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Aula 2 Teórica Nutrição de Plantas Absorção e transporte e funções dos Nutrientes Minerais 2016

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NUTRIÇÃO MINERAL DE PLANTAS:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTASINSTITUTO DE BIOLOGIA - DEPARTAMENTO DE BOTÂNICADisciplina: Fisiologia Vegetal
ABSORÇÃO, TRANSPORTE, FUNÇÕES E SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DOS 
Prof. Dr. SIDNEI DEUNER
1
E SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DOS NUTRIENTES MINERAIS
1
 Aula 02 - ABSORÇÃO,ABSORÇÃO, TRANSPORTETRANSPORTE EE FUNÇÕESFUNÇÕESDOSDOS NUTRIENTESNUTRIENTES MINERAISMINERAIS
1. Origem dos nutrientes minerais2. Elementos essenciais2.1. Classificação dos elementos minerais3. Movimento dos nutrientes do solo para as raízes4. Absorção e transporte dos nutrientes pelas raízes4.1. Características dos processos de absorção4.1. Características dos processos de absorção4.2. Sistema de transporte através da membrana4.3. Fatores que afetam a absorção5. Transporte radial dos nutrientes minerais1. Mecanismos de ascensão dos nutrientes no xilema6. Adubação foliar7. Redistribuição dos nutrientes minerais8. Funções e sintomas de deficiência 
22
Natureza:> 100 elementos
 Essencial: sem elea planta não vive; Benéfico: aumenta o crescimento e a produção em situaçõesparticulares; Tóxico: não pertencendo àscategorias anteriores, diminui o crescimento e a produção, podendo levar à morte.
3
Na planta: Total:40-50 elementos
16 elementos são ESSENCIAIS
podendo levar à morte.
Quantos?
 SOLO: Substrato natural de nutrientes minerais, formado por ummeio altamente heterogêneo, que varia suas características físicas equímicas em função de sua origem e clima.
 Constituição do solo
- Fase sólida: composta pelas frações mineral (areia, silte e argila) -ação da intemperização sobre as rochas e orgânica - decomposiçãobiológica de microrganismos, animais e, principalmente, vegetais;
1. ORIGEM DOS NUTRIENTES MINERAIS
biológica de microrganismos, animais e, principalmente, vegetais;
- Fase líquida: solução do solo onde as raízes retiram água e os nutrientes;
- Fase gasosa.
4
- Intemperização dos minerais do solo;- Decomposição da matéria orgânica;- Suplementação com adubos (fertilização química).
 Os nutrientes minerais estão dissolvidos na solução do solo
 Locais de absorção dos nutrientes minerais pelas plantas:
 ORIGEM DOS NUTRIENTES
- Raízes: zona dos pêlos radiculares;- Folhas: adubação foliar.
5
- pH: influencia a solubilidade dos nutrientes;
- CTC: capacidade que os coloides do solo possuem em adsorver
ou trocar cátions - influencia na disponibilidade de nutrientes a
serem absorvidos e aproveitados pelas plantas. Solos com alta CTC
geralmente tem maior reserva de nutrientes.
Propriedades químicas do solo que influenciam a disponibilidade de nutrientes
6
geralmente tem maior reserva de nutrientes.
- Quantidade de matéria orgânica: Fornece mais de 95% do N
total, 5 a 60% do P e 10 a 20% do S total do solo.
Comparando solo em região de clima temperado e tropical, qual tem maior CTC?
2. Conceitos e Critérios de Essencialidade
 O que é um NUTRIENTE?
Um elemento químico considerado essencial as plantas
 Critérios de essencialidade (Arnon & Stout, 1939):- A planta não completa seu ciclo de vida na ausência doelemento mineral;
7
elemento mineral;- A função de certo elemento mineral não pode ser substituídapor outro elemento;- O elemento tem que estar diretamente envolvido com ometabolismo da planta ou ser requerido em uma determinadaetapa metabólica.
 Plantas são organismos autotróficos
Parte aérea Atmosfera
 Planta
Sistema radicular Solo
CO2 O2Luz
H2ONutrientes
Qual a proporção que aparecem nas plantas?
P
Nutrientes
8
 Composição das plantas
 H2O: 80 a 90 %
 Massa seca: 10 a 20 %
 Moléculas orgânicas: 90 a 95 %
 Nutrientes minerais: 5 a 10 %
A divisão em macro e micro não tem correlação com uma maior ou menor essencialidade e sim com as quantidades exigidas pela planta.
