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A Pessoa Jurídica como Sujeito Passivo de Difamação

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DOTTI, René Ariel. A PESSOA JURÍDICA COMO SUJEITO PASSIVO DO CRIME DE DIFAMAÇÃO. Revista dos Tribunais, vol. 871/2008, p. 425 - 441 , Maio / 2008
Doutrinas Essenciais de Direito Penal Econômico e da Empresa. vol. 1 , p. 1127 – 1148. Jul 2011.
”É de somenos importância a afirmativa de que referido crime somente poderia ser
praticado por pessoas físicas em razão do vocábulo 'alguém', constante no tipo penal.”
Comentário: O crime contra honra pode ser praticados contra qualquer pessoa, e isto inclui a pessoa jurídica.
“onde não se inserem as pessoas jurídicas, não merece prosperar. Esta interpretação, eminentemente literal, não mais subsiste diante da evolução social.”
Comentário: Esta interpretação errônea não vale diante da evolução social
“É elementar que os entes coletivos podem ser sujeitos ativos e passivos de uma relação
jurídica. Conseqüentemente, a limitação quanto ao entendimento da palavra alguém
segundo uma parte da doutrina e da jurisprudência não atende à melhor exegese.”
Comentário: As interpretações devem está alinhadas na lei 
“Na fixação do sentido e do alcance da lei, o intérprete presumirá que o legislador consagrou as soluções mais acertadas e soube exprimir o seu pensamento em termos adequados.”
“Em suma, o sentido que pareça mais idôneo para traduzir a vontade da lei”.
Comentário: O interprete precisa se preocupar também com o uso da palavras para que sua interpretação esteja a luz da lei e seja totalmente entendível para os que dela farão uso.
”É por intermédio do elemento sociológico que o intérprete pode avaliar se a norma penal está em harmonia ou em contraste com as tendências e aspirações da comunidade. Em sua expressão mais simples a lei é uma regra social obrigatória seguindo-se daí a conclusão segundo a qual o conteúdo da norma deve ser apreendido em correspondência com essa mens legis, ou seja, o fim social por ela proposto.”
Comentário: A sociologia estuda a sociedade e suas mudanças e diversidades, o trecho nos fala que o interprete usa a mesma como elemento para analise e comparações da comunidade.
”O emprego do elemento sociológico para a compreensão e efetividade da
norma penal revela a perspectiva democrática em que se coloca o intérprete. Assim o
recomenda o art. 5.o da Lei de Introdução do Cód. Civil: 'Na aplicação da lei, o juiz
atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.”
 “É o que orienta Fragoso: "Somente a interpretação lógica permite desvendar o verdadeiro significado da norma e a ela subordina-se a interpretação gramatical. Somente a interpretação lógica pode conduzir à descoberta da ratio legis, que é a tarefa essencial da interpretação.”
Comentário: Ratio legis significa razão da lei que inspira a lei e deve ser objeto de investigação dos intérpretes e comentadores que procuram esclarecer o seu texto. E ela nos é essencial.
“Convém advertir que por interpretação lógica não se entende a interpretação que se serve apenas de critérios lógicos, mas sim, a que considera uma série de elementos alheios ao aspecto literal, para fixação da vontade objetivada que a norma apresenta. Devem ser aqui considerados vários elementos, inclusive o sistemático e o histórico, podendo ser de grande valor os critérios da legislação comparada e do exame dos trabalhos preparatórios.”
“A lição do inesquecível mestre pode ser decomposta nos seguintes aspectos: a) a
interpretação lógica é a única que permite identificar o sentido real da norma jurídica
(ratio legis)”
 “É correta a orientação do Supremo Tribunal Federal e da maior parte da doutrina
admitindo a capacidade penal dos entes morais como sujeitos passivos do delito de
difamação.”
Comentário: O STF admite de capacidade penal os delitos de difamação
“O delito de difamação tem, como elemento objetivo do tipo, a imputação de fato
ofensivo à reputação de alguém. Como é curial, as pessoas jurídicas praticam atos e
fatos autônomos e são objeto de um conceito próprio (positivo ou negativo)
independentemente de seus integrantes.”
Comentário: Como a pessoa jurídica tem sua imagem e reputação atingidos ao sofrer uma difamação considera-se ela vitima de um ato ilícito também .
“...o art. 23, III, estabelece o aumento de pena para tal delito quando este é
cometido "contra órgão ou autoridade que exerce função de autoridade pública." Por
certo, a expressão "órgão" bem permite concluir que é inquestionável a ocorrência do
delito de difamação contra pessoa jurídica.”
Comentário: O artigo estabelece uma pena maior para o crime cometido contra órgão ou função pública.
“...a jurisprudência orientava-se no sentido de que a ofensa à honra não era indenizável. A partir de então, expressamente se consagrou em nível constitucional esse direito, como se pode ver pelos incisos V e X de seu art. 5.o, respectivamente: "é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem" 
“Todos os recentes esboços legislativos prevêem a vitimização da pessoa jurídica no
crime de difamação.”
"No capítulo – Dos Crimes Contra a Honra - tomou-se partido em velha polêmica doutrinária, isto é, se a Pessoa Jurídica pode ser sujeito passivo do crime de Difamação.”
Comentário: Os trechos nos falam a respeito do art. referindo-se que a pessoa jurídica tem direito de resposta e indenização aos danos sofridos tanto no âmbito material quanto no moral , a lei prevê a pessoa jurídica como vítima nos crimes cometidos.
“A supremacia constitucional, em nível dogmático e positivo, traduz-se numa
superlegalidade formal e material. "A superlegalidade formal identifica a Constituição
como a fonte primária da produção normativa, ditando competências e procedimentos
para a elaboração dos atos normativos inferiores. E a superlegalidade material subordina
o conteúdo de toda atividade normativa estatal à conformidade com os princípios e
regras da Constituição".

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