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PORTUGUES PARA CONCURSO - Apostila de Lingua Portuguesa

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APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
 
 
 
 
Apostila 
de 
Língua 
Portuguesa 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
ÍNDICE 
1. Interpretação de texto. 
2. Tipologia Textual. 
3. Sintaxe da oração e do período. 
4. Significação das Palavras. 
5. Argumentação. 
6. Pressupostos e subentendidos. 
7. Níveis de linguagem. 
8. Articulação do texto: coesão e coerência. 
9. Termos da oração. 
10. Processos de coordenação e subordinação. 
11. Discurso direto e indireto. 
12. Tempos, modos e vozes verbais. 
13. Classes de palavras. 
14. Flexão nominal e verbal. 
15. Concordância nominal e verbal. 
16. Regência nominal e verbal. 
17. Ocorrência da Crase. 
18. Ortografia e acentuação. 
19. Pontuação. 
20. Equivalência e transformação de estruturas. 
21. Redação. 
22. Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da 
Presidência da República). 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
Para saber como interpretar um texto primeiro é preciso entender como um texto é 
construído, aqui vão abaixo alguns trazer importantes a serem considerados: 
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo 
significativo capaz de produzir Interação comunicativa, isto é, capacidade de codificar e 
decodificar. como assim? um texto é uma união de muitas palavras com o objetivo de 
passar uma determinada informação para um leitor, o texto em si é um código 
enquanto sua interpretação é uma forma de decodificar. 
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa 
informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições 
para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de 
“contexto”. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma 
frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um 
significado diferente daquele inicial. 
Intertexto – comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros 
autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO. 
Interpretação de Texto – o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a 
identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou 
fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das 
questões apresentadas na prova. 
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 
1. Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um 
processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais 
definem o tempo). 
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as 
situações do texto. 
3. Comentar – é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando 
a respeito. 
4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
5. Parafrazear – é reescrever o texto com outras palavras. 
TÍTULO DO TEXTO PARÁFRASES 
“O HOMEM UNIDO ” 
A INTEGRAÇÃO DO MUNDO 
A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE 
A UNIÃO DO HOMEM 
HOMEM + HOMEM = MUNDO 
A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA) 
 
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR 
Fazem-se necessários: 
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), 
leitura e prática; 
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; 
OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se: homônimos e 
parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de 
linguagem, entre outros. 
c) Capacidade de observação e de síntese e 
d) Capacidade de raciocínio. 
INTERPRETAR X COMPREENDER 
INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
– EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, TIRAR 
CONCLUSÕES, DEDUZIR. 
– TIPOS DE ENUNCIADOS 
• Através do texto, INFERE-SE que… 
• É possível DEDUZIR que… 
• O autor permite CONCLUIR que… 
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar que… 
– INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO, ATENÇÃO AO QUE 
REALMENTE ESTÁ ESCRITO. 
– TIPOS DE ENUNCIADOS: 
• O texto DIZ que… 
• É SUGERIDO pelo autor que… 
• De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a 
afirmação… 
• O narrador AFIRMA… 
 
ERROS DE INTERPRETAÇÃO 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os 
mais frequentes são: 
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer 
por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. 
b) Redução 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um 
texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento 
do tema desenvolvido. 
c) Contradição 
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar 
conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão. 
OBSERVAÇÃO – Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser 
que existam, mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em 
consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais. 
COESÃO – é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, 
frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de 
um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há 
uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito. 
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do 
verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes 
relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao 
antecedente. 
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso 
incorreto traz erros de coesão. Assim sedo, deve-se levar em consideração que existe 
um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber: 
QUE (NEUTRO) – RELACIONA-SE COM QUALQUER ANTECEDENTE. MAS DEPENDE DAS 
CONDIÇÕES DA FRASE. 
QUAL (NEUTRO) IDEM AO ANTERIOR. 
QUEM (PESSOA) 
CUJO (POSSE) – ANTES DELE, APARECE O POSSUIDOR E DEPOIS, O OBJETO 
POSSUÍDO. 
COMO (MODO) 
ONDE (LUGAR) 
QUANDO (TEMPO) 
QUANTO (MONTANTE) 
EXEMPLO: 
Falou tudo QUANTO queria (correto) 
Falou tudo QUE queria (errado – antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo). 
• VÍCIOS DE LINGUAGEM – há os vícios de linguagem clássicos (BARBARISMO, 
SOLECISMO,CACOFONIA…); no dia-a-dia, porém, existem expressões que são mal-
empregadas, e, por força desse hábito cometem-se erros graves como: 
– “Ele correu risco de vida “, quando a verdade o risco era de morte. 
–“Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome correto oblíquo átono 
correto é O. 
– “No bar: “ME VÊ um café”. Além do erro de posição do pronome, há o mau uso. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
TIPOLOGIA TEXTUAL 
A tipologia textual é um conceito que se preocupa com a norma do tipo de texto, com 
as regras gramaticais e com a estrutura. 
Quando se fala em tipologia textual há apenas cinco tipos: narração, dissertação, 
descrição e injunção. 
NARRAÇÃO 
Um tipo textual muito conhecido é a narração que geralmente é apresentada em 
formato de livros e histórias que contam o que,onde, como, quando e quem. A 
narração deve ser uma história que envolve personagens e acontecimentos, além do 
clímax. O espaço, o tempo e o enredo fazem parte da estrutura. 
• Narrador Onisciente 
É aquele que “sabe de tudo” da história. O narrador onisciente fala sobre os detalhes da 
narrativa, dando características de lugares, sentimentos e pensamentos dos 
personagens. O narrador onisciente fala até mesmo de mais de um fato ocorrendo 
simultaneamente em locais diferentes. 
O narrador onisciente pode ser neutro, quando não manifesta suas opiniões durante a 
narração, ou seletivo, quando opta por defender algum ponto de vista durante a 
história. 
• Narrador Observador 
O narrador observador é aquele que não tem uma visão de todos os aspectos que 
ocorrem na história. Ele visualiza a narrativa de apenas um ângulo, e não tem acesso a 
pensamentos, emoções e fenômenos internos aos personagens. 
• Narrador Personagem 
É o caso do narrador que faz parte da história. Também é conhecido como “narrador 
em primeira pessoa”. Ele tem uma visão própria dos acontecimentos, de acordo com a 
sua experiência e visão de mundo. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
É muito utilizado por possibilitar o suspense na história, já que o leitor vai descobrindo 
junto com o personagem/narrador todos os detalhes da narrativa. 
• Narração dialogal ou conversacional 
Alguns estudiosos dos tipos textuais consideram o que chamam de tipo dialogal ou 
conversacional. Esse texto seria caracterizado pela predominância de diálogos e 
conversas em sua estrutura. 
Mas esse não é um tipo específico, e sim uma subdivisão do tipo narrativo, já que 
também conta uma história (de uma conversa). 
Então, se você ouvir falar do tipo dialogal ou conversacional, lembre-se que ele é uma 
narração construída predominantemente com diálogos. 
• Narração preditiva, ou predição 
Mais uma subdivisão do tipo narrativo é a predição, que nada mais é que uma previsão 
do que irá ocorrer. Quando um astrólogo faz uma previsão (ou predição), ele narra os 
acontecimentos. 
Geralmente há personagens, o desencadeamento de episódios e fatos e um 
fechamento ou conclusão. 
Logo, podemos entender que o tipo textual predição é nada mais, nada menos, que 
uma narração preditiva. 
Sequência ou enredo da Narração 
Toda narração possui um enredo, ou sequência. É uma estratégia de organização da 
narração para que ela faça sentido para o leitor. O enredo bem construído deixa o leitor 
atento a toda a história. 
São partes da sequência de uma narração: 
• Apresentação: como o próprio nome diz, apresenta os personagens, lugares e 
tempo em que a narrativa ocorre. 
• Complicação: é quando os conflitos da história começam a ocorrer, trazendo 
expectativa e suspense em quem lê. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
• Clímax: é o momento de maior tensão da história. É quando é gerada no leitor a 
ânsia pelo desfecho. 
• Desfecho: é a resolução final da história. O final. 
DESCRIÇÃO 
Já a descrição pode ser um complemento de qualquer tipo de texto (e de gênero), 
afinal, ela serve para situar o leitor, fazendo-o imaginar a cena que está sendo retratada. 
Geralmente, ela acompanha muito a narração, para descrever o lugar, os personagens. 
Na descrição, há recursos extras que podem melhorar a qualidade do texto: 
• Enumeração: é quando você descrever a ação em ordem, como se fosse retratar 
uma ação em movimento, por exemplo, para que o leitor compreenda o 
processo. 
• Comparação: na descrição é possível fazer comparações para permitir que o 
leitor faça associações e compreenda o que queremos dizer. É um recurso muito 
valioso, visto que podemos comparar situações e facilitar a interpretação de 
texto. 
• Os cinco sentidos: é muito comum usar esse recurso no momento de descrever 
alguma ação, personagem. Podemos utilizar o olfato, tato, paladar, visão e 
audição para que o leitor visualize e sinta as palavras, imaginando 
perfeitamente. Você pode descrever um prato de comida, por exemplo, 
caracterizando-o pelo cheiro e pelo paladar. 
Quem descreve pode ser tanto objetivo quanto subjetivo, ou seja, pode decidir se suas 
opiniões ficarão de fora ou não. Assim, o texto pode se tornar imparcial ou íntimo, 
dependendo do objetivo. E em um texto descritivo há muita utilização de três classes 
gramaticais, os adjetivos, substantivos e locuções adjetivas, além de verbos no passado 
e no presente. 
A descrição é apresentada em 3 estruturas: introdução (o que será descrito), 
desenvolvimento (caracterização) e conclusão (finalização). 
 