 Macronutrientes: grandes quantidades (≥ 1.000 mg Kg-1 de MS)
- K, Ca, Mg (absorvidos do solo como cátions);
- N, P, S, Si (absorvidos do solo como ânions).
 Micronutrientes: menores quantidades (≤ 100 mg Kg-1 de MS)
2.1. CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS MINERAIS
- B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Zn, Ni e Na.
CO 2
N P K Ca Mg S
O
2
MoFe Zn Cu B Mn Cl 199
Composição Relativa de Macro e Micronutrientes
Macronutrientes orgânicos
C 42%
O 44%
Macronutrientesminerais
N 2,0% Ca 1,3%
P 0,4% Mg 0,4%
K 2,5% S 0,4%O 44%
H 6%
Total 92%
Total 7%
MicronutrientesFe, Zn, B, Cu, Mo e Cl
Total 1%
100%
10
Exp.: A quantidade requerida pela planta em Mo (micro) émuito inferior a de N (macro), porém, se o N for suprido naforma de nitrato (NO -), na ausência de Mo (que está ligadoforma de nitrato (NO3-), na ausência de Mo (que está ligadoà enzima NR), o N não será assimilado, visto que o Mo éessencial para a redução de NO3- para amônio (NH4+), nãohavendo síntese de aminoácidos e proteínas, afetando ocrescimento da planta.
11
 Benéficos: melhoram o desenvolvimento de algumas espécies.
 Na: plantas halófitas (C4), entrada de piruvato nas células domesofilo para regenerar fosfoenolpiruvato (PEP).
Si: importante para gramíneas, como o arroz, contribui para rigidez e elasticidade. Previne herbivoria e ataque por fungos.
 Co: necessário para bactérias simbióticas fixadoras de N.
 Tóxicos: quando na solução do solo, causam danos ao metabolismo Tóxicos: quando na solução do solo, causam danos ao metabolismodas plantas, como o alumínio, cádmio, etc..
Planta sadia Toxidez por alumínio
22Figura: Raízes de plantas de arroz. 12
13
14
Crescimento das plantas em função da concentração do nutriente nos tecidos.Acúmulo de micronutrientes nos tecidos além da zona adequada pode levar àtoxidez. 15
 Padrão de extração dos nutrientes variam com o ciclo
Marcha de absorção de N, P e K pelo milho.
16
300
400
500
Pro
duç
ão, 
kgh
a-1
98
67
47 31
22Algodão
“Para cada incremento sucessivo da quantidade de fertilizantes, ocorre 
 Lei dos acréscimos decrescentes
0
100
200
0 10 20 30 40 50 60Nitrogênio Aplicado, kgha-1
Aum
ento
de P
rodu
ção
, kg
144
de fertilizantes, ocorre um aumento cada vez menor na produção ”
17
3. MOVIMENTO DOS NUTRIENTES SOLO-RAIZ
 Como as plantas adquirem os nutrientes minerais?
 DifusãoDifusão:: o nutriente se movimenta de uma região de maiorconcentração para uma de menor próximo da raiz. Importantepara nutrientes em baixa concentração na solução do solo.Exp.: H2PO4-.
 FluxoFluxo dede massamassa:: nutriente carregado via corrente transpiratóriaao longo de um gradiente de potencial hídrico. Supre a maiorparte das exigências em N (NO3-), Ca, Mg e S (SO42-). Altamentedependente da taxa transpiratória da planta.
 Interceptação radicular: o contato se dá quando a raiz cresce eencontra o elemento. Exp.: Ca.
18
19
 Velocidade de Absorção Depende da sua Mobilidade no Solo
 Móveis no solo
 Nitrogênio
 Potássio
 Enxofre
 Pouco móveis
 Fósforo
 Cálcio
 Magnésio Enxofre
 Boro
 Cloro
 Molibdênio
 Cobre
 Ferro
 Manganês
 Zinco
Qual a importância da mobilidade de cada nutriente em termos de adubação???
