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* * Anomalias congênitas da parede abdominal Marcelo Marcondes Stegani Disciplina de Cirurgia Pediátrica * * Embriologia Anel umbilical – 4a semana Hérnia fisiológica – 6a semana Ducto vitelino – desaparece na 7a semana Retorno do intestino à cavidade – 10a semana Fechamento local – 12a semana * * Hérnia umbilical Forma mais leve de anomalia da parede abdominal anterior Fáscia dos músculos retos abdominais Algumas semanas após a queda do coto umbilical * * Hérnia umbilical Incidência Raça negra 6 a 10 x mais freqüente 6 semanas 32% negros 4% brancos 1 ano 13% negros 2% brancos * * Hérnia umbilical Incidência Baixo peso ao nascimento 80% - < 1200 g 21% - > 2500 g Idade Fechamento espontâneo 80% - 3 a 4 anos * * Hérnia umbilical Incidência Sexo 1M:1F Associações Síndrome de Down Hipotireoidismo congênito Mucopolissacaridoses Síndrome de Beckwith-Wiedemann * * Hérnia umbilical Diagnóstico Raramente sintomática Protrusão umbilical Aumento local com esforço Anel herniário bem definido Raramente > 2 cm * * Hérnia umbilical Diagnóstico diferencial Hérnia epigástrica Diástase de músculos retos abdominais * * Hérnia umbilical Complicações Incomuns Posição supina – facilita redução espontânea < 2% encarceram Adultos Erosão da pele Dor Outra causa * * Hérnia umbilical Tratamento Resolução espontânea Até 4 ou 5 anos Tranqüilizar os pais Não colocar moedas, bandagens ou faixas Desconforto Irritação * * Hérnia umbilical Cirurgia Encarceramento Persistência Muito grande Anel > 1,5 cm em criança > 3 anos Pressão muito grande dos pais Cosmética Raramente fecham * * Hérnia umbilical Cirurgia Incisão infra-umbilical curvilínea transversa Hematoma local Hemostasia Infecção Rara Recorrência Rara * * Hérnia epigástrica Tumor localizado entre o apêndice xifóide e o umbigo Prevalência - 0,5% 3M:1F Pequena quantidade de gordura – epiplocele Tratamento cirúrgico * * Síndrome de Prune-Belly Síndrome de Eagle-Barrett Ausência ou deficiência da musculatura da parede abdominal Criptorquidismo Mal-formações do trato urinário * * Onfalocele e gastrosquise 1:2.000 NV 2x > atresia de esôfago 6a semana Hérnia fisiológica 10a semana Retorno à cavidade abdominal Rotação e fixação do intestino médio * * Gastrosquise Defeito da parede abdominal anterior, lateral ao umbigo Quase sempre à direita de um cordão umbilical intacto Ponte de pele intacta Não há saco peritoneal * * Gastrosquise Perfuração intestinal – 5 a 6% Cavidade abdominal pequena 1M:1F 20-25% - mães adolescentes 40% - prematuro ou PIG 1:20.000 NV Incidência vem aumentando * * Gastrosquise Efeito irritativo do líquido amniótico (pH 7,0) peritonite química Membrana edematosa espessa Vísceras opacas e encurtadas Mal-rotação intestinal – sempre presente Intestino não fixo à parede abdominal * * Gastrosquise Baixa incidência de MF associadas Atresia intestinal 10-15% Volvo intra-útero Interrupção da irrigação devido ao pequeno tamanho do defeito * * Gastrosquise Fígado – quase nunca Estômago, intestino delgado e intestino grosso Ovários, trompas Testículo não-descido * * Gastrosquise Síndromes – raras Detecção pré-natal US * * Gastrosquise Aumento da perda insensível de líquido Hipotermia Hipovolemia Sepsis Saco estéril Metade inferior do corpo até axilas * * Gastrosquise Tratamento Passagem de SOG Prevenção da deglutição de ar e aspiração do conteúdo gastro-intestinal – íleo adinâmico Antibióticos Ampicilina + gentamicina Cirurgia * * Gastrosquise Cirurgia Preparo local Evitar soluções alcoólicas Verificação das alças intestinais Atresia ou perfuração Defeito é aberto superior e inferiormente Distensão manual da cavidade abdominal * * Gastrosquise Cirurgia Redução do conteúdo herniado Fechamento primário do defeito Umbigo pode ser preservado Pós-operatório Ventilação mecânica 24-48 horas * * Gastrosquise Fechamento primário pode não ser possível em 10 a 20% Comprometimento cardio-respiratório Elevação diafragmática e