conflito entre o id e o ego, onde uma tendência instintiva é reprimida pelo ego dando lugar á formação de sintomas neuróticos. ● Diferente da psicose, há a preservação do contato do indivíduo com a realidade. Mantém assim apesar das distorções causadas pelos sintomas uma boa margem de senso crítico e a capacidade de perceber sua própria doença. ● O objetivo: ser alguém correto; recalca o impulso hostil. É o impulso hostil contra alguém que é amado que se acha sujeito à repressão. ● No início: o recalque tem êxito. Fica sempre em dúvida, querendo eliminar tudo/ finalizar tudo.‘'Mata o desejo’’. ● Formação reativa (Age diferente do que o afeta). ● Formação do substituto com o mesmo mecanismo da repressão. ● Ambivalência que permite o retorno do recalcado e a formação de reação. ● Ansiedade social, moral. ● Deslocamento para algo muito pequeno ou indiferente, tendo movimentos de fuga e evita para não se deparar com a castração. ● Aprisionamento motor. PSICOSE Perturbação grave das funções psíquicas que se caracteriza principalmente pela perda de contato com a realidade, pela incapacidade de adaptação social, por perturbações da comunicação e ausência de consciência da doença. Para Freud a psicose é resultado do conflito entre o ego e o mundo exterior. PERVERSÃO Qualquer forma de conduta sexual adulta, na qual o prazer não seja obtido pela penetração genital com indivíduo do outro sexo PULSÃO ○ Relação com o desejo e não com uma necessidade. ○ Representação psicológica inata de uma fonte somática interna de excitação. ○ O desejo age como um motivo para o comportamento ○ Instinto/pulsão de vida ○ Instinto/pulsão de morte SONHOS ○ Caminho para o inconsciente ○ A interpretação do conteúdo dos sonhos revela desejos e percepções que de outro modo não chegariam à consciência COMPLEXO DE ÉDIPO Entre dois e cinco anos, aproximadamente, a criança desenvolve intenso sentimento de amor pelo genitor do sexo oposto e grande hostilidade pelo do próprio sexo. Tais sentimentos geralmente são vividos com grande ambivalência. O conflito costuma declinar por volta dos cinco anos, e uma boa estruturação da personalidade depende de sua resolução satisfatória. HISTERIA DE ANSIEDADE ○ Deslocamento ao longo de uma cadeia de conexões determinada de maneira particular ○ A parcela quantitativa transforma-se em ansiedade ○ Remove a ideia, mas não o desprazer ○ Deslocamento HISTERIA DE CONVERSÃO ○ Há um desaparecimento total da quota de afeto (afeto condensado no corpo) ○ Áreas super inervada substitui a ideia ○ Condensação. RECALQUE PRIMÁRIO/ FIXAÇÃO ○ Recalcamento originário ○ A pulsão é inibida em seu desenvolvimento e permanece fixada num estágio infantil, permanecendo icc (Não no icc recalcado, pois este ainda não se constitui). ○ Negar a entrada no consciente do representante psíquico (ideia) da pulsão. Com isso se estabelece uma fixação. ○ Tudo que recalcamos, está relacionado ao que já foi recalcado na infância (inconsciente estruturado como uma linguagem). RECALQUE SECUNDÁRIO/ PROPRIAMENT E DITO ○ Processo ativo, por oposição ao recalcamento primário. Sistema de defesa do pré-cc. ○ Afeta não apenas a ideia da pulsão mas também seus derivados ○ É o efeito do conflito entre o icc e o pré- consciente/consciente. ○ Função de impedir certas representações pertencentes ao icc de ter acesso ao cc. ○ Só vai se dar porque já há uma cadeia de recalque formada, provocando um sintoma histérico. Afeta os derivados mentais do representante reprimido ou sucessões de pensamentos que tenham se ligado à ele. Por causa dessa associação, estas ideias sofrem o mesmo destino daquilo que foi primeiramente reprimido. ○ Essa cadeia é sempre associativa (ex: uso de associação livre para achar o material recalcado). Mais próximo o sujeito está desse material, a resistência é maior. O recalcamento e osrepresentantes psíquicos da pulsão ○ Finalidade do recalque é evitar o desprazer ○ Quando Freud fala sobre o recalcamento da pulsão, ele está se referindo ao representante ideativo da pulsão (já que a satisfação de uma pulsão é sempre prazerosa). ○ O outro representante é o afeto, apesar de sofrer vicissitudes diversas em decorrência do recalcamento, não pode, ele mesmo, ser recalcado. ○ Não há ''afeto icc''; o que o recalcamento produz é a ruptura entre o afeto e a ideia à qual ele pertence. ELIMINAÇÃO DO RECALQUE Poupança. Poupança de energia quando se faz análise, por exemplo, do ponto de vista econômico. MANUTENÇÃO DO RECALQUE Ininterrupto dispêndio de força. Poupança de energia quando se faz análise 3º fase: retorno do recalcado ● Por um enfraquecimento do contra investimento por parte do ego; ● Por um esforço de pressão pulsional (como ocorre, por ex, durante a puberdade); ● Se uma experiência recente, por sua estreita semelhança com o material recalcado (a experiência atual é reforçada pela energia do recalcado). ● Freud define o recalcamento como o processo cuja essência consiste no fato de afastar determinada representação do consciente, mantendo-a à distância. ● O objeto do recalque não é a pulsão propriamente dita, mas um de seus representantes: O representante ideativo. ● O recalque impede que lembranças dolorosas cheguem a consciência, o evento recalcado em sua maioria, está associado a pulsões sexuais. ● A pulsão visa a satisfação do seu desejo, e quando esta é recalcada ela se associa a outros derivados mentais a fim de conseguir passar a consciência sem ser recalcado, pois, como sendo um elemento móvel e tendo como finalidade a satisfação de seu desejo, sempre tentará chegar à consciência. ● O recalque é então a tentativa de impedir o que se viu, pensou, vivenciou, ou seja, algo que se tornou desprazeres ao ponto de prejudicar a vida psíquica do sujeito. ● É a nossa defesa com relação a eventos que não conseguimos s lida r, e após estudarmos esta teoria, entendemos que seria impossível a existência do homem se não houvesse o recalque.
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