 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
DISSERTAÇÃO 
A dissertação é um tipo de texto muito conhecido, principalmente em vestibulares. O 
objetivo da dissertação é debater e expor um tema com argumentos fortes, 
apresentando a sua opinião de forma clara. É permitido que você exponha seu ponto 
de vista. Na dissertação você deve conhecer o assunto, de modo que o texto fique claro 
e que aparenta autoridade sobre o tema. 
A estrutura de uma Dissertação Argumentativa 
A estrutura da dissertação é dividida em três: introdução, desenvolvimento e conclusão. 
Na introdução, deve-se apresentar o tema; no desenvolvimento, deve-se apresentar 
argumentos que vão de encontro ao seu ponto de vista sobre o assunto, guiando o 
leitor; e na conclusão, deve ser retomado o tema para finaliza-lo ou concluir sobre o 
assunto. 
Veja qual o papel de cada uma delas: 
• Introdução – apresenta a tese, o ponto de vista do autor. 
• Desenvolvimento – apresenta os argumentos que sustentam logicamente o 
ponto de vista defendido na introdução. 
• Conclusão – faz referência a tudo que foi discutido no texto e apresenta 
criticamente possibilidades de intervenção no problema discutido. 
A estrutura sugerida para a construção de uma dissertação argumentativa em provas de 
concurso é a seguinte: 
• PARÁGRAFO 1 = Introdução 
• PARÁGRAFO 2 = Desenvolvimento 1 
• PARÁGRAFO 3 = Desenvolvimento 2 
• PARÁGRAFO 4 = Conclusão 
Dissertação Expositiva (exposição) 
Muita gente considera a dissertação expositiva como uma tipologia textual, a exposição. 
Mas ela nada mais é que uma subdivisão da dissertação. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
Na exposição são elencados fatos e ideias para conhecimento do leitor, sem, entretanto, 
a intenção de convencimento de quem lê. 
A intenção principal de uma dissertação expositiva é informar e esclarecer. 
INJUNÇÃO 
Já a tipologia textual da injunção diz respeito a instruções. Isso quer dizer que são 
textos que nos guiam e nos instruem para completar uma tarefa, seja por meio de um 
manual ou uma receita, por exemplo. Há duas formas: o instrucional, que é apenas uma 
sugestão de como você pode fazer tal coisa; e a prescrição, que enaltece uma norma, 
uma regra, como no caso da bula de remédios ou uma receita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO 
O QUE É SINTAXE 
Sintaxe é a parte da Gramática que estuda a disposição das palavras em uma 
frase, e das frases em um discurso, e a relação lógica entre as frases. 
Assim, quando uma frase é emitida, ela precisa vir com sentido, para 
entendimento da outra pessoa. 
Para que essa compreensão ocorra, a sintaxe é imprescindível, já que ela media 
a combinação de palavras e orações. 
 
O QUE É UMA FRASE 
Frase é um enunciado que possui sentido completo, podendo ter apenas uma palavra 
ou várias, com ou sem verbo. 
Uma frase pode emitir ideias, emoções, ordens ou apelos. Seufoco é a comunicação. 
Veja alguns exemplos de frase: 
 Venha! 
 O ônibus já vai passar. 
 Fique quieta! 
 Ridículo! 
Quando há verbo, a frase é verbal. Se não houver verbo, denomina-se frase nominal 
(como no último exemplo). 
LINGUAGEM FALADA 
Na linguagem falada, as frases são acompanhadas de gestos e outras expressões 
corporais, como o olhar, o sorriso ou indicações gestuais. 
Assim, entende-se facilmente uma frase de apenas uma palavra, sem verbo. 
Exemplo: a frase “Ai!” expressa dor, caso esteja com a expressão facial 
correspondente. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
LINGUAGEM ESCRITA 
 
Na língua escrita, que não há expressões corporais, essas características são 
adequadamente expressas pelos sinais de pontuação. Eles tornam a frase 
completa, facilitando a compreensão da informação. 
Além da pontuação adequada, é preciso que a ordem das palavras siga os 
padrões da Língua Portuguesa. 
Por exemplo: “O ônibus já vai passar” é uma frase de entendimento completo, 
ou seja, quem ouvi-la vai entender o seu significado. 
O mesmo acontece se mudarmos a frase para “Já vai passar o ônibus”. Contudo, 
a mudança de palavras em uma frase nem sempre favorece a compreensão. 
Veja: “já passar ônibus vai o”. Esta não é uma frase, pois apesar de ser uma 
combinação de palavras, não é compreensível pelo interlocutor. 
 
