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Curso:ENGENHARIA CIVIL Disciplina: HIDROLOGIA Professora: Nyadja Menezes Email: nrodrigues@favip.com.br Carga horária 72 h Turno Noite Semestre/Ano 01/2015 PRECIPITAÇÃO Dados pluviométricos • Os locais onde são instalados Pluviometros, pluviografos e PCDs são chamados de postos ou estações pluviométricas. • Os dados obtidos e processados nestes postos ou estações, compõem as séries históricas de dados pluviométricos, que serão empregadas nos diversos tipos de estudos hidrológicos. Climatologia das chuvas no período de janeiro a abril para o Estado de Pernambuco Taxas de precipitação anuais no estado de Pernambuco- Isoietas médias anuais -42.0 -41.5 -41.0 -40.5 -40.0 -39.5 -39.0 -38.5 -38.0 -37.5 -37.0 -36.5 -36.0 -35.5 -35.0 -34.5 -34.0 Longitude -10.0 -9.5 -9.0 -8.5 -8.0 -7.5 -7.0 La titu de 400 mm 500 mm 600 mm 700 mm 800 mm 900 mm 1000 mm 1100 mm 1200 mm 1300 mm 1400 mm 1500 mm 1600 mm 1700 mm 1800 mm 1900 mm 2000 mm 2100 mm 2200 mm Figura III.2.1/1- Isoietas Médias Anuais para o Estado de Pernambuco.Figura 5 - Isoietas Médias Anuais para o Estado de Pernambuco Figura 5 – Isoietas Média Anuais para o Estado de Pernambuco Posicionamento médio da estação chuvosa- estado de Pernambuco Estação chuvosa: 70% do total precipitado Análise de freqüência de séries hidrológicas Previsão das precipitações: Freqüência Probabilidade Eventos observados Criar um banco de dados com eventos passados para determinar a freqüência com que eles ocorrem. Eventos não conhecidos Utilizar uma equação de distribuição empírica para determinar a probabilidade de ocorrência dos eventos. As alturas pluviométricas da série considerada devem ser relacionadas em ordem decrescente, associando-lhes a respectiva freqüência de ocorrência F, avaliada pelas seguintes expressões: Método Califórnia método de Kimbal F= a probabilidade acumulada de um evento ser igualado ou superado em magnitude; m= o número de ordem; n= número de anos de registro considerado; m F n 1 m F n Análise de freqüência de séries hidrológicas Os dados observados podem ser considerados em sua totalidade, o que constitui uma serie total, ou apenas os superiores a um certo limite inferior (série parcial) , ou, ainda, só o máximo de cada ano (série anual). Considerando F uma boa estimativa da probabilidade teórica (p) e definindo o tempo de recorrência ou período de retorno Tr como o intervalo de tempo médio (medido em anos) um que um determinado evento deve ser igualado ou superado, tem-se a seguinte relação: geralmente Para períodos de recorrência bem menores que o numero de anos de observação, o valor de F pode ser uma boa estimativa de p, mas para grande períodos de recorrência a repartição de freqüência deve ser ajustada a uma lei probabilística. 1 Tr p 1Tr F Análise de freqüência de séries hidrológicas Anos Chuvas Totais Anuais (mm) Nº Ordem P (mm) F Tr F% 1959 375,0 1 1722,1 0,05 20,0 5 1960 963,3 2 1225,7 0,1 10,0 10 1961 326,3 3 1118,9 0,15 6,7 15 1962 698,2 4 1053,5 0,2 5,0 20 1963 999,6 5 1019,6 0,25 4,0 25 1964 1722,1 6 999,6 0,3 3,3 30 1965 529,8 7 963,3 0,35 2,9 35 1966 1053,5 8 878,6 0,4 2,5 40 1967 878,6 9 755,9 0,45 2,2 45 1968 428,1 10 741,5 0,5 2,0 50 1969 594,2 11 698,2 0,55 1,8 55 1970 675,2 12 675,8 0,6 1,7 60 1971 675,8 13 675,2 0,65 1,5 65 1972 509,4 14 594,2 0,7 1,4 70 1973 755,9 15 579,7 0,75 1,3 75 1974 1225,7 16 529,8 0,8 1,3 80 1975 1019,6 17 509,4 0,85 1,2 85 1976 579,7 18 428,1 0,9 1,1 90 1977 741,5 19 375,0 0,95 1,1 95 1978 1118,9 20 326,3 1 1,0 100 Média Aritmética 1 n i i x x n Tendência Central Moda – valor representativo do intervalo de classe no qual a freqüência de ocorrência é máxima. Mediana – valor que é superado (e não superado) por 50% das ocorrências. Variância 2 2 2 21 n i i i x x S x x n Variabilidade em