Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DADOS DE COPYRIGHT Sobre a obra: A presente obra é disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo Sobre nós: O Le Livros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: lelivros.love ou em qualquer um dos sites parceiros apresentados neste link. "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível." ARMAZENAMENTO DE IMAGENS ERÓTICAS INFANTIS ENQUANTO CONDUTA ATÍPICA A ausência de dolo no artigo 241 Jerônimo Fagundes de Souza* Índice Todos os direitos reservados para Jerônimo Fagundes de Souza. 2015. Dedico este livro a minha família e meus amigos Antônio, Marcelo e Anderson Condd. PREFÁCIO Este é o trabalho de conclusão do Módulo II do curso de Direito Penal. Analisei um julgado sobre um rapaz que foi flagrado vendo fotos de crianças. Interessei-me pelo julgado por ter ocorrido na cidade de São Sebastião do Caí, local onde gostaria de trabalhar. Recentemente estive lá e visitei o cartório, o qual era bem melhor do que o nosso. A cidade também era interessante, com muitas lojas e restaurantes. A cidade onde trabalho parece ter parado no tempo, em função da inércia da prefeitura e de alguns comerciantes que não querem mudanças. E são nesses municípios pequenos onde surge uma certa histeria em relação ao que alguns chamam de pedofilia. Ao mesmo tempo, nas conversas fiadas, você acaba descobrindo que a fulana tirou algumas fotos no celular e distribuiu para metade da cidade. Essa contradição é que acaba influenciando nas promoções do MP e até mesmo nas sentenças do Magistrado. Esse falso moralismo é que acaba condenando inocentes e doentes mentais que só acessam determinados sítios por causa da total incompetência dos donos de Lan Houses. Programas de bloqueio de conteúdo existem aos montes, só falta serem instalados... Análise da Lei 11829/2008 e do Estatuto da Criança e do Adolescente, com ênfase nos casos de pedofilia e sua tipicidade Palavras-Chave: Sensualidade. Conclusões. Provimentos. Apelações. RS. Denúncias. Réus. Redações. Desembargadores. Divulgação. Internet. Computadores. INTRODUÇÃO O art. 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente( incluído pela lei 11.829/2008) nos diz que possuir ou armazenar , por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. Pena- reclusão de 1( um) a 4(quatro) anos, e multa. No caso em que iremos examinar aplicou-se duas penas restritivas de direitos( prestação pecuniária e prestação de serviços a comunidade). A sentença gerou uma dúvida: a divulgação das imagens eróticas foi direcionada a um grupo grande de pessoas ou a uns poucos indivíduos? O homem estava visualizando fotos de meninas com lingerie numa lan house. Ele confirmou que estava assistindo aquelas imagens e que estava gravando as mesmas num pen drive. O dono da lan house chamou a Polícia Militar, para não ser enquadrado no art. 241- A, § 1o.II- assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo. Em nenhuma das imagens haviam cenas de sexo explícito com crianças, adolescentes ou mesmo adultos. Pornografia ou arte erótica? Fica difícil delimitar uma fronteira, até mesmo para o legislador ou o magistrado. Um computador offline obviamente não representaria perigo de divulgação dessas mesmas imagens, mas simples forma de armazenamento temporário. A questão essencial é que as pessoas que estavam circulando no local poderiam, ou não, visualizar as fotos das crianças e dessa forma iriam responsabilizar o dono da lan house. No dia 30 de janeiro de 2009, por unanimidade, lavrou-se o acórdão da 5a. Câmara Criminal do TJRS. A conclusão foi pela atipicidade da conduta, por ausência do elemento subjetivo do tipo. Não houve dolo, ou seja, o homem em nenhum momento teve a intenção de compartilhar aquelas fotos com outras pessoas. O fato foi julgado em São Sebastião do Caí, cidade de médio porte, distante cerca de 100KM de Porto Alegre e com grande potencial econômico. A condenação em Primeiro Grau foi de multa de 15 dias-multa e pena de dois anos e seis meses de reclusão. O meio visual eficaz, no caso, foi um computador de lan-house