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Universidade Federal do Rio de Janeiro Curso de Farmácia Energia e o espectro eletromagnético; radiações não ionizantes e ionizantes; Interações de agentes químicos e Interações de agentes químicos e físicos com a matéria Espectro de energia Radiação → permite a propagação da energia à distância Com suporte material – partículas Sem suporte material – ondas eletromagnéticas As radiações são constituídas de um feixe de fóton. Uma radiação eletromagnética é caracterizada por: �Frequência �Comprimento de onda Radiação ionizante: Qualquer partícula ou radiação eletromagnética que, ao interagir com a matéria, ioniza direta ou indiretamente seus átomos ou moléculas. Ex. Raios X e gama Radiação não ionizante: Não possuem energia suficiente para promover o arrancamento deNão possuem energia suficiente para promover o arrancamento de elétrons dos átomos presentes na matéria viva (C, O, H, N). Ex: Infravermelho, ultravioleta e visível Ejeção de elétrons (ionização) Promoção de elétrons para um estado ativado (excitação)Radiação Matéria Energia necessária para promover o arrancamento do elétron mais fracamente ligado de um átomo. Principais potenciais de ionização para diversos elementos 1o potencial de energia para diversos elementos Aplicações analíticas das radiações Absorbância (A) – quantidade de energia radiante absorvida pela molécula. Absorção na região do UV Concentração do soluto (c) Comprimento do caminho ótico através da amostra (b) – cm Absotividade (k) - constante característica do soluto. - Absortividade (a) – cm-1.l/g c= g/l - Absortividade molar (ε) – cm-1.l/mol c= moles/l Lei de Lambert- Beer A = abc A= εbc Aplicações analíticas das radiações Absorbância é diretamente proporcional a concentração do soluto absorvente. Absorção na região do UV Aplicações analíticas das radiações Espectro de absorção de macromoléculas X espectro de ação para um efeito biológico Absorção na região do UV Aplicações analíticas das radiações Ligações C=C, C=O e C=N fazem com que as moléculas apresentem bandas de absorção na região entre 190 e 300nm Absorção na região do UV Pico de absorção em 280 Pico de absorção em 260 Aplicações analíticas das radiações Cromatografia em camada fina Revelador UV Absorção na região do UV Método de identificação de fármacos. Os espectros de infra-vermelho são provocados pelos diferentes modos de vibração e de rotação de uma molécula. Absorção da luz no IV promove: ESPECTROFOTOMETRIA NO INFRAVERMELHO IV Aplicações analíticas das radiações Estiramento e Deformação Aplicações analíticas das radiações Espectro do Espectro do LorazepamLorazepam Aplicações analíticas das radiações Fatores que Podem Interferir no Espectro Infravermelho -Impurezas; Solvente; Umidade Aplicações analíticas das radiações Cristalografia por difração de raio X determinação da estrutura tridimensional Aplicações analíticas das radiações Estrutura tridimensional de proteínas e ligantes. Eixos X Y Z Qual a exposição natural que sofremos diariamente? Efeitos da radiação na matéria Agentes químicos ou físicos + Matéria = Alterações químicas/ modificação das características das moléculas Efeitos da Radiação na matéria + Matéria viva =Alterações químicas/ modificações bioquímicas e fisiológicas + Exposição humana à radiação Bomba de Hiroshima Bomba de Nagazaki 45.000 Mortos em 1 dia 22.000 19.000 Mortos em 2-120 dias 17.000 72.000 Sobreviventes 25.000 Efeitos da Radiação na matériaEfeitos da Radiação na matéria Acidente de Chernobil 2 Mortos em 1 dia 29 Mortos em 2-120 200 Sobreviventes 400.000 Expostos não afetados 119.000 Expostos Não afetados 110.000 255.000 População 174.000 • 340 mil pessoas tiveram que deixar suas casas • ONU estimou que cerca de 4000 pessoas morreriam de doenças relacionadas com o acidente Acidente radioativo de Goiânia, em 1987 com uma fonte de césio-137 � 400 pessoas contaminadas � 4 mortos Exposição humana à radiação Efeitos da Radiação