torno da média 2 2 1 1 n i i x x S n Desvio padrão – raiz quadrada da variância, S Evitar tendenciosidade, correção pequenas amostras 1 n fc n Quanto maior o desvio padrão ou a variância, maior a flutuação da variável em torno da média Assimetria 3 1 n i i a x x a n Coeficiente de Assimetria 3 1 3 31 2 n i a i s x x a n a s n n s Assimetria Co-variância amostrai 2 2 1 1 1 n i i n i xy i i i x x y y S x y x y n n Relação entre duas variáveis Coeficiente de correlação xy xy x y S r S S 0 0 SQ a SQ b b ● a e x y Mínimos quadrados: minimiza a soma da diferença quadrática dos erros Regressão linear i ierro y a x b 2 1 n i i i SQ y a x b y a x b e 1 1 2 1 1 n n i i i i i n n i i i i x y y x a x x x b y a x 1 22 2 1 n i i xyi x x y x y Sn a Sx x 2 2 xy xy x x S S y x y x S S 2 xy x S y y x x S xy y y x x y y x xS S S S S xy y x y y x x r S S Precipitação Média Espacial • Na figura ao lado mostra a precipitação média uniforme e a superfície de ocorrência da precipitação. • Os métodos procuram estabelecer um cálculo que estime o valor médio uniforme Precipitação Média • Média aritmética (método mais simples) • 66+50+44+40 = 200 mm • 200/4 = 50 mm • Pmédia = 50 mm 66 mm 50 mm 44 mm 40 mm 42 mm Precipitação Média • Problemas da média aritmética • 50 + 70 = 120 mm • 120/2 = 60 mm • Pmédia = 60 mm 50 mm 120 mm 70 mm Forte precipitação junto ao divisor não está sendo considerada Precipitação Média (Thiessen) • Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm Áreas de influência de cada um dos postos n 1i ii PaP ai = fração da área da bacia sob influencia do posto I Pi = precipitação do posto i Definição dos polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm Definição dos polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 1 – Linha que une dois postos pluviométricos próximos 82 mm Definição dos polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 2 – Linha que divide ao meio a linha anterior 82 mm Definição dos polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 2 – Linha que divide ao meio a linha anterior Região de influência dos postos 82 mm Definição dos polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 3 – Linhas que unem todos os postos pluviométricos vizinhos 82 mm Definição dos polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 3 – Linhas que dividem ao meio todas as anteriores 82 mm Definição dos polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 3 – Influência de cada um dos postos pluviométricos 82 mm Definição dos polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 3 – Influência de cada um dos postos pluviométricos 82 mm Definição dos polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 3 – Influência de cada um dos postos pluviométricos82 mm Definição dos polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 3 – Influência de cada um dos postos pluviométricos 82 mm Definição dos polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 3 – Influência de cada um dos postos pluviométricos 82 mm Definição dos polígonos de Thiessen 40% 3 – Influência de cada um dos postos pluviométricos 30% 15% 10% 5% 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm P = 0,15x120+0,4x70+0,3x50+0,05x75+0,1x82 Precipitação média 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm Média aritmética = 60 mm Média aritmética com postos de fora da bacia = 79,4 mm Média por polígonos de Thiessen = 73 mm Método das Isoietas i i 1 i i P P A ( ) 2Pm A • Traça as isoietas que são linhas de mesma precipitação com base nos postos existentes; • Calcula a área entre isoietas, onde a precipitação média entre isoietas é representativa da área O objetivo de um posto de medição de chuvas é o de obter, sem falhas, uma série de informações sobre as precipitações ao longo dos anos. Permitindo o estudo da variação das