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MECANISMOS DE DEFESA (Psicanálise)

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APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 1 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO: 
 
MECANISMOS DE DEFESA 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PAULO KOTZENT 
Psicanalista / Psicólogo 
APVP-00104.01-SP / CRP 06/90433 
 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 2 
 
SUMÁRIO 
 
 
I - INTRODUÇÃO 
 
- APRESENTAÇÃO................................................................................. 03 
 
II – CONTEÚDO.................................................................................................. 04 
 
 
 
III – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................... 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 3 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Sofrendo da ânsia do Superego em controlá-lo e em constante tentação do id o 
ego tenta dar conta das demandas do mundo interno e externo. Nesta posição difícil, não 
seria de se espantar que por vezes a angustia se instale, sendo ela, fonte da mobilização 
dos processos defensivos. A angústia é motivada pelo perigo de que a organização total 
do ego possa sofrer tensões intoleráveis ou ainda ser destruída. 
“O ego então constrói barreiras que lhe permitem 
rechaçar certos impulsos ou solucionar os conflitos originados 
pela oposição das exigências de cada uma das instâncias 
psíquicas”. (Tallaferro A., 2001) 
 Os mecanismos de defesa então entram em ação! São utilizados pelo ego em sua 
luta contra perigos intra-psíquicos e extra-psíquicos. Freud empregou pela primeira vez 
essa denominação em 1894, no artigo intitulado: As Neuropsicoses de Defesas, para 
indicar a resistência do ego aos instintos. Depois substituiu esse termo por uma palavra: 
repressão. Mas em 1926, em Inibições Sintomas e Ansiedade, voltou a empregar a 
expressão “Mecanismos de Defesa”, que tem a vantagem de poder ser utilizada como 
denominação geral de todas as técnicas diferentes que o Ego emprega em sua luta contra 
as exigências instintivas. A repressão passou a ser apenas uma das técnicas empregadas. 
 Vale lembrar que nas atuais traduções das obras de Freud, coordenadas por Luiz 
Hannz, repressão e recalque são tratados como sinônimos, enquanto a escola francesa 
mantém suas distinções. Falaremos mais tarde sobre esses mecanismos de defesa. 
 De modo algum este trabalho substitui a leitura obrigatória dos livros clássicos, 
entre eles as Obras Freudianas às pós Freudianas e às de outros autores contemporâneos 
da psicanálise. Entendam este trabalho como um suplemento do encontro em que 
teremos e um embrião do qual o colega deverá nutri-lo porquanto mantenedor do seu 
conhecimento. 
 É sabido que no decorrer de sua leitura, duvidas irão surgir, procure anotá-las 
para que possibilite a sua manifestação em sala de aula ou por outros meios de 
esclarecimentos que a Associação poderá dispor. 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 4 
 
CONTEÚDO 
 A Psicanálise subsidia uma imagem da mente (aparelho psíquico), em 
movimento, dinâmica, principalmente após a implementação por Freud, da segunda 
tópica, sendo assim nada é estático todos os elementos que compõe o a estrutura 
psíquica tem vida! Mesmo quando o movimento é direcionado para a morte (pulsão de 
morte). Tratamos da energia psíquica, que impele o organismo para a atividade até que a 
gratificação seja alcançada. 
“Vários impulsos instintivos estão perpetuamente 
forçando sua introdução no ego, a partir do id, para ganharem 
acesso ao aparelho motor, por meio do qual obtêm gratificação. 
Nos casos favoráveis, o ego não faz objeções aos intrusos, mas 
coloca suas próprias energias à disposição daqueles, limitando-
se por sua parte a perceber; assinala o desencadear do impulso 
instintivo, o aumento de tensão e os sentimentos de “dor” que a 
acompanham e, finalmente, o alívio de tensão quando é obtida a 
gratificação”. (Anna Freud, 1936) 
 Quanto de energia psíquica é despejado impetuosamente pelo id sobre o ego em 
busca de satisfação? Sabemos que o princípio soberano que governa os processos 
psíquicos é de obtenção de prazer, no id predominam-se os chamados “processos 
primários” onde não há síntese de idéias, impera o “princípio do prazer”. No ego, pelo 
contrário, a associação de idéias está sujeita a condições rigorosas, às quais chamamos 
de “processos secundários”, assim os impulsos do id não tem gratificação garantida, 
sendo-lhes exigidos que respeitem os “princípios da realidade”, além de terem de se 
adequar às leis éticas e morais presentes no superego, o qual procura controlar o 
comportamento do ego. 
 Nessa dinâmica do aparelho psíquico, o ego revela-se produtor de recursos para 
enfrentar idéias ou afetos dolorosos ou insuportáveis, procura se proteger quanto às 
exigências instintivas, logo se lança na aventura de dar conta de viver empenhando-se 
na busca de intermediar todos os conflitos existentes, algumas vezes é bem sucedido 
outras, porém, se demonstra ineficaz, serão suas técnicas que neste módulo iremos 
estudar, a isso damos o nome de “Mecanismos de Defesa”. 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 5 
 