na matéria � 4 mortos �Maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares �os rejeitos foram enterrados em uma vala de aproximadamente 30 (trinta) metros de profundidade, revestida de uma parede de aproximadamente 1 (um) metro de espessura de concreto e chumbo. EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO DETERMINÍSTICO São aqueles cuja severidade depende da dose e que apresentam um limiar de dose. Exemplos: mortalidade animal, distúrbios imunológicos. Efeitos da Radiação na matéria ESTOCÁSTICOS São aqueles cuja probabilidade de ocorrer aumenta com o número de dose, sem porém a existência de um limiar de dose. Exemplos: efeitos hereditários, aparecimento de câncer Efeitos somáticos: Efeitos Genéticos: Transmitidos às gerações futuras; Danos ocorrem em Classificação dos efeitos das radiações quanto a natureza das células afetadas Efeitos da Radiação na matéria Efeitos somáticos: Observados somente nos indivíduos expostos; não podem ser transmitidos às gerações futuras; Danos correm em células somáticas futuras; Danos ocorrem em células germinativasou MUTAÇÕES! Efeitos In-Utero – Exposição do feto CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS DAS RADIAÇÕES QUANTO AO INTERVALO DE TEMPO ENTRE A EXPOSIÇÃO E O APARECIMENTO DE LESÕES EFEITOS AGUDOS OU A CURTO PRAZO- intervalo entre a exposição e o Efeitos da Radiação na matéria EFEITOS TARDIOS OU A LONGO PRAZO- surgem muitos anos após a exposição; EFEITOS AGUDOS OU A CURTO PRAZO- intervalo entre a exposição e o aparecimento das lesões a nível celular e/ou do organismo: horas, dias ou semanas; Classificação das células de mamíferos quanto à radiossensibilidade Efeitos da Radiação ionizante na matéria Dose da radiação absorvida pela matéria - Gray (Gy), definido como a quantidade de radiação absorvida, correspondente a 1 Joule por quilograma de matéria. Dose X Efeito da RadiaçãoDose X Efeito da Radiação Efeitos da Radiação ionizante na matéria Efeito agudo da radiação Doses muito elevadas (centenas de grays) Morte em poucos minutos Doses da ordem de 100 Gy Falência do sistema nervoso central desorientação espaço-temporal perda de coordenação motora distúrbios respiratórios Convulsões estado de coma Morte em algumas horas ou dois dias mais tarde. Doses de dezenas de grays síndrome gastrointestinal náuseas, vômito, perda de apetite, diarréia intensa e apatia Dose X Efeito da RadiaçãoDose X Efeito da Radiação Efeitos da Radiação ionizante na matéria Efeito agudo da radiação náuseas, vômito, perda de apetite, diarréia intensa e apatia desidratação, perda de peso e infecções graves morte em poucos dias mais tarde Doses da ordem de alguns grays síndrome hematopoiética, inativação das células sanguíneas (hemácias, leucócitos e plaquetas) e tecidos responsáveis pela produção dessas células (medula). Doses inferiores a 10 Gy efeito teratogênico Doença aguda da radiação (energia absorvida da ordem de grandeza de dezenas de Gy) (energia absorvida da ordem de grandeza de alguns Gy) Efeitos da Radiação ionizante na matéria Efeito agudo da radiação Representação esquemática da relação entre o tempo médio de sobrevivência (TMS) e a dose de radiação absorvida, para uma dada espécie animal (energia absorvida da ordem de grandeza de 100 Gy) grandeza de dezenas de Gy) Efeitos somáticos agudos das radiações ionizantes: Efeitos da Radiação ionizante na matéria DL50(30) = dose letal DL0(30) = dose sub-letal DL100(30) = dose supra-letal Determinação da DL50(30) em animais Efeitos da Radiação ionizante na matériaEfeito agudo da radiação Efeitos somáticos tardios das radiações ionizantes: �Câncer: evidências acumuladas desde o início do uso das radiações Efeitos da Radiação ionizante na matéria câncer de pulmão--trabalhadores de minas de urânio câncer dos ossos--pintores de mostrador de relógio à base de rádio Incidência de leucemia em sobreviventes de Hiroshima de rádio câncer de tiróide--pacientes em terapia câncer de seio--pacientes em terapia