O QUE É UMA ORAÇÃO 
Uma frase pode ser uma oração. Para isso, é preciso que ela tenha verbo em sua 
composição e também que seja dotada de sentido completo, ou seja, compreensível. 
Compare, a seguir uma frase que é oração com uma que não é. 
• Oração: Como está chovendo hoje! 
• Frase: Socorro! 
Apesar da frase “Socorro!” ser facilmente entendida, ela não possui verbo. Então não 
pode ser considerada uma oração. 
A sintaxe de uma oração é composta por cada palavra, tendo relação entre si para 
formar o sentido da frase. 
No exemplo de oração acima, a palavra “Chovendo” deve unir-se às palavras “como”, 
“está” e “hoje” para que o receptor da mensagem a compreenda. 
Assim, cada palavra desta oração chama-se termo ou unidade sintática, e cada palavra 
desempenha uma função sintática. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
As orações podem ser simples ou compostas. São simples quando possuem apenas 
uma frase e são compostas quando apresentam duas ou mais frases na mesma oração. 
Veja: 
• Oração simples: “Como está chovendo hoje!” 
• Oração composta: “Está chovendo muito hoje e não tenho guarda-chuva”. 
No segundo caso, temos duas frases, cada uma com um sentido. 
O QUE É UM PERÍODO 
Agora que já aprendemos o que são as frases e as orações, é hora de conhecer o 
conceito de período. 
O período é composto por uma ou mais orações, sempre com sentido completo. O 
período também pode ser simples ou composto: 
• Período simples: Vejo você no sábado. 
• Período composto: Vejo você no sábado, ou ficarei com muitas saudades. 
Para saber se um período é simples ou composto, lembre-se de que um período é 
composto por uma ou mais orações, e a oração é uma frase que possui um verbo. 
Então, basta contar quantos verbos há na frase. Se for apenas um, o período é simples; 
se houver dois ou mais, o período é composto. 
ANÁLISE SINTÁTICA DAS ORAÇÕES E PERÍODOS 
Agora está mais fácil entender a análise sintática das orações e períodos. Ela serve para 
analisar a estrutura de um período e das orações que compõem um período. 
A estrutura de um período é composta pelos termos da oração, ou seja, pelas palavras 
que dotam uma frase verbal de sentido. Os termos podem ser: 
• Essenciais (ou fundamentais): são o sujeito e o predicado da oração. 
• Integrantes: termos que completam o sentido, como: 
1. Complementos verbais (objetos diretos e indiretos). 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
2. Complementos nominais. 
3. Agentes da passiva. 
• Acessórios: apresentam função secundária na oração, e são os: 
1. Adjuntos adnominais; 
2. Adjuntos adverbiais; 
3. Apostos. 
Os vocativos não fazem parte da análise sintática, pois não pertencem à estrutura da 
oração. 
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 
O que é um Sujeito 
O Sujeito é sobre quem diz o resto da oração. 
Exemplo: João esqueceu o dinheiro para o lanche. 
O sujeito é “João”, pois “esqueceu o dinheiro para o lanche” (restante da oração) se 
refere a ele. 
O que é um Predicado 
O predicado é o restante da oração, isto é, a parte que informa algo sobre o sujeito. 
É a parte onde o verbo está presente. No nosso exemplo, o predicado é “esqueceu o 
dinheiro para o lanche”. 
Classificação do Sujeito 
É bom lembrar que o sujeito nem sempre está no começo da oração. Ele pode 
apresentar-se antes ou depois do predicado. 
Quando o sujeito está no começo da oração, o caso de nosso exemplo, dizemos que 
ele é sujeito direto. 
Exemplo: João esqueceu o dinheiro para o lanche. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
Se o predicado vir antes do sujeito, temos um caso de sujeito inverso. 
Exemplo: Esqueceu o dinheiro para o lanche, João. 
O sujeito também pode vir no meio da oração. 
Exemplo: O dinheiro para o lanche, João esqueceu. 
Há ainda a classificação do sujeito. Ele pode ser: 
• Determinado (simples, composto ou implícito). 
• Indeterminado. 
• Orações sem sujeito. 
Sujeito Determinado 
O sujeito determinado é aquele identificável facilmente pela concordância verbal. O 
sujeito determinado simples apresenta apenas um núcleo ligado ao verbo. 
Exemplo 1: Pedro jantou cedo. 
Exemplo 2: As meninas dormiram tarde. 
Já o sujeito determinado composto é aquele que possui dois núcleos ligados ao verbo. 
Exemplo 1: Fabiano e Gabriela são muito amigos. 
Exemplo 2: Janaína e Fernanda estudaram ontem. 
Para finalizar, o sujeito determinado implícito não aparece facilmente na oração, mas a 
frase é dotada de entendimento. 
Exemplo: Fizemos as tarefas no sábado. 
Apesar de o termo “nós” não estar implícito na oração, a concordância verbal (mos) 
mostra isso de forma indireta. 
O sujeito implícito também pode ser denominado sujeito elíptico, subentendido ou 
desinencial. Antigamente era chamado de oculto. 
Sujeito Indeterminado 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
Agora vamos conhecer o sujeito indeterminado. Ele não está visível na oração e não há 
concordância verbal para determiná-lo, como no caso anterior. O sujeito indeterminado 
pode aparecer: 
• Com verbo na terceira pessoa do plural: “Procuraram Joana em sua casa”. 
• Com verbo na terceira pessoa do singular, mais pronome “se”: “Aluga-se 
apartamento para temporada”. 
• Com verbo no infinitivo impessoal: “Foi difícil ficar na fila para tomar vacina”. 
Orações sem Sujeito 
A última parte da classificação do sujeito são as orações sem sujeito. Nesse caso, as 
orações são compostas apenas pelo predicado e a mensagem se concentra no verbo, 
que é impessoal. 
Exemplo: “Choveu muito ontem em São Paulo”. 
As orações sem sujeito podem ter verbos que constituam fenômenos da natureza, 
como no caso do exemplo acima. 
Ou então quando os verbos ser, estar, haver e fazer indicam tempo ou fenômeno 
meteorológico. 
Exemplo: “Era uma hora”. 
Importante destacar que os verbos impessoais devem ser utilizados sempre na primeira 
pessoa do singular, com exceção do verbo ser. 
Exemplo 1: Havia muitas pessoas na missa. 
Exemplo 2: Deve ter havido muitas formigas neste alimento. 
Exemplo 3: São duas horas. 
Classificação do Predicado 
Agora vamos aprofundar um pouco mais o entendimento sobre o outro termo essencial 
da oração, o predicado. 
Explicamos o predicado como aquele que declara algo a respeitodo sujeito, sempre 
com presença de verbo ou locução verbal. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
Exemplo 1: As meninas estão alegres. 
Exemplo 2: Diego irá correr uma maratona no final de semana. 
Exemplo 3: Maria é uma criança sapeca. 
Tal qual o sujeito, os predicados também têm a sua classificação. Eles podem ser 
verbais, nominais ou verbo-nominais. 
Predicados Verbais 
Os predicados verbais são o resultado da ligação entre o sujeito e o verbo, ou entre o 
verbo e os complementos. 
Os verbos podem ser transitivos, intransitivos ou de ligação. Se ficou confuso, aguarde 
que a explicação em detalhes segue abaixo: 
Verbo Intransitivo 
Não necessita de complemento, pois é dotado de sentido completo. 
Exemplo: O carro não funcionou. 
A oração foi entendida, mas poderá ser acrescentado um termo para complementar a 
informação, como “O carro não funcionou pela manhã“. 
Esse complemento pode ser de tempo (quando); de modo (como); ou de local (onde). 
Verbo Transitivo 
Nesse caso, o verbo precisa de complemento para ser entendido. 
Ele é chamado de transitivo porque transita, ou seja, deve ir adiante para passar a 
informação adequada. 
Exemplo: Os filhos de João precisam. 
Se você ouvir a oração, imediatamente irá perguntar: de quê? Não dá para entender de 
que os filhos de João precisam. A oração está incompleta. 
Para gerar esse entendimento, esse trânsito do verbo, ele pode ser direto ou indireto. 
Quando o verbo é transitivo direto, o complemento está ligado diretamente a ele. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
Exemplo: Nós vemos crianças brincando. 
Para explicar o significado de verbo transitivo indireto, iremos utilizar o exemplo 
anterior: “Os filhos de João precisam de dinheiro”. 
Nesse caso, temos uma preposição (de) unindo o verbo precisar indiretamente a 
dinheiro. 
Verbos de Ligação 
Os verbos de ligação expressam características de estado ao sujeito. Podem expressar: 
• Estado permanente: Alice é adulta. 
• Estado de transição: Rodrigo está desempregado. 
• Estado de mutação: Fabiana ficou doente. 
• Estado de continuidade: Eduarda continua linda. 
• Estado aparente: Tatiana parece bem. 
Agora que você já entendeu a classificação dos verbos, vale lembrar que quando o 
núcleo significativo de um predicado é um verbo, ele é chamado de predicado verbal. 
Para que isso aconteça, não pode haver predicativo do sujeito e o verbo deve indicar 
ação. 
Exemplo: As crianças brincaram na sala. 
O sujeito é “As crianças”, tendo como predicado “brincaram na sala”. 
“Brincaram” é um verbo que indica ação, então é o núcleo significativo. Neste caso, 
temos um predicado verbal. 
Predicados Nominais 
O predicado nominal é aquele onde o núcleo significativo da oração é um nome 
(substantivo ou adjetivo). 
Além disso, ele se caracteriza pela indicação de estado ou qualidade, e é formado por 
um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito. Parece difícil? Veja a seguir. 
Exemplo: Joana é inteligente. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
O adjetivo “inteligente” é o predicativo do sujeito “Joana”, isto é, sua característica de 
estado ou qualidade. Isso é comprovado pelo “ser” (é), que é o verbo de ligação entre 
Joana e sua característica atual. 
Então, entende-se que predicativo do sujeito é um termo que atribui características ao 
sujeito por meio de um verbo. 
No caso acima, o predicativo “inteligente” caracterizou Joana, utilizando o verbo ser 
para ligá-la à característica. 
Predicativo do Sujeito 
O predicativo do sujeito nem sempre é um adjetivo, como no caso acima. Ele pode ser: 
• Um adjetivo ou locução adjetiva: Joana é inteligente (adjetivo, caso acima). A 
comida está sem sal (locução adjetiva). 
• Substantivo ou palavra substantivada: Meu caderno parece uma agenda. A vida 
é um constante recomeçar (verbo substantivado). 
• Pronome substantivo: Meu caderno não é esse. 
• Numeral: Eles estão em vinte. 
Predicado Verbo-Nominal 
Logicamente, você deve ter percebido que um predicado verbo-nominal é aquele que 
apresenta tanto um verbo quanto um nome como núcleos significativos. É bem isso… 
Mas tem mais. 
Para ser predicado verbo-nominal, o predicado deve apresentar sempre um predicativo 
do sujeito, além de uma ação ou atividade do sujeito mais uma qualidade sua. 
Vamos ao exemplo? 
Exemplo: Os alunos saíram mais cedo da aula. Por isso, estavam sorridentes. 
O sujeito “Os alunos” possui como predicado o verbo sair e também “sorridentes”, que 
é um nome (adjetivo). Afinal, “estavam sorridentes” é o predicativo do sujeito e estar é o 
verbo de ligação. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
Para você tirar todas as suas dúvidas se os termos apresentam um predicativo do 
sujeito, transforme a oração em voz passiva. 
No exemplo: “Os alunos estavam sorridentes porque as aulas acabaram mais cedo”. 
Assim, evidencia-se o predicativo do sujeito (sorridentes), pois ele está mais próximo de 
“os alunos” (sujeito da oração). 
Já estudamos tudo o que é relevante sobre os termos essenciais, passemos aos termos 
integrantes da oração. 
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO 
Conforme mencionamos anteriormente, os termos integrantes são aqueles que 
completam os verbos de uma oração, fornecendo sentido a ela. 
Eles podem ser complementos verbais, complementos nominais ou então agentes da 
passiva. 
Complementos Verbais 
Os complementos verbais completam o sentido de verbos, como o nome diz, sendo 
objetos diretos ou indiretos. 
• Objeto Direto: completa verbos transitivos diretos, ou seja, que não necessitam 
de preposição para entendimento. 
• Objeto Indireto: complementam verbos transitivos indiretos, necessitando de 
preposição. 
O objeto direto pode ser também: 
• Um substantivo ou expressão substantivada: Eu abrias portas. Ela contemplouo 
amanhecer. 
• Um pronome oblíquo direto:Convidei-o para a festa de amanhã. 
• Qualquer pronome substantivo: A garota quepossui cachecol vermelho me 
chamou. 
 
