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AEE atendimento educacional especializado

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O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NO MUNICÍPIO DE SÃO MATEUS/ES
RESUMO
Este artigo tem o objetivo de discutir de forma breve às propostas inclusivas, que estão em evidência na atualidade, focalizando aquilo que se considera fundamental, especialmente no que diz respeito ao município de São Mateus/ES e a normatização da modalidade da Educação Espécial. Para isso, cabe considerar os vários momentos realizados, como: planejamentos com os professores da sala de aula comum e sala de recurso, entrevista com a coordenação do setor da Educação Especial do município, análise sucinta de legislação nacional e municipal
Palavras-chaves: Política Nacional de educação especial; Atendimento educacional especializado; Alunos da educação especial.
INTRODUÇÃO 
Percebe-se que a sociedade brasileira está vivendo um processo inovador na educação especial dentro da perspectiva inclusiva. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva preconiza que todos devem ser incluídos, independentemente de sua deficiência. A escola precisa acolher a todos, e não apenas integrar, mas incluir efetivamente na escola e na comunidade.
É um grande desafio para os profissionais da educação (técnicos, gestores e professores), pois foram preparados para a homogeneidade da escola comum e o diferente causa estranheza. Não que o professor não queria receber o estudante com deficiência em sua sala, mas a falta de preparo, de formação e de apoio promove, nas suas ações pedagógicas, a insegurança, o medo e a proteção demasiada... o que reporta à “Pedagogia da Negação” que encontra sua fonte na proteção exacerbada, que é um “parente próximo da rejeição” (ROPOLI.et.al 2010. 48 p.)
É importante considerar que uma das responsabilidades do professor(incluído também o professor de AEE), consiste no desenvolvimento intelectual e no estímulo da autonomia do estudante.
Atualmente o município de São Mateus tem 12 Salas de Recursos Multifuncionais, na área urbana e campo. Compõe a equipe da educação especial, intérpretes para surdos, professores de apoio para alunos com autismo, cuidadores e professor para cegos e baixa visão.
A Educação Especial na Legislação Brasileira
A Constituição Federal de 1988 e a LDB nº 9394/1996 apresentam o mesmo entendimento, ou seja, consolidam a Educação Especial como uma modalidade da Educação Básica de ensino e estabelecem que o atendimento educacional especializado perpassa todos os níveis, etapas e modalidades de educação escolar. Nesse sentido, o lócus do atendimento especificado pelos documentos estudados, deve ser oferecido “preferencialmente na rede regular de ensino” (BRASIL, 1988; 1996).
A Resolução nº 2/2001 (BRASIL, 2001) complementa o conteúdo da LDB nº 9394/96 e considera, em seu Artigo 3º, que a Educação Especial é um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegura recursos e serviços educacionais especiais com vistas a apoiar, complementar, suplementar e caso haja necessidade, substituir os serviços educacionais comuns. Ainda, em seu Artigo 5º, o público alvo recebe a designação de educandos com necessidades educacionais especiais, assim considerados os estudantes que, durante o processo educacional, apresentam: dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento; dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas que demandam a utilização de linguagens e códigos aplicáveis; e grande facilidade de aprendizagem, ou seja, aqueles estudantes com altas habilidades/superdotação.[2: 	UM PANORAMA SOBRE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL – UMA POLÍTICA DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL OU UMA MERA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS? Solenilda Guimarães Garrido – UCB]
No município de São Mateus o AEE é realizado, prioritariamente, na Sala de Recursos Multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular, no turno inverso da escolarização, podendo ser realizado, também, em centro de atendimento educacional especializado público ou privado sem fins lucrativos, conveniado com a Secretaria de Educação.
Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica a sala de recursos é um serviço de apoio pedagógico especializado que ocorre no espaço escolar, sendo definido como um serviço de natureza pedagógica, conduzido por professor especializado, que suplementa (no caso dos superdotados) e complementa (para os demais alunos) o atendimento educacional realizado em classes comuns da rede regular de ensino para o público alvo da educação especial.
O artigo 5º da LDB demonstra uma leitura clara e objetiva sobre os fundamentos principais da educação brasileira, além de manifestar o poder do Estado em legitimá-lo em sua exigência e permanência. 
O entendimento do artigo 5º da LDB coloca os alunos com necessidade especial no público- alvo da educação básica, pois tem direito assegurado, e atribuído a todos sem distinção de classe ou raça considerando o direito ao ensino para as pessoas. Iniciando assim o movimento da inclusão escolar nas instituições escolares.