Não sabemos, com absolutismo, em que fase do desenvolvimento psíquico 
começa a surgir conflitos entre o ego e o id, e a assumir um significado importante para 
o funcionamento psíquico. Para alguns autores como Klein, descrevem o ego arcaico, 
um ego que, de forma embrionária, já está em ação desde o começo de vida psíquica, 
desde o nascimento e, quem sabe, mesmo antes, exercendo funções defensivas e 
organizadoras da vida mental: 
“Eu diria que falta, em grande medida, coesão ao ego 
arcaico e que uma tendência à integração se alterna com uma 
tendência à desintegração, a um despedaçamento. Acredito que 
essas flutuações são características dos primeiros meses de 
vida”. (Klein, 1930) 
No entanto outros autores como Spitz, salienta : 
“no mundo do recém-nascido não existe objeto, nem 
relação objetal. Denominei este primeiro estágio pré-objetal ou 
não-objetal...desejo salientar categoricamente que discordo das 
suposições de alguns autores que afirmam que, já no útero, antes 
de nascer, o bebê expressa desprazeres. Não temos meios de 
saber o que o comportamento do feto expressa”. (Spitz, 1979) 
Quanto às funções do ego, segundo Brenner: 
“É provável que isso se manifeste depois de ter havido um 
grau substancial de diferenciação e organização do ego”. 
(Brenner, 1973) 
Quais são, nos primeiros meses de vida, as atividades do ego face a seu meio 
ambiente? Um grupo de funções é a aquisição de controle sobre a musculatura do 
esqueleto, que seguidamente nos referimos como controle motor. Também importantes 
são as várias modalidades de percepção sensorial, que fornecem informações essenciais 
sobre o meio ambiente. 
“O ego é, primeiro e antes de tudo, um ego corporal; não 
é simplesmente uma entidade de superfície, mas é, ele próprio, a 
projeção de uma superfície”. (Freud, 1923) 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 6 
 
As lembranças são necessárias como partes do equipamento de alguém que 
pretenda influenciar efetivamente seu meio ambiente, sendo provável que as lembranças 
mais remotas sejam onde se obteve as gratificações instintivas. 
Ainda Brenner, diz que deve haver no bebê algum processo psíquico que 
corresponde ao que, em idades mais avançadas chamamos de sentimento. Finalmente 
em algum momento da tenra infância deve surgir a mais característica de todas as 
atividades do ego humano: 
“a primeira hesitação entre o impulso e a ação, o 
primeiro retardamento na descarga, que posteriormente evoluirá 
para o fenômeno imensamente complexo que chamamos de 
pensamento”. (Rapaport, 1951) 
 Todas essas funções do ego – controle motor, percepção, memória, sentimento, 
pensamento – começam de modo preliminar e primitivo e se desenvolvem apenas 
paulatinamente,à medida que o que o bebê cresce. Esse crescimento gradativo é 
característico das funções do ego em geral, e os fatores responsáveis pelo seu 
desenvolvimento progressivo podem ser divididos, segundo Hartmann e Kris, em dois 
grupos: 
 - Crescimento físico, que, nesse caso, significa acima de tudo o crescimento 
geneticamente determinado do sistema nervoso central (Maturação); 
 - Das experiências ou fatores experienciais. 
 Contudo, o interesse de Freud orientava-se para a influência dos fatores da 
experiência no desenvolvimento do ego, ainda que estivesse plenamente consciente da 
importância fundamental dos fatores genéticos. 
 Defesa para Freud é o conjunto das manifestações de proteção do eu contra as 
agressões internas (de ordem pulsional) e externas, suscetíveis de constituir fontes de 
excitação e, por conseguinte, de serem fatores de desprazer. 
 