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Os complementos verbais também podem ser objetos transitivos indiretos, se o verbo 
assim pedir. 
Exemplo: Eu precisode carinho. 
O verbo “precisar” necessita de complemento com preposição para fazer sentido. Afinal, 
não é correto dizer “eu preciso carinho”, por exemplo. 
Outro exemplo: Everton telefonou-me. 
Nesse caso, “Everton telefonou” não ficaria completo (telefonou para quem?). 
Para comprovar que o pronome “me” é objeto indireto, substitua-o por amigo: “Everton 
telefonouao amigo“. Nesse caso, temos uma junção de preposição mais artigo, então o 
objeto é indireto mesmo. 
Complementos Nominais 
Os complementos de uma oração também podem ser nominais, isto é, completam o 
sentido de uma palavra sem ser um verbo. 
Eles podem ser substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre acompanhados de 
preposição. 
Exemplo 1: César estava orgulhosode seus alunos. 
“Orgulhoso” é um adjetivo, tendo “de seus alunos” como complemento nominal. 
Exemplo 2: Carla tem invejade Luiz. 
Nesse caso, “inveja” é um substantivo. 
Exemplo 3: Bernadete caminhou vagarosamentepelo beco. 
“Vagarosamente” é advérbio de modo. 
O complemento nominal (seus alunos, Luiz, beco) é o paciente, o recebedor de algo 
(orgulho, inveja, beco). Eles são os agentes da passiva. 
Agentes da Passiva 
Os agentes da passiva são os termos de uma oração que praticam a ação expressa pelo 
verbo, quando este está na voz passiva. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
Desse modo, costumam ser acompanhados pelas preposições “por” e “de“. 
Vamos pegar os exemplos acima para você acompanhar.• Os alunos foram motivo de orgulho de César. 
• Luiz foi alvo de inveja de Carla. 
• O beco foi caminhado vagarosamente por Bernadete. 
TERMOS ACESSÓRIOS DE UMA ORAÇÃO 
Ao contrário dos termos essenciais e integrantes, os termos acessórios não são 
necessários para dar sentido a uma oração, mas podem ser exibidos pra complementar 
a informação. 
Eles podem caracterizar o sujeito, determinar o substantivo ou exprimir circunstância. 
São eles: 
• Adjunto adverbial. 
• Adjunto adnominal. 
• Aposto. 
Tenha como exemplo a oração: “Choveu”. 
Você a entende, não é mesmo? Porém, podemos complementar a informação com 
uma série de palavras. Nesse caso, elas serão acessórias (fortemente, suavemente, em 
São Paulo, no sertão, etc.). 
Dentre o que citamos acima, “suavemente” e “fortemente” são caracterizados como 
adjuntos adverbiais, porque são advérbios que caracterizam o verbo chover. 
Já “em São Paulo” e “no sertão” são chamados de adjuntos adnominais, porque dão 
sentido ao nome (substantivo ou adjetivo). 
Adjuntos Adverbiais 
Os adjuntos adverbiais são aqueles que modificam um verbo, adjetivo ou advérbio. 
Exemplo 1: Eles brigammuito. 
 
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Exemplo 2: Cecília é poucointeressante. 
Exemplo 3: Dormi bastantemal esta noite. 
“Muito” está classificando um verbo (brigar); “pouco” está classificando um adjetivo 
(interessante) e “bastante” está classificando outro advérbio (mal). Nesses exemplos, 
“muito”, “pouco” e “bastante” são os advérbios. 
Os adjuntos adverbiais podem ser: 
• Advérbios (muito, pouco, bastante, longe, ali, ligeiramente). 
• Locuções adverbiais (no mar, na varanda, o tempo todo). 
• Orações: Quando o leite ferver, desligue (advérbio de tempo). 
São variadas as classificações dos adjuntos adverbiais. Veja cada uma abaixo, 
acompanhada de um exemplo: 
• Acréscimo: Além de bonita, é simpática. 
• Afirmação: Certamente irei ao colégio hoje. 
• Causa: Por vergonha, nos calamos. 
• Companhia: Fui ao cinema com meu namorado. 
• Concessão: Apesar do calor, eu gostei do passeio. 
• Condição: Se eu for junto, você poderá ir. 
• Conformidade: Conforme contato telefônico, confirmo minha presença. 
• Dúvida: Talvez eu vá à formatura. 
• Finalidade: Viajei a fim de espairecer. 
• Frequência: Vou ao trabalho todos os dias. 
• Instrumento: Escreva a prova à caneta. 
• Intensidade: Chovia muito quando saí do bar. 
• Limite: Vá daqui ao ponto de ônibus. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
• Lugar: Morei em São Leopoldo. 
• Matéria: O anel é feito de ouro. 
• Meio: Vim até aqui de metrô. 
• Modo: O sol esquentou suavemente a colina. 
• Negação: Não aceito trabalho incompleto. 
• Preço: O preço dos apartamentos está muito alto. 
• Substituição ou Troca: Por conta do preço da gasolina, deixou o carro em casa e 
foi trabalhar de ônibus. 
• Tempo: O escritório fecha ao meio-dia. 
Adjunto Adnominal 
O adjunto adnominal especifica o substantivo, com função de adjetivo. Por esse motivo, 
pode ser expresso por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos ou 
numerais adjetivos. 
Exemplo 1: O brilhanteprofessor entregou uma belamonografiaà amiga de classe. 
Temos como sujeito “o brilhante professor”, sendo “entregou” o núcleo do predicado 
verbal. 
“Uma bela monografia” é o objeto direto do verbo entregar, tendo como objeto 
indireto “à amiga de classe”. 
Vamos aos adjuntos adnominais: no sujeito, temos o artigo “o” e “brilhante”, pois 
caracterizam o professor. 
O numeral “uma” e o adjetivo “bela” se referem à monografia (substantivo), tendo o 
artigo “a” (contraído na crase = a + a) e a locução de classe como adjuntos adnominais 
de “amiga”. 
Aposto 
O aposto se relaciona com o sujeito, caracterizando-o, complementando uma 
informação já completa, mas que trará ainda mais dados a ele. 
 
