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HISTOLOGIA TEMA Histologia do rim, ureter e bexiga Dra. Patrícia Chipoletti Esteves/ Dra. Regina Cauduro Caro aluno, Estes slides contêm somente tópicos relacionados aos conteúdos discutidos em aula. Para ter acesso ao conteúdo completo, consulte a bibliografia indicada no Plano de Aula. APARELHO URINÁRIO Dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. Rins Em quantidade de dois, os rins têm o formato de um grão de feijão e o tamanho aproximado de uma mão fechada. Estão localizados logo acima da cintura, entre o peritônio e a parede posterior do abdome. São descritos como órgãos retroperitoneais, por estarem posicionados por trás do peritônio da cavidade abdominal. FUNÇÕES DOS RINS Manutenção da homeostase (produção da urina). Secreção de hormônios . 1. renina: participa da regulação da pressão sanguínea. 2. Eritropoetina (estimula a produção de eritrócitos). Participa, junto com a pele e o fígado, da ativação da vitamina D3. A manutenção da homeostase se dá pela produção da urina. Esse processo é complexo e envolve: 1. Filtração. 2. Absorção ativa. 3. Absorção passiva. 4. Secreção. A cada 24 horas são produzidos cerca 1,5 L de urina. TÚBULOS URINÍFEROS Unidades funcionais do rim Cada túbulo urinífero é formado por duas porções funcionais: 1. Néfron – formado por: Corpúsculo renal ou de Malpighi. Túbulo contorcido proximal. Alça de Henle (parte delgada e espessa). Túbulo contorcido distal. 2. Túbulo coletor * Conecta o túbulo contorcido distal ao ducto coletor. Rim corado com HE – cápsula do rim e corpúsculos renais na região cortical. Tecido conjuntivo denso TIPOS DE NÉFRONS 1. Corticais Representam cerca de 80% dos néfrons. Os glomérulos estão localizados na região mais externa do córtex, as alças são mais curtas e avançam pouco na medula. 2. Justamedulares Representam cerca de 20% a 30% dos néfrons. Os glomérulos estão localizados mais profundamente no córtex, as alças são mais longas e avançam profundamente na medula. TÚBULOS URINÍFEROS Unidades funcionais do rim O CORPÚSCULO RENAL ou CORPÚSCULO DE MALPIGHI é uma estrutura oval ou redonda com cerca de 200µm a 250µm de diâmetro, formado por: 1. Cápsula de Bowman: estrutura dilatada em forma de taça que envolve uma rede de vasos capilares denominada glomérulo. 2. Glomérulo: é um tufo capilar localizado dentro da cápsula de Bowman. Ao penetrar na cápsula, a arteríola aferente divide-se em várias alças capilares, formando o glomérulo. Esses capilares voltam a se unir formando a arteríola eferente que sai da cápsula de Bowman pelo pólo vascular. Pólo urinário Pólo vascular POLO URINÁRIO E VASCULAR DO CORPÚSCULO RENAL Polo vascular Polo urinário CÁPSULA DE BOWMAN A cápsula de Bowman possui dois folhetos: Externo ou folheto parietal: formado por epitélio pavimentoso simples apoiado sobre uma lâmina basal e camada delgada de fibras reticulares. Interno ou folheto visceral: folheto acoplado aos capilares. Formado por células epiteliais modificadas, os podócitos (do grego podos, pés), que possuem prolongamentos primários e secundários. Entre os prolongamentos secundários existe um espaço conhecido como fenda de filtração. Os podócitos estão apoiados sobre uma membrana basal. Entre os dois folhetos, há o espaço capsular, que recebe o líquido filtrado através da parede dos capilares e do folheto visceral. LÂMINA BASAL E MEMBRANA BASAL Entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo há uma fina camada de células chamada lâmina basal (só visível ao ME). Essa lâmina é formada pelas seguintes estruturas: lâmina densa (mais espessa) e lâmina lúcida (mais fina). Em alguns casos, fibras reticulares estão intimamente associadas à lâmina basal, constituindo a lâmina reticular. A membrana basal é uma expressão utilizada para designar uma camada espessa, situada abaixo do tecido epitelial. Esta estrutura é formada pelo glicocálice do epitélio, a lâmina basal (rara + densa), a lâmina reticular e todas as fibras de ancoragem da lâmina reticular ao tecido conjuntivo subjacente (visível ao MO). MEMBRANA BASAL NO SISTEMA URINÁRIO MB: membrana basal. CR: corpúsculo renal. TD: túbulo contorcido distal. TP: túbulo contorcido proximal. Nome dado ao tecido conjuntivo em que se apoiam os epitélios que revestem os órgãos ocos, como no sistema urinário, respiratório e digestório. LÂMINA PRÓPRIA traqueia FOLHETO VISCERAL DA CÁPSULA DE BOWMAN PODÓCITOS São células que formam a camada visceral do glomérulo e compõem a barreira de filtração glomerular. São formados por um corpo celular de onde partem prolongamento primários e secundários (pedicelos). Entre os prolongamentos secundários dos podócitos vizinhos há lacunas. Essas lacunas são preenchidas por uma membrana de nefrina e são conhecidas como fendas de filtração ou diafragmas de fenda. São nestes locais que a filtração ocorre. CAPILARES DO