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Nutrição e pré-eclampsia

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VOCÊ SABIA?
Quase um décimo das mortes maternas na Ásia e na África e um quarto das mortes maternas na América Latina estão associados aos distúrbios hipertensivos da gravidez. Entre os distúrbios hipertensivos, a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia têm o maior impacto na morbidade e mortalidade materno-infantil. Porém, a maioria das mortes relacionadas à pré-eclâmpsia e eclâmpsia poderiam ser evitadas se as mulheres recebessem cuidados em tempo hábil e eficazes, prestados de acordo com os padrões baseados em evidências.
Organização Mundial da Saúde, 2013. 
	CURSO DE NUTRIÇÃO
UNIFENAS
	
	HIPERTENSÃO ARTERIAL E 
PRÉ-ECLAMPSIA
Um guia rápido para a explicação sobre essas patologias e como a nutrição pode se fazer presente. 
	HIPERTENSÃO ARTERIAL
A hipertensão arterial pode ocorrer antes da gravidez, durante ou após o parto (nesse caso se chamaria hipertensão gestacional). A HA é a elevação crônica da pressão arterial, estando sempre igual ou superior a 140/90 mmHg (comumente falada “14 por 9”). Ela é uma doença crônica, e pode afetar a vida da mulher antes, durante ou depois da gravidez. 
PRÉ-ECLAMPSIA E ECLAMPSIA
Durante a gravidez, a mulher pode desenvolver a pré-eclampsia, que é uma elevação da pressão arterial (acima de 140/90 mmHg) a qualquer momento antes ou após a sua 20ª semana de gravidez, com desaparecimento até 12 semanas pós-parto. Ainda não se sabe exatamente como a pré-eclampsia se desenvolve, mas especialistas acreditam que ela começa na placenta, onde existem novos vasos sanguíneos para nutrir o feto, e estes estes vasos podem estar mal desenvolvidos, o que faz ocorrer a pré-eclampsia. A eclampsia é um tipo de convulsão causada pelo agravamento da pré-eclampsia, que pode ser fatal para a mãe e o bebê. 
	É importante estar atenta a qualquer sintoma, principalmente gestantes já com histórico de hipertensão arterial, condição que pode aumentar os riscos para o desenvolvimento de pré-eclampsia e eclampsia. 
Sintomas da pré-eclampsia
Pressão arterial (em repouso) maior ou igual a 140 por 90 mm Hg;
Redução da quantidade de urina (menos que 400 ml por dia);
Aumento da excreção de proteínas pela urina;
Dores de cabeça;
Inchaço no corpo, especialmente na face e mãos;
Dor no estômago.
Fatores de risco 
Gestantes que sejam hipertensas;
Histórico familiar de hipertensão;
Doença renal crônica;
Diabetes;
Idade superior a 40 anos. 
	Recomendações nutricionais 
Beba bastante água ao longo do dia;
Diminua o consumo de sal nas refeições. Os temperos prontos contêm excesso de sal e glutamato monossódico (caldos em tabletes, sachês de tempero), por isso devem ser evitados ao máximo;
Em substituição ao sal adicione ervas frescas, utilize salsinha, cebolinha, coentro, hortelã, manjericão, entre outros;
Evite consumir carnes embutidas como linguiça, presunto, bacon, salsicha, salame, mortadela, pois eles contêm muito sódio;
Estudos mostram que a pré-eclampsia está associada a deficiência de cálcio, por isso é importante o consumo de leite e derivados, sardinha e vegetais verde escuros;
Evite café, chá mate, chá preto, chá verde e refrigerante a base de cola, pois a cafeína presente nestes alimentos impede a reabsorção de cálcio, além dos refrigerantes serem ricos em sódio;
Estudos mostram que vitamina C (acerola, laranja, morango, abacaxi) e vitamina E (nozes, azeite, pistache) podem reduzir a incidência de pré-eclampsia.

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