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Exemplo 1: Roberto Carlos, o rei, fez sua apresentação de Natal. 
Exemplo 2: Xuxa, a rainha dos baixinhos, esteve no estúdio hoje. 
Vocativo 
Já o vocativo não possui ligação sintática com o sujeito e nem com o predicado. Ele 
serve para chamar ou interpelar um ouvinte, se relacionando com a segunda pessoa do 
discurso. Veja: 
Exemplo 1: Neymar, faça um gol para mim! 
Exemplo 2:Joana, fique quieta! 
Exemplo3: Ó, Jesus, intercedei por nós! 
Os vocativos são o receptor da mensagem, ou seja, a quem ela é dirigida. Podem ser 
acompanhados de interjeições de apelo (ó, olá, eh). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
O significado das palavras é estudado pela semântica, a parte da gramática que estuda 
não só o sentido das palavras como as relações de sentido que as palavras estabelecem 
entre si: relações de sinonímia, antonímia, paronímia, homonímia,... 
Compreender essas relações nos proporciona o alargamento do nosso universo 
semântico, contribuindo para uma maior diversidade vocabular e maior adequação aos 
diversos contextos e intenções comunicativas. 
O QUE SÃO SINÔNIMOS 
Para começar a entender sobre significação das palavras, vamos ao conceito de 
sinônimo: 
Palavras que possuem significado próximo. Exemplo: casa, residência, moradia, morada, 
lar, etc. 
Observe que nós não dissemos que o seu significado é igual, mas próximo. 
É porque sinônimos não são equivalentes. É difícil encontrar um que seja perfeito, ou 
seja, uma palavra cujo significado seja exatamente igual ao de outra. 
Para você entender do que estamos falando, veja: Comprei uma nova casa. É diferente 
(e estranho) de dizer: Comprei um novo lar. 
Os sinônimos são um excelente recurso em textos, para retomada de elementos que 
inter-relacionam partes do texto. Assim, evita-se o uso repetitivo de um termo. 
O QUE SÃO ANTÔNIMOS 
Já os antônimos são o contrário dos sinônimos, isto é, representam significados opostos 
das palavras. 
Exemplo: mau e bom; mal e bem; constrói e destrói, dormi e acordei, claro e escuro, 
perto e longe etc. 
POLISSEMIA 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
Polissemia é a possibilidade de uma palavra ter diversos significados, dependendo do 
contexto onde ela aparece. 
Vamos tomar como exemplo, o termo “cabo”. 
Se somente falarmos a palavra isolada, você pode achar que estamos nos referindo ao 
posto militar, ao cabo de uma vassoura, ao cabo de uma faca etc. 
E banco? Pode ser a instituição financeira ou um tipo de assento. O mesmo acontece 
com manga, que pode ser a fruta ou a parte de uma roupa. 
O significado de cada palavra dependerá de como ela será utilizada. Tomemos o 
primeiro caso como exemplo, para formação de frases que dotarão o termo de sentido. 
• O cabo Arthur compareceu ao treinamento nesta manhã (cabo = posto militar). 
• O cabo da faca está enferrujado. 
• Coloque o cabo da vassoura para cima. 
MONOSSEMIA 
Ao falarmos de polissemia, vimos que uma única palavra pode ter diversos significados 
(poli). 
Em se tratando de monossemia, temos o caso em que a palavra tem apenas um 
significado (por isso a presença do radical mono). 
A palavra cabeça, por exemplo, é polissêmica porque pode ser referida quando se 
menciona a parte do corpo. Mas também o líder de um grupo (o cabeça dos escoteiros, 
por exemplo). 
Já no caso de estetoscópio, que é uma palavra monossêmica, isso não acontece. Isto é, 
não há como pensar em outra significação que não seja o instrumento utilizado pelo 
médico. 
O QUE SÃO HOMÔNIMOS 
Homônimos são palavras que possuem a mesma pronúncia (podendo ou não ter a 
mesma grafia), mas seus significadossão diferentes. Veja os exemplos abaixo: 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
• Ascender (subir) e acender (colocar fogo, ligar). 
• Acento (sinal gráfico) e assento (local onde se senta). 
• Cheque (forma de pagamento) e xeque (jogo de xadrez). 
• Concerto (sessão musical) e conserto (reparo). 
• Esterno (osso do peito) e externo (relacionado ao exterior). 
• Tacha (prego pequeno) e taxa (imposto). 
Nos casos mencionados temos homônimos homófonos, ou seja, são palavras que 
possuem a mesma pronúncia e o mesmo som. 
Quando os homônimos possuem a mesma grafia e o mesmo som, eles são chamamos 
de homônimos perfeitos. Exemplos: 
• Cedo – “Eu cedo meu assento para idosos” (verbo ceder) e “Cheguei cedo ao 
estádio” (advérbio de tempo). 
Porém, se a grafia for a mesma, mas a pronúncia for diferente, o significado também 
será. Veja o caso de almoço: “O almoço está na mesa” (refeição) e “Eu almoço ao meio-
dia” (verbo almoçar). 
O mesmo acontece com gosto: “Esta comida está com gosto bom” (substantivo) e “Eu 
gosto de ler romances” (verbo gostar). 
Quando isso acontece, os homônimos são chamados de homógrafos. Ou seja, possuem 
a mesma grafia. 
O QUE SÃO PARÔNIMOS 
Parônimos são palavras diferentes, porém sua grafia e pronúncia são muito parecidas. 
Vou mostrar vários casos para você entender o que são parônimos: 
• Absolver (tirar a culpa) e absorver (aspirar). 
• Despensa (armário para guardar mantimentos) e dispensa (ato de dispensar). 
• Eminente (elevado) e iminente (prestes a ocorrer). 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
• Delatar (denunciar) e dilatar (alargar). 
• Flagrante (evidente, pego no flagra) e fragrante (perfumado). 
• Inflação (alta de preços) e infração (violação). 
• Soar (produzir som) e suar (transpirar). 
• Tráfego (trânsito) e tráfico (comércio ilegal). 
A DIFERENÇA ENTRE DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO 
Denotação é a capacidade que as palavras têm para apresentar um sentido literal, 
objetivo. 
Conotação é o oposto, ou seja, as palavras apresentam sentido figurado, simbólico. 
Atente-se aos exemplos para entender melhor. 
Denotação 
Veja exemplos do emprego da denotação: 
• Simone chegou atrasada ao trabalho hoje. 
• Andressa vai jantar com seu namorado na pizzaria. 
As duas frases mencionadas são bem objetivas, não é mesmo? Você entendeu que 
Simone hoje se atrasou para o trabalho, e que Andressa vai jantar na pizzaria com o 
namorado. 
Conotação 
Na conotação o sentido literal não acontece. Veja os exemplos: 
• Meu namorado é um porto seguro. 
• Edson é muito burro em Matemática. 
O sentido figurado está bem presente nos exemplos acima. Afinal, namorados, em 
sentido literal, não podem ser portos seguros, locais para atracar barcos. 
E pessoas não são animais, como no exemplo de Edson não ser inteligente em 
Matemática. Foram utilizados símbolos para mostrar a segurança que o namorado traz 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
para a pessoa, e também para mostrar que Edson precisa estudar mais para se dar bem 
em Matemática. 
A DIFERENÇA ENTRE HIPERÔNIMO E HIPÔNIMO 
Um hiperônimo é uma palavra que possui significado mais abrangente, enquanto um 
hipônimo é um termo com significado mais restrito. 
Veja os exemplos: 
• Material escolar é um hiperônimo de caneta. 
• Caneta é um hipônimo de material escolar. 
• Ferramentas de marcenaria é um hiperônimo de serrote. 
• Serrote é um hipônimo de ferramentas de marcenaria. 
Quando se restringe um item (caneta, serrote), temos um caso de hipônimo. 
Quando se abre uma categoria (material escolar, ferramentas de marcenaria), temos um 
caso de hiperônimo. 
FORMAS VARIANTES 
São as palavras que podem ser escritas de mais de uma forma, sem que haja grafia 
incorreta por conta de seu emprego. 
Confira alguns exemplos (todas as escritas estão corretas): 
• Marcelo possui uma cicatriz no abdome. 
• Marcelo possui uma cicatriz no abdômen. 
• Os cabelos de Marta são loiros. 
• Os cabelos de Marta são louros. 
• Naquele bar há dois bêbados. 
• Naquele bar há dois bêbedos. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
• É a sua vez de embaralhar as cartas. 
• É a sua vez de baralhar as cartas. 
• Ricardo teve um infarto ontem. 
• Ricardo teve um enfarte ontem. 
É bom estar atento(a) a isso… 
Errar na prova do seu concurso com essas formas variantes é muito fácil. 
PALAVRAS E EXPRESSÕES LATINAS 
Ad hoc 
Quando uma pessoa foi nomeada para assumir um cargo específico, ou então para 
indicar a finalidade de algo. É sinônimo de: para isto, para tal fim, de propósito. 
Exemplo: Para a palestra da aula inaugural, chamamos um especialista ad hoc. 
A priori 
Aplica-se a casos onde não foi feita verificação dos fatos, apenas baseando-se em 
pressupostos. 
É uma expressão bastante utilizada na Filosofia e seus sinônimos são: a princípio, em 
princípio e à primeira vista. 
Exemplo: A priori, dará tudo certo. 
A posteriori 
Neste caso, a expressão é utilizada baseando-se em acontecimentos previstos e 
realizados, partindo-se dos efeitos para as causas. Seus sinônimos são de seguida, 
depois. 
Exemplo: Só poderei afirmar se dará certo a posteriori. 
 Carpe diem 
Significa aproveitar o presente ao máximo, sinônimo de aproveite o dia. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
Exemplo: Carpe diem! A vida é curta e os momentos felizes são efêmeros. 
Curriculum vitae 
Algumas palavras são mais frequentes no nosso vocabulário, do que outras, e 
curriculum vitae com certeza é uma das mais comuns. 
Esta expressão latina quer dizer conjunto de dados que constituem a vida de uma 
pessoa. 
É um documento pessoal onde constam os dados pessoais, profissionais e acadêmicos 
de uma pessoa que busca uma oportunidade de emprego. Sinônimo: currículo. 
Abreviatura: CV. 
Exemplo: O curriculum vitae de César está em sua mesa. 
Data venia 
É uma forma cordial de introdução de contra-argumentação. A expressão é comumente 
utilizada no setor jurídico e também em debates acadêmicos. 
É sinônimo de com a devida vênia, com o devido respeito, dada a licença, dada a 
permissão. 
Exemplo: Data venia, apresento minha opinião sobre o caso. 
Grosso modo 
Expressão bastante utilizada na Língua Portuguesa, grosso modo significa que algo foi 
feito de modo impreciso, sem detalhes ou pormenores. 
Sinônimo de aproximadamente, mais ou menos, sumariamente, de modo genérico. 
Exemplo: O Concurso da Petrobrás teve, grosso modo, três mil candidatos. 
Habeas corpus 
Também bastante conhecida em nosso vocabulário, a expressão quer dizer que uma 
medida jurídica foi tomada para proteger cidadãos com mobilidade restrita por 
autoridades legítimas. Sinônimo de salvo-conduto. 
Exemplo: O habeas corpus do deputado foi negado, então ele continuará em detenção. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
In memoriam 
Homenagem feita a pessoas que já faleceram, utilizada em diversos contextos (convites, 
dedicatórias, obituários, epitáfios) e também quando o autor já é falecido, com 
publicação póstuma de sua obra. Sinônimo de em memória, em lembrança. 
Exemplo: Dedico este livro a meu pai (in memoriam), que tanto me incentivou a 
escrevê-lo. 
Lato sensu 
Utilizada sempre que se refere a sentido mais amplo, extenso. Nos casos acadêmicos, 
ocorre quando um curso de pós-graduação de menor duração visa uma especialização. 
Sinônimo: em sentido amplo. 
Exemplo: A pós-graduação lato sensu, que Silmara faz, acontece aos sábados. 
Stricto sensu 
O contrário de Lato sensu é Stricto sensu, ou seja, algo mais restrito, como um curso de 
maior duração que visa uma especialização (mestradoou doutorado). 
Exemplo: A pós-graduação stricto sensu, que Silmara faz, acontece aos sábados. 
Per capita 
Indicação de valor por cabeça ou valor por pessoa, com utilização em dados 
estatísticos. Sinônimo de por cabeça. 
Exemplo: A renda per capita do Brasil baixou. 
Sine qua non 
Condição onde algo é indispensável. Seus sinônimos: fundamental, imprescindível, 
essencial, sem a qual não. 
Exemplo: Temos que viajar imediatamente, é uma condição sine qua non. 
Status quo 
Indicação da situação atual. É a forma reduzida de outra expressão latina, in statu quo 
ante, indicação de como as coisas estavam antes. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
Sinônimos: situação vigente, situação atual, estado atual, posição atual. 
Exemplo: Nossa empresa irá progredir, segundo seu status quo. 
Sui generis 
Quer dizer algo único, sem igual, um caso peculiar. Sinônimo de único em seu gênero. 
Exemplo: A generosidade de Ieda é sui generis. 
ARCAÍSMO 
Arcaísmo é a utilização de palavras antigas, que perderam seu uso na linguagem culta. 
Eram utilizadas por pessoas de outras épocas e foram substituídas por termos mais 
modernos, mas que são sinônimos. 
Vou apresentar alguns arcaísmos aqui, para você se familiarizar com seu significado 
(como fizemos nas palavras e expressões latinas), porque os arcaísmos podem constar 
em questões, principalmente de interpretação de texto, em textos literários. Veja os 
exemplos: 
• Botica = farmácia. 
• Ladroa = ladra. 
• Pera = para. 
• Soldo = obrigação no arrendamento de terra. 
• Tença = posse. 
• Vosmecê = você. 
• Aguça = pressa. 
• Absolto = absolvido. 
• Dada = doação. 
• Embora = em boa hora. 
• Escala = escada. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
• Franquia = sinceridade. 
• Graveza = gravidade. 
• Pertinência = pertença. 
Com a criação diária de novas palavras e expressões, os termos que utilizamos hoje e 
são tidos como modernos podem ser os arcaísmos de amanhã. 
O pronome “vós”, por exemplo, em breve poderá se tornar um caso deste tipo. Você 
utiliza essa palavra no seu cotidiano? Provavelmente, não. 
O arcaísmo literário é algo que acontece com frequência, sendo um recurso linguístico 
que confere caráter nobre, rebuscado, a textos. Portanto, não pode ser desprezado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
ARGUMENTAÇÃO 
A Argumentação é um recurso retórico da linguagem utilizado na produção de textos 
argumentativos, o qual apresenta um conjunto de proposições, promovendo assim o 
diálogo e reflexões críticas. 
Um bom texto argumentativo inclui a clareza de ideias e o uso correto das normas 
gramaticais, ou seja, a coerência e a coesão. 
De tal maneira, o ato de argumentar desenvolve a inteligência posto que está pautado 
na exposição de ideias ou em opiniões organizadas e fundamentadas acerca de 
determinado assunto, com o intuito principal de persuadir o leitor (interlocutor ou 
ouvinte). 
Note que além de ser uma importante ferramenta dos textos argumentativos escritos, a 
argumentação pode ser utilizada nos discursos orais, por exemplo, numa palestra, 
debates políticos, propagandas publicitárias, dentre outros. 
Contra Argumentação 
A contra argumentação é um recurso utilizado para rebater ou refutar as proposições 
produzidas pela argumentação. Em outras palavras, ela apresenta uma opinião contrária 
à argumentação textual. 
TEXTOS ARGUMENTATIVOS 
Segue abaixo os mais importantes textos argumentativos, os quais absorvem a estrutura 
básica textual: introdução (tese), desenvolvimento (antítese) e conclusão (síntese): 
Texto Dissertativo-Argumentativo 
Um texto dissertativo argumentativo é aquele que apresenta um tema, de forma que 
argumentação é uma importante etapa de desenvolvimento. 
Através dela, o escritor expõe seu raciocínio e defende seu ponto de vista sendo, 
portanto, uma ferramenta muito importante na produção desse tipo de texto. 
Há muitos exemplos de textos dissertativos, a saber: artigos, ensaios, resenhas, dentre 
outros. 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
Resenha Crítica 
Além do texto dissertativo-argumentativo, a resenha crítica, da mesma forma, apresenta 
a argumentação como um dos recursos mais importantes. 
Isso porque a resenha crítica, diferente da resenha-resumo, é marcada pelo juízo de 
valor, ou seja, a exposição de ideias com forte poder de persuasão ou convencimento 
do leitor. 
Texto Editorial 
Dos textos jornalísticos, o editorial é um bom exemplo de texto argumentativo, visto 
que se trata de um texto opinativo e crítico que apresenta certa subjetividade do autor. 
Assim, o editorial (que também surge nas revistas) é diferente da maioria dos textos que 
compõem os periódicos, ou seja, os textos informativos, os quais não tem o intuito de 
convencer e sim de informar. 
Crônica Argumentativa 
Tipo de texto que se aproxima dos artigos de opinião, o qual é explorado na literatura e 
nos meios de comunicação como os textos jornalísticos, revistas e programas 
humorísticos. 
No entanto, a crônica é um texto que aborda aspectos e acontecimentos do cotidiano, 
centrados no contexto. Diferente das crônicas históricas e humorísticas, a crônica 
argumentativa utiliza do juízo de valor para a exposição de um determinado ponto de 
vista sempre com o intuito de persuadir ou convencer o leitor. 
Ensaio 
O ensaio é um texto argumentativo na medida em que apresenta ideias, pensamentos e 
opiniões pessoais sobre um tema. 
O nome desse tipo de texto está justamente associado ao ato de “ensaiar”, ou seja, 
demostrar de maneira mais flexível e despretensiosa as proposições argumentativas. 
Em relação ao artigo, trata-se de um texto mais informal, o qual pode não apresentar a 
estrutura básica da produção de textos: apresentação, desenvolvimento e conclusão. 
Artigos de Opinião 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
Além dos editoriais, os artigos de opiniões disseminados geralmente nos meios de 
comunicação, tal qual jornais e revistas, apresentam o ponto de vista do escritor sobre 
temas atuais e, na maioria das vezes, são assinados pelo autor. 
Note que os editoriais são textos iniciais os quais resumem os conteúdos que serão 
abordados, já os artigos de opinião, escritos por especialistas, tem o intuito de 
disseminar o conhecimento através da argumentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS 
Pressupostos e subentendidos são informações implícitas num texto, não expressas 
formalmente, apenas sugeridas por marcas linguísticas ou pelo contexto. Cabe ao leitor, 
numa leitura proficiente, ir além da informação que se encontra explícita, identificando e 
compreendendo as informações implícitas, ou seja, lendo nas entrelinhas. 
Os pressupostos são de mais fácil identificação, estando sugeridos no texto. Os 
subentendidos são deduzidos pelo leitor, sendo da sua responsabilidade. 
Exemplos: 
- Heloísa está cansada de ser professora. 
Pressuposto: Heloísa é professora. 
Subentendido: Talvez porque o salário é baixo ou há muita indisciplina. 
- Infelizmente, meu marido continua trabalhando fora do país 
Pressuposto: O marido está trabalhando fora do país e a mulher não está satisfeita com 
essa situação. 
Subentendido: Talvez por ter melhor salário fora do país ou por não encontrar trabalho 
no seu país. 
PRESSUPOSTOS 
Os pressupostos são informações implícitas adicionais, facilmente compreendidas 
devido a palavras ou expressões presentesna frase que permitem ao leitor 
compreender essa informação implícita. O enunciado depende dessa pressuposição 
para que faça sentido. Assim, o pressuposto é verdadeiro e irrefutável. 
Exemplos de pressupostos: 
- Decidi deixar de comer carne. 
Pressuposto: A pessoa comia carne antes. 
- Finalmente acabei minha monografia. 
Pressuposto: Demorou algum tempo para terminar a monografia. 
- Alunos que estudam de manhã costumam ter melhor rendimento. 
Pressuposto: Há alunos que não estudam de manhã. 
 