conectado a internet na cidade de Bom Princípio. Havia uma lanchonete no interior do estabelecimento onde as pessoas conseguiam visualizar as fotos das crianças. A autoria do delito foi confirmada no momento em que o próprio réu afirmou que estaria acessando as tais imagens. Não houve crime porquanto não houve a divulgação de nenhuma imagem e nem mesmo qualquer prova da intenção de distribuição. O reú foi curioso em acessar determinado sítio da Internet, o qual continha imagens de crianças em trajes menores. Sua intenção seria transportar o pen drive até a sua residência e inserir o mesmo no seu computador pessoal offline. A publicidade daquela página da Rede foi um ato culposo, por ignorância, ingenuidade ou mesmo falta de atenção as regras sociais. O Ministério Público de São Sebastião do Caí fez a denúncia em junho de 2008, cinco meses antes da Lei no. 11.829/2008. A conduta foi considerada atípica por não haverem cenas de sexo explícitas ou pornográficas envolvendo as crianças das fotos. A restrição dos computadores em compartimentos adequados poderia atenuar os efeitos de publicidade desse tipo de imagem. O acórdão levou em conta que o ato foi praticado antes da vigência da Lei no. 11.829/2008, a qual não poderia retroagir. A apelação foi provida de forma sábia pela 5a. Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. ASPECTOS POLÍTICOS DA POSESSÃO DE PORNOGRAFIA INFANTIL NOS EUA Nos Estados Unidos a legislação conceitua a pornografia envolvendo crianças como um tipo de agressão e como uma forma de ganhar dinheiro com o ato sexual em que a fotografia da criança conduz a um ato erótico declarado assim como uma grave ofensa para o padrão saudável, inteligente, a tranquilidade assim como a felicidade das crianças. Repetidamente são afirmativas e generalizadas as declarações mundiais as quais tem-se afirmado pelas Nações pertencentes à ONU com o objetivo de especificar seu interesse na criminalização ou limitação do sexo com crianças. Anteriormente ao United States Code, o qual organizou de forma explícita o assunto no capítulo 114, o qual é chamado: Exploração Sexual e outros abusos de meninos, no interior do parágrafo 2252A, também conhecido como “Determinadas atividades em relação ao material que constitua ou contenha pornografia infantil”, as fotografias eróticas, sem diferença ou classe específica seriam analisadas com uma visão legalista unificada a qual, normalmente, indicaria o valor do que determinado Juízo poderia compreender por “pornografia”, fato que se normatiza, também nos dias atuais no capítulo 71, parágrafo 1460 e posteriores do United States Code. Aspectos criminais da posessão de pornografia infantil no Brasil Pessoas que representam o Governo Brasileiro bem como a comunidade de trabalhadoresjuntaram-se no dia vinte e oito de setembro de 2006 com o condão de criar um projeto prático com a meta de parar o ato criminoso online da distribuição das fotografias pornográficas com meninos: o sexo virtual. Não somente estabelecer um grupo de polícia de web pages, o projeto queria criar ações como análises, cursos para PMs assim como discursos nos colégios para meninos e jovens. O segundo encontro dessa equipe aconteceu no dia trinta e um de outubro e no mês seguinte o projeto prático foi apresentado para o povo brasileiro. O projeto foi posto a efeito em 2007 pelo ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, que afirmou “deve-se criar uma consciência citada que permita, em pouco tempo, reduzir os crimes virtuais a uma situação absolutamente residual”. No ano de 2003 o Estatuto da Criança e do Adolescente adicionou a palavra “internet” na Lei 10.764 e converteu em ato criminoso a distribuição de fotografias de sexo com meninos através de uso desse canal. O réu ficaria preso entre dois a seis anos. Sérgio Suiama, Procurador da República, recordou que os pais e o colégio tem que ensinar os meninos em relação ao perigo que se expoem quando entram na Web. A MISSÃO DO DIREITO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DO DIREITO Seria indispensável ao Povo o nascimento de leis as quais