O sistema educacional na perspectiva inclusiva mostra que “[...] se quisermos uma escola inclusiva, precisamos pensar com o outro, precisamos de um constante e longo processo de reflexão-ação-crítica dos profissionais que fazem o ato educativo acontecer” (JESUS; BAPTISTA, 2005, p. 25). 
Pensar no outro, envolver-se em sua história, participando e contribuindo na construção de sua subjetividade revelam possibilidades de aprendizagem e, um novo olhar diante de suas potencialidades enquanto sujeito histórico-cultural. Para Gonçalves (2008, p. 24) as relações sociais e a mediação no processo educacional são de real importância para a aprendizagem:
 É por meio das relações sociais, por meio da mediação do outro que o desenvolvimento humano vai processando-se. É exatamente nesse sentido que a mediação pedagógica pode favorecer o aprendizado dos alunos. Uma mediação dentro de uma ótica de desenvolvimento prospectivo, ou seja, que vai ganhando novas dimensões, novas possibilidades num processo contínuo, impulsionado pela cultura.
A atuação do professor especializado como mediador do processo de ensino aprendizagem revela ao aluno com deficiência intelectual benefícios de aprendizagem com a utilização de recursos e materiais específicos que favorecem a sua autonomia e as oficinas pedagógicas oportunizam tudo isso.
A sociedade brasileira tem elaborado dispositivos legais que, tanto explicitam sua opção política pela construção de uma sociedade para todos, como orientam as políticas públicas e sua prática social.
O Brasil tem definido políticas públicas e criado instrumentos legais que garantem tais direitos. A transformação dos sistemas educacionais vem se efetivando para garantir o acesso universal à escolarização básica e a satisfação das necessidades de aprendizagem para todos os cidadãos.
Implantar uma política inclusiva é o atual desafio da educação brasileira. Nele, conjugam-se o dever do Estado e o direito da Cidadania. Assim, mais do que ampliar e aprofundar os marcos legais, devemos concretizar, no cotidiano, as conquistas positivas na legislação brasileira.
Os municípios brasileiros receberam, a partir da Lei de Diretrizes e Bases Nacionais (Lei 9.394), de 20 de dezembro de 1996, a responsabilidade da universalização do ensino para os cidadãos de 0 a 14 anos de idade, ou seja, da oferta de Educação Infantil e de Ensino Fundamental para todas as crianças e jovens que neles residem. Assim, passou a ser responsabilidade do município formalizar a decisão política sociogeográfica, a educação inclusiva, no âmbito da Educação Infantil e Fundamental. 
A resolução CNE / CEB nº 02/2001 instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, que manifesta o compromisso do país com o “desafio de construir coletivamente as condições para atender bem à diversidade de seus alunos”.
Essa Resolução representa um avanço na perspectiva da universalização do ensino e um marco daatenção à diversidade, na educação brasileira, quando ratifica a obrigatoriedade da matrícula de todos os alunos e assim declara: “os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos”. Conclui-se que as mudanças ocorridas na educação especial provocaram alterações no atendimento, na redefinição do público para o qual se destina e transformações no que se refere à organização do ensino e estrutura dos serviços. Percebe-se que a sociedade brasileira está vivendo um progresso inovador na educação especial dentro da perspectiva inclusiva. 
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva preconiza que todos devem ser incluídos, independentemente de sua deficiência. A escola precisa acolher todos, não apenas integrar, mas incluir efetivamente na escola e na comunidade. É um grande desafio para os profissionais da educação (técnicos gestores e professores), pois foram preparados para a homogeneidade da escola comum.
Ao longo da história da educação especial é possível visualizarmos os espaços e lugares marginais ocupados pelos sujeitos que compõe este universo. Da crença de que não poderiam ser escolarizados e capazes de aprender, passamos a adoção de diagnósticos e categorizações que aprisionaram e reduziram o sujeito à sua própria deficiência. O grau de prejuízo acabava por determinar os espaços escolares – escola especial, classe especial, ensino comum – que poderiam freqüentar. Uma responsabilização única e exclusiva ao sujeito que deveria se adequar ao espaço educacional, ao ritmo e ao tempo de aprendizagem da turma onde estava inserido.
O impasse da terminologia compreendeu a manutenção ou não da utilização do termo necessidades educacionais especiais para a definição do alunado da educação especial, e os possíveis desdobramentos do uso desta terminologia dentro da área, por exemplo, o atendimento da educação especial abrangendo um grande número de alunos com dificuldades de aprendizagem e não com deficiências. No texto final da Política encontramos a nomeação destes alunos, com base na condição vivida pelo sujeito – aluno com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento, com altas habilidades/superdotação – priorizando o serviço de educação especial e do Atendimento Educacional Especializado (AEE) para este contingente de alunos. Menciona também o trabalho junto a alunos com transtornos funcionais específicos.