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- Desde que ela mudou de casa, nunca mais a vi. 
Pressuposto: Costumava vê-la antes dela mudar de casa. 
Marcas linguísticas que facilitam a identificação de pressupostos: 
• Verbos que indicam fim, continuidade, mudança e implicações: começar, 
continuar, parar, deixar, acabar, conseguir... 
• Advérbios: felizmente, finalmente, ainda, já, depois, antes... 
• Pronome introdutório de orações subordinadas adjetivas: que 
• Locuções que indicam circunstâncias: depois que, antes que, desde que, visto 
que... 
SUBENTENDIDOS 
Os subentendidos são insinuações, informações escondidas, dependentes da 
interpretação do leitor. Não possuem marca linguística, sendo deduzidos através do 
contexto comunicacional e do conhecimento que os destinatários têm do mundo. 
Podem ser ou não verdadeiros e podem ser facilmente negados, visto serem 
unicamente da responsabilidade de quem interpreta a frase. 
Exemplos de subentendidos: 
- Quando sair de casa, não se esqueça de levar um casaco. 
Subentendido: Está frio lá fora. 
- Já tenho a garganta seca de tanto falar. 
Subentendidos: Quero beber um copo de água ou quero parar de falar neste momento. 
- Você vai a pé para casa agora? 
Subentendidos: Eu posso lhe dar uma carona ou é perigoso andar a pé na rua a estas 
horas. 
 
 
 
 
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NÍVEIS DE LINGUAGEM 
Os níveis da linguagem, também chamados de níveis da fala, são os diferentes registros 
em que a linguagem pode ser utilizada pelos falantes, conforme o contexto 
comunicativo, o nível de escolarização dos falantes, a interação com diferentes 
interlocutores… 
Existem dois níveis da linguagem principais: o culto e o coloquial. 
O registro culto, chamado de norma culta, linguagem formal e registro formal, é usado 
na linguagem escrita, na escola e no trabalho, na comunicação social, em situações que 
requerem uma maior seriedade, quando não há familiaridade entre os interlocutores da 
comunicação. 
 
O registro coloquial, também chamado de linguagem coloquial, linguagem informal e 
linguagem popular, é a linguagem falada em situações cotidianas de comunicação e em 
conversas descontraídas entre familiares, amigos, conhecidos, vizinhos... 
Características da linguagem coloquial 
• Usada em situações informais ou familiares; 
• É uma linguagem falada, espontânea e despreocupada; 
• Responde a necessidades de comunicação imediata do dia a dia; 
• Aceita a existência de algumas incorreções linguísticas; 
• Há um maior relaxamento em relação às regras gramaticais; 
• Apresenta um vocabulário simples e expressões populares; 
• Ocorre o uso de gírias e de palavras não dicionarizadas; 
• Utiliza estruturas sintáticas simples; 
• Permite a liberdade de expressão do falante; 
• Está sujeita a variações regionais, culturais e sociais. 
 
 
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Características da norma culta 
• Usada em situações formais, principalmente na escrita; 
• É uma linguagem planejada, cuidada e elaborada; 
• Privilegia a correção gramatical; 
• Apresenta um vocabulário rico e diversificado; 
• Utiliza estruturas sintáticas complexas; 
• Ensinada na escola e usada na comunicação social. 
Outros níveis de linguagem 
Além dessa divisão principal entre linguagem culta e linguagem coloquial, existem 
outras classificações de níveis de linguagem, conforme diferentes autores, como: 
• nível regional; 
• nível vulgar; 
• nível técnico ou profissional; 
• nível literário ou artístico. 
Nível não é hierarquia 
Apesar de classificados em níveis, não significa que haja uma hierarquia entre a 
linguagem formal e a linguagem informal, ou seja, uma não pode ser considerada 
melhor ou mais importante do que a outra. 
Um falante que saiba adaptar o seu discurso às diferentes situações comunicativas e aos 
diferentes interlocutores irá usar, necessariamente, a linguagem culta e a linguagem 
coloquial no seu dia a dia, como linguagens complementares. Este é um exemplo de 
variação situacional, ou seja, uma variação linguística em função do contexto. 
Existem outras variações linguísticas que ocorrem conforme alterações geográficas, 
temporais e sociais, como variações regionais, variações históricas e variações sociais. 
 