normatizem sanções essenciais ao bem estar das pessoas que fazem parte desse Povo. Entre os muitos tipos de sanção penal as quais objetivam essa meta, existem aqueles os quais mandam as pessoas pararem com certas práticas, relativas as mesmas aplicamos penas do tipo criminal, e esse grupo nós chamamos de Direito Penal. Além disso, o Direito- enquanto ferramenta de organização da Sociedade estabelece um objetivo diferente na comunidade. Pretende viabilizar maneiras para o bem estar da sociedade não- violenta, por meio da formação de normas criminais sancionadoras bem como a imposição de regras do tipo criminal para aqueles os quais, através das suas ações, façam a violência e elevem a um perigo óbvio a vida da outra pessoa, a qual é resguardada pelo Estado. CRIMES DE INFORMÁTICA NA NAÇÃO BRASILEIRA O Mundo Virtual estaria sendo usurpado pelas pessoas ou bandidos para fazerem seus fetiches eróticos, enviar ou vender imagens, vídeos, dados, dentre outras coisas. Toda essa troca movimenta um mercado de milhões de dólares na América e Europa. Parece ser triste um comércio tão estranho. Imagens e filmes de animais com meninos são os mais vendidos na Internet. Imagina-se que as películas com garotos , os quais de vez em quando são estuprados até seu falecimento, custem entre oitocentos reais a doze mil reais. Os dados tem evidenciado que a grande maioria dos pervertidos sexuais não demonstram qualquer evidência de retardamento psicológico, sendo assim, seriam penalmente culpáveis. No entanto, dessa massa de pervertidos, menos da metade não demonstra algum distúrbio psicológico e seu padrão erótico comunitário normal ou evidente aparenta ser exatamente adequado a Sociedade. Nas demais pessoas se encontram os bandidos com óbvios problemas de comportamento, com alterações homossexuais ou sem alterações homossexuais aparentes( impotência e zoofilia). CONCLUSÃO Existe um norma de são Paulo que obriga os frequentadores de Lan Houses a se identificarem. É a chamada Lei Estadual 12288/2006 a qual exige que as Lan Houses que locam PCs para utilização do povo a não somente identificarem seus clientes através do RG, fone e local de moradia, mas também identificarem a máquina que foi usada e o tempo de começo e término. Também devem conservar esses dados em seus arquivos por, ao menos, cinco anos. Essa norma poderia ser aplicada em todo o Brasil, para evitar e existência da casos como o que estamos analisando. Mas eu me pergunto: e onde fica o direito à privacidade, assegurado pela Carta Magna: Seguindo a tende ̂ncia internacional no que concerne a ̀ inserc ̧a ̃o no texto constitucional do direito a ̀ privacidade, o Brasil declarou expressamente no artigo 5o, inciso X, da Constituic ̧a ̃o Federal, a protec ̧a ̃o ao supracitado direito: “sa ̃o inviola ́veis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizac ̧a ̃o pelo dano material ou moral decorrente de sua violac ̧a ̃o”. STORAGE erotische Bilder KINDERN VERHALTEN Atypische Analyse des Rechts 11829/2008 und in der Satzung von Kindern und Jugendlichen , mit Schwerpunkt auf Fälle von Pädophilie und seine Typizität Suchbegriffe: Sinnlichkeit . Schlussfolgerungen . Termine. Appeals. RS . Beschwerden . Beklagten . Schriften . Richter . Offenlegung . Internet. Computer Referências: FIORETTI, Julio. Sobre a Legítima Defesa. 1. ed. Editora Minelli. 2006. ISHIDA, Válter Kenji. Processo Penal. 4. ed. Editora Atlas. 2013. MARIANO, Raquel. Noticias Financieras. Miami. EUA. 2006. MARTINS, Jomar. TJ-RS absolve acusado de pedofilia por conduta atípica. In <www.conjur.com.br> . Acesso em: 15 dez.2014 NOGUEIRA, Sandro D'Amato. Crimes de Informática. 2. ed. BH Editora e Distribuidora. 2009. OXYMAN, Nicolas. Aspectos Político-Criminales y Criminologicos da Posession de Pornografia Infantil en los Estados Unidos de America. Revista Política Criminal. Vol.6. n.12. 2011. ARMAZENAMENTO DE IMAGENS ERÓTICAS INFANTIS ENQUANTO CONDUTA ATÍPICA SCOLANZI, Vinicius Barbosa. A Tipicidade Penal à Luz da Missão do Direito Penal no Estado Democrático do Direito. Revista Argumenta. n.18. UENP. 2013.
Compartilhar