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A concepção Marxista de ideologia

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UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIENCIAS HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA
 
ALUNA: Jaqueline Aparecida Borges
 Prof.ª: Sílvia Pienta
Resenha crítica:” A concepção Marxista de ideologia “
Araraquara
2018
CHAUÍ, Marilena. A concepção Marxista de ideologia. In: -------. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 2008. Cap.4,p.35 – 101.
Marx escreveu sobre “a ideologia em geral “, na qual o texto que caracterizou pelo título: A ideologia Alemã. Por este motivo, que a análise de Marx tem como objetivo um pensamento historicamente determinado. 
Essa observação é importante por duas razões. A primeira, porque Marx não separou a produção das ideais e as condições sociais e históricas nas quais são produzidas. Em segundo lugar, para entendermos as críticas de Marx precisamos ter presente o tipo de pensamento determinado que ele examina e no caso presume a filosofia de Hegel. 
Assim, apesar de Marx coloque na categoria de ideólogos os pensadores franceses e ingleses, procura diferenciar o tipo de ideologia pela qual produzem entre os franceses, a ideologia é principalmente política e jurídica, entre os ingleses é sobretudo econômica. Portanto, podemos falar em ideologia em geral e na ideologia burguesa em geral, contudo, as formas ou modalidades dessa ideologia encontra-se determinadas pelas condições sociais em que se encontram os pensadores. 
Sabemos que Marx dirige duas críticas principais aos ideólogos alemães. A primeira crítica é que esses filósofos tiveram a presunção de demolir o sistema hegeliano imaginando que bastaria criticar apenas um aspecto da filosofia de Hegel, em lugar engloba-la como um todo. 
A segunda crítica é que cada um dos ideólogos tomou apenas um aspecto da realidade humana, converteu esse aspecto em uma ideia universal e assim passou a deduzir todo o real a partir de uma concepção idealizada. 
Marx afirma que para compreendermos a limitação da ideologia alemã é preciso sair da Alemanha, isto é, fazer algumas reflexões sobre o fenômeno da ideologia. Essas reflexões, contudo tinham como base a sociedade capitalista europeia do século XIX, tem como pano de fundo o conhecimento histórico. A história pode ser examinada sob dois aspectos: história da natureza e a história dos homens. 
Para Marx a história é como um conhecimento dialético e materialista da realidade social. Dentre as várias fontes dessa concepção encontra-se a filosofia hegeliana, criticado por Marx, porém conservada em aspectos essências por ele. Para que a concepção marxista de história, da qual depende sua formação ideológica, para que fique mais clara caracterizamos a obra de hegeliano como:
Um trabalho filosófico para compreender a origem e o sentido da realidade como cultura. A cultura representa as relações dos homens com a natureza pelo trabalho, pela linguagem, o Estado, a religião, a ciência, a filosofia. 
Um trabalho filosófico que define o real pela cultura e pelos moimentos de exteriorização e de interiorização do Espírito. 
Um trabalho filosófico que revoluciona o conceito de história por 3 motivos; 
 - em primeiro lugar, pois não pensa a história como uma sequência de fator no tempo; 
 - em segundo lugar, porque não pensa a história como uma sequência de causas e efeitos; 
 - em terceiro lugar, por fim, não pensa a história como uma sequência de fatos dispersos que seriam unificados pela consciência do historiador. 
4. Um trabalho filosófico que concebe a história como história do Espirito. Manifestam –se na produção de obras culturais, e também uma continua divisão consigo mesma, na qual, a produção do Espirito são oposições que vão sendo superada por ele e responde com novas formas por ele mesmo. 
5. Um trabalho filosófico que pens a história como reflexão. Reflexão que significa: volta sobre si mesmo. 
6. Um trabalho filosófico que procura ser capaz do fenômeno da alienação. Geralmente, considera-se que o exterior (as coisas naturais) é algo positivo em si e que se distingue do interior (a consciência). 
7. Um trabalho filosófico que diferencia inédito de mediato, abstrato e concreto, aparência e ser. 
Os vários aspectos do pensamento hegeliano constituem a dialética (palavra grega derivada de dia- logos, isto é, a palavra e o pensamento divididos em dois polos contrários), isto é, a história como processo temporal movido pelas negações (contradições) e cujo sujeito e o espirito como reflexão. O idealismo hegeliano consiste, em afirmar que a história é o movimento de posição, negação e conservação das ideias, essas são a unidade do sujeito e do objeto da história, que é o Espirito. 
O espirito em seu momento natural, isto é, como algo dado existente trata-se da existência dos indivíduos com vontades livres que se reconhecem com poder de apropriar-se das coisas naturais traves do trabalho. E assim, existem o indivíduos definidos como proprietários de seu corpo e das coisas de que se apropriam. 
Sua vontade livre é consciente de si faz com que cada indivíduo se relacione consigo mesmo, com sua interioridade ou consciência. Esse indivíduo livre se chama sujeito, mas as relações entes os sujeitos constituem a moral.
No entanto, o Direito e a Moral estão em conflito. Os interesses do proprietários estão em conflito com os deveres morais, pois o proprietário tem a intensão em desapropriar outros proprietários, tratando –os como se fossem coisas suas e não como homens livres e independentes. Já o sujeito Moral deve tratar os demais coo seres livres e independentes. A resolução dessa contradição faz-se em dois movimentos: o primeiro surge a família e no segundo surge a sociedade civil. 
A sociedade civil resolve as lutas familiares criando a diferenciação entre os interesses públicos e os privados e regula as relações entre eles através do direito. A sociedade civil é negação da família. Logo não significa que a família deixou de existir, apenas que suas relações não depende de si própria, mas das relações estabelecidas da sociedade civil. Portanto, o indivíduo social não se define apenas como membros de uma família, mas sim algo que desestrutura a família, ou seja, as classes sociais. 
 
