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Questões anteriores ED 4 PROTEÍNAS DE ADESÃO 1. Defina Junção oclusiva (Tight junctions): Presente em células epiteliais que estão no topo do tecido, ou seja, na parte mais apical do tecido, em contato com a luz do órgão. Essa junção impede a passagem de qualquer tipo de substância (nem água, nem nada passa por entre a célula), isso é fundamental porque tudo que for entrar no sistema obrigatoriamente precisa atravessar, ser absorvido pela célula. Mas no sentido invertido, ou seja, sair do sistema para a luz de determinado tecido, como no trato respiratório pode desfazer essas junções que tem entre células para permitir a saída da água. Mas isso é um caso peculiar, específico. Não são encontradas as tight junctions em todas as células, porque nem todas as células vão estar em contato com a luz de algum órgão. Quem tiver no meio, abaixo dela (ou seja, onde eu tenho célula em cima, células do lado, célula embaixo) não tem a necessidade de ter as tight junctions. O mesmo acontece com os hemidesmossomos, nem toda célula está em contato com a lâmina basal, com tecido conjuntivo, então nem toda célula vai ter os chamados hemidesmossomos em contato com proteínas de matriz. Faz parte da sua composição claudina e ocludina. 2. Defina cinturão de adesão (Junção aderente): Também conhecida como zônula de adesão ou desmossoma em cinturão, é uma estrutura juncional localizada logo abaixo da junção oclusiva e que também de uma estrutura em fita, fazendo a volta em todo o perímetro da célula. Trata-se de uma estrutura com a função de ancoragem, garantindo a adesão célula-célula, e, ao contrário da junção oclusiva, o espaço intercelular na junção aderente é mais amplo. Sua estrutura molecular é formada por uma placa citoplasmática aderida à face interna da membrana plasmática, que aparece mais escura ao microscópio eletrônico. Nessa placa estão aderidas proteínas chamadas cateninas, que ligam a placa aos filamentos de actina do citoesqueleto. Da placa, partem filamentos de caderinas e nectina, em direção ao meio externo, os quais se ligam aos filamentos de caderinas e nectinas da células vizinhas, fazendo assim a ancoragem célula-célula. A placa é formada diversos tipos de proteínas: desmoplaquina, placoglobina e placofilina. Dentre o grupo de proteínas conhecidas como caderinas, a desmogleína e a desmocolina são as que estão presentes na junção aderente. 3. Qual a importância de: a) Caderina: As caderinas são moléculas de adesão dependentes do cálcio que permitem a ligação entre células vizinhas. Cada uma das células que são ligadas possuem sempre o mesmo tipo de caderina que a outra sendo as interacções entre elas homofílicas. Ligam-se à célula através de cateninas. Possuem função de formação e manutenção da integridade dos tecidos. As caderinas são glicoproteínas transmembranárias de passo simples contendo de 700 a 750 aminoácidos, sendo as principais moléculas de adesão celular responsáveis pela adesão célula-célula nos tecidos dos vertebrados. Formam uma superfamília, que abrange as caderinas clássicas - inicialmente reconhecidas á superfície celular, são algumas delas: Caderina E: abundantes nos epitélios; Caderina P: abundantes na placenta; Caderina N: abundantes no sistema nervoso; e as caderinas não-clássicas, encontradas em grande quantidade no tecido nervoso e em alguns outros tecidos, algumas também com função de adesão. b) Selectina As selectinas são moléculas de adesão dependentes do cálcio que actuam em conjunto com as integrinas sendo bastante importantes para a migração dos leucócitos através dos vasos sanguíneos visto que ajudam a fixar o leucócito ao endotélio do vaso. As interacções são do tipo heterofílicas visto que as selectinas se ligam a moléculas diferentes de si próprias. fazem ligação celular. c) Integrina As integrinas são moléculas de adesão independentes do cálcio ou magnésio que ligam as células à matriz extracelular. Integrinas são intermediadoras na comunicação entre o citoesqueleto celular e proteínas plasmáticas ou da matriz extracelular por meio da adesão célula-a- célula através de interações com outras proteínas de membrana. Além da função de adesão, as integrinas são reconhecidas moléculas de sinalização capazes de realizar a transdução de mensagens por vias de sinalização clássica, graças a sua estrutura molecular. Desse modo, as integrinas podem ser consideradas moduladores chave da proliferação, migração, longevidade, migração e ainda, a manutenção das funções específicas de diferenciação celular. d) Imunoglobulinas As imunoglobulinas são moléculas de adesão independentes do cálcio que ligam células vizinhas através de interacções homofílicas ou heterofílicas. são glicoproteínas sintetizadas e excretadas por células plasmáticas derivadas dos linfócitos B, os plasmócitos, presentes no plasma, tecidos e secreções, que atacam proteínas estranhas ao corpo, chamadas de antígenos, realizando assim a defesa do organismo 4. Além de função adesiva, que outras funções as moléculas de adesão podem exercer? • Formação e manutenção da integridade dos tecidos. • Intermediadoras na comunicação entre o citoesqueleto celular e proteínas plasmáticas ou da matriz extracelular • Sinalização e transdução de mensagens por vias de sinalização clássica • Moduladores chave da proliferação, migração, longevidade • Manutenção das funções específicas de diferenciação celular. 