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5 Radiação IMED 2019

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Engenharia de Segurança do 
Trabalho
Higiene do Trabalho
RADIAÇÃO E O AMBIENTE DO TRABALHO
Professor: Vitor Hugo C. Konarzewski 
Eng Industrial químico -MSc
RADIAÇÕES
Objetivos • Radiação ionizante, 
não-ionizante, 
infravermelha, 
ultravioleta e 
Radiofrequência;
• conceitos gerais e 
ocorrência, 
classificação. 
• Critérios de avaliação
• Medidas de controle.
Fenômeno da radiação:
Se um átomo tiver seu núcleo muito energético, 
ele tenderá a estabilizar-se, emitindo o excesso de 
energia na forma de partículas e ondas.
• São formas de energia que se transmitem por 
ondas eletromagnéticas. 
• A absorção das radiações pelo organismo é 
responsável pelo aparecimento de diversas 
lesões. 
RADIAÇÕES 
• Efeitos biológicos destas radiações nos seres 
humanos são diversos. Danos na pele, queda de 
cabelos em pacientes irradiados e efeitos nos 
descendentes após a irradiação do tecido 
germinativo de plantas e animais.
• Os benefícios advindos do uso das radiações 
ionizantes são incontáveis, sendo as principais a 
cura de tumores através da terapia, e a detecção 
precoce de doenças através do diagnóstico.
RADIAÇÕES 
1895: Descoberta acidental do raio X – Wilhelm Conrad
RÖNGTEN – físico Alemão que recebeu em 1901 o Prêmio
Nobel de Física por sua descoberta.
Radiografia da mão da esposa de Röntgen, Anna Bertha 
Ludwig.
HISTÓRICO
1896 - Antoine Henri BECQUEREL
A descoberta de Röntgen levou Becquerel a realizar testes 
deixando ao sol amostras de um minério de urânio em 
contato com um filme fotográfico envolvido por um 
invólucro preto para ver se elas impressionavam o filme e, 
assim, emitiam raios X.
Em função da chuva em Paris ele guardou as amostras em 
uma gaveta escura com alguns filmes virgens protegidos 
com um papel preto. Novamente, um fato acidental aliado 
à perspicácia resultou em uma descoberta excepcional.
Becquerel descobriu que essa radiação que o urânio emitia 
também ionizava gases, transformando-os em condutores.
HISTÓRICO
1898 - Pierre Curie (1859-1906) e Marie Curie (1867 -
1934). Denominação da propriedade de o urânio emitir
raios de radioatividade. Em 1902, isolaram átomos de dois
elementos químicos radioativos que não eram conhecidos
na época.: O Rádio, pois ele era 2 milhões de vezes mais
radioativo que o urânio; o segundo, eles chamaram
de polônio, em homenagem à Polônia, terra natal de
Madame Curie.
Quase todos elementos com 
Z maior que 82, são 
radioativos.
1925 – apenas 88 elementos
Podem ser classificadas em dois grupos:
• Radiações ionizantes –
Os operadores de raios-X e radioterapia estão 
frequentemente expostos a esse tipo de 
radiação, que pode afetar o organismo ou se 
manifestar nos descendentes das pessoas 
expostas.
RADIAÇÕES 
Radiações ionizantes
Radiações ionizantes por definição, são todas aquelas com 
energia superior a 12,4 eV e que são capazes de ionizar átomos;
As fontes naturais, representam cerca de 70% da exposição, 
sendo o restante, devido à fontes artificiais
RADIAÇÃO SOLAR
• COMPOSIÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR QUE ATINGE O 
SOLO: 
• 5% UV (95% UVA e 5% UVB) 
• 40% RADIAÇÃO VISÍVEL 
• 55% RAD. INFRAVERMELHA
RADIAÇÕES 
• Fontes Artificiais
Radiações
• Radiações não ionizantes –
São radiações não ionizantes:
radiação infravermelha, proveniente de operação em fornos , 
ou de solda oxiacetilênica, 
radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda 
elétrica, ou ainda;
raios laser, microondas, raios solares.
• Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, 
cataratas), queimaduras, lesões na pele, tumores, etc.
