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ESTRADAS E TRANSPORTES

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ESTRADAS E TRANSPORTES
A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE TRANSPORTE NA ECONOMIA
ALEXANDRE SOARES DA SILVA
MAT. 201401022235
RESUMO
 Os transportes correspondem ao conjunto de materiais e instrumentos técnicos utilizados no deslocamento de pessoas e cargas de um lugar para o outro. No contexto do desenvolvimento dos países e das sociedades, os meios de transporte são uns dos principais elementos para garantir a infraestrutura, ou seja, o suporte material para que tal crescimento instrumentalize-se. Quanto maior o crescimento econômico de um determinado país – o que equivale dizer que há uma maior presença de indústrias, atividades agrárias e comerciais –, maior a demanda e a pressão sobre os meios de transporte. Nesse caso, se esses meios não tiverem uma estrutura adequada para suportar essa carga, fatalmente o desenvolvimento desse país encontrará maiores desafios e dificilmente se concretizará. Por esse motivo, dizemos que os transportes, ao lado da comunicação, são um elemento estratégico para qualquer país ou governo, portanto, entender o funcionamento e as características dos meios de transporte é entender também o próprio processo de evolução das sociedades, pois todo país precisa de um sistema de transporte eficiente e adequado às condições de seu território para desenvolver-se. Assim, quando vemos notícias de que o governo anuncia a construção, por exemplo, de uma grande rodovia, ferrovia ou hidrovia, entendemos que essa ação é fruto de uma necessidade latente de crescimento para gerar mais riquezas, empregos e investimentos. Outra consideração necessária é a de que os diferentes sistemas de deslocamento articulam-se em redes, as redes de transportes, que costumam também ser chamadas de modais. Como toda rede, os transportes articulam-se por nós, que são pontos fixos, e linhas, que são os fluxos. Isso acontece com os transportes rodoviário, ferroviário, hidroviário, marítimo, aéreo, entre outros. Desse modo, a eficiência desses modais, bem como a capacidade de interligação (o que chamamos de intermodalidade), é determinante para inferir a capacidade de um determinado país de desenvolver-se em um futuro a médio e longo prazo. É por isso que ouvimos costumeiramente muitas pessoas dizendo que os transportes formam o “gargalo” de crescimento de qualquer território do mundo
Transportes no Brasil
 Há um predomínio da utilização das rodovias, apesar da relativa importância das ferrovias e das hidrovias para os meios de transporte do Brasil. O Brasil é um país com dimensões continentais, apresentando uma larga extensão norte-sul, além de uma grande distância no sentido leste-oeste em sua porção setentrional. Por esse motivo, é necessária uma ampla rede articulada que ligue os diferentes pontos do território nacional a fim de propiciar o melhor deslocamento de pessoas e mercadorias. Além disso, para que o país possa ampliar as exportações, importações e, principalmente, os investimentos estrangeiros, é necessário que os meios de transporte ofereçam condições para que os empreendedores tanto do meio agrário quanto do meio industrial possam ter condições de exercer suas funções sociais. No Brasil, a estratégia principal foi a de priorizar a estruturação do sistema rodoviário – sobretudo a partir do Governo JK – em detrimento da construção de ferrovias e hidrovias, que só recentemente vêm recebendo maiores investimentos.
As rodovias no Brasil
 O transporte rodoviário no Brasil foi, e ainda é, o meio responsável pela maior parte dos fluxos de bens e pessoas no país, que priorizou a sua construção para favorecer as empresas estrangeiras do setor automobilístico e promover a entrada delas no país. A expectativa era estruturar o modal rodoviário a fim de propiciar a construção de polos industriais de automóveis no Brasil com o objetivo de ampliar a geração de empregos, embora hoje as indústrias desse setor empreguem cada vez menos trabalhadores, em função das novas tecnologias fabris.
 Outra característica da implantação das rodovias no Brasil foi a integração das diferentes partes do território brasileiro, que concentrou seus investimentos nas regiões litorâneas. Esse quadro começou a mudar ao longo do século XX, destacando-se a construção da capital Brasília. Assim, rodovias como Belém-Brasília, Cuiabá-Porto Velho e tantas outras tinham como preocupação estabelecer a ligação entre pontos e localidades até então desconectados.