Elemento Processo de contato - % do total Aplicação do aduboInterceptação Fluxo de massa Difusão
N 1 99 0 Distante, cobertura
P 2 4 94 Perto, localizado
K 3 25 72 Perto, localizado
Ca 287 760 0 Lanço
Mg 57 375 0 Lanço
S 5 95 0 Distante, cobertura
B 29 1000 0 Distante, cobertura
MOVIMENTO DOS NUTRIENTES SOLO-RAIZ
21
Cu 70 20 10 Lanço, localizado
Fe 50 10 40 Lanço, localizado
Mn 15 5 80 Perto, localizado
Mo 10 200 0 Lanço
Zn 20 20 60 Perto, localizado
Fonte: Avaliação do Estado Nutricional das Plantas. Malavolta, Vitti e Oliveira, Potafos, 1989. P.8
P, K, Zn - aplicados próximo à região de crescimento das raízes, difusão é lenta (solução irrigação);N, Ca, Mg, S e B - aplicados à lanço.
4. ABSORÇÃOE TRANSPORTE DOS NUTRIENTES
e nutrientes.Raiz: principal órgão de absorção de água 
Região de absorção - pêlos radiculares, depende:
- da disponibilidade de nutrientes no solo;
- do crescimento do sistema radicular;- do crescimento do sistema radicular;
- da capacidade de absorção da raiz.
22
 Características e propriedades da parede celular e damembrana plasmática:
-Parede celular: fino envoltório celulósico que protege oprotoplasto. Célula vegetal madura - três camadas distintas: paredeprimária, secundária e lamela média.
-Membrana plasmática: constitui uma efetiva barreira à livremovimentação de solutos para dentro e fora das células. Compostaprincipalmente por proteínas (integrais - principais responsáveis
23
pela transferência de íons e outras substâncias para ambos os ladosda membrana, e periféricas) e lipídios.
 Absorção: raiz-nutriente- Água e solutos - espaços interfibrilares da parede celular -membrana plasmática.- Substâncias apolares (CO2 O2)e e muito pequenas (água)atravessam livremente a camada lipídica da MP.
4.1. CARACTERÍSTICAS DOS PROCESSOS DE ABSORÇÃO
24
- Moléculas polares (íons e moléculas orgânicas) - barreira oferecidapela MP. Absorção via proteínas transportadoras presentes nasmembranas, denominadas canais, carreadores e bombas.
4.2. Sistemas de transporte através da membrana
 Transporte Passivo
- Difusão simples: substâncias apolares e água;
- Difusão facilitada: via proteínas canais seletivas, escoamentopassivo de íons. Exp. K+.
 Transporte Ativo
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 Transporte Ativo
- Ativo primário: bombas iônicas, acionadas pela hidrólise de ATP,liberam H+ do interior da célula para o apoplasto, gerando umgradiente de potencial eletroquímico;
- Ativo secundário: proteínas carreadoras, principal mecanismoresponsável pela absorção de nutrientes.
-Célula vegetal: potencial transmembrana negativo, cátions (K+) são transportados por canais;-A saída dos H+ gera uma situação favorável de energia para o transporte ativo secundário via carreador, ligado a saída de outros cátions (antiporte H+/Na+) ouentrada de ânions (simporte H+/NO3-). 3626
27
 Quanto ao fluxo o sistema de transporte pode ser do tipo:
- Cotransporte: simultâneo de duas moléculas distintas:
- simporte (no mesmo sentido, H+/ânion);
- antiporte (sentido oposto, H+/cátion).
- Uniporte: transporte de uma única substância em um sentido.
28
4.3. Fatores que afetam a absorção
 Externos:- pH do solo: influencia a solubilidade dos nutrientes econseqüentemente a disponibilidade dos mesmos para as plantas;
29
- Aeração do solo: o O2 é importante para absorção ativa, ATPoriundo da respiração das raízes;
-Temperatura: extremos alteram a fluidez das membranas;
- Umidade: água - veículo para absorção de íons pela planta.
-Interação entre íons: inibição (Mg++/K+) e sinergismo (H2PO4-/ Mg++).
-Micorrizas: associação simbiótica fungos/raízes das plantas: aumenta área de absorção - extensão do manto micelial no solo.aumenta área de absorção - extensão do manto micelial no solo.