IONIZANTE NÃO-IONIZANTE
Possui energia para arrancar elétrons 
de um átomo produzindo pares de 
íons
Não possui energia para arrancar 
elétrons
Alta frequência e grande potencial 
energético
Baixa frequência e pouca energia 
acumulada
É capaz de quebrar moléculas e 
ligações químicas
Não é capaz de quebrar moléculas e 
ligações químicas
Formação de radicais livres pela 
radiólise da água
Agita moléculas e aumenta a 
temperatura
Ex; Raio X, gama, UV, infravermelho, laser, micro-
ondas, luz visível
RADIAÇÕES 
Infravermelho
• Solda Elétrica a Arco;
• Fabricação e Transformação do Vidro;
• Operação de Fornos Metalúrgicos e Siderúrgico;
• Forja e Operações com Metais Quentes;
• Secagem e Cozimento de Tintas, Vernizes e 
Cobertura Protetora.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES 
Infravermelho
• Térmico (queimaduras na pele) 
• Produção de Catarata (Exposições Crônicas) 
• Lesões na Retina.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES 
Radiação Ultravioleta
• UVA - 320 – 400 nm (10 a 20% dos efeitos danosos 
da radiação solar)
• UVB - 290 – 320 nm (queimaduras, foto-
envelhecimento e câncer de pele)
• UVC - 100 – 290 nm(totalmente absorvida pela 
camada de ozônio).
• http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=21
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES 
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=21
Radiação UltravioletaOCORRÊNCIAS: 
• Controle de Qualidade (Luz Negra); 
• Solda Elétrica, Maçaricos; 
• Iluminação de Painéis; 
• Fosforescentes(Discotecas); 
• Gravação Fotográfica; 
• Sensibilização de Chapas (Gráfica); 
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES 
Radiação UltravioletaEFEITOS: 
• Câncer de pele 
• Queimaduras 
• Danos na retina
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES 
RADIAÇÕES LASERAplicações:
• Informática
• Comunicações
• Cirurgias óticas
• Corte de tecidos e metais
• Aplicações estéticas
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES 
CLASSIFICAÇÃO DO LASER 
Classe I. 
São lasers que não emitem radiação em níveis considerados perigosos. 
Classe 1A. 
São lasers com limite superior de energia de 4 mW e não devem ser 
olhados diretamente.
Classe II. 
Constituem lasers visíveis de baixa energia, com limite superior de 1 mW 
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES 
CLASSIFICAÇÃO DO LASER 
Classe III 
É formada por lasers de energia intermediária e são perigosos se olhados 
de frente. Os apontadores a laser se encaixam nessa classificação.
Classe IV . 
É composta por lasers de alta energia( os contínuos de 500 mW e os 
pulsados de 10J/cm2. 
Se constituem em risco para a visão,diretamente ou refletidos.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES 
• RADIAÇÃO IONIZANTE: São emissões de 
energia em diversos níveis, ultravioleta, raio-X, 
raio gama e partículas alfa e beta, capazes de 
contato com elétrons de um átomo, 
provocando a ionização dos mesmos.
Radiação ionizante 
Radiação ionizante 
• Partícula α: não consegue penetrar nem 0,1 mm 
na pele, no entanto, sua inalação ou ingestão 
podem ser muito danosas. Blindagem típica : 
folha de papel
• Radiação β: seus efeitos são superficiais. 
Blindagem típica : acrílico
• Radiação γ e X: seus efeitos ocorrem de maneira 
mais distribuída devido ao seu grande poder de 
penetração. Blindagem típica : chumbo
• Neutrons: têm alto poder de penetração. 
Blindagem típica : parafina
FONTE DE RADIAÇÕES 
• Aparelhos elétricos: utilizam eletricidade como fonte de energia 
para acelerar partículas e gerar radiação ionizante e, só emitem 
radiação, no momento em que são energizados.(Tubos de raio X e 
Aceleradores de Partículas)
• Aparelhos não-elétricos: Emitem radiação continuamente. 