 
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ARTICULAÇÃO DO TEXTO: COESÃO E COERÊNCIA 
ARTICULAÇÃO TEXTUAL: OPERADORES SEQUENCIAIS, EXPRESSÕES 
REFERENCIAIS 
Para construir um texto, necessitam-se de palavras (óbvio!). Estas palavras podem estar 
conectadas entre si por meio de conjunções, pronomes, os quais irão dar sentido ao 
texto. Os operadores sequenciais e as expressões referenciais podem ser tanto 
sinônimos, os quais irão recuperar termos, como antônimos, pronomes. Dessa forma, a 
unidade textual não fica redundante ou repetitiva - daí a importância desses operadores 
e expressões de referência. 
Em uma redação, por exemplo, é preciso saber qual conectivo (conjunções e 
preposições) ligam as ideias para que estas se tornem claras. Esses elementos estão 
inclusos no que se convencionou, em Linguística, chamar de coesão, tema que veremos 
nas linhas seguintes. 
De acordo com Neves (2011, p. 449), os pronomes têm “a capacidade de fazer 
referência”. São eles: 
• Eu, Tu (Você), Ele (Ela), Nós, Vós (Vocês), Eles (Elas) 
• Me, Nos, Te, Vos, O, A, Lhe, Se 
• Mim, Comigo, Nós, Conosco, Ti, Contigo, Vós, Convosco, Si, Consigo. 
As preposições também são operadores sequenciais. São elas: a, até, com, contra, de, 
em, entre, para, por, sob, sobre, ante, após, desde, perante, sem. 
As conjunções, por sua vez, podem ser tanto coordenativas ou subordinativas. O 
primeiro tipo liga duas orações independentes entre si. A segunda liga o sentido entre 
as frases dependentes. 
CONJUNÇÕES COORDENAT IVAS: 
• Aditivas: e, nem, também, como também, bem como, mas ainda, não só… mas, 
não só... mas também, não só... como também, não só... bem como, não só... 
mas ainda. 
 
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• Adversativas: mas, entretanto, no entanto, porém, todavia, contudo, não 
obstante. 
• Alternativas: ou, ou… ou, ora… ora, já… já, quer… quer, seja… seja. 
• Conclusivas: logo, portanto, por isso, assim, por conseguinte, então. 
• Explicativas: que, porque, porquanto, pois. 
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS: 
• Causais: porque, uma vez que, sendo que, visto que, como, já que, desde que, 
pois. 
• Consecutivas: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), sem que, de modo 
que, de forma que, de maneira que. 
• Comparativas: como, tal qual, que, do que, assim como, mais… que, menos… 
que, (tanto) quanto. 
• Conformativas: conforme, assim como, segundo, consoante, como, de acordo 
com que. 
• Condicionais: se, caso, contanto que, a menos que, sem que, salvo se, desde 
que. 
• Concessivas: mesmo que, por mais que, ainda que, ainda quando, quando 
mesmo, se bem que, embora, conquanto, posto que, por muito que, apesar de 
que, que, malgrado, dado que, suposto que. 
• Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais 
(tanto menos), quanto menos. 
•Finais: a fim de que, para que. 
• Temporais: quando, enquanto, sempre que, logo, que, depois que, desde que, 
assim que, até que, cada vez que, sem que. 
• Coerência: manifestada em grande parte macrotextualmente, refere-se aos 
modos como os componentes do universo textual se unem de maneira acessível 
e relevante; 
 
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COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL 
Por essas duas palavras - coesão e coerência - compreendemos a relação de 
sentido que se estabelece entre as partes do texto, criando uma unidade de 
sentido (ou seja, criando um discurso que faça sentido para o receptor). A 
coesão auxilia a coerência, mas não é algo necessário para que esta se dê: 
mesmo não havendo coesão, pode haver coerência. A coerência manifestada no 
nível microtextual refere-se aos modos como os componentes do universo 
textual estão ligados entre si dentro de uma sequência. 
• Coesão: quando manifestada no nível microtextual, refere-se aos modos como 
os componentes do universo textual estão ligados entre si dentro de uma 
sequência; 
Há vários tipos de coesão. São eles: 
• Referência: exofórica e endofórica (que pode ser anáfora e catáfora); 
Exofórica é quando há uma relação extralinguística, isto é, textos orais. Já a 
endofórica é uma relação interna. Será anáfora quando houver retomada, 
recuperação de termos, com o uso de pronomes, por exemplo. Já a catáfora 
indica um termo subsequente, que será ainda falado. 
Por exemplo: 
- O menino brigou com a menina. Ela não teve culpa (anáfora) 
- Vou lhe dizer isto: fique longe de mim (catáfora) 
• Substituição: quando ocorre substituição de termos, como sinônimos que não 
são completamente idênticos para a troca. 
• Elisão: um exemplo claro é quando suprimos as palavras do português. 
• Conjunção: estabelece vínculos semânticos, como a causalidade, temporalidade. 
• Coesão lexical: termos que são retomados por sinônimos ou hiperônimos. 
 
 
 
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TERMOS DA ORAÇÃO 
No período "Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando", existem seis 
palavras. Cada uma delas exerce uma determinada função nas orações. Em análise 
sintática, cada palavra da oração é chamada de termo da oração. Termo é a palavra 
considerada de acordo com a função sintática que exerce na oração. 
Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, os termos da oração podem ser: 
1) Essenciais 
Também conhecidos como termos "fundamentais", são representados pelo sujeito e 
predicado nas orações. 
2) Integrantes 
Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são representados por: 
complemento verbal - objeto direto e indireto; 
complemento nominal; 
agente da passiva. 
3) Acessórios 
Desempenham função secundária (especificam o substantivo ou expressam 
circunstância). São representados por: 
adjunto adnominal; 
adjunto adverbial; 
aposto. 
Obs.: O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: não pertence à estrutura da 
oração. 
 
 
 
 
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PROCESSOS DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO 
Coordenação e Subordinação 
• Oração: é todo enunciado que possua um verbo. 
• Orações coordenadas: são aquelas “independentes” sintaticamente entre si, ou 
seja, uma não depende da outra para fazer sentido. 
Exemplo: 
Eu deitei e dormi profundamente. 
(Veja que as orações “eu deitei” e “dormi profundamente” fariam sentido se ficassem 
separadas.) 
• Classificação: 
o Orações coordenadas aditivas: indicam um acréscimo de alguma 
informação. 
Exemplo: 
Eu fechei os olhos e sonhei com você. 
Maria estuda à noite e trabalha durante o dia. 
 
o Orações coordenadas adversativas: traduzem uma idéia de oposição e 
contraste. 
Exemplo: 
Ele estudou bastante, porém não foi aprovado. 
Joana se preparou para a entrevista, mas acabou não sendo contratada. 
o Orações coordenadas alternativas: expressam um sentido de alternância. 
Exemplo: 
Ora falta ao trabalho, 
 
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ora chega atrasado. 
Quer esteja com fome, quer não esteja, você precisa comer. 
o Orações coordenadas conclusivas: passam uma idéia de conclusão. 
Exemplo: 
Eu me esforcei muito para estar aqui, portanto não vou desistir. 
Eu não o conheço, por isso não posso julgá-lo. 
o Orações coordenadas explicativas: justificam e explicam o que é 
apresentado. 
Exemplo: 
Não saia à noite, porque é perigoso. 
Deixe a janela aberta, pois está fazendo calor. 
 
• Orações subordinadas: são sintaticamente dependentes da oração principal. 
Exemplo: 
É preciso que você estude. 
(Veja que as orações “é preciso” e “que você estude” não fariam sentido se ficassem 
separadas.) 
• Classificação: 
o Orações subordinadas adjetivas: exercem função sintática de adjetivo. 
Podem ser: 
▪ Restritivas: limitam o significado do antecedente. 
Exemplo: 
O presente que ganhei era maravilhoso. (não são todos os presentes; só o que ganhei) 
Gostei muito do filme que assisti ontem. (não são todos os filmes; só o de ontem) 
 
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▪ Explicativas: explicam algo do antecedente. 
Exemplo: 
Maurício, que já foi professor, sabe muito bem o que é isso. 
Natália, cuja mãe é médica, acabou optando pela medicina. 
o Orações subordinadas adverbiais: exercem função sintática de advérbio. 
Podem ser: 
▪ Causais: expressam causa. 
Exemplo: 
Não vou me pronunciar, uma vez que não sei nada a respeito. 
▪ Concessivas: indicam uma concessão ou permissão. 
Exemplo: 
Embora tenha dificuldades, você pode conseguir. 
▪ Condicionais: traduzem uma condição. 
Exemplo: 
Se eu for aprovado, vou ficar muito feliz. 
▪ Comparativas: expressam uma idéia de comparação. 
Exemplo: A filha é bonita como a mãe. 
▪ Consecutivas: passam uma relação de causa e efeito, de 
conseqüência. 
Exemplo: Choveu tanto, que alagou toda a região. 
▪ Finais: expressam uma finalidade. 
Exemplo: Ele estuda para ter uma melhor condição de vida. 
▪ Temporais: indicam tempo. 
Exemplo: Ela veio falar comigo assim que ficou sabendo do ocorrido. 
 
