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Resumo Primeiros Socorros Aula 01 a 05

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AULA 01
Introdução ao Salvamento e à Sobrevivência.
Introdução:
Nessa aula serão introduzidos os conceitos de primeiros socorros e atendimento pré-hospialar, assim como os conceitos de urgência e emergência. Serão apresentadas as habilidades e competências do socorrista leigo e qual a legislação que rege o Atendimento de emergência e quais deverão ser as ações iniciais do socorrista ao chegar ao cenário do socorro como sinalização, balizamento e bioproteção.
Presenciar uma situação de urgência ou emergência na via pública:
Como profissional que atua em segurança pública, esta é uma situação na qual você está exposto e, sendo referência para a população, ela exigirá de você uma pronta resposta. 
Costumamos dizer que a vida da vítima, envolvida em um acidente ou mal súbito, depende da testemunha, pois, sem determinadas ações simples, na maioria das vezes, a vítima poderá morrer.
Como definir se existe urgência ou emergência:
Urgência: 
É toda situação que necessita de intervenção rápida, entretanto, não confere risco imediato à vida do indivíduo.
Emergência:
É toda situação que necessita de intervenção imediata, pois confere risco imediato à vida do indivíduo.
Deixar de prestar socorro, direta ou indiretamente a um indivíduo, em situação de emergência, é crime previsto em lei 2.848, segundo o artigo 135 do Código Penal Brasileiro. 
É claro que o socorro prestado deverá ser de acordo com suas habilitações, ou seja, alguns procedimentos realizados pelo socorrista leigo (não profissional de Saúde), serão diferentes dos procedimentos realizados por um médico ou um enfermeiro, e para assegurar legalmente o socorrista que não é profissional da Saúde, em suas ações, foram criados protocolos, ou seja, diretrizes, definindo passo a passo o que deverá ser feito para essa vítima, dentro das limitações de cada um. 
Todas as diretrizes apresentadas nesta disciplina são protocolos internacionais de atendimento pré-hospitalar.
Atendimento Pré-Hospitalar (APH) e Primeiros Socorros:
Primeiros socorros: 
São as ações imediatas, em uma situação de emergência, envolvendo pouco recurso e realizadas por indivíduo leigo sem treinamento; 
Atendimento pré-hospitalar: 
É utilizado para designar o atendimento realizado com alguns recursos e equipamentos apropriados por um indivíduo com treinamento para tal.
Em nossa disciplina, utilizaremos o termo “Atendimento pré-hospitalar (APH)” para definir todo atendimento prestado a uma vítima, em situação de urgência ou emergência fora do ambiente hospitalar; e socorrista para o indivíduo que irá realizar este atendimento.
Personagem mais importante:
Quais deverão ser as ações iniciais ao se deparar com uma situação dessas?
Antes de tudo, o mais importante é garantir a segurança dos socorristas, pois este indivíduo é considerado o personagem mais importante do cenário, jamais este profissional deverá arriscar sua vida, pois se algo lhe acontecer, quem irá realizar o socorro?!
Avalie a cena, identifique os riscos, neutralize-os e se proteja!
Imagine um cenário em que o atendimento é realizado na pista de rolamento e o veículo está vazando gasolina. Agora, observe e pense em todos os riscos oferecidos aos socorristas:
Se você observou o risco de atropelamento pelos veículos que podem vir pela faixa de rolamento e risco de explosão devido à parte elétrica do veículo colidido em contato com o combustível, salvou sua vida!
 