(Irradiadores com radioisótopos largamente utilizados na indústria e 
na ciência, p.ex., preservar alimentos, retardar o amadurecimento 
de frutas, controle de insetos através da esterilização de machos, 
produção de energia nuclear. Em medicina nuclear, radioterapia e 
radiodiagnóstico. Em radioterapia, a bomba de Co 60,é um 
radioisótopo de ampla aplicação, assim como fontes de radiação γ 
para braquiterapia e os aplicadores oftalmológicos e dermatológicos 
com emissores β são os mais utilizados.
Radiações Ionizantes
• Danos causados em seres 
humanos estudados nos 
sobreviventes das bombas 
atômicas de Hiroshima e 
Nagasaki;
• Mutações somáticas 
amplamente comprovadas;
• Não foi observado aumento 
significativo de mutações 
germinativas;
Meia vida dos principais isótopos 
utilizados em pesquisas
Urânio238: 5.000.000.000 anos;
Carbono14: 5.730 anos;
Césio137: 30 anos( músculos)
Iodo 125: 60 dias
Tório232: 14.500.000.000 anos (fígado)
Polônio209: 103 anos. (Ossos)
Cromo 51: 27,8 dias
CONCEITOS
• Atividade: Número de desintegrações radioativas de um 
radionuclídeo por unidade de tempo. Quanto maior a 
atividade, mais radiação emitida.
• Unidades:
• Becquerel (Bq): 1 Bq = 1 desintegração por segundo;
• Curie (Ci): 1 Curie = 3,7 x 10
10 desintegrações por segundo
• 1 Ci = 37 GBq
• nCi = 37 Bq
CONCEITOS
• Dose absorvida (D) ou dose física:
Quantidade de energia depositada em uma unidade de 
massa de tecido humano ou outro meio.
D = Eab / dmassa
• Unidades antigas
• O röntgen ou roentgen (R) é uma unidade de exposição a 
radiações ionizantes. Aplicado apenas para raio X e gama no 
ar até 3 MeV. Foi substituído pelo gray. 1 Gy equiv. 100R
• 1 Gray (Gy) = 1 J de radiação por 1 Kg de matéria
CONCEITOS
• Dose equivalente (H):A dose equivalente (H) é uma medida 
da dose de radiação num tecido. Tem maior significado 
biológico que a dose absorvida, pois permite relacionar os 
vários efeitos biológicos de vários tipos de radiação. Unidade 
é Sievert (Sv). Homenagem ao médico sueco Rolf Maximilian
Sievert (1896-1966) que estudou os efeitos biológicos da 
radiação.
• rem Röntgen Equivalent Man) (rem) é uma unidade de dose 
de radiação . Substituido pelo Sievert.
• Unidades: 1 Sv = 100 rem 
• Sievert (Sv) 1 Sv recebido em curto tempo - limite de dose 
para o desenvolvimento dos sintomas de doenças da 
radiação.
Quadro - resumo
Grandeza Unidade antiga ou especial Unidade SI Equivalência
Atividade (A) Ci (curie) Bq (bequerel) 1 Ci = 37 G Bq
Exposição (X) R (roentgen) Gy (gray) 1 Gy ≈ 100 R
Dose de radiação rem (roentgen equivalente man) Sv (sievert) 1 Sv = 100 rem
Dose absorvida (D) rad (Radiation Absorbed Dose) Gy (gray) 1 Gy = 100 rad
Dose equivalente (H) Sv (sievert)
RADIAÇÕES 
• Meia Vida FÍSICA: é o tempo que metade dos átomos de uma
fonte radioativa leva para desintegrar-se.
• Meia Vida BIOLÓGICA: é o tempo necessário para que metade
da quantidade inicial do nuclídeo no órgão seja removida.