Aumenta a capacidade de absorção de P, Zn e Cu
4030
41
31
32
33
34
 Fatores Internos:
- Potencialidade genética
- Morfologia das raízes: bem desenvolvidas, mais finas, bem
distribuídas, com maior proporção de pêlos absorventes;
-Estado iônico interno: planta saturada em íons absorverá menos
que outra com poucos íons;
35
que outra com poucos íons;
- Nível de carboidratos: a absorção dependente de gasto deATP;
-Intensidade transpiratória: alta transpiração favorece o fluxo em
massa de alguns elementos minerais, em direção a superfície
radicular.
5. TRANSPORTE RADIAL DOS NUTRIENTES MINERAIS
Apoplasto: via parede celular e espaços intercelulares até as células da endoderme onde há uma barreira apoplástica - Estrias de Caspary;
 Simplasto: via plasmodesmas - conectam os citoplasmas das células
Após a absorção por uma célula da raiz podem ser:- utilizados pela própria célula (metabolizados);- armazenados (vacúolo);- transportados de célula a célula até o xilema via:
: via plasmodesmas - conectam os citoplasmas das célulasvizinhas.
36
Figura - Transporte de nutrientes via simplasto (conjunto de citoplasmasplasmodesmas) e apoplasto (parede celularinterligados pelosintercelulares). e espaços4737
 De que forma os nutrientes são transportados na planta?
 Maioria → íons inorgânicos:
 Cátions: K+, Ca++, Mg++, Cu++, Zn++ e Mn++
 Ânions: Cl-, SO4=, H2PO4-, H3BO3 e MoO4=
N → depende da forma absorvida, amoniacal ou nítrica, do 
38
N → depende da forma absorvida, amoniacal ou nítrica, do metabolismo das raízes e da espécie vegetal:- NH4+: geralmente, assimilado nas raízes;- NO3-: pode ser assimilado nas raízes e transportado na formaorgânica ou transportado para a parte aérea como tal.- N2: fixação simbiótica - translocado para a parte aérea na formade amidas (leguminosas de clima temperado) ou ureídeos(leguminosas de clima tropical).
39
5.1. Mecanismos de ascensão dos nutrientes no xilema
 Influência da gutaçãopressão positiva no xilema - Gutação
 Influência da transpiraçãoPressão negativa no xilema - Corrente transpiratória
A ascensão da seiva é afetada pela:-idade da planta;- hora do dia; 95% da transpiração foliar ocorre via estômatos,sendo intensa durante o dia.- concentração externa de íons;-tipo do elemento mineral: NO3- > Cl- > SO4-2 > H2PO4-NH4+ > K+ > Na+ > Mg+2 > Ca+2
5040
TEORIA de DIXON ou COESÃO TENSÃO TRANSPIRAÇÃO
41
 Transferência lateral dos nutrientes-Importância: transporte no xilema é direcional, principalmente paraos sítios de maior transpiração e no floema é bidirecional.-Feixes vasculares: Xilema e floema → separados por poucascélulas: células de transferência – transferem lateralmente osnutrientes via projeções em direção ao citoplasma (aumenta a áreasuperficial da MP).
42
 Descarregamento do xilema nas folhas-Quando os solutos alcançam os terminais dos vasos e traqueídeosxilemáticos nas minúsculas nervuras foliares, podem serdescarregados no apoplasto e se moverem para os sítios de absorção,simplasto.-metabolizados, armazenados no vacúolo ou redistribuídos paraoutras células da folha por processo ativo com gasto de energiametabólica.
43
6. ADUBAÇÃO FOLIAR
Aplicação de nutrientes em solução ou suspensão na parteaérea das plantas, visando suplementar e/ou complementar anutrição da planta, principalmente nos períodos de grandeconsumo de nutrientes e, assim, favorecer o equilíbrionutricional.
 Micronutrientes
44
 Micronutrientes
- fornecidos devido suas pequenas quantidades no solo;
- reduzida eficiência da aplicação via solo.
 Macronutrientes- Complemento da adubação via solo, visando fornecer estesnutrientes em épocas de elevada exigência.
 Por onde ocorre a entrada dos nutrientes para o interior da folha?
ESTÔMATOS OU CUTÍCULA?
Cutícula: permeável à água e a todos os tipos de substâncias,polares, apolares, lipossolúveis ou hidrossolúveis. Rota deentrada predominante da absorção dos nutrientes aplicados viafoliar.
Estômatos cobrem apenas de 0,26 a 0,84 % da superfície foliar,dependendo da espécie.
