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PRF 2018 Bloco 3 AlfaCon improbidade administrativa(2)

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Sanções por Improbidade Administrativa .......................................................................................................2
Penalidades ....................................................................................................................................................................2
Declaração de Bens ............................................................................................................................................................2
Procedimento Administrativo e do Processo Judicial ..................................................................................................3
Representação ................................................................................................................................................................3
Processo Judicial ................................................................................................................................................................3
Disposições Penais .............................................................................................................................................................4
Afastamento Temporário .................................................................................................................................................4
Prescrição ............................................................................................................................................................................5
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Sanções por Improbidade Administrativa
Ao praticar um ato caracterizado como improbidade administrativa, o responsável estará sujeito 
a diversas penalidades:
 independentemente das sanções penais, civis e administrativas;
 aplicação isolada ou cumulativa;
 de acordo com a gravidade do fato.
Penalidades
 » PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA;
 » SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS;
 » INDISPONIBILIDADE DOS BENS (na verdade, trata-se de uma medida cautelar);
 » RESSARCIMENTO AO ERÁRIO;
 » PERDA DOS BENS OU VALORES ACRESCIDOS ILICITAMENTE (enriquecimento 
ilícito);
 » MULTA CIVIL;
 » PROIBIÇÃO DE CONTRATAR COM O PODER PÚBLICO (ou receber benefícios ou incen-
tivos fiscais ou creditícios).
 → Penalidades que somente serão dadas após o trânsito em julgado da sentença condenatória:
 suspensão dos direitos políticos;
 perda da função pública.
Suspensão dos Direitos 
Políticos Multa Proibição de Contratar
Enriquecimento Ilícito 8 a 10 anos Até 3x valor do enri-quecimento 10 anos
Prejuízo ao erário 5 a 8 anos Até 2x valor do dano causado 5 anos
Atentar contra os prin-
cípios 3 a 5 anos Até 100x remuneração 3 anos
 → No momento de fixar essas penas, o juiz levará em conta:
 a extensão do dano causado;
 o proveito patrimonial obtido pelo agente.
 → A aplicação dessas penalidades independe:
 da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público (salvo quanto à pena de ressarcimento);
 da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou 
Conselho de Contas.
Declaração de Bens
A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos 
bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal 
competente.
essa declaração também deverão constar, se for o caso, os bens e valores patrimoniais do cônjuge 
ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do decla-
rante (excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico).
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 → Essa declaração será atualizada:
 ˃ anualmente;
 ˃ na data em que deixar o exercício (do cargo, mandato, emprego ou função).
No caso de recusa em prestar essas informações no prazo determinado (ou prestar informação 
falsa) → Punição com demissão a bem do serviço público (sem prejuízo de outras sanções cabíveis).
O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada à De-
legacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de 
qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência de atualização.
Procedimento Administrativo e do Processo Judicial
Representação
Ela pode ser escrita ou verbal (será reduzida a termo e assinada) e conterá a qualificação do re-
presentante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhe-
cimento.
Feita por qualquer pessoa (qualificada – não pode ser de forma anônima) à autoridade admi-
nistrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de 
improbidade.
Na falta dessas formalidades, a autoridade administrativa rejeitará a representação (mas isso não 
impede a ação do Ministério Público).
Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos 
fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 
da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os 
respectivos regulamentos disciplinares.
A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de 
Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade. 
O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar repre-
sentante para acompanhar o procedimento administrativo.
Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público 
ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do sequestro dos bens 
do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.
Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas ban-
cárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados 
internacionais.
Processo Judicial
 → AÇÃO PRINCIPAL → segue o rito ordinário e pode ser proposta (dentro de 30 dias da efetivação 
da medida cautelar):
 pelo Ministério Público;
 pela pessoa jurídica interessada.
A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação do res-
sarcimento do patrimônio público.
No caso da ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, a pessoa jurídica interessada 
integrará a lide na qualidade de litisconsorte, devendo suprir as omissões e falhas da inicial e apre-
sentar ou indicar os meios de prova de que disponha.
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O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como 
fiscal da lei, sob pena de nulidade.Na ação de improbidade administrativa é vedada a transação, acordo ou conciliação.