câncer de pele--radiologistas leucemia--sobreviventes de explosões de bombas, exposição intra-uterina, radiologistas, pacientes em terapia Incidência de câncer de mama em função da dose de radiação Efeitos da Radiação ionizante na matéria Efeito tardio da radiação ionizante Encurtamento de vida em camundongos irradiados em função da dose absorvida. �Mal formações congênitas ou morte neonatal/perinatal Efeitos in utero em Embriões/Fetos Efeitos da Radiação ionizante na matéria Efeito agudo da radiação Resultados experimentais obtidos com camundongos. Efeitos in utero em Embriões/Fetos • morte intra-uterina • retardamento no crescimento • desenvolvimento de anormalidades • cânceres na infância Efeitos da Radiação não ionizante na matéria RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE RADIAÇÃO IONIZANTE A penetração, na pele, de uma radiação não ionizante de determinado λ depende de características do material biológico, como: Efeitos da Radiação não ionizante na matéria - Espessura - Presença de substâncias que possam absorver os fótons da radiação Representação esquemática da penetração, na pele humana, de fótons de UV, luz visível e IV 320 - 400 nm , UV longo (UVA): bastante empregados em procedimentos terapêuticos Efeitos da Radiação não ionizante na matéria 290 - 320 nm , UV longo (UVB): Elevada eficiência para a formação de Vit. D; pigmentação e eritema 200 - 290 nm , UV longo (UVC): Efeito germicida A extensão do percurso das radiações na atmosfera depende: � Ângulo de incidência; � Latitude e altitude Efeitos da Radiação não ionizante na matéria Variação da extensão do percurso dos raios solares na atmosfera terrestre, em função da hora do dia UVC = Filtrada pela sua interação com as moléculas da atmosfera: O3 Principais efeitos somáticos das radiações não ionizantes: Ação eritematogênica; pigmentação e espessamento da epiderme (EFEITO AGUDO) Envelhecimento precoce e fotocarcinogênese Efeitos da Radiação não ionizante na matéria Formação de vitamina D Envelhecimento precoce e fotocarcinogênese (EFEITO TARDIO) Espectro de ação para produção, pelo UV, de vitamina D3, na pele humana Efeitos da Radiação não ionizante na matéria Efeito agudo � Eritema - Vasodilatação e ↑ da irrigação da derme; � ↑ da temperatura local - vasodilatação; � Edemaciação - infiltração de líquidos nos tecidos da região; � Dor - ação de mediadores químicos sobre as terminações nervosas. Espessamento da epiderme - ↑ da cinética de mitoses nos queratinócitos da camada basal; - ↑ 2 a 3 vezes no no de células da área irradiada/ diminuição do Efeitos da Radiação não ionizante na matéria Efeito agudo - ↑ 2 a 3 vezes no no de células da área irradiada/ diminuição do tamanho celular; - fator adicional de proteção contra o UV solar. Modificações Morfofuncionais Epiderme Efeitos da Radiação não ionizante na matéria Efeito tardio Manchas Hipo/Hiperpigmentadas Fotocarcinogênese: � Dose de UV solar acumulada e sua distribuição ao longo do tempo; Efeitos da Radiação não ionizante na matéria Efeito tardio � Dos λ absorvidos pela pele; Radiações UVB → mais eficazes em produzir tumores; � UV + aplicação tópica de certos compostos químicos (furocumarinas); � Patrimônio genético. Tipos mais comuns de câncer de pele Efeitos da Radiação não ionizante na matéria Efeito tardio - ORIGEM: queratinócitos da camada basal; - Mais frequente; - Baixa capacidade invasiva e metastática; - Alto índice de cura CARCINOMA MELANOMA - ORIGEM: melanócitos; - Mais perigoso; - Frequentemente ocorre metástases para outros órgãos; Efeitos da Radiação não ionizante na matéria Tipos mais comuns de câncer de pele Efeito tardio MELANOMA outros órgãos; - Pode surgir a partir da pele sadia ou a partir de “sinais” escuros (nevos pigmentados) que se transformam; � Assimetria: formato irregular; � Bordas irregulares: limites externos irregulares; � Colaração: variada (≠ tonalidades) � Diâmetro: maior que 6 mm
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