 A grande crítica a essa dinâmica questiona a opção por rodovias, algo não muito recomendado para países com larga extensão territorial, como o Brasil. Em geral, as estradas costumam ter um custo de manutenção mais elevado do que outros meios de transporte, como o ferroviário e o hidroviário, além de um maior gasto com combustíveis e veículos. Em virtude dos elevados custos e da política neoliberal de redução dos gastos públicos em investimentos estruturais, iniciou-se uma campanha de privatização das rodovias, que encontrou o seu auge na década de 1990, mas que ainda ocorre atualmente através de concessões públicas.
 Apesar disso, a qualidade das rodovias no Brasil é bastante ruim, além da larga quantidade de estradas não pavimentadas. Elas oneram os gastos públicos, que muitas vezes não conseguem atender às necessidades principais, fator que não se modifica nem com as privatizações, uma vez que as concessões costumam ocorrer apenas com as estradas que já estão prontas e estruturadas.
As ferrovias no Brasil
 O transporte ferroviário no Brasil foi predominante até o final do século XIX, quando estruturava os deslocamentos de mercadorias da economia cafeeira, sendo, por essa razão, bastante consolidado na região Sudeste. As ferrovias, apesar dos elevados custos em suas construções, possuem baixos gastos em manutenção, o que não impediu que, de 1950 até os dias atuais, várias delas fossem sucateadas e até desativadas.
 Além disso, existem várias ferrovias no Brasil em construção, mas que as obras encontram-se inacabadas, muito embora os recentes investimentos por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) trabalhem para modificar esse cenário. A principal ferrovia no Brasil em construção é a Ferrovia Norte-Sul, que já possui algumas áreas concluídas e em operação (ou com uso e operação a serem efetuados em breve).
 Após a privatização de boa parte das ferrovias nacionais na década de 1990 e da derrocada da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), empresa estatal responsável por administrá-las, a participação das ferrovias no Brasil até aumentou, apesar de atender interesses e deslocamentos muito específicos e limitados. Ainda hoje, a malha ferroviária nacional concentra-se nas regiões Sul e Sudeste.
As hidrovias no Brasil
 O transporte hidroviário é o que possui a menor representatividade e participação nos sistemas de deslocamento nacional, o que é uma grande contradição, haja vista o grande potencial que o país possui para esse modal. No Brasil, a rede hidroviária é muito ampla e muitos rios são navegáveis sem sequer exigir a construção de grandes empreendimentos e estruturas, como obras de correção e instalação de equipamentos.
 Uma justificativa para a negligência de investimentos nas hidrovias brasileiras é a existência de muitos rios de planalto, que são mais acidentados e exigem mais obras de correção para facilitar o transporte. Os rios de planície, mais facilmente navegáveis, encontram-se em áreas afastadas dos grandes centros econômicos.
 Por outro lado, cita-se a concentração de investimentos em rodovias em áreas onde o mais indicado seria o investimento em hidrovias, cujo exemplo mais notório é o caso da Transamazônica, uma estrada construída quase que paralelamente ao rio Amazonas, de fácil navegação.
 No entanto, a partir dos anos 1980 e sobretudo após a criação do Mercosul, que passou a exigir mais das hidrovias para a integração do Cone Sul, os investimentos públicos nessa área elevaram-se, mas ainda são insuficientes. As principais hidrovias do Brasil são a Tietê-Paraná, a do Rio São Francisco,a do Amazonas, entre outras.
Os aeroportos no Brasil
 A mobilidade de pessoas, mercadorias e matérias-primas no mundo, foi viabilizada em virtude de evoluções e inovações ocorridas nos meios de transportes, como no transporte aéreo, por exemplo. O transporte aéreo permite a locomoção de pessoas e determinadas mercadorias pelo ar, isso por meio de aeronaves, como aviões e helicópteros. O uso desse tipo de transporte se intensificou após a Segunda Guerra Mundial, com a expansão do comércio internacional e das empresas multinacionais e/ou transnacionais. Esse é o meio de deslocamento em massa mais rápido, isso pelo fato de percorrer grandes distâncias em tempo reduzido se comparado com o transporte marítimo, por exemplo. A principal infraestrutura é o aeroporto, local de grande espaço físico que proporciona a saída (decolagem) e entrada (aterrissagem) de aeronaves. O meio de transporte em questão obteve, nas últimas três décadas, um incremento significativo, especialmente em relação ao transporte de pessoas. Isso aconteceu, principalmente, em virtude da elevação na incidência das relações financeiras entre países, pela modernização dos aviões e helicópteros e pela diminuição dos custos das passagens aéreas.