• Meia vida EFETIVA:
T ½ efetiva = (T ½ bio) (T ½ fís)
(T ½ bio + T ½ fís)
RADIAÇÕES 
• Aplicação da Radiatividade 
• Densidade 
• Medição de espessura – Couro sintético
• Radiografia/gamagrafia 
• Nível de produtos
• Conservação de alimento 
• Esterilização de materiais
RADIAÇÕES 
Nível de produto
Gamagrafia
RADIAÇÕES
• Irradiador de gamagrafia
RADIAÇÕES 
Conservação de alimentos
Radiografia/gamagrafia
RADIAÇÕES 
Esterilização de 
materiais cirúrgicos
RADIAÇÕES
Aplicações medicina 
RADIAÇÕES 
Geração de energia
ANGRA DOS REIS
Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/usina-nuclear-angra1.htm
RADIAÇÕES 
Geração de energia
RADIAÇÕES 
RADIAÇÕES 
RADIAÇÕES 
EFEITOS BIOLÓGICOS
Quanto ao tempo de manifestação:
Efeitos agudos 
• Exposições a doses elevadas
• Manifesta-se no máximo em dois meses
Efeitos tardios:
• Doses pequenas de radiação
• Manifestam-se após anos ou dezenas de anos;
Irradiação versus Contaminação
• Irradiação é originada por algum tipo de
procedimento com raios X (em
radiodiagnóstico) ou com feixes de elétrons ou
raios γ em radioterapia. O paciente não se
torna "radioativo" e não "contamina" outras
pessoas ou o meio ambiente. Irradiações
severas podem acontecer no caso de
explosões de usinas nucleares ou bombas
atômicas. Nestas situações, o meio ambiente
fica altamente radioativo, mas não as pessoas.
Irradiação versus Contaminação
• Contaminação é o fato de estar em contato com fontes
não seladas. Caso de pacientes que fazem uso de
procedimentos de Medicina Nuclear onde os
radiofármacos são injetados no paciente ficando o
mesmo "radioativo". Dependendo da dose a que foi
submetido, poderá ter que ser isolado a fim de não
contaminar outras pessoas ou o meio ambiente. Nesta
situação, a fonte radioativa incorporou-se ao corpo do
paciente que continua emitindo radiação. Os seres
humanos podem ainda contaminar-se em acidentes
como foi o caso de Goiânia em 1987. Neste acidente o
Cs 137 foi ingerido e passado sobre a pele de pessoas
que ficaram contaminadas.
Interação da radiação com as 
células
• Transferência de energia, provoca ionização e excitação 
dos átomos e moléculas modificando (ao menos 
temporária) na estrutura das moléculas. (O dano DNA).
• Os efeitos físico-químicos acontecem de forma 
entre 10-13 e 10-10 segundos.
• Os efeitos biológicos acontecem em intervalos de tempo 
que vão de minutos a anos. Resposta natural do organismo 
não sendo necessariamente doença. Ex : redução de 
leucócitos.
• Os efeitos orgânicos são as doenças. Representam a 
incapacidade de recuperação do organismo devido à 
freqüência ou quantidade dos efeitos biológicos. Ex : 
catarata, câncer, leucemia.
Quanto ao tipo de célula
Efeitos somáticos:
• Alterações provocadas pela interação com o organismo do 
indivíduo;
• Manifesta-se no próprio indivíduo irradiado
Efeitos Genéticos:
• Alteração decorrente de interação da radiação ionizante com 
células reprodutivas;
• Manifesta-se nos descendentes
Quanto a dose 
Efeitos estocásticos 
• Ocorrem com doses pequenas de radiação
• Não apresentam um limiar de dose para sua 
ocorrência
• Probabilidade de ocorrência aumenta com o aumento 
da dose.
• Gravidade do efeito é independente da dose;
• Por menor que seja a dose, está sempre associada 
uma possibilidade diferente de zero para ocorrência 
deste tipo de efeito;
• Causam a transformação celular. Alteração aleatória 
no DNA de uma célula que continua a reproduzir-se. 
• Ocorrem com doses elevadas de radiação
• Apresentam um limiar de dose para sua 
ocorrência
• Gravidade do efeito aumenta com o aumento 
da dose.
Dose - Efeitos determinísticos 
(não estocásticos): 
Lesões produzidas pela radioatividade
Lesões produzidas pela radioatividade 
– alterações genéticas;
– vários tipos de câncer;
– alterações da espermatogênese; e
– alteração das células do sangue produzindo
hemorragias acentuadas em vários pontos do
organismo.
Alguns dos efeitos sobre o organismo são:
Radiodermite
Propriedades dos Sistemas Biológicos
• Reversibilidade é o mecanismo responsável 
pelo reparo das células. Mesmo danos mais 
profundos são capazes de ser reparados ou 
compensados.