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o Orações subordinadas substantivas: exercem função sintática de 
substantivo. Para identificá-las, geralmente usamos o macete de 
substituir a oração por “isto”. 
Exemplo: 
A professora disse que não poderia reavaliar sua decisão. (A professora disse “isto”) 
Meu desejo é que você seja feliz. (Meu desejo é “isto”) 
É provável que ele chegue antes de mim. (O que é provável? “Isto”) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DISCURSO DIRETO E INDIRETO 
O discurso direto é caracterizado por ser uma transcrição exata da fala das 
personagens, sem participação do narrador. 
O discurso indireto é caracterizado por ser uma intervenção do narrador no discurso ao 
utilizar as suas próprias palavras para reproduzir as falas das personagens. 
Exemplo de discurso direto: 
A aluna afirmou: 
- Preciso estudar muito para o teste. 
Exemplo de discurso indireto: 
A aluna afirmara que precisava estudar muito para o teste. 
Passagem do discurso direto para discurso indireto 
Mudança das pessoas do discurso: 
• A 1.ª pessoa no discurso direto passa para a 3.ª pessoa no discurso indireto. 
• Os pronomes eu, me, mim, comigo no discurso direto passas para ele, ela, se, si, 
consigo, o, a, lhe no discurso indireto. 
• Os pronomes nós, nos, conosco no discurso direto passam para eles, elas, os, as, 
lhes no discurso indireto.• Os pronomes meu, meus, minha, minhas, nosso, nossos, nossa, nossas no 
discurso direto passam para seu, seus, sua e suas no discurso indireto. 
Mudança de tempos verbais: 
• Presente do indicativo no discurso direto passa para pretérito imperfeito do 
indicativo no discurso indireto. 
• Pretérito perfeito do indicativo no discurso direto passa para pretérito mais-que-
perfeito do indicativo no discurso indireto. 
• Futuro do presente do indicativo no discurso direto passa para futuro do 
pretérito do indicativo no discurso indireto. 
 
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• Presente do subjuntivo no discurso direto passa para pretérito imperfeito do 
subjuntivo no discurso indireto. 
• Futuro do subjuntivo no discurso direto passa para pretérito imperfeito do 
subjuntivo no discurso indireto. 
• Imperativo no discurso direto passa para pretérito imperfeito do subjuntivo no 
discurso indireto. 
Mudança na pontuação das frases: 
• Frases interrogativas, exclamativas e imperativas no discurso direto passam para 
frases declarativas no discurso indireto. 
Mudança dos advérbios e adjuntos adverbiais: 
• Ontem no discurso direto passa para no dia anterior no discurso indireto. 
• Hoje e agora no discurso direto passam para naquele dia e naquele momento 
no discurso indireto. 
• Amanhã no discurso direto passa para no dia seguinte no discurso indireto. 
• Aqui, aí, cá no discurso direto passam para ali e lá no discurso indireto. 
• Este, esta e isto no discurso direto passam para aquele, aquela, aquilo no 
discurso indireto. 
Exemplos de passagem do discurso direto para o discurso indireto 
Discurso direto: - Eu comecei minha dieta ontem. 
Discurso indireto: Ela disse que começara sua dieta no dia anterior. 
Discurso direto: - Vou ali agora e volto rápido. 
Discurso indireto: Ele disse que ia lá naquele momento e que voltava rápido. 
Discurso direto: - Nós viajaremos amanhã. 
Discurso indireto: Eles disseram que viajariam no dia seguinte. 
 
 
 
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TEMPOS, MODOS E VOZES VERBAIS 
O verbo pode se flexionar de quatro maneiras: PESSOA, NÚMERO, TEMPO e MODO. 
É a classe mais rica em variações de forma ou acidentes gramaticais. Através de 
um morfema chamado DESINÊNCIA MODO TEMPORAL, são marcados o tempo e o 
modo de um verbo. Vejamos mais detalhadamente… 
O MODO VERBAL caracteriza as várias maneiras como podemos utilizar o verbo, 
dependendo da significação que pretendemos dar a ele. Rigorosamente, são três os 
modos verbais: INDICATIVO, SUBJUNTIVO e IMPERATIVO. Porém, alguns gramáticos 
incluem, também como modos verbais, o PARTICÍPIO, o GERÚNDIO e o INFINITIVO. 
Alguns autores, no entanto, as denominam FORMAS NOMINAIS DO VERBO. 
Segundo o gramático Rocha Lima, existem algumas particularidades em cada uma 
destas formas que podem impedir-nos de considerá-las modos verbais: 
• INFINITIVO: tem características de um substantivo, podendo assumir a função de 
sujeito ou de complemento de um outro verbo, e até mesmo ser precedido por 
um artigo. 
• GERÚNDIO: assemelha-se mais a um advérbio, já que exprime condições de 
tempo, modo, condição e lugar. 
• PARTICÍPIO: possui valor e forma de adjetivo, pois além de modificar o 
substantivo, apresenta ainda concordância em gênero e número. 
Mas voltemos aos modos verbais, propriamente ditos: 
• MODO INDICATIVO: O verbo expressa uma ação que provavelmente 
acontecerá, uma certeza, trabalhando com reais possibilidades de concretização 
da ação verbal ou com a certeza comprovada da realização daquela ação. 
• MODO SUBJUNTIVO: Ao contrário do indicativo, é o modo que expressa a 
dúvida, a incerteza, trabalhando com remotas possibilidades de concretização 
da ação verbal. 
• MODO IMPERATIVO: Apresenta-se na forma afirmativa e na forma negativa. 
Com ele nos dirigimos diretamente a alguém, em segunda pessoa, expressando 
o que queremos que esta(s) pessoa(s) faça(m). Pode indicar uma ordem, um 
 
APOSTILA DE LINGUA PORTUGUESA | por Débora F. Carmo 
pedido, um conselho etc., dependendo da entonação e do contexto em que é 
aplicado. 
Já o TEMPO VERBAL informa, de uma maneira geral, se o verbo expressa algo que já 
aconteceu, que acontece no momento da fala ou que ainda irá acontecer. São 
essencialmente três tempos: PRESENTE, PASSADO ou PRETÉRITO e FUTURO. 
Os tempos verbais são: 
• PRESENTE SIMPLES (amo) – expressa algo que acontece no momento da fala. 
• PRETÉRITO PERFEITO (amei) – expressa uma ação pontual, ocorrida em um 
momento anterior à fala. 
• PRETÉRITO IMPERFEITO (amava) – expressa uma ação contínua, ocorrida em um 
intervalo de tempo anterior à fala. 
• PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO (amara) – contrasta um acontecimento no 
passado ocorrido anteriormente a outro fato também anterior ao momento da 
fala. 
• FUTURO DO PRESENTE (amarei) – expressa algo que possivelmente 
acontecerá em um momento posterior ao da fala. 
• FUTURO DO PRETÉRITO (amaria) – expressa uma ação que era esperada no 
passado, porém que não aconteceu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CLASSES DE PALAVRAS 
Segundo um estudo morfológico da língua portuguesa, as palavras podem ser 
analisadas e catalogadas em dez classes de palavras ou classes gramaticais distintas, 
sendo elas: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, 
preposição, conjunção e interjeição. 
Substantivo 
Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, 
entre outros. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número 
(singular e plural) e grau (diminutivo, normal, aumentativo). Exercem sempre a função 
de núcleo das funções sintáticas onde estão inseridos (sujeito, objeto direto, objeto 
indireto e agente da passiva). 
Substantivos simples 
• casa; 
• amor; 
• roupa; 
• livro; 
• felicidade. 
Substantivos compostos 
• passatempo; 
• arco-íris; 
• beija-flor; 
• segunda-feira; 
• malmequer. 
Substantivos primitivos 
• folha; 
 
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• chuva; 
• algodão; 
• pedra; 
• quilo. 
Substantivos derivados 
• território; 
• chuvada; 
• jardinagem; 
• açucareiro; 
• livraria. 
Substantivos próprios 
• Flávia; 
• Brasil; 
• Carnaval; 
• Nilo; 
• Serra da Mantiqueira. 
Substantivos comuns 
• mãe; 
• computador; 
• papagaio; 
• uva; 
• planeta. 
Substantivos coletivos 
 
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• rebanho; 
• cardume; 
• pomar; 
• arquipélago; 
• constelação. 
Substantivos concretos 
• mesa; 
• cachorro; 
• samambaia; 
• chuva; 
• Felipe. 
Substantivos abstratos 
• beleza; 
• pobreza; 
• crescimento; 
• amor; 
• calor. 
Substantivos comuns de dois gêneros 
• o estudante / a estudante; 
• o jovem / a jovem; 
• o artista / a artista. 
Substantivos sobrecomuns 
• a vítima; 
 
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• a pessoa; 
• a criança; 
• o gênio; 
• o indivíduo. 
Substantivos epicenos 
• a formiga; 
• o crocodilo; 
• a mosca; 
• a baleia; 
• o besouro. 
Substantivos de dois números 
• o lápis / os lápis; 
• o tórax / os tórax; 
• a práxis / as práxis. 
Artigo 
Artigos são palavras que antecedem os substantivos, determinando a definição ou a 
indefinição dos mesmos. Sendo flexionados em gênero (masculino e feminino) e 
número (singular e plural), indicam também o gênero e o número dos substantivos que 
determinam. 
Artigos definidos 
• o; 
• a; 
• os; 
• as. 
 
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