 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 7 
 
Vale ressaltar a importância do ego em sua análise da realidade, em sua função 
“normal de executante do id”, assim um sentido da realidade intacto permite ao ego 
atuar eficientemente sobre o ambiente em favor do id. Constitui, assim, um recurso 
valioso para o ego quando este se alia ao id, com o propósito de explorar o ambiente em 
busca de oportunidades de gratificação. Outro aspecto é destacável, este mesmo ego 
pode retardar e combater a descarga das energias do id em vez de promover ou facilitar. 
Isto é muitas vezes necessário ou valioso para exploração eficaz do ambiente, sabemos 
que uma demora na descarga de energia do impulso constitui uma parte essencial do 
desenvolvimento do processo secundário. Por outro lado poderíamos esperar que existe 
entre o ego e o ambiente nunca seria bastante poderosa para forçar o ego a uma 
oposição séria ou prolongada às exigências instintivas do id. 
 Que defesas pode o ego oferecer contra o id? De forma simples e generalizando, 
o ego pode utilizar qualquer coisa ao seu alcance que lhe sirva a seus propósitos. 
Qualquer percepção, uma modificação na atenção, estímulo a outro impulso do id que a 
seu julgo seja mais seguro, um esforço vigoroso para neutralizar a energia do impulso 
perigoso, a formação de identificações ou o exercício da fantasia, separados ou 
combinados, enfim, todos os processos defensivos em qualquer momento. 
“Os impulsos instintivos continuam esforçando-se por 
conseguir seus fins, com a tenacidade e energia que lhes é 
peculiar e efetuam incursões hostis no ego, na esperança de o 
derrubarem por um ataque de surpresa”. (Anna Freud, 1936) 
 Dentro de suas possibilidades o ego levanta suas defesas, que acredita ser as 
mais “apropriadas” designadas para garantir sua fronteira. 
 Todos nós temos os mecanismos de defesa, e as defesas que utilizamos revelam 
muito a nosso respeito. 
Anna Freud 1936, revela nove métodos (regressão, repressão ou recalque, 
formação de reação, isolamento, anulação, projeção, introjeção, inversão contra o eu e 
reversão) e apresenta a sublimação como o décimo, pertencendo ao estudo da mente 
“normal”. Com algumas atualizações, ampliações e agregando novas contribuições de 
outros autores que acredito serem importantes, seguimos agora para a descrição dos 
Mecanismos de Defesa. 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 8 
 
Uma hierarquia dos mecanismos de defesa foi construída por Glen O. Gabbard, e ao que 
parece, vem sendo bem aceita no meio psicanalítico, utilizarei desta formulação e 
acrescentarei alguns conteúdos de outros autores. 
 
DEFESAS PRIMITIVAS 
 
 
 SPLITTING, CISÃO OU CLIVAGEM DO OBJETO: 
Um processo inconsciente que ativamente separa sentimentos contraditórios, amor e 
ódio, representações do self ou representações do objeto uns dos outros. Embora Freud 
tenha feito referências esparsas à cisão, foi Klein 1946/1975, quem levou à posição de 
pedra fundamental da sobrevivência emocional durante os primeiros meses de vida. A 
cisão dos objetos é a responsável pela criação de objetos bons e maus, a cisão dos 
impulsos é a que separa o amor e ódio. A idealização, na posição esquizo-paranóide, é 
muito intensa, não apenas porque o amor e ódio permanecem amplamente cindidos, mas 
porque a construção de um objeto muito bom (idealizado) é necessária para combater a 
periculosidade extrema dos objetos persecutórios. Segundo Klein, a defesa mais 
primitiva contra a angústia. O objeto visado pelas pulsões eróticas e destrutivas, cinde-
se em “bom”e “mau” objeto, que terão, então destinos relativamente independentes no 
jogo das introjeções e das projeções. A clivagem dos objetos á acompanhada de uma 
clivagem correlativa do ego em “bom” ou “mau” ego, pois o ego é, para escola 
Kleiniana, constituído essencialmente pela introjeção dos objetos. 
 
 
 
 
 
 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 9 
 
 IDENTIFICAÇÃO PROJETIVA: 
Klein, em “notas sobre alguns mecanismos esquizóides” (1946), utilizou pela 
primeira vez a denominação de identificação projetiva, cuja conceituação foi ampliando 
em, pelo menos, três dimensões psíquicas distintas: 
1. Como uma necessária e estruturante defesa primitiva do ego incipiente, 
por meio de uma expulsão que, desde sempre, o sujeito faz de seus 
aspectos intoleráveis, dentro da mente de outra pessoa (a mãe, no caso do 
bebê; o analista, no caso do analisando). 
2. Como uma forma de penetrar no interior do corpo da mãe, com a fantasia 
de controlar e apossar-se dos tesouros que em sua imaginação a mãe 
possui. 
3. Identificação projetiva a serviço da empatia, a modificação do material 
projetado, modifica as representações correspondentes do ego e do objeto 
e o padrão de relações inter-pessoais. 
 