• Transmissividade é o efeito hereditário em 
células reprodutivas danificadas. Pessoas que 
receberam a mesma dose podem não 
apresentar o mesmo dano. O efeito biológico 
é influenciado pela idade, sexo e estado físico.
Frequência e Tipos de Exposições
• Exposição única : radiografia convencional
• Exposição fracionada : radioterapia (a exposição total para a destruição da 
neoplasia é fracionada em 10 ou mais sessões)
• Exposição periódica : originada da rotina de trabalho com materiais 
radioativos
• Exposição de corpo inteiro : irradiadores de alimentos, acidentes nucleares
• Exposição parcial : acidentes, manipular radionuclídeos (exposição das 
mãos)
• Exposição colimada : radioterapia (o feixe é colimado à região do tumor)
• Feixe Intenso : - esterilização e conservação de alimentos
• -radioterapia (3000 cGy; aproximadamente 2Gy/aplicação)
• Feixe Médio : radiodiagnóstico (alguns mGy/incidência)
• Feixe Fraco : radioatividade natural (1 mGy/ano)
Efeitos Biológicos das Radiações Ionizantes
• Efeitos hereditários. Não apresentam limiar de dose. O 
dano pode ser causado por uma dose mínima de 
radiação. O aumento da dose aumenta a probabilidade 
e não a severidade do dano. 
• A severidade é dada pelo tipo e localização do tumor 
ou anomalia resultante. O organismo apresenta 
mecanismos de defesa muito eficientes. A maioria das 
transformações neoplásicas não evolui para câncer. 
Quando o mecanismo falha o câncer aparece. 
Leucemia ~ 5-7 anos e os tumores sólidos ~ 20 anos. 
• Os efeitos são cumulativos: quanto maior a dose, 
maior a probabilidade de ocorrência. Quando o dano 
ocorre em célula germinativa, efeitos hereditários 
podem ocorrer.
• Determinísticos causama morte celular. A 
probabilidade de ocorrência e a severidade do dano 
estão diretamente relacionadas com o aumento da 
dose. As alterações são somáticas. Quando a 
destruição celular não pode ser compensada, efeitos 
clínicos podem aparecer, tais como: leucopenia, 
náuseas, anemia, catarata, esterilidade, hemorragia, 
etc...
Efeitos da Exposição Pré-Natal
• São dependes do período de gestação. 
– Entre 0-3 semanas = falha de fixação do embrião e sua morte. 
– De 3 semanas em diante, pode apresentar má formação no 
órgão que estiver se desenvolvendo na época da exposição.
– Aumento na probabilidade de ocorrência de câncer no 
recém-nascido e redução do QI - Estudos advindos dos 
acidentes nucleares de Hiroshima e Nagasaki monstraram que 
se a exposição ocorrer entre 8-15 semanas há uma redução 
de 30 pontos de QI/Sv. Entre 16-25 semanas, a redução é 
menor que 30 pontos de QI/Sv. Pode ainda ocorrer retardo 
mental severo. 
– Exposição durante qualquer período da gravidez, tem uma 
chance de 1/50.000 de causar câncer infantil.
Classificação das Exposições
• Exposição Médica : de pessoa como parte de um 
tratamento ou diagnóstico, de indivíduos 
ajudando a conter ou amparar um paciente ou de 
voluntários participantes de pesquisa científica. 
Não há limite de dose, esta é determinada pela 
necessidade médica, no entanto recomenda-se o 
uso de níveis de referência.
• Exposição Ocupacional : é aquela ocorrida no 
ambiente de trabalho.
• Exposição do Público : são todas as outras.
Sistema de Proteção Radiológica
• Justificação : o benefício tem que compensar o dano
• Otimização: o número de pessoas expostas, as doses 
individuais e a probabilidade de ocorrência de efeitos 
nocivos devem ser tão baixos quanto razoavelmente 
exequíveis. (princípio ALARA = As Low As Reasonably 
Achievable).
• Limitação de Dose: a dose individual de trabalhadores e 
indivíduos do público não deve exceder os limites de dose 
recomendados excluindo-se as exposições médicas de 
pacientes.