intensidades de chuva ao longo das tormentas. Podem ocorrer períodos sem informações ou com falhas nas observações, devido a problemas com os aparelhos de registro e/ou com o operador do posto, preenchimento errado na caderneta de campo; ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS As causas mais comuns de erros grosseiros nas observações são: a) preenchimento errado na caderneta de campo; b) soma errada do número de provetas, quando a precipitação é alta; c) valor estimado pelo observador, por não se encontrar no local da amostragem; d) crescimento de vegetação ou outra obstrução próxima ao posto de observação; e) danificação do aparelho; f) problemas mecânicos no registrador gráfico. Como há necessidade de se trabalhar com séries contínuas, essas falhas devem ser, sempre que possível, preenchidas. Também é necessário que se estude a consistência dos dados dentro de uma visão regional, ou seja, que se compare o grau de homogeneidade dos dados disponíveis num posto com relação às observações registradas em postos vizinhos. Análise dos Dados Análise dos Dados • Preenchimento de falhas das série Método de ponderação regional Método de regressão linear (simples ou múltiplas) Método de ponderação regional com base em regressões lineares • Análise de Consistência temporal das séries; Método da dupla massa • Compatibilidade espacial das informações e estimativa da precipitação espacial Método do Vetor Regional : Preenchimento de falhas e Análise de Consistência É um método simplificado utilizado para preencher séries mensais ou anuais de precipitações. Para um grupo de postos, são selecionados pelo menos três que possuam no mínimo dez anos de dados. Para um posto Y, as falhas serão preenchidas com base na equação abaixo. – Sendo y = a precipitação do posto Y a ser estimada; x1, x2 e x3 = as precipitações correspondentes ao mês (ou ano) que se deseja preencher, observadas em três estações vizinhas; ym = precipitação média do posto Y; xm1, xm2 e xm3 = as precipitações médias nas três estações vizinhas. – Observe que os postos escolhidos devem estar na mesma região climatológica. MÉTODO DA PONDERAÇÃO REGIONAL x2 x1 x3 y ym 3xm 3x 2xm 2x 1xm 1x 3 1 y ][ Método de regressão linear (simples ou múltiplas) Método de ponderação regional com base em regressões lineares 1y a x b e 1 2 3y a x b x c x d e 1 1 1 yx yx x y S r S S Ano y x1 x2 x3 1 300 320 295 330 2 250 270 248 280 3 330 350 324 310 4 390 410 379 420 5 370 390 362 360 m 327,50 347,50 321,00 347,50 Sa 64,49 64,49 60,69 58,52 Sp 55,85 55,85 52,56 50,68 Syx 3118,75 2935,00 2693,75 MPR RL MPR-RL yc 317,53 330,00 328,29 Preenchimento de falhas das série Análise de Consistência: Dupla massa • Plotagem das precipitações acumuladas do posto (ordenada) em análise com a média dos valores acumulados da região (abscissa); • Mudança de tendência indica inconsistência que pode variar de acordo com o problema. • A plotagem é realizada para valores mensais e no sentido do passado para o presente, quando os valores presentes serão corrigidos Método da Dupla massa : correção • O valor corrigido é obtido por Pc = Pa* + Ma/Mo x Po Pc = precipitação corrigida Pa = precipitação quando ocorre a alteração; Ma e Mo inclinação das retas desejada e que deve ser corrigida; Po = Po-Pa* Po o valor a ser corrigido Ma = 1,0448 e Mo = 1,1667 Método da Dupla massa : correção Vetor Regional É definido como uma série cronológica, sintética, de índices pluviométricos anuais (ou mensais), extraídos por um método de máxima verossimilhança da informação contida nos dados de um conjunto de estações agrupadas regionalmente. 1) preenchimento de dados pluviométricos; 2) análise de consistência. Constitui uma alternativa, assim como o método de duplas massas, para realizar:
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