Segundo Chauí, a classe social que explora economicamente mantém seus privilégios se dominar politicamente e assim se dispuser de instrumento para essa dominação. Esses instrumentos são dois: o Estado e a ideologia. Além disso, através do Estado, classe dominante dispõe de um aparelho de coerção e de repressão social a qual exerce o poder sobre toda a sociedade, fazendo-se a subjugar-se ás regras políticas. O grande instrumento do Estado é o Direito, isto é, o estabelecimento das leis que regulam as relações sociais em proveito dos dominantes. 
A ideologia resulta da prática social, nasce da atividade social dos homens no momento em que estes representam para si mesmos essa atividade, e essa representação é necessariamente invertida. O que realmente ocorre é o processo que as diferentes classes sociais representam para si mesmas o modo de existência e também como são vivias por elas, isto é, a representação ou ideias diferem segundo as classe e suas experiências em que cada uma delas tem sua existência nas relações de produção (trabalho).
 Contudo, as ideias dominantes em uma sociedade em uma época determinada não são todas as ideias existentes desta sociedade, porém são apenas as ideias da classe dominante da época em questão. 
Portanto, a ideologia consiste na transformação das ideias da classe dominante em ideias dominantes para a sociedade como um todo, de modo que a classe que domina o plano material (econômico, social e político) também domina o plano espiritual (das ideias). E por isso, que embora a sociedade seja dividida em classes sociais cada qual deverá ter suas próprias ideias. 
As ideias universais da ideologia não são uma invenção arbitrária ou diabólica, mas são uma invenção arbitrária ou diabólica, mas são a conservação de uma universalidade que já foi real num certo momento(quando a classe ascendente realmente representava os interesses de todos os não dominantes), mas agora é uma universalidade ilusória (pois a classe dominante tornou-se representante apenas de seus interesses particulares).
Para finalizar o pensamento da autora sobre o tema abrangendo o poder legítimo a submissão das mulheres aos homens tanto pela afirmação da inferioridade feminina (fraqueza física e intelectual) quanto pela divisão de papeis sociais a partir de atividades sexuais (feminilidade como sinônimo de maternidade). A partir dessa colocação muitos movimentos feministas vão defender duas ideias principais: 
 1) a de que as mulheres não devem se sujeitar à ideologia da inferioridade nem à ideologia dos papéis sociais, mas devem lutar por igualdade de direito ao trabalho;
2) a de que as mulheres não devem continuar se submetendo ao poderio masculino e devem defender a liberdade do uso de seu corpo, porque este é propriedade delas e não dos homens (maridos, filhos, chefes, etc.).

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