5. Dentre as moléculas adesivas, distingua aquelas que participam de funções permanentes daquelas de funções transitórias. As células residentes, como o próprio nome diz, são aquelas que se encontram fixas ao TCPD, por meio da ação de proteínas ligantes e ali permanecem até padecerem. As células residentes do TCPD são: fibroblastos, pericitos, miofibroblastos, melanócitos, macrófagos e mastócitos. Ex.: Caderina, integrina. As células transitórias por sua vez, consistem na população de leucócitos que, durante seu processo normal de vigília do corpo ou durante processos patológicos (ex.: infecções), atravessam a barreia endotelial, chegam ao TCPD, onde assim podem atuar frente à ameaça (microorganismos, partículas, venenos, etc.). Os tipos celulares transitórios do TCPD são: linfócitos, neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Dentre eles, o mais frequentemente encontrado é o plasmócito (uma variedade do linfócito B). Os leucócitos encontram-se descritos detalhadamente no tópico TECIDO SANGUÍNEO. Ex.: Imunoglobulina, selectina (leucócitos). 6. Explique como as moléculas de adesão atuam na formação de um tecido. 7. Qual é a principal função dos desmossomas e quais são suas proteínas constituintes? Uma das mais importantes junções celulares é o desmossomo (do grego desmos, ligação, e somatos, corpo). Um desmossomo pode ser comparado a um botão de pressão constituído por duas metades que se encaixam, estando uma metade localizada na membrana de uma das células e a outra na célula vizinha. Os desmossomos formam uma ponte entre duas células vizinhas, por onde se conectam os filamentos intermediários, formando uma estrutura de grande força tensora. Sua estrutura é composta de várias proteínas de ancoramento intracelular (placoglobina e desmoplaquina) que é responsável pela conexãodo citoesqueleto às proteínas de adesão transmembrana (desmogleina e desmocolina), que pertecem à família das caderinas. 8. Qual é a função dos hemidesmossomas e quais as suas proteínas constituintes? Hemidesmossomo é o resultado da divisão em dois do desmossomo, com cada parte pertencendo a uma célula filha presente na membrana basal. Os hemidesmossomos ou meio-desmossomos sãosemelhante ao desmossomo, porém ligam a membrana plasmática de uma célula à lâmina basal adjacente, por meio de filamentos de queratina que estão ligados à proteína de ancoramento plectina. Do mesmo modo que os contatos focais, os hemidesmossomos possuem integrinas. Estas proteínas se encontram agrupadas e seus domínios citosólicos se unem a filamentos intermediários de queratina (e não a filamentos tensores de actina). Os seus extracitosólicos, no entanto, se conectam a fibrilas de colágeno do tipo IV, existentes somente na lâmina basal. PROTEÍNAS DE MATRIZ EXTRACELULAR 1. Explique como é composta a matriz extracelular: A matriz extracelular é formada por elementos fluidos e fibrosos. Os fluidos são: as glicosaminoglicanas (polissacarídeos), Polímeros lineares são ramificados de dissacarídeos -polissacarídeos longos, não-flexíveis, com carga negativa elevada. Contribuindo para a resistência as forças de compressão (água); e proteoglicanas (complexos glicoprotéicos), formadas pelas ligações covalentes entre glicosaminoglicanase e uma molécula de proteína. Podendo ser moléculas grandes, agrecana, ou moléculas pequenas. Os fibrosos são: as proteínas estruturais, colágeno ou fibras colágenas, que são fibra flexível e inelástica com grande força de tensão, apresentando diversos tamanhos e formas de organização. Os diversos tipos de colágenos são representados por algarismos romanos, sendo os principais os do tipo I, II, III, IV, V e VII, que são encontrados em maior quantidade no organismo humano; e proteínas adesivas, que são a fibronectina e laminina, ambas glicoproteínas fibrosas. A primeira ajuda as células a aderirem à matriz, encontrada em todos os vertebrados, possuindo vários domínios de ligação para outras moléculas da matriz e para receptores da superfície celular. A derradeira uma glicoproteína grande em forma de cruz composta de 3 cadeias polipeptídicas (A, B1e B2), localizada predominantemente na lâmina basal. 2. Qual a importância da matriz extracelular? Várias são as funções da matriz extracelular, nas quais as mais importantes são: • Preencher os espaços não ocupados pelas células; • Resistência aos tecidos; • Meio por onde chegam os nutrientes e sejam eliminados os dejetos celulares; • Ancoragem para as células; • Veiculo de migração das células; • Meio para transporte de sinais intercelulares. 