• Prevenção de acidentes : todo esforço deve ser direcionado 
no sentido de estabelecer medidas rígidas para a 
prevenção de acidentes.
Sistema de Proteção Radiológica
• Distância (1/r2): Quanto mais longe da fonte, 
melhor. 
• Tempo: Quanto menos tempo perto da fonte, 
melhor. 
• Blindagem: Quanto mais eficiente for a 
blindagem, melhor. 
Classificação de Áreas
• Área livre toda aquela isenta de regras 
especiais de segurança (radiação < 1 
mSv/mês)
• Área restrita toda aquela que deva ter seus 
acessos controlados (radiação > 1 mSv/mês)
– Área supervisionada, quando os níveis de radiação 
estão entre 1 mSv/mês e 3 mSv/mês
– Área controlada se os níveis de radiação forem 
maiores que 3 mSv/mês.
Avaliação de Doses Individuais
• Dose de radiação num ambiente:
• Monitores de área. Em locais de fácil acesso e 
visualização e são acionados sempre que os 
níveis de radiação ultrapassam os limites de 
segurança.
Avaliação de Doses Individuais
• Monitoração individual = filme dosimétrico, TLD (dosimetro
termo-luminescente), caneta dosimétrica e outros.
• O uso do dosímetro é obrigatório, a não ser que a área 
demonstre que não há risco. 
• Um dos mais utilizado é o dosímetro na parte superior do 
tórax. É um dosímetro que registra a dose de corpo inteiro.
• No caso do uso de avental de chumbo, o dosímetro deve ser 
posicionado SOBRE o avental. Neste caso, deve-se avisar ao 
serviço de proteção radiológica que informará à empresa 
responsável pela monitoração pessoal, que então aplicará o 
fator de correção adequado (1/10), para o cálculo da dose 
efetiva.
Proteção trabalhador
Avaliação de Doses Individuais
• Dosímetro de extremidade : pulseira, anel. 
Geralmente utilizado por profissionais que 
lidam com fontes não seladas ou com 
equipamentos de fluoroscopia.
Medidas de controle da ação das 
radiações para o trabalhador 
Medida administrativa: 
(ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x).
Medida médica: 
exames periódicos.
RADIAÇÕES IONIZANTES 
Vestimentas de Proteção Individual (VPI)
• Aventais de chumbo (longos ou curtos), os protetores 
de tireóide e de gônadas, os óculos plumbíferos, as 
luvas e as mangas protetoras. 
• Estas vestimentas possuem especificações e 
equivalência em chumbo que devem ser adequadas ao 
tipo de radiação à qual se vai estar exposto. 
– Além disso, pode-se também fazer uso de anteparos 
móveis de chumbo (biombos de chumbo).
– Os aventais de chumbo são frágeis e devem ser 
manipulados cuidadosamente. Após o uso, devem ser 
guardados em cabides apropriados ou sempre na posição 
horizontal sem dobras.
Medidas de controle 
Medidas de proteção coletiva: 
Isolamento da fonte de radiação 
(ex: biombo protetor para operação em solda), 
enclausuramento da fonte de radiação 
(ex: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x).
Medidas de proteção individual: 
fornecimento de EPI adequado ao risco 
(ex: avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador , 
óculos para operadores de forno; protetor solar).
Níveis de Referência
• Nível de Registro : (0,2 mSv), (aplicado no 
programa de monitoração individual).
• Nível de Investigação : (1,2 mSv) valor acima 
do qual justifica-se investigação. Relativo a um 
só evento.
• Nível de Intervenção : (4,0 mSv) interfere com 
a cadeia normal de responsabilidades. 
Interdição do serviço, afastamento do 
profissional para investigação.
Limites de Doses Anuais – NR 15, Anexo 5 –
CNEN 3.01
Trabalhador Público
DOSE EFETIVA 20 mSv/ano* 1 mSv/ano**
*Valor médio por um período de 5 anos, não ultrapassando 50 mSv em um 
único ano.
**Em casos especiais, pode ser usado um limite maior desde que o valor 
médionão ultrapasse 1 mSv/ano.