 Na tentativa de baratear ainda mais os valores dos translados internacionais, as mais importantes empresas fabricantes de aviões pretendem criar modelos com capacidade de transportar até 800 pessoas de uma só vez. Apesar do enorme dinamismo que o transporte aeroviário proporciona, seus custos são elevados, fato resultante dos valores operacionais, como manutenção, combustíveis, entre outros.
 O transporte de cargas por esse tipo de meio não é muito viável em virtude do alto custo, determinado pela limitação da capacidade de carga dos aviões. As aeronaves não podem carregar toneladas de soja, por exemplo, como fazem os navios. Diante disso, o transporte aéreo é indicado em caso de produtos perecíveis e leves, e urgências no tempo de entrega.
 Em resumo, o que se percebe é que os meios de transporte no Brasil precisam de diversificação para que haja menos dependência das rodovias nos deslocamentos de mercadorias e pessoas. Em geral, é necessária a instalação de uma matriz multimodal, ou seja, com vários sistemas de transportes diferentes integrados. Outra necessidade é uma maior integração rumo ao oeste do país, principalmente em direção aos países sul-americanos e ao Oceano Pacífico, com vistas a ampliar as trocas comerciais dentro do continente e em direção aos países asiáticos.
Política de transportes da UE
 Os transportes são um setor económico importante (representam 4,8% do valor acrescentado bruto dos 28 países da UE no seu conjunto, ou seja, 548 mil milhões de euros) e oferecem mais de 11 milhões de postos de trabalho na Europa. A Comissão Europeia tem por objetivo desenvolver e promover políticas de transportes eficientes, seguras e sustentáveis, a fim de criar condições para a existência de uma indústria competitiva que gere empregos e prosperidade.
Principais desafios do setor dos transportes europeu
 Perante a crescente mobilidade da nossa sociedade, a política da UE procura ajudar o setor dos transportes a encontrar uma resposta para os principais desafios com que se confronta:
Congestionamento: afeta tanto o tráfego rodoviário como o tráfego aéreo e custa à Europa cerca de 1% do seu PIB anual, num contexto de crescimento do transporte de passageiros e de mercadorias.
Dependência do petróleo: apesar das melhorias em termos de eficiência energética, os transportes continuam dependentes do petróleo para satisfazer 96% das suas necessidades energéticas. O petróleo vai rarear no futuro, dado que provém, de forma crescente, de regiões instáveis do mundo. Estima-se que, até 2050, o preço do petróleo aumente para mais do dobro do preço de 2005
Emissões de gases com efeito de estufa: até 2050, a UE terá de reduzir em 60% as emissões provenientes dos transportes em relação aos níveis de 1990, por forma a garantir que o aquecimento global não excede os 2º C.
Infraestruturas: a qualidade não é uniforme em toda a UE.
Concorrência: o setor dos transportes europeu enfrenta uma concorrência crescente 
de mercados de transportes em rápido desenvolvimento noutras regiões do mundo.
Realizações da política de transportes da UE
 Nos últimos vinte anos registaram-se progressos consideráveis no setor dos transportes europeu, que proporcionaram:
céus, mares e estradas mais seguros
horários de trabalho dignos para os trabalhadores do setor dos transportes
maiores possibilidades de escolha para os passageiros e as empresas
menos poluição
progressos tecnológicos no sentido de diminuir a poluição causada pelos transportes
Transportes inteligentes e sustentáveis
 A UE apoia a investigação e a inovação bem como a utilização eficaz de novas tecnologias ecológicas de transportes. Foram estabelecidas, nomeadamente, novas regras que obrigam os países da UE a promover as tecnologias limpas (automóveis com propulsão elétrica ou a hidrogénio; camiões, batelões e navios com propulsão a gás), mediante a disponibilização de um número mínimo de postos de carregamento e abastecimento.
Infraestruturas e financiamento
 Desde janeiro de 2014, a UE tem uma nova política de infraestruturas de transporte que ligarão o continente de leste a oeste e de norte a sul. Esta política visa colmatar as lacunas entre as redes de transporte nacionais, eliminar as limitações que ainda impedem o bom funcionamento do mercado único e ultrapassar as barreiras técnicas, como normas incompatíveis no domínio do tráfego ferroviário. Financiada no âmbito do Mecanismo Interligar a Europa, com um orçamento de 26 mil milhões de euros até 2020, a política de infraestruturas de transporte beneficiará também do plano trienal de investimentos da Comissão, destinado a obter investimentos públicos e privados de, pelo menos, 315 mil milhões de euros até 2017.