Em nota de rodapé na página onde Klein (l946) define o fenômeno da identificação 
projetiva ela diz que a descrição dos processos contidos nele sofre uma grande 
desvantagem pois essas fantasias surgem numa época em que o bebê ainda não 
começou a pensar com palavras. 
 
 
 PROJEÇÃO: 
Operação pela qual o sujeito expulsa de si e localiza no outro – pessoa ou coisa – 
qualidades, sentimentos, desejos e mesmo “objetos” que ele desconhece ou recusa nele. 
Freud o utilizou a partir de 1985, essencialmente para definir mecanismos da paranóia. 
Porém mais tarde retomado por todas as escolas psicanalíticas para designar um modo 
de defesa primário, comum a psicose, à neurose e a perversão, pelo qual o sujeito 
projeta num outro sujeito ou num objeto de desejo que provem dele, mas cuja a origem 
desconhece atribuindo a uma qualidade do outro. 
 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 10 
 
 NEGAÇÃO: 
A tendência a negar sensações dolorosas é tão antiga quanto o próprio sentimento de 
dor. Anna Freud chamou esse tipo e recusa do reconhecimento do desprazer em geral 
“pré-estádios da defesa”. Laplanche descreve um processo pelo qual o sujeito, embora 
formulando um dos seus desejos, pensamentos ou sentimentos até então recalcado, 
continua a defender-se dele negando que lhe pertença. Outra modalidade da negação 
descrita por Zimerman é a Renegação ou Recusa refere-se ao fenômeno pelo qual o 
sujeito sabe que os desejos, pensamentos e sentimentos negados são mesmo dele, porém 
continua a defender-se categoricamente, negando que lhe pertençam (essa modalidade é 
típica dos pacientes com perversão). 
No trabalho de A negação (1925), Freud faz a importante observação de que, na 
prática analítica, a negação pode representar uma confirmação, de modo que ele afirma: 
“Não há prova mais forte de que conseguimos descobrir o inconsciente do que vermos o 
analisando reagir com estas palavras: não pensei nisso, ou não (nunca) pensei nisso”. 
 
 DISSOCIAÇÃO: 
A partir do trabalho “Fetichismo”(1927) e, de forma mais consistente, em 
“Clivagem do ego no processo de defesa”(1940), Freud estudou a Cisão ativa, que 
ocorre no seio do próprio ego e não unicamenteentre as instâncias psíquicas. Seria o 
rompimento do sentido da continuidade da pessoa nas áreas de identidade, da memória, 
da consciência ou da percepção, como forma de reter uma ilusão de controle face ao 
desamparo e à perda de controle, Outro registro alude à dissociação útil do ego, que diz 
respeito tanto ao analisando quanto ao analista. No analisando, por exemplo, quando, 
deixa aparecer a parte psicótica de sua personalidade. O analista, de sua parte, deve ter 
condições de dissociar sua mente na sua função e papel do psicanalista da do seu papel 
social familiar que, ocasionalmente, possa estar sendo fustigada com problemas 
particulares 
 
 
 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 11 
 
 IDEALIZAÇÃO: 
Atribuição de qualidades perfeitas ou quase perfeitas a outro, como forma de evitar 
a ansiedade ou sentimentos negativos, como desprezo, inveja ou raiva. A identificação 
com o objeto idealizado contribui para a formação e para o enriquecimento das 
chamadas instâncias ideais da pessoa (ego ideal, ideal de ego). 
 
 ATUAÇÃO: 
Segundo Freud, é o ato por meio do qual o sujeito, sob domínio dos seus desejos e 
fantasias inconscientes, vive esses desejos e fantasias no presente com um sentimento 
de atualidade que é muito vivo na medida em que desconhece a sua origem e o seu 
caráter repetitivo. No lugar de lembrar e verbalizar determinados sentimentos 
reprimidos, o paciente os substitui por atos e ações motoras, que funcionam como 
sintomas. Assim, em “Recordar, Repetir e Elaborar” (1914), Freud afirma que “o 
automatismo da repetição substitui a compulsão à recordação”. 
 