3. Descreva: a) Metaloproteinases As metaloproteinases de matriz formam um grupo de enzimas, com a habilidade comum de degradar vários componentes da matriz extracelular, principalmente colágeno, elastina, laminina, fibronectina e proteoglicanos. Elas também estão envolvidas em vários processos fisiológicos, como, por exemplo, o desenvolvimento embrionário, ovulação e a renovação e remodelação da matri extracelular b) Colágeno O colágeno ou colagénio é uma proteína de importância fundamental na constituição da matriz extracelular do tecido conjuntivo (classe mais abundante de proteínas do organismo humano e representa mais de 30% de sua proteína total), sendo responsável por grande parte de suas propriedades físicas. O colágeno é sintetizado intracelularmente em pequenas porções e exportado para fora da célula, onde, através da atuação de enzimas polimerizantes, é definido com a estrutura própria de colágeno, em alfa-hélice-tripla. A molécula de colágeno possui uma composição de aminoácidos não muito comum. É formado por um grande número de glicinas e prolinas, assim como por mais dois aminoácidos que são modificados após serem colocados pelos ribossomos: a hidroxiprolina e a hidroxilisina. Esses dois últimos são derivados respectivamente da prolina e da lisina através de processos enzimáticos que são dependentes da vitamina C. Por esse motivo, a deficiência dessa vitamina leva ao escorbuto, uma doença relacionada a problemas na síntese do colágeno,causa muita hemorragia. c) Colagenase Colagenases são enzimas que quebram as ligações peptídicas do colágeno. Elas ajudam a destruir estruturas extracelulares na patogênese de bactérias como Clostridium. Elas são considerados um fator de virulência, facilitando a propagação de gangrena gasosa. Eles normalmente visam o tecido conjuntivo nas células dos músculos e outros órgãos do corpo.[1] Colágeno, um componente essencial da matriz extracelular de animais, é feito através de clivagem de pro-colágeno por colagenase uma vez segregado da célula. Isso interrompe a formação de grandes estruturas dentro da própria célula. Além de ser produzida por algumas bactérias, a colagenase pode ser produzida pelo corpo como parte da sua resposta imune normal. Esta produção é induzida por citocinas, que estimulam as células como fibroblastos e osteoblastos, e podem causar dano tecidual indireto. d) Elástina A elastina é uma proteína de função estrutural que forma fibras elásticas. Costumam ocorrer em lugares como o pavilhão auditivo, o conduto auditivo externo, a trompa de Eustáquio, a epiglote, a cartilagem cuneiforme da laringe e nas artérias elásticas. Normalmente, têm uma coloração amarelada. A elastina se caracteriza por formar fibras mais finas que aquelas formadas pelo colágeno. Essas fibras cedem bastante à tração, mas retornam à forma original quando é cessada a força. Essa propriedade é responsável pela manutenção da pressão sangüínea nos períodos de diástole do ventrículo esquerdo, ou seja, quando o sangue não está saindo do coração. A Elastina confere a estas fibras elasticidade e resistência. d) Proteoglicanas São proteínas extracelulares ligadas à glicosaminoglicanos (estruturas que possuem um dos açúcares aminados e normalmente sulfatados). Os glicosaminoglicanos possuem alta quantidade de carga negativa e por isso acabam atraindo uma nuvem de cátions, onde o mais atraído é o sódio que traz com ele moléculas de água. Essa capacidade dos glicosaminoglicanos de atrair cátions e água, confere aos proteoglicanos a função de dar a matriz extracelular uma característica hidratada. Além disso os proteoglicanos têm a função de dar rigidez a matriz, resistindo à compressão e preenchendo espaços. Alguns proteoglicanos ainda podem estar ancorados na membrana, podendo se ligar a fatores de crescimento e a outras proteínas, servindo como sinal para as células. Eles também podem formar géis que atuam como um filtro para regular a passagem de moléculas através do meio extracelular, e ainda, podem bloquear, ativar ou guiar a migração celular através da matriz. 4. Dentre as proteínas de matriz, cite 3 delas e as suas finalidades. • Os colágenos são proteínas que formam longas cadeias e se enrolam num hélice triplo, resultando em fibras com uma grande força tênsil; • Os proteoglicanos são longas cadeias de polissacarídeos ligados a proteínas, formando igualmente uma massa de grande resistência (a cartilagem é um tecido formado essencialmente por proteoglicanos e colágenos); • As glicoproteínas desenvolvem moléculas ramificadas com uma grande viscosidade, protegendo assim as células, como acontece na clara do ovo; • As integrinas são as moléculas que asseguram a “comunicação” entre as células e entre estas e a matriz extracelular (são glicoproteínas especiais).
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