Transportes nos EUA e a economia
 Os Estados Unidos possuem uma extensiva malha rodoviária, ferroviária e hidroviária. De fato, a quilometragem destas malhas são as maiores do mundo em suas respectivas categorias. Existem cerca de 75 mil quilômetros de rodovias e vias expressas de alta capacidade. Para cada 100 habitantes, existem cerca de 75 veículos motorizados (carros, caminhões e ônibus) e 56,1 automóveis. Caminhões transportam cerca de um quarto de toda a carga transportada no país.
 Trens transportam cerca de 35% de toda a carga transportada no país, enquanto respondem por apenas 1% dos passageiros movimentados. O contrário acontece com as linhas aéreas americanas, que transportam 18% dos passageiros mas menos de 1% da carga no país. O mercado estadunidense de passageiros no setor aéreo é a maior do mundo. Nova Iorque, Chicago, Atlanta, Los Angeles, Dallas, Washington, DC e San Francisco destacam-se como grandes centros aeroportuários.
 Cerca de 15% de toda a carga transportada no país é transportada via hidrovias como rios e lagos, além de mares e oceanos. Los Angeles-Long Beach, Nova Iorque-Nova Jérsei, Filadélfia, San Francisco, New Orleans, Miami e Houston destacam-se como grandes centros portuários. O porto mais movimentado dos Estados Unidos por número de navios atendidos é o de New Orleans, enquanto o porto mais movimentado do país, em tonelagem de carga movimentada, é o de Los Angeles-Long Beach
Meios De Transporte Na Ásia
 Atualmente 50 países compõem o continente asiático, sendo este o maior, tanto em extensão territorial como em população, tendo uma enorme diversidade cultural e diferentes tipos de sistemas governamentais, entre outras peculiaridades. Neste continente, temos as maiores e menores nações do planeta. Dentre os países asiáticos, China e Índia juntos possuem uma população de quase 3 bilhões de pessoas. O Japão é o décimo país mais populoso do planeta e a capital Tóquio possui a maior área metropolitana do globo, com cerca de 30 milhões de pessoas. Também pode-se destacar a Rússia, uma das grandes potências nucleares e que ocupa a nonaposição dos países mais populosos.
 A China é o país mais populoso e o terceiro em extensão, possui o maior sistema ferroviário rápido do mundo e o terceiro em tamanho. A partir da década de 90 o governo passou a investir em rodovias, visando interligar todo o país através de autoestradas. Possui cerca de 500 milhões de bicicletas em todo país e nos últimos anos a produção e venda de automóveis também aumentaram consideravelmente. Por muito tempo um meio de transporte comum e de tração humana foi o Riquexás, tendo desaparecido no final da segunda guerra mundial. No início da década de 90 surge o ciclo-riquexás, como forma alternativa e mais barata de transporte. 
 Segundo país mais populoso do planeta, a Índia é uma das civilizações mais antigas da humanidade, com uma rica diversidade religiosa e cultural. Possui a quarta maior linha ferroviária. A inserção de veículos motorizados no país é baixa, nas últimas décadas o governo investiu em estradas e infraestrutura no país. O transporte público é o principal meio de locomoção para a maioria da população, sendo um dos mais utilizado no mundo.
 A Rússia, grande potência nuclear, maior país em extensão territorial, está entre os 10 mais populosos. Possui a segunda maior malha ferroviária, perdendo apenas para os Estados Unidos. Grandes cidades possuem um sistema de transporte moderno e diversificado.
 O Japão por sua vez, uma das 5 maiores potências econômicas, possui sofisticados trens, sendo o transporte mais comum para viajar pelo país. Devido à grande quantidade de ilhas que o compõem, outro meio de transporte muito utilizado são os Ferry, serviços de barcos, mais barato que o terrestre, porém mais demorado.
Conclusão
 Concluímos que os transportes são o principal elo de ligação entre as cidades. Sendo assim, permite a locomoção de mercadorias e serviços a longa distância, o que permite interagir com economias do mundo inteiro. Os meios de transportes junto com a comunicação possibilitou o rápido avanço das cidades que só podem se comunicar dessa forma, assim facilita o comercio em grande escala, auxiliando de uma maneira extremamente importante a economia. 
Sem elas não haveria um interação global como há hoje, e os transportes são extremamente necessários para a nossa economia globalizada.

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