Consideram-se alunos com deficiência àqueles que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual e sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade. Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia, dislortografia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros (BRASIL, 2008, p. 15).
Ainda, conforme o documento cabe destacar que o trabalho da educação especial será de forma articulada com o ensino comum visando o atendimento das necessidades educacionais especiais do alunado acima referido. Neste contexto, a utilização do termo necessidades educacionais especiais não defini o universo de alunos da educação especial, mas caracteriza as necessidades educacionais por eles apresentadas.
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) 
A Educação Especial, no contexto da nova Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, é definida como uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades de educação. Nas diretrizes desta política é possível visualizar o grande enfoque destinado ao atendimento educacional especializado (AEE) cabendo à educação especial realizá-lo, utilizar serviços e recursos próprios desse atendimento e orientar alunos e professores quanto à utilização destes serviços e recursos em sala de aula (BRASIL, 2008). 
O atendimento educacional especializado, no contexto da nova política, acaba por se configurar como espaço privilegiado da educação especial e de responsabilidade da mesma. Destaca-se o caráter complementar e suplementar deste atendimento (e não mais substitutivo), a natureza das atividades que se diferenciam das realizadas em sala de aula e a articulação deste atendimento com a proposta pedagógica do ensino comum.
O atendimento educacional especializado identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos considerando suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.(...) Ao longo de todo o processo de escolarização, esse atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica do ensino comum (BRASIL, 2008, p. 16).
Além disso, é importante enfatizar a obrigatoriedade da oferta do AEE pelas redes de ensino, em turno inverso ao que o aluno frequenta a classe comum, preferencialmente na própria escola em que está matriculado ou em centros especializados que realizem o atendimento educacional. Mas a matricula é facultativa, isto é, a família opta se vai querer ou não. 
As dificuldades e limitações enfrentadas pelos alunos com deficiência são ampliadas em situações em que sua acessibilidade não é garantida. Corroboro com o pensamento de Bianchetti e Freire, (2004, p. 66) de que “não é a distinção física ou sensorial que determina a humanização ou desumanização do homem. 
Faz-se necessário ressaltar que a escola comum pode ser considerada inclusiva quando reconhece e respeita as diferenças dos alunos mediante seu processo educativo, buscando a participação e o avanço de todos adotando novas práticas pedagógicas. As práticas pedagógicas vão além das escolas e das salas de aula. Porém para termos uma escola comum inclusiva, saber os direitos e reivindicá-los torna-se a ferramenta crucial para tal mudança educacional.
A Política Nacional de Educação na perspectiva da Educação Inclusiva (2008) tem como objetivos assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades e superdotação, garantir o acesso de todos os alunos ao ensino regular (com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados de ensino). Oferecer e formar professores para o Atendimento Educacional Especializado (AEE) para a inclusão, prover acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos mobiliários, comunicações e informação, estimular a participação da família e da comunidade, promover a articulação intersetorial na implementação das políticas públicas educacionais. 
A LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNICÍPIO DE SÃO MATEUS
Tendo em vista a legislação nacional que preconiza o direito de todos os alunos estarem matriculados preferencialmente na educação da rede comum de ensino, o município de São Mateus, aprovou sua própria legislação, por meio do Sistema municipal de Educação e Conselho Municipal de Educação.
Assim, no ano de 2014, o Conselho Municipal de Educação aprovou a Resolução Nº 12/2014, aqual prevê como público alvo da Educação Especial:
Art. 2º. Considera público alvo da Educação Especial:
I – Alunos e alunas com deficiência: aqueles (as) que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial;
II – Alunos e alunas com transtornos globais do desenvolvimento (TGD): aqueles (as) que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos e alunas com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação;
III – Alunos e alunas com altas habilidades ou superdotação: aqueles (as) que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade.
Fazendo um recorte da Resolução da Educação Especial do município de São Mateus observa-se que no seu artigo 8º preconiza que compete ao Poder Público Municipal e entidades privadas de Educação Infantil:
...