Então, em cenários semelhantes a esse, somente se aproxime quando o local estiver devidamente sinalizado e protegido.
Regulamentação da sinalização em locais de acidente:
RESOLUÇÃO 36, DE 21 DE MAIO DE 1998.
Estabelece a forma de sinalização de advertência para os veículos que, em situação de emergência, estiverem imobilizados no leito viário, conforme o art. 46 do Código de Trânsito Brasileiro. 
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB; e conforme Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve: 
Art.1º O condutor deverá acionar de imediato as luzes de advertência (pisca-alerta) providenciando a colocação do triângulo de sinalização ou equipamento similar à distância mínima de 30 metros da parte traseira do veículo. 
Parágrafo único. O equipamento de sinalização de emergência deverá ser instalado perpendicularmente ao eixo da via, e em condição de boa visibilidade.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Sempre que possível desligue a bateria do veículo, caso haja vazamento volumoso de combustível ou produtos químicos no caso de caminhões, aguarde o socorro especializado (Corpo de Bombeiros). 
Em casos de acidentes com caminhões de transporte, observe se há sinalização no veículo que indique a presença de produtos perigosos.  
Consulte também o manual da Agência nacional de transportes terrestres (ANTT) sobre a sinalização de veículos transportadores de cargas perigosas.
Controlando a segurança:
Alguns produtos podem ser voláteis e tóxicos mesmo que não entrem em contato com você, por isso se posicione sempre com o vento vindo por trás de seu corpo.
Sempre que não for possível controlar a segurança da cena, como, grandes incêndios, locais energizados por fios soltos e outros, aguarde socorro especializado.
Cinemática do Trauma:
Após ser garantida a segurança da cena, é necessário avaliar qual foi o mecanismo do trauma e qual foi a cinemática envolvida (cinemática do trauma), ou seja, o que aconteceu e como aconteceu, assim como a utilização de dispositivos de segurança (cinto de segurança, airbag, capacete).   
Essa ação permite você definir se o evento foi traumático (atropelamento, lesão por arma de fogo, colisão de veículos, lesão por arma branca, agressão, queda e outros), ou se foi um evento de origem clínica (mal súbito), assim como a energia cinética dispersada. 
Isso dará ideia da gravidade do evento, impedindo que subestime as lesões potencialmente graves que não pode ver. 
A abordagem da vítima de trauma é diferente da abordagem da vítima de mal súbito (emergência clínica), pois as causas que levam ao óbito são diferentes, sendo assim as prioridades no atendimento são outras. 
Discutiremos sobre essas prioridades na próxima aula. 
Em uma vítima de trauma, quanto maior a energia envolvida, maior será a gravidade de suas lesões, mesmo que não possamos vê-las, por exemplo, em um evento de capotamento, onde há grande dispersão de energia cinética, mesmo que a vítima esteja fora do veículo andando e falando, não significa que ela não apresente lesões internas que possam evoluir com gravidade.  
Possíveis lesões:
Além de sugerir a gravidade das lesões, a avaliação da cinemática do trauma também nos sugere as possíveis lesões que poderemos encontrar, por exemplo, observe a figura a seguir:
Podemos sugerir que em uma colisão frontal, a vítima poderá apresentar as seguintes lesões:
Trauma de crânio;
Trauma no pescoço;
Trauma no tórax;
Trauma no abdome; 
Trauma no quadril; 
Trauma na coxa; e,
Trauma na perna.
Avaliação do número de vítimas:
A avaliação do número de vítimas no cenário também é imprescindível, pois o protocolo de atendimento que utilizaremos para atender uma vítima é diferente do protocolo que utilizaremos para acidente com múltiplas vítimas. Veremos essas diferenças nas próximas aulas.
Após avaliar e garantir a segurança da cena, avaliar a cinemática do trauma e o número de vítimas, devemos nos proteger quanto aos riscos oferecidos pelo corpo do paciente, ou seja, os riscos biológicos. 
Riscos biológicos: 
São aqueles oriundos de vírus, bactérias, fungos e outros microrganismos causadores de doenças, que poderão estar presentes no sangue, secreção e outros fluidos corporais. 
Os riscos biológicos ocorrem por meio de micro-organismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contatocom tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc.
Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por micro-organismos incluem-se: tuberculose, brucelose, malária, febre amarela.
Para que essas doenças possam ser consideradas doenças profissionais, é preciso que haja exposição do funcionário a estes micro-organismos.
São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos diversos setores de trabalho sejam adequadas.
Os riscos biológicos em laboratórios podem estar relacionados com a manipulação de:
Agentes patogênicos selvagens;
Agentes patogênicos atenuados;
Agentes patogênicos que sofreram processo de recombinação;
Amostras biológicas;
Culturas e manipulações celulares (transfecção, infecção);
Animais.
Todos os itens citados acima podem tornar-se fonte de contaminação para os manipuladores. As principais vias envolvidas num processo de contaminação biológica são a via cutânea ou percutânea (com ou sem lesões - por acidente com agulhas e vidraria, na experimentação animal - arranhões e mordidas), a via respiratória (aerossóis), a via conjuntiva e a via oral.
Há uma classificação dos agentes patogênicos selvagens que leva em consideração os riscos para o manipulador, para a comunidade e para o meio ambiente. Esses riscos são avaliados em função do poder patogênico do agente infeccioso, da sua resistência no meio ambiente, do modo de contaminação, da importância da contaminação (dose), do estado de imunidade do manipulador e da possibilidade de tratamento preventivo e curativo eficazes.
As classificações existentes (OMS, CEE, CDC-NIH) são bastante similares, dividindo os agentes em quatro classes:
Classe 1: onde se classificam os agentes que não apresentam riscos para o manipulador, nem para a comunidade (ex.: E. coli, B. subtilis);
Classe 2: apresentam risco moderado para o manipulador e fraco para a comunidade e há sempre um tratamento preventivo (ex.: bactérias - Clostridium tetani, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus; vírus - EBV, herpes; fungos - Candida albicans; parasitas - Plasmodium, Schistosoma);
Classe 3: são os agentes que apresentam risco grave para o manipulador e moderado para a comunidade, sendo que as lesões ou sinais clínicos são graves e nem sempre há tratamento (ex.: bactérias - Bacillus anthracis, Brucella, Chlamydia psittaci, Mycobacterium tuberculosis; vírus - hepatites B e C, HTLV 1 e 2, HIV, febre amarela, dengue; fungos - Blastomyces dermatiolis, Histoplasma; parasitos - Echinococcus, Leishmania, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi);
Classe 4: os agentes desta classe apresentam risco grave para o manipulador e para a comunidade, não existe tratamento e os riscos em caso de propagação são bastante graves (ex.: vírus de febres hemorrágicas).
Em relação às manipulações genéticas, não existem regras pré-determinadas, mas sabe-se que pesquisadores foram capazes de induzir a produção de anticorpos contra o vírus da imunodeficiência simiana em macacos que foram inoculados com o DNA proviral inserido num bacteriófago. Assim, é importante que medidas gerais de segurança sejam adotadas na manipulação de DNA recombinante, principalmente quando se tratar de vetores virais (adenovírus, retrovírus, vaccínia). Os plasmídeos bacterianos apresentam menor risco que os vetores virais, embora seja importante considerar os genes inseridos nesses vetores (em especial, quando se manipula oncogenes).
De maneira geral, as medidas de segurança para os riscos biológicos envolvem:
Conhecimento da Legislação Brasileira de Biossegurança, especialmente das Normas de Biossegurança emitidas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança;
O conhecimento dos riscos pelo manipulador;
A formação e informação das pessoas envolvidas, principalmente no que se refere à maneira como essa contaminação pode ocorrer, o que implica no conhecimento amplo do microrganismo ou vetor com o qual se trabalha;
O respeito das Regras Gerais de Segurança e ainda a realização das medidas de proteção individual;
Uso do avental, luvas descartáveis (e/ou lavagem das mãos antes e após a manipulação), máscara e óculos de proteção (para evitar aerossóis ou projeções nos olhos) e demais Equipamentos de Proteção Individual necessários,
Utilização da capela de fluxo laminar corretamente, mantendo-a limpa após o uso;
Autoclavagem (esterilização) de material biológico patogênico, antes de eliminá-lo no lixo comum;
Utilização de desinfetante apropriado para inativação de um agente específico.
Biossegurança:
Para nos protegermos dos risos biológicos devermos respeitar as normas de biossegurança. 
Segundo a ANVISA, biossegurança é:
“Condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente”. 
No caso dos socorristas, a norma de biossegurança mais importante a ser seguida é a utilização das precauções universais. 
Precauções universais, ou precauções padrão:
São medidas de proteção contra a contaminação por fluidos corporais como sangue, saliva e secreções. 
A utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) faz parte desse conjunto de precauções e confere esta proteção que é de extrema importância para a saúde do socorrista.
EPI:
Entre os EPIs que o socorrista precisa ter, para realizar um atendimento, estão:
Observe esta imagem com os socorrista atuando devidamente paramentados:
Conheça outro cuidado muito importante que um socorrista não pode deixar de ter:
Vacinação:
Além da utilização de EPI, é mandatório que todos os profissionais que atuam em Segurança Pública e que poderão/deverão atuar, eventualmente, como socorristas, estejam devidamente vacinados, principalmente contra: 
Hepatite B;
BCG; 
Tétano. 
Caso haja contaminação por material biológico, ou seja, se acidentalmente você entrar em contato com sangue, secreções ou qualquer outro material biológico, lave imediatamente o local com água e sabão e procure o hospital mais próximo imediatamente para dar início ao protocolo de acidente com material biológico. No hospital, o profissional de Saúde que realizar o seu atendimento saberá orientá-lo. 
Outra medida importante de biossegurança é a lavagem das mãos. Lembre-se sempre de realizar este procedimento pelo menos: 
Ao término de um atendimento; 
Antes e depois de ir ao banheiro;
Antes de se alimentar; e, 
Antes de manipular os alimentos. 
AULA 02
Avaliação da Vítima no Ambiente Pré-Hospitalar (APH).
Introdução:
Nesta aula, deveremos aprender como deverá ser a abordagem inicial da vítima politraumatizada, estratificando as prioridades para manutenção da vida e as diferenças para um atendimento a uma única ou a múltiplas vítimas.
Abordagem inicial à vítima politraumatizada:
Antes de falarmos sobre as prioridades no atendimento a uma vítima de evento traumático, precisamos entender basicamente como são e como funcionam as principais funções do corpo humano responsáveis pela manutenção da vida. 
Todos os sistemas do corpo humano são importantes para vida, entretanto, alguns são imprescindíveis, e não podem ficar mais do que alguns minutos sem funcionar, pois isso levaria o indivíduo à morte. Aqui veremos os dois principais sistemas para manutenção da vida que é o sistema respiratório e o sistema cardiovascular.
Sistema respiratório:
O sistema respiratório é responsável em captar ar oxigenado do meio ambiente em uma concentração de 21% (no nível do mar) e levá-lo até os alvéolos pulmonares, que são as estruturas mostradas e estão posicionados no final dos brônquios.
Em volta dos alvéolos estão os capilares alveolares, que são vasos por onde passa o sangue. 
Durante o seu trajeto pela superfície do alvéolo há a difusão de O2 de dentro do alvéolo para o capilar e de CO2 para dentro do alvéolo, fenômeno que chamamos de hematose, assim o sangue fica oxigenado e é transportado por todo o corpo pelo sistemacardiovascular até as células mais distantes. 
O O2 funciona como combustível para produção de energia para o funcionamento do corpo, sem ele as células começam a entrar em sofrimento e morrem. 
Agora sabemos que para manutenção da vida, os sistemas respiratório e cardiovascular não podem parar de funcionar, o nosso organismo não aguentaria mais do que alguns minutos sem esses sistemas funcionando! 
Esse princípio é o que nos norteia para estratificar (selecionar) as prioridades no atendimento da vítima em uma situação de emergência.
Vítima de Trauma e Vítima de Mal Súbito:
É importante ressaltar que existem diferenças de prioridades entre o atendimento da vítima de trauma e o atendimento a uma vítima de mal súbito, as causas de morte são diferentes, por isso o protocolo é diferente.
Vítima de trauma:
O que leva uma vítima de trauma a uma parada cardiorrespiratória (PCR) é a hipóxia, ou seja, a falta de oxigênio nos tecidos, normalmente devido à obstrução das vias aéreas ou perda de volume de sangue (choque hipovolêmico).
Sendo assim, basicamente, as prioridades para atender uma vítima de trauma serão: via aérea, respiração e circulação (ABC).
Vítima de mal súbito:
A vítima de mal súbito, na grande maioria das vezes, tem como causa primária de parada cardiorrespiratória uma arritmia cardíaca, isto é, primeiro o coração para de funcionar e imediatamente os outros sistemas.
As prioridades no atendimento a uma vítima de mal súbito será circulação, via aérea e respiração (CAB).
Por onde começar o atendimento de um indivíduo que foi atropelado?
Um princípio básico a ser seguido, é não desviar a sua atenção para as lesões mais chamativas, por exemplo, tratar a fratura exposta, que não vai matá-lo, em curto prazo de tempo, e esquecer que ele pode estar inconsciente e com sangue obstruindo a via aérea. 
Sendo assim devemos nos basear em uma sequência sistematizada, de acordo com as prioridades para avaliar e resolver os problemas encontrados. 
O atendimento deverá obedecer um protocolo.
Avaliação primária:
A avaliação primária é dividida em seis etapas:
Impressão Geral:
Nessa etapa, o socorrista fará uma avaliação global rápida (15 a 30 segundos) do estado respiratório e circulatório.
Ao se aproximar do doente, ele deverá observar se ele está respirando efetivamente, se está acordado ou não, se apresenta movimentos voluntários e coordenados e se há sangramento externo importante.
Pergunte à vítima: “O que aconteceu?”, se o indivíduo responder de forma coerente, significa que sua via aérea está pérvia, ou seja, não há nada que obstrua a passagem de ar pelo nariz boca e traqueia, que os pulmões conseguem aspirar ar para o seu interior e que a pressão sanguínea é suficiente para manter a irrigação cerebral adequada. 
Isso não significa que essa vítima não esteja grave, entretanto, não serão necessárias medidas imediatas para manutenção da vida; imobilize a cabeça e faça uma inspeção para identificar lesões potencialmente graves.  
Depois dessa avaliação você poderá decidir quais os recursos irá solicitar, de acordo com a rotina do seu serviço. Por exemplo, se a vítima não responde e tem muito sangue na cavidade oral, você poderá pensar na possibilidade de acionar um socorro aeromédico.
O socorro aeromédico é o translado ou remoção de doentes graves, por meio de helicópteros ou aeronaves, de um ponto A para outro ponto B, ou em situações em que o doente necessite de um transporte entre hospitais que seja mais adequado por via aérea.
Avaliação da via aérea (air way):
Nessa etapa, você verificará e garantirá a permeabilidade da via aérea da vítima assim como a estabilização da coluna cervical, sempre que possível, para não causar um segundo trauma.
Inspecione a cavidade oral e fique atento aos sons emitidos durante a respiração. 
Uma via aérea obstruída emite sons ruidosos durante a respiração, cornagem (batimento da asa do nariz) e estridor. 
A principal causa de obstrução da via aérea é a língua, que é um órgão muscular preso à mandíbula. 
Ao ficar inconsciente, o indivíduo tem o relaxamento de toda a musculatura, inclusive desse órgão (língua) que “cai” sobre a hipofaringe obstruindo a passagem do ar.
Existem técnicas para desobstruir a via aérea ao mesmo tempo em que estabilizamos a coluna cervical.
Mas por que devemos estabilizar a coluna?
Observe a imagem que mostra a estrutura anatômica da coluna vertebral:
A medula faz parte do sistema nervoso central e é responsável por todos os comandos do corpo junto com o cérebro, está acondicionada no interior forame vertebral conforme demostra a imagem a seguir:
Quando o indivíduo sofre um evento traumático ele poderá fraturar a coluna com ou sem lesão medular. Observe a imagem de uma fratura vertebral que atingiu a medula:
Caso esse indivíduo seja manipulado de maneira inadequada ele poderá ter lesões neurológicas irreversíveis, inclusive tetraplegia. 
Sendo assim, as técnicas de abertura de via aérea que preservam a integridade da coluna cervical são as elegíveis. 
Técnicas de abertura de via aérea:
Uma delas é a tração da mandíbula:
Nessa manobra, os dedos polegares apoiam no osso zigomático e os indicadores empurram o ângulo da mandíbula para frente, tracionando a língua e desobstruindo a via aérea, fazendo o mínimo de movimento da coluna cervical. 
Após a tração da mandíbula, o socorrista deverá inspecionar a cavidade oral, se houver sangue, secreção, vômito ou qualquer substância líquida, deverá ser realizada aspiração das vias aéreas superiores, com auxílio de dispositivos utilizados para aspiração das vias aéreas. 
Caso você não tenha o dispositivo para aspiração da via aérea, lateralize a vítima em bloco (vítima deitada de lado). 
Após retirar sangue e secreção da cavidade oral, você poderá recorrer a uma cânula orofaríngea para manter a permeabilidade da via aérea em relação à queda da língua. 
Esse dispositivo só poderá ser utilizado em vítimas irresponsivas (nenhum estímulo), pois aquelas que têm o reflexo de vômito preservado poderão vomitar e comprometer a patência (desobstrução) da via aérea. Sendo assim, frente a qualquer reação do doente durante a inserção desta cânula, ela deverá ser retirada. 
Após garantirmos a permeabilidade das vias aéreas superiores nós poderemos passar para a próxima etapa do atendimento que é a avaliação da respiração.
Avaliação do padrão respiratório (Breath):