 
 SOMATIZAÇÃO: 
Conversão da dor emocional ou outros estados afetivos em sintomas físicos, tendo 
como foco de atenção preocupações somáticas em vez de intra-psíquicas. Complacência 
somática é a expressão empregada por Freud no famoso Caso Dora (1905), para se 
referir à escolha do órgão ou do sistema orgânico sobre o qual se dá a conversão 
histérica. Freud considerava que o investimento libidinal de uma zona erógena pode 
deslocar-se para outras regiões corporais, o que exige certa complacência (uma espécie 
de conluio) que possibilita aos órgãos que simbolizam o conflito reprimido tentar 
satisfazer o desejo proibido de forma disfarçada. 
 
 
 
 
 
 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 12 
 
 REGRESSÃO: 
Retornar à fases precoces do desenvolvimento ou ter funcionamento de evitação de 
conflitos e tensões associados ao nível de desenvolvimento atual da pessoa. 
Freud acreditava que o passado infantil permanece sempre em nós, como aparece 
nessa afirmativa de 1915: “Os estados primitivos podem sempre ser reinstaurados. O 
psíquico primitivo é, no seu pleno sentido, imperecível”. 
Exemplo: 
E. solicitava minha presença diariamente e conversava muito. No entanto, 
quando eu encerrava o atendimento, E. retomava a postura de retraimento e chorava, 
segundo ele, de gratidão. Semelhante a um bebê, E. alegrava-se com minha presença, 
sentindo-se desejado e amado, pois precisava sentir-se recebendo cuidados, proteção e 
segurança. Seguindo Dolto (1999), ele funciona tal como uma criança pequena, que se 
alegra com a presença da mãe, mas que sofre uma “onda de ruptura” e crise de lágrimas 
quando ela se ausenta. 
Em tal mecanismo de defesa psíquico, a regressão, verifica-se um modo de 
funcionamento de defesa do ego em que ocorre um retorno a formas anteriores do 
desenvolvimento do pensamento, das relações de objetos e da estruturação do 
comportamento. E. colocou-se totalmente dependente dos cuidados da equipe médica e 
tornou-se um “bom paciente”. 
“Quando comunicamos a um paciente uma representação 
que a seu tempo ele recalcou e que identificamos, isto a 
princípio em nada altera seu estado psíquico. Isto de 
forma alguma suspende o recalque, nem anula seus 
efeitos, como se poderia talvez esperar, já que a 
representação anteriormente inconsciente tornou-se agora 
consciente... Efetivamente, não se produz qualquer 
suspensão do recalque antes que a representação 
consciente, após a superação das resistências, tenha se 
ligado ao traço de lembrança inconsciente. Só ao fazer 
consciente este próprio traço é que se alcança o sucesso”. 
 (Freud, 1915) 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 13 
 
 FANTASIA ESQUIZÓIDE: 
Recolhimento para o mundo interno privado da pessoa para evitar a ansiedade em 
relação à situações interpessoais. 
 
DEFESAS NEURÓTICAS MAIS ELABORADAS 
 
 INTROJEÇÃO: 
O sujeito faz passar de um modo fantasístico, de “fora” para “dentro”, objetos e 
qualidades inerentes a estes objetos. A Introjeção aproxima-se da incorporação e está 
estreitamente relacionada com a identificação. Também é mencionada como a 
internalização de aspectos de uma pessoa significativa como forma de lidar com a perda 
dessa mesma pessoa. Pode, também, ser introjetado um objeto ruim ou hostil como 
forma de ilusão de controle sobre o objeto. Também, ocorre de forma não defensiva, 
apenas, como parte normal do desenvolvimento. 
Em um de seus primeiros e mais elucidativos textos - "Transferência e Introjeção", 
de 1909 - Ferenczi apresenta a tese de que o processo de introjeção em sua 
universalidade inclui a transferência, também ela universal, mas mais ativa e imperiosa 
nos neuróticos. A introjeção é o processo pelo qual os objetos do mundo são incluídos 
nas esferas de interesses do eu como alvos substitutos de impulsos e afetos. Quando o 
recalcamento incide sobre as experiências mais primitivas e intensas de prazer, seus 
objetos são remetidos ao inconsciente e cria-se uma quantidade de energia livre que 
precisa buscar novos alvos, procurando novos objetos que possam ocupar os lugares dos 
que foram vítimas do recalque. Aí se originam, entre outros, os processos de criação de 
novos objetos e de sublimação 
Quanto mais intenso, radical e "neurotizante" o processo de recalcamento, maior a 
propensão a transferir, vale dizer, mais o processo normal de introjeção será acionado 
como forma de dirigir e procurar satisfazer pela via das reedições dos objetos arcaicos a 
energia libidinal (ou agressiva) sobrante e livre. Nestes casos, não só o indivíduo está 
efetivamente privado de inúmeras possibilidades de satisfação legítima para a expressão 
de seus impulsos e desejos, barrados pelo excesso de repressão, como boa parte do 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 14 
 