GLOMÉRULO Os capilares dos glomérulos são do tipo fenestrados, com uma membrana basal entre as células endoteliais e os podócitos. A membrana basal glomerular é formada por três diferentes lâminas: 1. Lâmina interna lúcida; 2. Lâmina densa e 3. Lâmina externa lúcida. A membrana basal dos capilares + a membrana basal dos podócitos forma a barreira de filtração, responsável pela formação do filtrado glomerular. O filtrado glomerular tem composição semelhante ao plasma sanguíneo, no entanto, não possui proteínas, pois as macromoléculas não conseguem ultrapassar a parede dos capilares. BARREIRA DE FILTRAÇÃO TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL E DISTAL Rim corado com HE – TCD (túbulo contorcido distal); TCP (túbulo contorcido proximal: células com orla em escova). Rim corado com HE – túbulos contorcidos distal (menos corado e sem vilosidades) e túbulo contorcido proximal. TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL E DISTAL Túbulo Contorcido Proximal Situado, em grande parte, na região cortical. Nos cortes de MO, os lumens desses túbulos aparecem reduzidos. As células dos túbulos distais possuem: Epitélio cúbico simples. Nos cortes de MO são vistos com mais frequência próximos dos corpúsculos renais. A região apical do citoplasma apresenta microvilos – orla em escova. Rim corado com HE – p (túbulo contorcido proximal); d (túbulo contorcido distal); glom (glomérulo). TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL E DISTAL Túbulo Contorcido Distal Situado na região cortical. Os lumens desses túbulos são mais amplos que os dos túbulos proximais. Determinada parte do túbulo distal encosta no corpúsculo renal e, nesse local, sua parede sofre modificações: as células tornam-se cilíndricas, altas, com núcleos alongados e próximos uns dos outros. Essa região é chamada de mácula densa. As células dos túbulos distais possuem: Epitélio cúbico simples. Nos cortes de MO são vistos com mais frequência próximos dos corpúsculos renais. Suas células não apresentam orla em escova. MÁCULA DENSA MÁCULA DENSA Um segmento do túbulo contorcido distal situa-se no ângulo entre as arteríolas aferentes e eferentes, no polo vascular do corpúsculo renal. Nessa região, as células do TCD são mais altas e têm núcleos maiores e mais proeminentes que as demais. Essa formação é chamada de mácula densa, por seu aspecto mais compactado à microscopia óptica. Acredita-se que essas células atuem no controle da pressão: elas são sensíveis aos níveis de íons sódio e água dos capilares e produzem moléculas sinalizadoras que promovem a liberação da enzima renina pelo aparelho justaglomerular. CÉLULA MESANGIAL Células com formato irregular, encontradas entre os capilares, no interior do corpúsculo renal (intraglomerulares), e, também, no polo vasculardo corpúsculo renal (extraglomerulares). São ricas em microtúbulos e microfilamentos, o que lhes conferem a capacidade de contração. Contêm receptores para o fator natriurético (vasodilatador). Garantem suporte estrutural. Sintetizam matriz extracelular. Fagocitam e digerem substâncias estranhas retidas na barreira de filtração. As células mesangiais endoteliais (extraglomerulares) causam contração da musculatura lisa das arteríolas aferentes e eferentes. APARELHO JUSTAGLOMERULAR Células justaglomerulares ou células JG: são células modificadas das arteríolas aferentes e eferentes. Essas células apresentam aparelho de Golgi e retículo rugoso desenvolvidos. Produzem renina que, indiretamente, aumenta a pressão arterial. Mácula densa: células modificadas do túbulo contorcido distal em sua região próxima às arteríolas aferentes e eferentes. Excretam moléculas sinalizadoras para as células JG liberarem renina. Células mesangiais extraglomerulares. Funções pouco conhecidas. URETER Tubo de 30 cm de comprimento e 4 mm de diâmetro. Sua parede é similar à dos cálices, pelve renal e bexiga. As paredes do ureter e da bexiga contêm pregas. Quando a urina passa, essa parede se distende e as pregas se achatam. O terço distal do ureter possui uma camada muscular externa longitudinal que se soma às duas camadas presentes no restante do ducto. A urina circula graças ao peristaltismo e não em função da gravidade. Epitélio de transição – estratificado Lâmina própria – tecido conjuntivo BEXIGA Na bexiga vazia o urotélio tem de seis a oito camadas de células. As células mais superficiais são frequentemente globosas e de superfície convexa, também chamada de células em abóbada. Quando a bexiga está vazia o número de camadas diminui, o epitélio torna-se mais delgado e as células superficiais mais achatadas. LINKS DE INTERESSE Atlas digital da UFRGS http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/index.htm Anatomia patológica, neuropatologia e neuroimagem da Unicamp http://anatpat.unicamp.br/neupimportal.html
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