Nesta etapa, você deverá garantir uma ventilação e oxigenação adequada para o paciente. A ventilação é o trabalho mecânico do tórax para gerar uma pressão pulmonar negativa para que o ar entre pelas vias aéreas. 
A oxigenação é a entrada do oxigênio junto com o ar. Para uma vítima de trauma grave a concentração de O2 precisa ser maior do que a do ar ambiente.
Toda vítima de trauma grave deverá receber oxigênio suplementar em uma concentração aproximada de 100%, mas somente os profissionais de saúde estão habilitados a fornecer O2 suplementar sem regulação médica, entretanto, se no seu serviço você possui uma central de regulação médica, ou se há um profissional de Saúde no local, você poderá realizar este procedimento.
Caso contrário garanta uma ventilação adequada, isso ajudará bastante a sua vítima!
Um paciente com quadro de insuficiência ventilatória apresenta tiragem intercostal, ou seja, retração da musculatura do tórax entre os espaços das costelas (espaços intercostais), assim como utiliza a musculatura abdominal e do pescoço para auxiliar na ventilação.
Quando a vítima apresenta esse padrão ventilatório, ela necessita do que chamamos de ventilação assistida, que poderá ser fornecida com os seguintes dispositivos:
Após garantir uma adequada ventilação e oxigenação à vítima, passe para a próxima etapa do atendimento.
Circulação (circulation):
Nesta etapa, você irá avaliar a condição hemodinâmica da vítima, ou seja, se a parte circulatória está funcionando de forma adequada. 
A cor da pele;
A temperatura e umidade da pele;
Se há sangramento importante.
Se a vítima apresentar a pele fria,úmida e pálida, significa que há uma insuficiência circulatória, que nos casos de trauma, normalmente, são decorrentes de alguma hemorragia interna. A esse quadro damos o nome de choque, assunto que será visto na próxima aula.
Caso você identifique um sangramento aparente faça a contenção aplicando compressão direta.
As vítimas com sinais de choque que não apresentam sangramento externo provavelmente têm hemorragias internas, que só podem ser tratadas no hospital, dentro do centro cirúrgico, sendo assim, para esses indivíduos o melhor tratamento é o transporte rápido.
Disfunção neurológica:
Nessa etapa do exame, o socorrista deverá avaliar o nível de consciência da vítima, poderá elaborar perguntas simples como: “Você lembra o que aconteceu? Sabe que dia é hoje?”.
As vítimas que apresentam qualquer alteração do nível de consciência são consideradas graves.
Exposição e controle da hipotermia:
Agora você deverá expor as partes da vítima que aparentam ter lesões, por exemplo, caso você veja que há uma deformidade na região do corpo, ou a roupa esteja suja de sangue.
Após examinar a área você deverá aquecer o paciente com manta térmica.
Avaliação secundária:
A avaliação secundaria só deverá ser feita após a avaliação primária e as medidas salvadoras (abertura de vias aéreas com imobilização da cabeça, ventilação e oxigenioterapia, controle de hemorragias externas), caso haja tempo.
Nessa fase do exame, o socorrista deverá inspecionar da cabeça aos pés buscando por lesões potencialmente graves que ainda não foram observadas e a coleta do histórico do paciente.
Utilizamos o mneumônico SAMPLA: 
Sintomas;
Alergias;
Medicações;
Passado médico;
Líquidos e alimentos ingeridos;
Ambiente (eventos que levaram ao trauma).
O objetivo dessa abordagem sistematizada é identificar condições que ofereçam risco de morte à vítima e tratá-las conforme sua prioridade, otimizando o tempo em cena. 
Devemos lembrar que o tratamento definitivo deste doente é no hospital, sendo assim, quanto mais rápido for seu transporte adequado, melhor será seu prognóstico e mais chances teremos de salvá-lo com o menor número de sequelas possíveis.
START (Simple Triage and Rapid Treatment):
Quando você se depara com um evento que apresenta uma quantidade de vítimas maior do que a sua capacidade de atendimento, chamamos de Acidente com Múltiplas Vítimas (AMV) e, nessas situações, seguimos outra lógica de atendimento.  
A sequência ABCDE não é utilizada nessas situações, pois a prioridade não é salvar o mais grave e sim salvar o maior número de vítimas, para isso utilizamos o protocolo START (Simple Triage and Rapid Treatment).
Nesse protocolo, o primeiro indivíduo que chega a cena, irá apenas fazer a triagem das vítimas, uma a uma. Serão avaliados a respiração, a circulação e o nível de consciência. 
Agora observe os seguintes cenários:
Caso haja alteração nesses três itens (respiração, a circulação e o nível de consciência), a vítima é classificada como vermelha.
Caso a vítima não apresente essas alterações, mas possui lesões que a impossibilitem de andar, será classificada como amarela. 
E aquelas que conseguem andar, mesmo com ajuda, classificaremos como verde.
Os óbitos serão classificadas como cinzas ou pretas.
Não é realizada reanimação cardiopulmonar, caso a vítima não respire com a abertura da via aérea, já podemos classificá-la como cinza.
Prevenção é sempre a melhor opção:
Ao chegarmos ao final de nossa aula é importante lembrar que o trauma é a primeira causa de morte entre os indivíduos jovens, e que o objetivo do socorrista é garantir a manutenção da vida e sua qualidade.  
Esses indivíduos estão em fase produtiva, gerando, além do problema de Saúde, um problema social.  
Muitas serão as vítimas que morrerão ou terão sequelas para o resto de suas vidas mesmo recebendo o atendimento adequado, sendo assim temos que pensar que a prevenção é sempre a melhor opção.
AULA 03
Hemorragia e Choque.
Introdução:
Nesta aula, serão apresentados os conceitos de hemorragia e choque e como se dá sua classificação, quais são os sinais e os sintomas de uma vítima com quadro de choque hemorrágico e como deverá ser a abordagem e o tratamento deste quadro em ambiente pré-hospitalar pelo socorrista.
Hemorragia e choque:
Para entendermos o que acontece com o corpo durante um quadro de choque circulatório, precisamos entender como funciona o sistema cardiovascular e qual a sua importância para nossa sobrevivência. Observe a imagem:
O sistema circulatório é composto basicamente pelo coração, pelo sangue e pelas artérias e veias que diminuem seu calibre progressivamente conforme saem do centro do corpo até chegar às extremidades e se transformarem em capilares.  
A função do coração é bombear o sangue através dos vasos sanguíneos até chegar a todos os tecidos do corpo. 
O sangue é um elemento imprescindível do sistema cardiovascular, pois é nele que estão as hemácias, que são as células que carregam o oxigênio, as proteínas, os eletrólitos, os nutrientes e muitos outros elementos essenciais para o bom funcionamento do restante dos sistemas e tecidos.
Ao observar a imagem do sistema circulatório, você pode perceber que o coração está centralizado no tórax, entre os pulmões, e quanto mais próximos estão os vasos do centro do corpo mais calibrados eles serão. 
Essa informação é importante para percebemos quais as lesões terão mais risco de causar sangramentos de maior gravidade.
Por exemplo, um sangramento proveniente do couro cabeludo, em um indivíduo adulto, por mais vultoso que seja não causará um sangramento tão grave quanto uma lesão de abdome ou tórax, que rapidamente poderá causar uma hemorragia grave levando a um quadro de choque.
Mas o que é um quadro de choque?
Para as células sobreviverem elas necessitam receber oxigênio e nutrientes, como já falamos. Para que essas moléculas cheguem a esses tecidos é necessário que a tríade cardiovascular esteja funcionando perfeitamente:
Volume (sangue);
Bomba;
Resistência (contração dos vasos sanguíneos).
Quando há um problema em um desses três elementos, a circulação não acontece de maneira adequada e não há pressão suficiente para transportar oxigênio e nutrientes aos tecidos e fazê-los passar dos capilares às células, ou seja, não acontece a difusão (passagem) de gases e moléculas através das membranas ao redor desses tecidos.
Sem o oxigênio, as células começam a produzir energia por meios alternativos, que fazem com que o sangue fique mais ácido, podendo levar a degeneração e a morte celular. 
A esta falência circulatória que faz com que as células comecem a sofrer devido à falta de O2 chamamos de choque circulatório.
Tipos de choque:
Existem quatro tipos de choque, dependendo de qual componente da circulação foi prejudicado, são eles:
Choque hipovolêmico: 
Quando há perda de volume de dentro do espaço intravascular, como, por exemplo, na hemorragia e na desidratação.
Choque cardiogênico: 
Quando o coração não consegue exercer sua função de bomba. Ex.: no infarto agudo do miocárdio ou nas arritmias cardíacas.
Choque obstrutivo: 
Quando há um aumento da pressão ao redor do coração, impedindo o retorno de sangue para suas cavidades e, consequentemente, diminuindo a saída de sangue pela aorta. Ex.: pneumotórax hipertensivo e tamponamento cardíaco.
Choque distributivo: 
Quando há um aumento no calibre dos vasos sanguíneos. 
Ex.: traumatismo raquimedular, sepse e anafilaxia.
Nas vítimas de trauma, o tipo de choque mais encontrado é o hipovolêmico, devido à perda de volume de sangue. 
A perda de uma quantidade significativa de volume de sangue, chamamos de hemorragia.  
Nos indivíduos acometidos por um evento traumático podemos encontrar uma hemorragia externa ou uma hemorragia interna.
 