A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intenta-
das que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.
A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da 
existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação 
de qualquer dessas provas, observada a legislação vigente, inclusive as disposições inscritas nos arts. 
16 a 18 do Código de Processo Civil.
Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requeri-
do, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, 
dentro do prazo de quinze dias.
Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a 
ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inade-
quação da via eleita.
Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação. Da decisão que receber a 
petição inicial, caberá agravo de instrumento.
Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbidade, o juiz extin-
guirá o processo sem julgamento do mérito.
Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos por esta Lei o disposto 
no art. 221, caput e § 1º do Código de Processo Penal.
A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos bens 
havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da 
pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.
Disposições Penais
Nos termos da Lei 8.429/92, constitui crime a representação por ato de improbidade contra 
agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente, com pena de 
detenção de 6 a 10 meses e multa.
Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos mate-
riais, morais ou à imagem que houver provocado.
Afastamento Temporário
A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente 
público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida 
se fizer necessária à instrução processual.
Não se trata de penalidade (haja vista que o agente continua recebendo sua remuneração), mas 
sim de medida cautelar que objetiva preservar a instrução processual.
Para apurar qualquer ilícito previsto na Lei 8.429/92, o Ministério Público, de ofício, a requeri-
mento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto 
no art. 14 da lei supracitada, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimen-
to administrativo.
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Prescrição
 → As ações destinadas a levar a efeitos as sanções da Lei de Improbidade prescrevem:
 ˃ EM 5 ANOS após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de 
confiança;
 ˃ ATÉ 5 ANOS da data da apresentação à Administração Pública da prestação de contas final 
pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1º desta Lei.
Apesar dessa previsão na Lei 8.429/92, vale lembrar que a Constituição Federal, em seu art. 37, 
§5º, dispõe serem imprescritíveis as ações civis de ressarcimento ao erário.
 ˃ DENTRO DO PRAZO PRESCRICIONAL PREVISTO EM LEI ESPECÍFICA para faltas 
disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo 
efetivo ou emprego (5 anos se for regido pela Lei 8.112/90).
EXERCÍCIOS
01. Qualquer cidadão brasileiro é parte legítima para ingressar com ação judicial voltada à conde-
nação de autoridade pública pela prática de ato de improbidade administrativa.
Certo ( ) Errado ( )
02. O servidor que estiver sendo processado judicialmente pela prática de ato de improbidade 
somente perderá a função pública após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
Certo ( ) Errado ( )
03. Apenas o Ministério Público possui legitimidade para representar, contra ato de improbida-
de administrativa, à autoridade administrativa competente. Assim, a representação somente 
poderá ser apresentada de forma escrita, devendo conter a qualificação do representante, as 
informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento, 
sob pena de ser rejeitada.
Certo ( ) Errado ( )
04. Qualquer pessoa, independentemente de identificação, poderá representar à autoridade admi-
nistrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato 
de improbidade.
Certo ( ) Errado ( )
05. Luiz Henrique, servidor público federal, celebrou contrato de rateio de consórcio público sem 
suficiente e prévia dotação orçamentária, tendo sido processado pela prática de ato de impro-
bidade administrativa. Vale salientar que a conduta do servidor foi culposa, mas ocasionou 
prejuízos ao erário. Nesse caso, e nos termos da Lei n° 8.429/1992, Luiz Henrique
a) pode ser condenado, dentre outras sanções, à suspensão dos direitos políticos de cinco a oito 
anos.
b) está sujeito, exclusivamente, à sanção de ressarcimento do dano.
c) não deve ser condenado por improbidade, haja vista que não agiu com dolo.
d) pode ser condenado, dentre outras sanções, ao pagamento de multa civil de até três vezes o 
valor do dano.
e) pode ser condenado, dentre outras sanções, à suspensão dos direitos políticos de oito a dez 
anos.
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06. Após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança, as 
ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas na Lei n° 8.429/92 podem ser propostas 
até
a) 20 anos.
b) 15 anos.
c) 5 anos.
d) 10 anos.
e) 2 anos.
GABARITO
01 - ERRADO
02 - CERTO
03 - ERRADO
04 - ERRADO
05 - A
06 - C

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