45
 Fatores que afetam a absorção foliar
Fatores externos
- Ângulo de contato das gotas
- Temperatura
- Umidade do ar
- Concentração da solução
- Luz
 Fatores internos
- Umidade da cutícula
- Superfície foliar
- Idade da folha
- Estado iônico
46
 Aspectos importantes para o sucesso da adubação foliar:
 Redução da tensão superficial da gota – Uso de surfactantes;
 Como o movimento dos nutrientes para o interior da folha ocorrepor difusão através da cutícula é importante o tempo de exposiçãoo horário deda solução sobre a folha – Assim é importanteaplicação;
 Concentração da solução – deve ser diluída;
47
Concentração da solução – deve ser diluída;
 Estádio de desenvolvimento da plantae das folhas.
 Vantagens:
 Alto índice de utilização dos nutrientes via foliar;
 Doses totais em geral são menores;
 Respostas rápidas (adubação de salvação);
 Desvantagens:
48
 Desvantagens:
Custo alto de aplicação (pode ser reduzido quando aplicado
conjuntamente com o tratamento fitossanitário e herbicidas de pós-
emergência);
 Efeito residual menor;
 Problemas de compatibilidade e antagonismo.
7. REDISTRIBUIÇÃO DOS NUTRIENTES MINERAIS
Nutrientes Redistribuição Sintomas de deficiência
N, P, K, Mg, Cl Móveis Folhas velhas (basais)
Fe, Zn, Cu, B, Mo, S Mobilidade intermediária Folhas novas
Ca, Mn Mobilidade baixa Folhas novas e meristemas
 Depende da mobilidade de cada nutriente no floema:
- N - P - K
49
Sintomas de deficiência - correspondem à expressão da desordemmetabólica resultante do suprimento insuficiente de um elementoessencial.Estas desordens estão relacionadas com as funções desempenhadaspelo elemento no funcionamento da planta.Geralmente os sintomas visuais só aparecem quando a deficiência jáé severa, e nas condições de campo, de modo geral as deficiências sãomúltiplas. Portanto, para diagnosticar deficiências minerais de forma
8. Funções e Sintomas de Deficiência
múltiplas. Portanto, para diagnosticar deficiências minerais de formamais eficiente, deve-se utilizar a análise do solo, a análise tecidual daplanta e a finalmente a observação de sintomas visuais.A análise do solo fornece dados sobre a quantidade total de reservasem nutrientes minerais existentes no solo.Porém, a potencialidade de certos elementos nem sempre é real, daía necessidade de complementação da análise do solo com a análise deplantas.
350
GRUPO 1: Nutrientes que fazem parte de compostos de carbono
- Nitrogênio:E elemento exigido em maior quantidade pelas plantas, sendo que suadisponibilidade em solos limita a produtividade das plantas na maioriadas culturas.Absorção: NO3- (nitrato); NH4+ (amônio).Funções: junto com o C, H, O e S, é um dos principais constituintesde toda molécula orgânica.Constituinte de proteínas, aminoácidos, coenzimas, ácidos nucleicos, Constituinte de proteínas, aminoácidos, coenzimas, ácidos nucleicos, hormônios, faz parte da molécula de clorofila (anel tetrapirrólico), etc.Cerca de 70% do N total das folhas está nos cloroplastos.Sintomas de deficiência: generalizado especialmente nasmóvel, clorose, amarelecimento folhas mais velhas, inibindo ocrescimento da planta. A intensificação da deficiência pode causar acúmulo de antocianina (cor púrpura) e queda das folhas.
51
- N
Redução acentuada do porte das plantas. Clorose generalizada.
52
53
- Enxofre: Geralmente, os solos têm enxofre em excesso.Absorção: SO42- (sulfato), para ser incorporado em compostoorgânico (cisteína, metionina) necessita primeiro ser reduzido a H2S(sulfeto de hidrogênio).Funções: a maior parte encontra-se nosaminoácidos metionina e cisteína, importantes na estrutura terciária dasproteínas - formação de pontes de dissulfeto (S-S). Em algumasproteínas a interconversão entre pontes de dissulfeto e grupamentossulfidrila (SH) pode determinar ativação ou inativação da atividadeenzimática (enzimas do ciclo de calvin).Proteínas contendo ferro e enxofre (ex.: ferredoxina) são importantespara a transferência de elétrons na fotossíntese, na fixação biológica deN e redução de íons NO3-.Sintomas de deficiência: clorose generalizada, porém nas folhas maisjovens (baixa mobilidade). O S não participa da molécula de clorofila,mas é importante na síntese de proteínas que se ligam a clorofilaestabilizando-a, sem as quais as clorofilas degradam mais fácil.