restrição ventilatória Compressão da veia cava Compressão do mesentério Perfusão intestinal diminuída – isquemia e necrose intestinal * * Gastrosquise Fechamento estagiado Silo de Dacron reforçado com silástico Redução gradual a partir do 2o ou 3o pós-operatório Remoção e fechamento do defeito * * Gastrosquise Íleo prolongado – NPT Início da alimentação 2 a 3 semanas Redução da absorção de carboidratos, proteínas e gorduras Normal aos 6 meses Atresia Anastomose pode ser retardada * * Gastrosquise Complicações Sepsis Pneumonia aspirativa Celulite da parede abdominal Edema temporário Enterocolite necrosante Colestase relacionada à NPT RGE e hérnia inguinal * * Gastrosquise Sobrevida Superior a 90% Mortes Sepsis Atresia Síndrome do intestino curto Doença hepática progressiva associada à NPT * * Onfalocele Defeito coberto do anel umbilical em que há conteúdo abdominal herniado 3a semana Umbigo se insere no saco herniário 1:5.000 NV M>F * * Onfalocele > 50% Trato gastro-intestinal, cardiovascular, genito- urinário, musculo-esquelético e SNC Prematuridade Associações Trissomia 13-15, trissomia 16-18, trissomia 21 * * Onfalocele Menor o defeito – melhor o prognóstico Defeito < 4 cm – hérnia de cordão umbilical * * Onfalocele Fígado – 35% Anomalias de rotação e fixação intestinal Divertículo de Meckel Menor capacidade abdominal Dificuldade para cirurgia * * Onfalocele Síndrome de Beckwith-Wiedemann Gigantismo Macroglossia Defeito umbilical * * Onfalocele Síndrome de Beckwith-Wiedemann Visceromegalia Hiperplasia das ilhotas pancráticas Hipoglicemia Convulsões Maior incidência de tumores Wilms, neuroblastoma, tumores adreno-corticais * * Onfalocele Hipogástrio Extrofia de bexiga ou em cloaca Fissura vesico-intestinal Atresia de cólon Ânus imperfurado Defeito vertebral sacral Lipomeningocele ou mielomeningocele * * Onfalocele Hipogástrio Duplicação do apêndice Genitália ambígua * * Onfalocele Epigástrio Pentalogia de Cantrell Onfalocele Hérnia diafragmática anterior Fissura esternal Deslocamento inferior do coração Defeito intracardíaco – septo ventricular * * Onfalocele Diagnóstico US pré-natal Tamanho Fígado MF associadas Parto CST – grandes defeitos * * Onfalocele Tratamento Descompressão gástrica imediata - SOG Proteção estéril do saco herniário intacto Transporte em ambiente neutro Antibióticos 10% - ruptura do saco herniário Diversas modalidades de tratamento * * Onfalocele Defeito < 2 cm Fechamento primário Tamanho médio Remoção do saco, ligadura dos elementos do cordão umbilical Distensão manual da parede abdominal Redução do conteúdo Fechamento primário * * Onfalocele Fechamento da pele Hérnia ventral Evita colocação de prótese Prótese * * Onfalocele Fechamento estagiado Silo de Dacron reforçado com silástico Schuster, 1967 Redução do conteúdo em 3 a 10 dias Reoperação Retirada da prótese Fechamento da parede abdominal * * Onfalocele Tratamento não-cirúrgico Defeito muito grande (> 10 cm) com pequena capacidade abdominal Síndromes cromossômicas Tratamento temporário Defeitos cardíacos instáveis Prematuridade – membrana hialina, hipertensão pulmonar persistente e/ou sepsis * * Onfalocele Tratamento não-cirúrgico Merbromin 0,25% esolução de nitrato de prata 0,5% 2 x/dia Espessamento e epitelização Ruptura do saco herniário, infecção local, hospitalização prolongada e grande hérnia ventral * * Onfalocele Complicações Sepsis Silo RGE Aumento da pressão intra-abdominal Hérnia inguinal * * Onfalocele Sobrevida Tamanho do defeito Prematuridade Ruptura do saco MF congênitas associadas Mortalidade 30 a 60% Marcelo Marcondes Stegani Cirurgia Pediátrica Diagnóstico diferencial Marcelo Marcondes Stegani Cirurgia Pediátrica Diagnóstico diferencial Marcelo Marcondes Stegani Cirurgia Pediátrica Diagnóstico diferencial Marcelo Marcondes Stegani Cirurgia Pediátrica Diagnóstico diferencial Marcelo Marcondes Stegani Cirurgia Pediátrica Diagnóstico diferencial
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