O socorrista tem um papel fundamental no tratamento deste paciente até a chegada do socorro, pois é imprescindível que ele identifique os sinais de choque e controle os sangramentos externos, ou que informe o quadro de gravidade da vítima ao atendimentomédico para agilizar o transporte das vítimas com suspeita de hemorragia interna.
Sinais e Sintomas no Choque:
As prioridades, na abordagem desta vítima, não mudam:
Manutenção da via aérea;
Boa Ventilação;
Avaliação da circulação e controle de hemorragias:
Aumento da frequência respiratória;
Pele fria, úmida e pálida;
Sede;
Desorientação;
Inconsciência.
Então, é no número 3 (avaliação da circulação) que você buscará os sinais de choque:
Por isso, ao avaliar a circulação da vítima de trauma você deve:
Inspecionar a cor da pele;
Tocar a pele da vítima onde não há sangue com uma parte descoberta do seu braço para sentir a temperatura;
Procurar sinais de sangramento aparente.
Exposição e controle da perda de temperatura.
Caso haja sangramento aparente, a hemostasia (contenção da hemorragia) deverá ser imediata.
Como conter uma hemorragia externa?
Caso seja uma vítima de evento traumático, ela deverá estar deitada em superfície rígida com a coluna imobilizada, vias aéreas desobstruídas e ventilação monitorada.
Primeira indicação:
É a compressão direta com gaze ou uma compressa, caso não haja, utilize o pano mais limpo possível. 
ATENÇÃO: 
Não eleve a região que está sangrando! Isso poderá romper mais vasos importantes caso haja uma fratura que você não identificou.
Caso a gaze utilizada esteja suja de sangue, coloque outra por cima.
Se a gaze estiver muito ensopada, a ponto de pingar, e você já tiver colocado uma segunda por cima, retire o coloque outra limpa.
Segunda indicação:
Opção para contenção de uma hemorragia é a utilização do torniquete.
O torniquete deve ser largo (10 cm); 
Aplicar a um palmo fechado acima da lesão;
Monitorar o local para controle da hemorragia. Se não controlar, apertá-lo mais ou aplicar um 2º torniquete, acima do primeiro. 
A utilização do torniquete é segura por até 120 a 150 min.
Observe um dos diversos modelos de torniquete.
A parte que receberá o torniquete deverá estar exposta. 
Após o controle da hemorragia aqueça a vítima.
ATENÇÃO:
Hemorragia interna:
Quando a vítima apresenta sinais de choque, mas não possui sangramento externo, possivelmente ela tem uma hemorragia interna, nesse caso não há como controlar o sangramento, assim, o socorrista deverá informar ao Serviço de Emergência Médica para que agilize a chegada da ambulância para a remoção da vítima ao hospital o mais rápido possível.
Enquanto o socorro médico não chega, você deverá manter a via aérea aberta e a ventilação adequada dessa vítima.
Como podemos ver, ações simples podem fazer diferença entre a vida e a morte de um indivíduo de trauma.  
Ao ser preparado para estas ações você poderá ser essa diferença!
AULA 04
Lesões Traumáticas.
 Introdução:
Esta aula apresentará os tipos de lesões que poderemos encontrar nas vítimas politraumatizadas. Serão vistos os sinais, os sintomas e a abordagem da vítima com lesões na cabeça, tórax, abdome e membros como fraturas e luxação, entorses e lesões de partes moles e como deverá ser feito o transporte dessas vítimas.
Lesões Traumáticas:
Uma vítima de trauma pode apresentar lesões multissistêmicas, podendo oferecer risco de morte isoladamente ou quando estão associadas. Podem levar a vítima a óbito a curto ou em longo prazo.
Como vimos na aula anterior, as hemorragias são as principais causas de morte no trauma; elas podem matar um indivíduo rapidamente, entretanto, outros tipos de lesões poderão apresentar igualmente um quadro de gravidade.  
Além de morte, essas lesões poderão causar sequelas para o resto da vida do paciente, inviabilizando uma vida normal e produtiva. 
Alguns cuidados evitam que o quadro da vítima se agrave, ou evitam que possamos causar o que chamamos de segunda lesão ou lesões secundárias.
Lesões secundárias: 
As lesões secundárias são causadas pelo tratamento inicial inadequado, manipulação imprópria ou pela demora na identificação e tratamento definitivos. 
Um dos princípios básicos do atendimento pré-hospitalar é: 
NÃO CAUSAR DANOS! 
Como exemplo de lesões secundárias, podemos citar uma vítima com trauma de coluna que foi manipulada de forma errada. Ela poderá ter uma lesão medular grave perdendo todos os movimentos abaixo da área da lesão; se a lesão for na região cervical, ela ficará tetraplégica. 
É claro que medidas salvadoras são prioridades, por exemplo, se eu só consigo abrir a via aérea da vítima com elevação do queixo, eu farei, pois se não fizer essa vítima morrerá, entretanto, sempre que possível eu irei preservar a coluna e outras lesões que poderão acontecer. 
É importante lembrar que independente das lesões encontradas, as prioridades são o ABCDE da vítima, e só então trataremos as outras lesões. A seguir apresentaremos as principais lesões que podemos encontrar em vítimas de trauma.
Trauma crânio-encefálico (TCE):
Além do risco à vida da vítima, os traumatismos crânio-encefálicos trazem grandes riscos de sequelas neurológicas graves, que poderão repercutir de forma devastadora na vida do indivíduo. 
As principais causas de TCE são acidentes automobilísticos, quedas, atropelamentos e agressões, entre outras.
As lesões por TCE podem ser:
Primárias: 
Quando a lesão do tecido ocorre diretamente pelo trauma e não pode ser evitada pelo socorrista;
Secundárias: 
É a lesão que ocorre nos tecidos vizinhos devido à falta de oxigênio ou à diminuição de fluxo de sangue no cérebro, pelo aumento da pressão dentro da calota craniana e podem ser minimizadas ou até mesmo evitadas pelo socorrista.
Sinais e Sintomas:
As alterações do nível de consciência, em uma vítima de TCE, podem variar desde uma confusão mental até o coma.
Sempre que o indivíduo apresentar esquecimento, desorientação, perda da consciência mesmo que momentânea você deverá suspeitar de TCE: O que aconteceu? Quem sou eu? Onde estou?
Mesmo que a vítima apresente sinais de ingestão de bebida alcoólica, sempre pensar que a alteração do nível de consciência pode estar relacionada ao TCE, nunca ao álcool.
Lesões no couro cabeludo e face:
As lesões de couro cabeludo e face podem não resultar em lesão cerebral, mas sempre que identificá-las você não poderá descartá-las.
Se houver mecanismo de lesão que demostre gravidade, como por exemplo, um atropelamento, colisão de veículo ou trauma por um objeto pesado, você deverá imobilizar essa vítima, assistir o ABC e aguardar socorro para removê-la ao hospital.
Sangramentos orifíciais:
Sangramentos do ouvido e nariz podem ocorrer devido a uma lesão originada dentro do crânio.
Hematoma Periorbital (Sinal de Guaxinim):
O hematoma periorbital ocorre também devido a um sangramento originado dentro do crânio, geralmente associado a uma fratura de base de crânio.
	