DOSE EQUIVALENTE
Cristalino 150 mSv/ano 15 
mSv/ano
Pele 500 mSv/ano 50 
mSv/ano
Extremidades 500 mSv/ano -------------
Valores típicos de Doses em Diagnóstico
RADIOGRAFIA
• Radiografia de tórax PA = 0,03 mSv
• Radiografia de abdome AP = 0,5 mSv
• Pelve AP = 0,2 mSv
FLUOROSCOPIA
• Enema de bário (contraste simples) = 3,1 mSv
• Angiografia cerebral = 3,5 mSv
• Angiografia coronariana = 18 mSv
• Colocação de stent coronariano = 50 mSv
Valores típicos de Doses em Diagnóstico
MEDICINA NUCLEAR
• Screening ósseo (Tc-99m) = 4,4 mSv
• Perfusão miocárdica (Tl-201) = 18 mSv
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
• Cabeça = 1,3 mSv
• Tórax = 5,5 mSv
• Pelve e abdôme = 8 mSv
DENSITOMETRIA ÓSSEA
• Do corpo inteiro = 0,01 mSv
RADIAÇÃO SOLAR
RECOMENDAÇÕES PARA APLICAÇÃO DO PROTETOR 
SOLAR 
• Use filtro solar de amplo espectro que proteja contra os raios 
ultravioletas dos tipos UVA e UVB 
• Passe uma porção equivalente a mais ou menos 2 gramas (e 
não 0,5 g como se costuma fazer) 
• Mesmo com protetor, use chapéu com aba para cobrir as 
orelhas, óculos escuros e guarda-sol de náilon 
• Use óculos de sol com lentes que protejam contra o 
ultravioleta
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES 
Medidas de controle
• Mesmo em dias nublados, cerca de 80% dos raios UV 
atravessam as nuvens e a neblina;
• Cuidado com a luz refletida. A luz do sol reflete na areia, na 
neve, nas salinas, no concreto e na água,atingindo a pele, 
mesmo na sombra;
• Proteja crianças e jovens pois em geral, quando se cuida da 
pele até os 18 anos, cerca de 85% dos casos de câncer podem 
ser evitados;
• Hidrate a pele após ter tomado sol, para restaurar a umidade 
perdida, evitando assim o seu ressecamento
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES 
A B C D do melanoma
Acidentes
Maior acidente nuclear em área urbana
Césio 137 em Goiania -1996
Em 26 de abril de 1986, operadores 
da usina nuclear de Chernobyl, na 
Ucrânia, realizaram um experimento 
com o reator 4. 
Observar o comportamento do reator 
nuclear quando utilizado com baixos 
níveis de energia.
Os responsáveis pela unidade ao 
quebrar o cumprimento de uma série 
de regras de segurança para o teste, 
causaram o acidente.
Acidentes, Situações de Emergência
• Classificação de acidentes
Contaminação externa (pele) e interna(penetração 
no organismo via pele, ingestão ou inalação)
Exposição aguda ou crônica
• Providências:
Isolar a área
afastar as pessoas
Identificar a fonte de contaminação ou irradiação
Controle acidentes
Contatar o Supervisor de Proteção Radiológica
Contactar a Coordenação de Fiscalização Sanitária da 
Secretaria de Estado de Saúde sobre a ocorrência para 
as devidas providências
Proceder a análise da estimativa de doses
Descontaminar a área, no caso de fontes não seladas
Convocar os potencialmente irradiados ou contaminados 
para se submeterem a exames médicos
Analisar o ocorrido e implementar procedimentos para 
evitar novos acidentes
Medidas de controle
• Qualquer aparelho que contenha material 
radioativo deve seguir as recomendações da 
comissão de energia nuclear, tanto para uso 
como para armazenamento e descarte;
• A desativação prevê inspeção da CNEN e 
orientações para recolhimento da fonte para 
um dos depósitos da CNEN.
Referências
• OKUNO, Emico; YOSHIMURA, Elisabeth. Física 
das Radiações. São Paulo. Oficina de textos, 
2010.
• OKUNO, Emico. Radiação: Efeitos, Riscos e 
Benefícios. São Paulo. Ed. Habra,2007.
• BRASIL. NR 15. Ministério do Trabalho. 2016.

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