V- Assegurar o acesso dos alunos com deficiência aos espaços sociais da sua comunidade, mediante a eliminação de barreiras arquitetônicas e o estabelecimento de sinalizações sonoras e visuais;
Assegurar recursos financeiros, técnicos, humanos e materiais às unidades escolares, provendo-as das condições necessárias ao atendimento dessa modalidade educacional;
Adotar práticas de ensino consensuais com as diferenças dos alunos em geral, oferecendo opções metodológicas que contemplem a diversidade;
Identificar a demanda real dos alunos público alvo da Educação Especial mediante a criação de sistema de informação;
IX- Criar e implementar salas de recursos multifuncionais no campo e na cidade; 
X- Garantir o acesso dos alunos público alvo da Educação Especial aos Centros de Referência.
Parágrafo único:Garantir meios de transporte para os alunos com deficiência frequentarem a escola regular, AEEe Centro de Referência da Educação Especial conveniados pelo Poder Público Municipal, quando impossibilitados de se locomoverem em transporte coletivo e passagem gratuita de coletivo municipal para os acompanhantes desses alunos, comprovada a necessidade pela Seção da Educação Especial. 
O grande desafio da escola é garantir que todos possam aprender, abrir espaço para que a colaboração, o diálogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico sejam exercitados nas escolas por professores e todos os profissionais. A proposta inclusiva na escola não é algo que se realiza de forma fácil, portanto, é necessário mobilizar postura ética, formação de professores e extremo cuidado em colocar as exigências do programa de escolas inclusivas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Documentos que falam sobre os direitos e deveres não nos faltam. Pode-se citar a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o Plano de Educação, os Estatutos da Criança e Adolescentes, da Juventude e do Idoso e ainda Leis Municipais e Estaduais, entre eles entre outros. Muitas dessas legislações ficam somente no papel, sem se concretizarem.
A educação inclusiva é um processo em desenvolvimento e depende de muita reflexão e ação para chegar a práticas concretas eficientes da educação inclusiva que se pretende alcançar.
Sabe-se que as mudanças muitas vezes assustam, mas devem acontecer. Os caminhos percorridos pela educação brasileira para consolidar seu projeto inclusivo têm seus equívocos conceituais no que diz respeito ao ato de inclusão, que dificultam a reorganização pedagógica das escolas para atender as exigências que as diferenças lhe impõem.
O município de São Mateus /ES sofreu diversas alterações na busca de educação de qualidade para todos os alunos com ou sem deficiência.Os serviços oferecidos ao aluno com deficiência é o Atendimento Educacional Especializado (AEE) no contraturno, intérprete, cuidador, professor de apoio dentro de cada especifidade.
 Com isso, a política educacional do município tem buscado melhorias na inclusão das pessoas com deficiências nas escolas comuns criando possibilidades de quebra no paradigma da educação com decretos e discussões voltadas para a democratização do âmbito escolar.
Um dos entraves enfrentados pelos deficientes são as limitações em sua vida diária. Essas limitações estão intimamente relacionadas a problemas de acessibilidade, ou seja, às condições que permitam o exercício da autonomia e a participação social do sujeito, podendo interferir ou prejudicar no seu desenvolvimento ocupacional, cognitivo e psicológico, contribuindo para a sua exclusão social. Observa-se que a questão de acessibilidade no município de São Mateus/ES ainda está em construção. Em algumas escolas faltam rampas, banheiros adaptados, enfim acessibilidade arquitetônica. A escola precisa se preparar para receber o aluno com deficiência não o aluno com deficiência se adaptar a escola. 
REFERÊNCIAS
BRASIL, Decreto nº 7.611 – 17 de novembro de 2011, dispõe sobre o Atendimento Educacional Especializado. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 17 nov 2011. Disponível em: . Acesso em: 19 junho. 2018. 
_______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Ministério da Educação,1996.
______. Ministério da Educação/SEESP. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555, de 05 de junho de 2007, prorrogado pela Portaria nº 948, de 09 de outubro de 2007. Brasília: MEC/SEESP, 2007
______ Congresso Nacional. Constituição da República Federativa do Brasil.
______.Lei no 10.172, de 9 de janeiro de 2001.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm<acesso em 13 de junho de 2018>
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SÃO MATEUS-ES Resolução Nº 12/2014 
GONÇALVES, Agda F. S. Inclusão escolar, mediação, aprendizagem e desenvolvimento na perspectiva histórico-cultural. Vitória: GM, 2008.
JESUS, Denise M.; BAPTISTA, Cláudio Roberto. Educação Especial, Pesquisa e inclusão escolar: Breve panorama de algumas trajetórias, trilhas e metas no contexto brasileiro. In: Jesus, D.M.; Baptista, C.R.; Victor, S.L. Pesquisa e Educação Especial: Mapeando Produções. Vitória: Edufes, 2005

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