54
A - Redução do porte da planta. apresentandoA - Redução do porte da planta. B e C - Folhas esbranquiçamento.
A deficiência em S não é comum nas plantas, uma vez que geralmente os solos possuem quantidades suficientes deste nutriente. 55
-
- Fósforo:No solo é o mais limitante devido à baixa mobilidade, sendo assim o maisaplicado; Apresenta forte reação com Fe e Al e óxidos, formando saisinsolúveis.Absorção: ânion dihidrogenofosfato (H2PO4 ).Funções: Parte constituinte de ácidos nucleicos (DNA e RNA),fosfolipídios das membranas (função estrutural) e açúcares-fosfato,
GRUPO 2: Importantes na armazenagem de energia e integridadeestrutural
fosfolipídios das membranas (função estrutural) e açúcares-fosfato,coenzimas (NADPH) especialmente o ATP (composto rico em energia queparticipa de vários processos metabólicos nas células vegetais. Tendo tambémfunção regulatória, ativando e desativando enzimas.Sintomas de deficiência: elemento móvel na planta. Arroxeamento dasfolhas mais velhas.
56
Folhas maisvelhas apresentando coloração arroxeada.
57
- Boro (H3BO3):Funções: confere integridade à parede celular, ativa enzimas como aAIA oxidase, envolvido no alongamento celular, no metabolismo deácidos nucleicos e transporte de carboidratos.Sintomas de deficiência: necrose preta de folhas jovens e domeristema do ápice caulinar (baixa mobilidade), pois a divisão ealongamento caulinar ficam comprometidos, prejudicando também atranslocação de fotoassimilados.
Milho: Enrolamento das folhas mais novas. Perfilhamento 58
59
- Silício:Depositado como sílica amorfa em paredes celulares. Contribui paraas propriedades mecânicas das paredes celulares, incluindo rigidez eelasticidade. Plantas deficientes em silício são mais suscetíveis aoacamamento e à infecção fúngica.
60
MACRONUTIRNTES:- Potássio (K+):Funções: não tem função estrutural, porém é requerido como cofator deenzimas ligadas a FS, respiração, síntese de proteínas e de amido. É um dosmais importantes agentes osmóticos, envolvido no estabelecimento do turgorcelular (abertura e fechamento dos estômatos), regula o transporte decarboidratos. Qualidade produtos: cor, sabor, teor de proteínas, açúcares;
GRUPO 3: Nutrientes que ficam na forma iônica: encontrados emsolução no citosol ou no vacúolo ou podem estar ligados a compostosde carbono
carboidratos. Qualidade produtos: cor, sabor, teor de proteínas, açúcares;Sintoma de deficiência: Móvel, clorose nas folhas velhas que se desenvolvecomo necrose a partir do ápice da folha, margens e entre nervuras.
61
- K
62
- Cálcio (Ca2+):Funções: usado na síntese da lamela média das paredes celulares (na formade pectato decálcio). Confere rigidez as paredes celulares e integridade física emanutenção da seletividade das membranas biológicas. No citossol atuacomo mensageiro secundário em vias de tradução de sinais (calmodulina –ativada por Ca) que ativam enzimas.Sintomas de deficiência: Imóvel: folhas novas e meristemas, clorose nosbordos e morte de meristema, onde a divisão celular e a formação de paredesão intensas. Podridão apical em tomate, pimentão, etc, “bitter pit” na maçã.são intensas. Podridão apical em tomate, pimentão, etc, “bitter pit” na maçã.
63
Milho: Má formação das folhas mais novas. Folhas folhas mais novas. Folhas mais velhas necrosando.
64
- Magnésio (Mg2+):Funções: componente da molécula clorofila (anel central, sem o qual aclorofila não é funcional), cofator de enzimas fosforilativas (ATP), ativaenzimas da respiração, fotossíntese (rubisco) e da síntese de ácidos nucléicos.Necessário para absorção de P.Sintoma de deficiência: móvel, clorose internervural que ocorre primeiro nasfolhas velhas. Esta clorose internervural resulta do fato de que a clorofilapróxima aos feixes vasculares (nervuras) permanece menos afetada do que aclorofila entre os feixes.