mundo será constituída como objeto de transferência, o que acarreta uma sobrecarga de 
afetos e fantasias em objetos que seriam mais bem considerados em suas propriedades 
meramente pragmáticas. Há, portanto, um duplo prejuízo, em termos de vida afetiva e 
sexual e em termos de adaptabilidade. 
 
 IDENTIFICAÇÃO: 
Internalização de qualidades de outra pessoa tornando-se igual a mesma. Enquanto a 
introjeção leva a uma representação internalizada, vivenciada como um outro, a 
identificação é vivenciada como parte do ego, e também, pode servir no 
desenvolvimento normal. A personalidade constitui-se e diferencia-se por uma série de 
identificações. 
 
 DESLOCAMENTO: 
Sentimentos associados a uma idéia ou a um objeto deslocados para outro que se 
assemelha, de alguma forma, ao original. Como mecanismo defensivo do ego, nas 
conversões histéricas, o desejo ou o prazer genital se desloca para outra zona corporal. 
 
 INTELECTUALIZAÇÃO: 
Termo empregado por Anna Freud como significado de resistência ao tratamento 
analítico que consiste no fato de o paciente priorizar o uso do pensamento e de 
elucubrações abstratas, teóricas e filosóficas no lugar de fazer um contato com os afetos 
e com suas fantasias inconscientes. A intelectualização é utilizada, mais 
substancialmente, por pacientes obsessivos que assim controlam, isolam e anulam os 
sentimentos e por pacientes narcisistas que mais se preocupam com o “dizerbonito” do 
que pelo “dizer as verdades”. 
 
 
 
 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 15 
 
 ISOLAMENTO AFETIVO: 
Em Ïnibições, sintomas e angustias”(1926), Freud descreve o isolamento como um 
mecanismo típico da neurose obsessiva. Isolar um pensamento do outro, um 
comportamento do outro e separar uma idéia de seu estado afetivo associado para evitar 
um turbilhão emocional. 
 
 RACIONALIZAÇÃO: 
Este termo foi introduzido por E. Jones, em 1908, está ligado ao uso da razão, por 
parte do sujeito, para apresentar uma explicação coerente, do ponto de vista da lógica, 
ou para encontrar uma justificativa do ponto de vista moral para atitudes, 
comportamentos e crenças inaceitáveis para torná-las toleráveis para si mesmo. Alguns 
teóricos não enquadram a racionalização como modalidade de mecanismo de defesa 
apesar de sua manifesta função defensiva, porque não é dirigida diretamente contra a 
satisfação pulsional; antes, ela disfarça os diversos elementos do conflito defensivo. 
 
 SEXUALIZAÇÃO: 
Emprestar significado sexual a um objeto ou comportamento para transformar uma 
experiência negativa numa outra excitante e estimulante ou para afastar ansiedades 
associados ao objeto. 
 
 FORMAÇÃO REATIVA: 
Transformar um desejo ou impulso inaceitável em seu oposto. Mecanismo de defesa 
pelo qual o ego mobiliza uma estrutura caractereológica, a mais oposta possível, quanto 
ao risco do surgimento das pulsões libidinais ou agressivas recalcadas no inconsciente. 
Assim para exemplificar, um pudor exagerado pode estar opondo-se a tendências 
exibicionistas; uma bondade exagerada e despropositada pode decorrer de ímpetos 
invejosos e agressivos; uma obsessão por limpeza e ordem pode estar camuflando uma 
sensação de sujeira interna, e assim por diante. 
 