Hematoma Retroauricular:
Assim como o hematoma periorbital, ocorre devido à fratura de base de crânio. Hematomas atrás do ouvido.
Outros sinais e sintomas:
Náuseas, vômitos, alteração do padrão respiratório, distúrbios visuais e convulsão podem estar associados ao TCE.
Abordagem:
O principal mecanismo de lesão no TCE é a hipóxia cerebral (falta de oxigênio nos tecidos), sendo assim, a principal preocupação, em uma vítima, com esse tipo de lesão é a proteção da via aérea e a ventilação.  
Como essas vítimas normalmente apresentam o sensório rebaixado (nível de consciência), sua via aérea fica desprotegida.
O controle das hemorragias importantes é imprescindível, pois o quadro de choque poderá piorar a hipóxia cerebral devido à diminuição na perfusão do cérebro.
Sangramentos do couro cabeludo e o próprio TCE não podem causar um quadro de choque, pois não há, na cabeça, grandes vasos para causar hemorragia importante, sendo assim, mesmo que pareça vultosa, a hemostasia de lesões causadas na cabeça não é prioridade na abordagem inicial, e devem ser realizadas após a avaliação do ABCDE.
Trauma Raquimedular (TRM):
O socorrista tem que ter em mente que toda vítima politraumatizada tem lesão medular até que se prove o contrário, sendo assim, a imobilização do paciente e a mobilização com técnicaadequada são imprescindíveis.
Como podemos observar, a medula espinhal, que é responsável por levar todo controle do cérebro para o corpo, passa por dentro da vértebra, quando há uma fratura na vértebra, uma espícula óssea poderá seccionar a medula, causando lesões irreversíveis.
 
Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas do TRM podem variar desde uma parestesia (alteração de sensibilidade/dormência), até a perda total dos movimentos.
Abordagem:
O objetivo do tratamento é garantir a oxigenação dos tecidos acometidos, sendo assim, garantir a permeabilidade da via aérea e uma boa respiração são prioridades. 
A imobilização da coluna também é importante para prevenir agravamento das lesões. 
Trauma de Tórax:
O traumatismo de tórax pode variar desde uma simples fratura de costela à destruição dos tecidos do pulmão, e as principais complicações são a incapacidade de realizar os movimentos ventilatórios, causando uma insuficiência respiratória e um sangramento que não poderemos controlar, levando a um quadro de choque.
Nem sempre será fácil identificar uma fratura de costela, e sua principal complicação é levar a uma diminuição da função ventilatória devido a dor.
Quando a fratura acomete várias costelas, em um mesmo seguimento, a instabilidade ventilatória será maior, podendo gerar uma insuficiência respiratória, nessa situação a intervenção será ventilar a vítima com bolsa-máscara (ambu). 
Como falamos anteriormente, existem diversas outras lesões que poderão ser encontradas no tórax, entretanto, são de difícil diagnóstico e as suas respectivas intervenções só poderão ser feitas pelo socorro avançado.
Durante a avaliação do padrão respiratório (B), você deverá buscar por aumento da frequência ventilatória, dificuldade para respirar, assimetria dos movimentos do tórax ou qualquer outra alteração durante a respiração, caso encontre, você deverá olhar o tórax e o pescoço buscando por possíveis lesões.
Escoriação:
A presença de escoriações não representa gravidade, entretanto, significa que o tórax da vítima foi atingindo no momento do trauma, sendo assim, ela poderá apresentar outros traumas mais graves. 
Costumamos utilizar a Teoria do Iceberg para falar das lesões superficiais que encontramos no exame da vítima, pois essas lesões podem ser apensas “a ponta do iceberg”:
Objeto empalado:
Na presença de um objeto empalado, seja no tórax ou em qualquer outra região do corpo, ele nunca deverá ser retirado, pois poderá estar ocluindo um vaso; se for retirado ocorrerá uma hemorragia que você não poderá controlar. Apenas estabilize-o para que não se mova.
Pneumotórax aberto e fechado:
Ferida aspirativa: 
A ferida aspirativa ocorre quando há uma lesão penetrante no tórax que comunica o pulmão com a parte externa do corpo. Como a resistência é maior no trajeto normal pela via aérea, o ar começa a entrar e sair por essa ferida, você poderá então perceber que a ferida está “respirando”, esse quadro é chamado de Pneumotórax aberto. 
No pneumotórax aberto, o socorrista poderá realizar um curativo de três pontas, que é um plástico limpo, cortado em quadrado, e preso apenas por três lados como mostra a imagem:
O pulmão é envolvido por duas membranas que chamamos de pleura. O pneumotórax é o extravasamento de ar para o espaço interpleural. 
A vítima também poderá apresentar um pneumotórax fechado, ou seja, uma lesão pulmonar que irá desencadear o extravasamento de ar para o espaço interpleural, mas sem nenhuma comunicação com o meio externo. 
O diagnóstico deste quadro é mais complexo e o tratamento no ambiente pré-hospitalar só poderá ser feito pelo socorro avançado. 
Trauma de Abdome:
O trauma abdominal envolve o risco de choque hipovolêmico devido à lesão de vísceras maciças como baço e fígado, entretanto a vítima poderá apresentar trauma de abdome sem nenhum sinal aparente. Ao avaliar o abdome observe as seguintes lesões:
Equimose e Escoriações:
Indicam que o abdome foi atingido durante o trauma.
Objeto empalado:
Não retirar, apenas fixar o objeto.
Evisceração:
Não reintroduza as vísceras no abdome, apenas proteja com um saco plástico limpo.
Trauma músculo esquelético:
Fraturas fechadas:
As fraturas fechadas não apresentam ruptura da pele, mas precisam ser manipuladas de forma adequada, para que não evolua com uma lesão vascular. 
Para manipularmos uma fratura devemos imobilizar as articulações mais próximas dela.
Fraturas abertas:
A fratura aberta é quando há a ruptura da pele. Nem sempre a parte óssea estará exposta, sendo assim, ao visualizarmos uma lesão, em forma de ferida, próxima à fratura, podemos pensar em fratura aberta.  
A abordagem é a mesma que a fratura fechada, imobilizar as articulações mais próximas, entretanto, se for possível, lavar a lesão aberta com água limpa para retirar as sujidades e cobri-la com gaze e atadura.
Luxação:
A luxação acontece quando a articulação se desloca de seu lugar normal. 
O membro luxado não deverá ser alinhado, e sim imobilizado na mesma posição que se encontra.
Trauma contuso:
É um trauma fechado, que pode ou não estar associado a uma fratura. 
Se não estiver associado à fratura e nem a traumas multissístêmicos, está indicada a aplicação de gelo local.
Ferimento corto-contuso:
É caracterizado por ruptura da pele com bordas regulares.
O grande problema desse tipo de lesão é quando acomete algum vaso maior, provocando uma hemorragia, sendo assim, nessa situação, a prioridade é parar o sangramento (hemostasia) com compressão direta. 
Se não há sangramento, a ferida deverá ser lavada com água filtrada ou soro fisiológico e coberta com gaze e atadura.
Receita de bolo:
Essas são as principais lesões encontradas no atendimento às vítimas de trauma, e é importante ressaltar que independente da lesão, a abordagem a essa vítima é como uma “receita de bolo”, as prioridades sempre serão:
- Avaliar a segurança da cena e o mecanismo de trauma;
- Realizar a bioproteção;
- Avaliar o ABCDE. 
Essa avaliação sistematizada permite que o socorrista não deixe que as lesões mais chamativas desviem sua atenção das lesões que podem matar, mesmo não estando aparentes.
AULA 05
Queimaduras e Emergências Ambientais.
Introdução:
Nesta aula, veremos as lesões por queimaduras. Aprenderemos como deve ser a abordagem a um grande queimado e a um queimado com lesões focais e como classificar as queimaduras quanto à profundidade e extensão. Também veremos as lesões por calor e frio. Bons estudos!
A função da pele para o corpo humano:
A pele é o maior órgão do corpo humano e tem várias funções importantes em relação ao funcionamento do nosso corpo.
Algumas das funções mais essenciais são:
Proteger o corpo contra a penetração de microorganismos que podem causar doenças;
Impedir a perda de água e de elerólitos;
Controlar a perda de calor.
Por isso, sua integridade é essencial para a manutenção do equilíbrio do organismo.
Danos causados pela queimadura:
Você sabe o que pode acontecer com as vítimas que apresentam lesões extensas de queimadura?
Elas podem apresentar um quadro de hipovolemia e hipotermia. 
Além disso, estão mais predispostas a processos infecciosos. 
Hipovolemia:
Diminuição do volume sanguíneo, pelo extravasamento de líquidos para o espaço intersticial.
Entretanto, a causa de morte precoce em ambiente pré-hospitalar é a queimadura das vias aéreas pela aspiração de vapores quentes e a intoxicação pela aspiração de monóxido de carbono.
Causas da queimadura:
Você conhece os principais TIPOS de queimaduras de acordo com os mecanismos causadores?
São eles:
Térmica: 
A queimadura se dá através da transferência do calor de líquidos, sólidos, gases ou chamas para os tecidos.
Elétrica:
Dá-se através de objetos energizados.
As queimaduras elétricas podem comprometer o sistema cardiovascular, por causarem arritmias cardíacas.
Química:
As queimaduras químicas podem ser por produtos químicos que além de causar lesões teciduais, podem ser voláteis causando intoxicação.
Radiação:
Por exposiçãodo organismo a radiações solares ou nucleares.
Gravidade das queimaduras:
Fatores que indicam a necessidade de atendimento rápido por uma equipe especializada e internação em unidade de queimados. 
São eles:
Lesões por inalação;
Queimaduras que atingem mais de 10% da superfície do corpo;
Queimaduras de terceiro grau em qualquer faixa etária;
Queimadura de face, mãos, pés, genitália, períneo ou articulações principais;
Queimaduras elétricas;
Queimaduras químicas;
Queimaduras com traumas associados;
Queimaduras em indivíduos com doenças preexistentes.
E o que fazer ao identificar uma vítima de queimadura que apresenta um dos sinais de gravidade visto anteriormente?
Você deverá seguir a sequência de prioridades de uma vítima politraumatizada.
Avaliação da cena:
Avalie a cena quanto à segurança e o mecanismo de trauma;
Agente:
Afaste o agente causador da lesão. Caso a vítima esteja em contato com superfície eletrizada, não o toque antes de desligar a fonte de energia;
Avaliação primária:
Inicie a avaliação primária sistematizada baseada nas seguintes prioridades:
Abertura de vias aéreas: 
O procedimento é prioridade no atendimento a uma vítima de queimaduras. Ficar em local confinado, como em um incêndio, por exemplo, ou aspirar vapor pode causar queimaduras ou edema nas vias aéreas. 
Procure por sinais de queimadura de vias aéreas. São eles:
Queimaduras de face; 
Pelos da face queimados; 
Edema nos lábios; 
Rouquidão; 
Tosse com expectoração de secreção escura; 
Dispneia; 
Histórico de local confinado. 
Ao detectar esses sinais, agilize o socorro especializado. Utilize as técnicas de abertura de via aérea aprendidas anteriormente.
Avalie o padrão ventilatório:
Vítimas de queimadura, principalmente aquelas que ficaram em locais confinados ou aspiraram fumaça, podem apresentar vários níveis de insuficiência respiratória. Se disponível, forneça oxigênio de alto fluxo. 
Queimaduras circulares no tórax podem impedir que esse indivíduo consiga realizar os movimentos ventilatórios. Ao perceber sinais de insuficiência ventilatória, realize ventilação assistida.
Avalie o padrão circulatório: 
Vítimas queimadas podem apresentar choque hipovolêmico, ou outras lesões associadas que apresentem um sangramento importante. Avalie a circulação e procure por hemorragias. 
Alterações do nível de consciência:
Alterações do nível de consciência podem significar a existência de outros traumas associados. 
Exposição e controle da hipotermia:
Inspecione a vítima rapidamente, dos pés à cabeça. Após a inspeção, aqueça com lençóis limpos e secos. O queimado está sujeito à hipotermia devido à perda da pele, assim nunca deverá ser transportado molhado.
Realize a avaliação secundária:
Na avaliação secundária, você deverá realizar a avaliação e curativo das queimaduras. 
Caso a lesão de queimadura seja focal, e a vítima não apresente nenhuma das condições de gravidade, o primeiro passo é resfriar o local da lesão com água em temperatura ambiente. 
Deixe irrigar por quanto tempo for necessário para melhorar a dor. Nunca use manteiga, pasta de dente, água sanitária, pó de café ou qualquer outra cobertura, pois a substância errada poderá piorar a lesão. 
Cubra com um pano limpo e encaminhe a vítima para o atendimento hospitalar.
Avaliação da queimadura:
Depois que a vítima recebeu os primeiros cuidados, é hora de avaliar as queimaduras.
Estimar a superfície corporal queimada:
É possível que você esteja se perguntando como. Simples, para isso utilizaremos a regra dos nove.
	