65
66
MICRONUTRIENTES:- Cloro (Cl-):Funções: necessário para reações de quebra da molécula de água dafotossíntese, juntamente com o Mn (complexo de evolução do oxigênio). Podeser necessário à divisão celular. Utilizado para manter a neutralidade de cargase agente osmótico.Sintomas de deficiência: clorose generalizada em toda a planta, redução docrescimento.
67
- Manganês (Mn2+):Função: ativador metálicode várias enzimas nas células (desidrogenases,descarboxilases do ciclo de Krebs), constituinte integral da enzima SOD.Função mais bem definida é sua participação na reação da fotossíntese, nocomplexo de evolução do oxigênio, direcionando os elétrons da quebra da H2Opara o FSII.Sintoma de deficiência: clorose internervural associada com pequenasmanchas necróticas em folhas jovens.
68
- Sódio (Na+):Função: necessário a maioria das espécies que fazem rota C4 e CAM, transposrtando o piruvato das celulas da bainha para as células do mesofilo, regenerando o fosfoenolpiruvato (PEP). Pode substituir o potássio, como soluto osmoticamente ativo. Estimula o crescimento induzindo a expansão celular em plantas C3.
69
São micronutrientes. Podem sofrer oxidações e reduções reversíveis, além deserem importantes na transferência de elétrons e na transformação de energia.Usualmente encontrados em associação com moléculas maiores, comocitocromos, clorofila e proteínas (normalmente enzimas).
- Ferro (Fe2+ ou Fe3+): Freqüentemente é o mais exigido dosmicronutrientes.Funções: faz parte do grupo catalítico de enzimas oxiredutases, transferindoelétrons na FS, respiração e fixação biológica do N, passando de íon ferroso
GRUPO 4: Nutrientes envolvidos em reações REDOX
elétrons na FS, respiração e fixação biológica do N, passando de íon ferroso(Fe2+) a ions férrico (Fe3+) e vice-versa. Assim como o Cu, Mn e Zn participada estrutura da enzima SOD. 75% do ferro esta localizado nos cloroplastos dasfolhas.Sintomas de deficiência: baixa mobilidade, clorose internervural que ocorreprimeiro nas folhas mais novas (contrario do Mg2+). Não faz parte da estruturada clorofila mas sim de sua síntese, por isso da clorose podendo evoluir para acor branca.
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- Zinco (Zn2+):Funções: Ativador carbônica, superóxidode enzimas como a álcool desidrogenase, anidrase dismutase (integrante), etc. Participa como ativadorenzimático da biossíntese do triptofano - precursor do AIA.Sintomas de deficiência: diminuição do crescimento de entrenós e planta comhábito rosetado, que pode ser devido à reduzida síntese de AIA, responsávelpelo crescimento longitudinal das células vegetais.
Arroxeamento internervural das folhas. Desbotamento internervural das folhas
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- Cobre (Cu2+):Funções: associado a enzimas envolvidas em reações REDOX - complexocitocromo oxidase (respiração) e plastocianina (FS) - transferência de elétrons.Ativador da SOD.
Clorose internervural das folhas mais novas.Sintomas de encarquilhamento.
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- Níquel (Ni2+):Participa da enzima Urease (converte a uréia em amônia), importante para amobilização de compostos nitrogenados na germinação de sementes. Plantascom deficiência de Ni acumulam uréia nas folhas, o que pode causar necrose noápice foliar.Sua deficiência raramente é observada em condições de campo porque asnecessidades são mínimas.
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- Molibdênio (Mo4+ até Mo6+):Funções: participa do metabolismo do N, sendo componente das enzimasnitrato redutase (converte nitrato a nitrito) e nitrogenase (enzima presente emmicrorganismos fixadores de N associados as plantas).O Mo é o micronutriente que se encontra em menor quantidade tanto no soloquanto na planta.Sintomas de deficiência: clorose generalizada entre as nervuras e necrose dasfolhas mais velhas. Assim, a deficiência de Mo pode aparecer comodeficiência de N se a fonte de N for o nitrato ou se a planta depende da fixaçãobiológica de N2 (simbiose).
Enrolamento da metade superior das folhas mais novas. Desbotamento internervural das folhas mais novas. 75
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