 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 16 
 
 REPRESSÃO/RECALQUE: 
Expulsão de impulsos ou idéias inaceitáveis ou o impedimento de que entrem na 
consciência. Esta defesa difere da negação, pois, essa última esta associada a dados 
sensoriais externos, enquanto, a repressão/recalque esta associada a estados internos. 
Freud (1915) em seu artigo metapsicológico sobre o recalcamento se questiona sobre 
por que deve um impulso pulsional sofrer tal vicissitude (ser recalcada, tendo seu acesso 
negado), já que a satisfação de um impulso sempre provoca prazer. Seria necessário 
supor a existência de certas circunstâncias peculiares, algum processo através do qual o 
prazer da satisfação se transforma em desprazer. 
Freud diz que o recalque não é um mecanismo defensivo presente desde o início; só 
pode surgir quando tiver ocorrido uma cisão marcante entre a atividade mental 
consciente e a inconsciente (o recalcamento só está presente a partir da divisão entre 
sistema consciente/pré-consciente e sistema inconsciente). E que antes da organização 
mental alcançar essa fase a tarefa de rechaçar os impulsos pulsionais cabia à outras 
vicissitudes, as quais as pulsões podem estar sujeitas. 
O recalcamento como um processo ativo, destinado a conservar fora da consciência as 
representações inaceitáveis. Distinguem-se três níveis nos quais esse mecanismo ocorre: 
o recalcamento primário; recalcamento secundário ou recalcamento propriamente dito; e 
retorno do recalcado. 
Recalcamento primário 
“É o resto de uma época arcaica, individual ou coletiva, em que toda representação 
incômoda (imagens da cena primitiva, de ameaças à vida ou seduções pelo adulto) se 
encontrava automática e imediatamente recalcada, se mantém no ics, sem nunca ter-se 
acesso ao consciente; é o pólo atrativo a seguir, os pontos de fixação dos recalcados 
ulteriores relacionando-se aos mesmos gêneros de representações.” 
Antes de serem formados os sistemas inconsciente e pré-consciente/consciente, certas 
experiências cuja significação inexiste para o sujeito são inscritas no inconsciente e têm 
seu acesso à consciência vedado a partir de então. 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 17 
 
Essas inscrições vão funcionar como o recalcado original (Urverdragngung) que servirá 
de pólo de atração para o recalcamento propriamente dito (Nachdangen). Para Freud 
esse “recalque primevo” consiste em negar entrada no consciente ao representante 
psíquico (ideacional) da pulsão. Com isso, estabelece-se uma fixação. 
Recalcamento secundário (ou recalcamento propriamente dito) 
Consiste em um duplo movimento de atração pelas fixações do recalcamento primário e 
de repulsão pelas instâncias proibidoras superiores: superego ics (e ego, à medida que 
ele se torna aliado do superego) e pressão da moral cs. 
Segundo Freud (1915) o recalque propriamente dito afeta os derivados mentais do 
representante recalcado, ou sucessões de pensamento que, originando-se em outra parte, 
tenham entrado em ligação associativa com ele. Por causa dessa associação, essas idéias 
sofrem o mesmo destino daquilo que foi primevamente recalcado. 
Retorno do recalcado 
O recalcamento não pode impedir que as representações recalcadas se organizem no 
inconsciente, se enlacem de forma sutil e dêem mesmo nascimento a novos derivados, 
que irão tentar se manifestar no nível do consciente. 
O retorno do recalcado pode consistir ou em uma simples “escapada” do processo de 
recalcamento, válvula de escape funcional e útil (sonho, fantasias), ou em forma (lapsos, 
atos falhos), ou, ainda, em manifestações francamente patológicas de fracasso real do 
recalcamento (sintomas). 
As formações substitutivas, as formações de compromisso e os sintomas são fenômenos 
que assinalam o retorno do recalcado. O recalcamento não organiza essas formações. 
As Formações de Compromisso, são a forma que o recalcado assume para ser admitido 
no Cs. Uma espécie de compromisso – egossintônico – que as instâncias psíquicas 
assumem entre si, de sorte a autorizar o surgimento no Cs. do que está reprimido no Ics. 
desde de que venha suficientemente disfarçado para não ser reconhecido, tal como 
acontece nos sonhos e na formação de sintomas, assim deformadas pelas defesas ao 
ponto de serem irreconhecíveis. 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 18 
 