Avaliar a profundidade da queimadura:
A pele é dividida em camadas, e a classificação da queimadura segundo a profundidade será de acordo com as camadas da pele atingidas.
Na imagem abaixo, é possível ver as três camadas da pele, que são:
Epiderme;
Derme;
Hipoderme.
Classificação da queimadura:
Primeiro Grau:
Atinge apenas a epiderme. 
Tem como característica a presença de hiperemia e é a mais dolorosa, pois é nessa porção superficial da pele que encontramos grande quantidade de terminações nervosas.
Segundo Grau:
As queimaduras de segundo grau acometem até a derme. 
São caracterizadas pela presença de flictemas (bolhas).
Terceiro Grau:
Essas queimaduras atingem toda a espessura da pele. Podem apresentar diversas aparências, mas na maioria das vezes são espessas, secas e esbranquiçadas. 
Erroneamente, algumas pessoas afirmam que essas queimaduras não são dolorosas por haver a destruição de todas as terminações nervosas. Entretanto, essas lesões são cercadas por áreas de queimadura nas camadas mais superficiais; sendo assim, a informação dolorosa é levada ao cérebro da mesma maneira.
Quarto Grau:
São aquelas queimaduras que, além de destruir toda a espessura de pele, atingem tecido muscular e ósseo.
Emergências ambientais:
Nós humanos somos seres endotérmicos.
Mas o que isso significa?
Que independentemente da temperatura externa, nossa temperatura corporal precisa ser mantida dentro de uma faixa estreita de variação (entre 36º e 37ºC), de forma a garantir diversas funções do corpo. 
Para isso, o organismo tem mecanismos reguladores; entretanto, quando expostos a extremas temperaturas, esses mecanismos passam a não ser mais eficazes para a perda ou retenção do calor, podendo levar até à morte.
Em relação ao calor, podemos encontrar os seguintes distúrbios:
Desidratação:
É a incapacidade de repor as perdas do suor com líquido. 
A vítima pode apresentar sede, náuseas, fadiga excessiva, dor de cabeça, hipovolemia e redução das capacidades físicas e mentais.
Conduta:
Se a vítima estiver consciente e orientada, ofereça líquidos isotônicos e coloque-a para repousar em um ambiente fresco. Algumas pessoas necessitam de reposição de líquidos por via endovenosa.
Síncope pelo calor:
É uma ligeira perda da consciência, que ocorre quando o indivíduo permanece muito tempo em posição ortostática (em pé), levando à diminuição da pressão arterial. 
Normalmente quando são colocados em posição supina (face para cima) se recuperam rapidamente.
Conduta:
Deitar a vítima em um ambiente fresco. Avalie e trate segundo as diretrizes de suporte básico de vida. 
Quando a vítima estiver acordada e orientada, ofereça líquidos. Em caso de queda, deverão ser tratados como vítimas de trauma.
Intermação:
Acontece quando o indivíduo é exposto a altas temperaturas, com elevação da temperatura corporal acima de 40º, levando à disfunção de múltiplos órgãos e sistemas. 
A vítima se apresenta desorientada, com respiração rápida e superficial, pele quente úmida ou seca, convulsão e coma.
Conduta:
Você deverá resfriar a vítima imediatamente com imersão em água ou envolvê-lo com lençóis molhados em água fria e abaná-lo vigorosamente. 		
Assista a via aérea, a respiração e a circulação. Essa vítima precisa ser levada imediatamente ao hospital.
Hipotermia:
Em relação ao frio, podemos encontrar as vítimas de hipotermia, ou seja, aquelas que, devido à exposição a frios extremos, apresentam temperatura corporal abaixo de 35º. 
Essas vítimas podem apresentar alterações do nível de consciência, aumento da frequência respiratória, tremores e extremidades cianóticas.
Conduta:
A prioridade para esse indivíduo é o aumento da temperatura corporal; aqueça-o vigorosamente; Não lhe ofereça bebidas alcoólicas, pois estas causam a dilatação dos vasos, aumentando a perda calórica.
Assista a via aérea, respiração e circulação.
ATENÇÃO:
É importante lembrar que, sempre que essas condições estiverem associadas a traumas sistêmicos, deveremos utilizar a abordagem sistematizada ABCDE.
COMENTÁRIO NO FORUM DE DISCUSSÃO
	
	
	
		1.
		Dentre as queimaduras de segundo grau, podemos citar como suas características principais:
	
	
	
	
	Atinge toda espessura da pele e com a aparência da pele molhada e azulada.
	
	
	Atinge toda espessura da pele e com a aparência da pele de característica normal.
	
	 
	Não atinge toda espessura da pele e com a aparência da pele de característicanormal.
	
	 
	Atinge toda espessura da pele e com a aparência da pele seca e esbranquiçada.
	
	
	Não atinge toda espessura da pele e com a aparência da pele de cor amarelada.
PIOR QUE no gab comentado o a pessoa lê a pergunta e diz que a resposta certa.
		"Essas queimaduras atingem toda a espessura da pele. Podem apresentar diversas aparências, mas na maioria das vezes são espessas, secas e esbranquiçadas." De acordo com a classificação da queimadura, essa afirmativa corresponde a:
	
	
	
	
	Queimadura de 2° grau
	
	
	Queimadura de 4° grau
	
	
	Queimadura de 1° grau
	
	
	Queimadura de 5° grau
	
	 
	Queimadura de 3° grau

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