 Neste compromisso ficam assim satisfeitos o desejo Ics. e as exigências 
defensivas. 
O recalcamento incide sobre os representantes pulsionais proibidos, através de um jogo 
de desinvestimento (dos representantes angustiantes pelo pré-consciente) e de contra-
investimento da energia pulsional disponível, ao mesmo tempo reinvestida sobre outras 
representações autorizadas. 
Fenichel (2005) define o recalque como consistindo no esquecimento 
inconscientemente intencional, ou na não-conscientização de impulsos internos ou de 
fatos externos, os quais, via de regra, representam possíveis tentações ou castigos de 
exigências pulsionais censuráveis, quando não meras alusões a estas. 
Fenichel (2005) aponta ainda que há casos em que certos fatos são lembrados como tais, 
mas as conexões respectivas, o significado, o valor emocional são reprimidos. 
Freud (1915) diz que o representante pulsional se desenvolverá com menos interferência 
se for retirado da influencia do sistema consciente – ele “prolifera no escuro”, e assume 
formas extremas de expressão, que uma vez traduzidas e apresentadas ao neurótico irão 
não só lhe parecer estranhas mas também assustá-lo, mostrando-lhe o quadro de uma 
extraordinária e perigosa força da pulsão. 
O recalque não retira do consciente todos os derivados daquilo que foi primevamente 
recalcado. Quando esses derivados se tornam suficientemente afastados do 
representante recalcado – quer devido à adoção de distorções, quer por causa do grande 
numero de elos intermediários inseridos -, eles terão livre acesso ao consciente. Mas não 
é possível determinar qual o grau de distorção e de distancia no tempo necessário para a 
eliminação da resistência por parte doconsciente. E, via de regra, o recalque só é 
removido temporariamente, reinstalando-se imediatamente. 
Freud esclarece que o processo de recalcamento é altamente individual (cada derivado 
isolado do reprimido pode ter sua própria vissicitude especial, e um pouco mais ou um 
pouco menos de distorção altera completamente o resultado) em seu funcionamento e 
extremamente móbil. 
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O recalque não é um fato que acontece uma vez, produzindo resultados permanentes; 
ele exige um dispêndio persistente de força, e se esta viesse a cessar, o êxito do recalque 
correria perigo, tornando necessário um novo ato de recalque. O recalcado exerce uma 
pressão contínua em direção ao consciente, exigindo uma contrapressão incessante. 
 
DEFESAS MADURAS 
 
 HUMOR: 
Encontrar elementos cômicos e/ou irônicos em situações difíceis com o objetivo de 
reduzir afetos desagradáveis e desconforto pessoal. Este mecanismo também permite 
algum distanciamento e objetividade em relação aos eventos, de forma que o indivíduo 
possa refletir sobre o que está ocorrendo. 
 
 ASCETISMO: 
Tentativa de eliminar aspectos prazerosos da experiência em função de conflitos 
internos produzidos por tal prazer. Este mecanismo pode estar a serviço de objetivos 
transcendentes ou espirituais, como no celibato. 
 
 AUTRUÍSMO: 
Comprometer-se com as necessidades dos outros mais do que com suas próprias 
necessidades. O comportamento autruísta pode ser utilizado a serviço de problemas 
narcisistas, mas, também, pode ser a fonte de grandes realizações e contribuições 
construtivas para a sociedade. 
 
 ANTECIPAÇÃO: 
Retardamento de gratificação imediata ao planejar e pensar sobre realizações 
futuras. 
 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 20 
 
 SUBLIMAÇÃO: 
Anna Freud destaca que a sublimação, isto é, o deslocamento da finalidade 
instintiva, em conformidade com valores sociais mais elevados, pressupõe a existência 
do superego. Transformar objetivos socialmente ou internamente inaceitáveis em outros 
socialmente aceitáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APVP – 2017 – MECANISMOS DE DEFESA – João Paulo Kotzent Página 21 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BRENNER, CHARLES – Noções básicas de psicanálise, Imago, 5ª Ed., RJ-1987. 
FENICHEL, OTTO – Teoria Psicanalítica das Neuroses, Atheneu, SP-2000. 
FREUD, ANNA – O Ego e os Mecanismos de Defesa, 8ª Ed., Civilização Brasileira, 
RJ-1986. 
FREUD, S. – Obras Completas Novas Traduções, Imago, RJ-2006. 
FREUD, S. – Obras Completas, Imago, RJ-1969. 
GABBARD, GLEN O. – Psiquiatria Psicodinâmica, Artmed, PA-2006. 
KLEIN, MELAINIE – Amor Culpa e Reparação, Imago, RJ-1996. 
ROUDINESCO, ELISABETH - Dicionário de Psicanálise, Jorge Zahar Editor, RJ-
1997. 
 
LAPLANCHE E PONTALIS – Vocabulário da Psicanálise, Martins Fontes, SP-2000. 
TALLAFERRO, A. – Curso Básico de Psicanálise, Martins Fontes, SP-1996. 
ZIMERMAN, DAVID E. –Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise, Artmed, PA-
2001.

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