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A Gramática, além de regulamentar o uso da língua é um conjunto de princípios que norteiam o uso mais correto, em se tratando de estrutura da mesma. Por outro lado, tais regras definem a chamada “norma culta” e para bem compreendê-las, faz-se necessário estudar as normas gramaticais. A Língua Portuguesa é tida como complexa por pessoas de outras nacionalidades, mas, em muitos casos, ocorre mesmo entre os brasileiros. Este fato se deve, principalmente, porque muitos nativos falantes do Português, mesmos os mais estudados, não seguem à risca a nossa língua padrão. Tanto quando usada na oralidade, e frequentemente, na forma escrita. O conjunto de regras da língua, além de regulamentar o uso do Português é um conjunto de princípios que norteiam o uso mais correto, em se tratando de estrutura da mesma. Em síntese, tais regras definem a chamada “norma culta” e para bem compreendê-las, faz-se necessário estudar as normas gramaticais. A língua evolui e nem sempre as “normas” acompanham as mudanças linguísticas. Afinal, essas tendências ocorrem por a língua estar em constantes mutações, ou seja, por ser “viva” e estar passível de transformações ao longo do tempo. Oque é Gramática[editar | editar código-fonte] A Gramatica é um conjunto de regras individuais, usadas para descrever a forma de uso da lingua, tanto formal quanto a coloquial, que na gramatica se diz variante da norma culta padrão. O termo "Gramática" ainda possui distintas acepções de acordo com o seu uso, seja se referindo ao manual onde as regras de regulamentação e uso da lingua que estão explicitadas, quer ao saber que os falantes têm interiorizado acerca da sua língua materna. Estas duas acepções distintas remetem aos conceitos de Gramática Prescritiva e Normativa, que impõem determinados Comportamentos linguisticos como corretos, marginalizando outros que não se enquadram nos padrões indicado por essas. Gramática também nomeia teorias sobre aquisição da linguagem, geração e derivação da linguagem e o funcionamento da língua. A Exemplo, tem-se a Gramática Gerativa, de Noam Chomsky, com a qual descreve um conjunto finito de regras que gerariam todas as fases de uma língua. Outro exemplo é a Gramática funcional, segundo a qual as regras Gramaticais estão vinculadas as necessidades comunicativas dos falantes. Atualmente a Linguística descreve o conhecimento linguístico dos falantes através das Gramáticas Descritivas, e esta ao invés de impor paradigmas, apenas as descrevem e incorporam os fenômenos desprezados pela abordagem prescritiva. A Noção do Correto e a Mutabilidade Linguística deixa claro apenas que "é preciso alguma ordem na casa, para que as coisas funcionem de maneira correta", isso inclui todas as " Casas Linguísticas" pois o ser humano ainda é essencialmente e semiticamente simbólico abstrativo, e para isso necessita do mínimo de estrutura e ordem para humanamente se expressar, daqui e dali inescapavelmente seus padrões serão descritos em regras. Conclusão: temos os tipos de gramática: Gramática Prescritiva Normativa(culto e coloquial), Gramática Gerativa(teoria), Gramatica Funcional(teoria) e por ultimo a Gramática Descritiva(mutável e local). Campos da Gramática[ Por uma conveniência é comum as pessoas associarem Gramática restritamente a Morfologia, a Sintaxe e talvez a fonética, pois no geral é as áreas mais abordadas e que mais toma conta do estudo da lingua, porém a Gramática se subdivide em várias áreas de estudos menores sendo que vale listar; -Fonética e Fonologia = Ramo da Linguística que estuda o sons das palavras, e a pronúncia nas línguas, assim como a produção e percepção, sendo que a Fonologia estuda o sistema sonoro específico de um idioma. -Morfologia = Estuda as Classes gramaticais de cada uma das palavras de uma frase, e o aspecto formal escrito e falado das formas e variantes das palavras, essa área vale citar substantivos, verbos, adjetivos, conjunções etc... -Sintaxe = Estuda as regras que regem a construção de frases na lingua natural, e quanto a organização e posição de uma palavra na estrutura da frase, como a forma que tal termo é expresso influenciando seu significado no discurso ou mesmo lógico e as múltiplas combinações possíveis para transmitir um significado compreensível completo, dessa área iniciou reconhecendo a existência de sujeito e predicado. -Semântica = estuda o significado e a relação com seu significante sobre palavra, frase, sinais e símbolos, e atua em outras áreas como semiótica, lógica e programação. -Lexicologia = estuda o estoque de palavras de um determinado idioma, e a variação de seus aspectos quanto a origem, forma e significado, as unidades lexicais ainda trabalha com palavras e não semântica, e a lexicografia elabora dicionários. -Estilística = Variação da lingua de acordo com contexto e uso estético, -Etimologia = explica uma palavra através da origem dela e dos elementos que a constitui. -Pragmática = Estuda a Comunicação abrangendo todas as outras áreas(semântica, sintaxe…) que são construções teóricas, a pragmática usa e aplica essas teorias para formar a comunicação, incluindo contextos e extralinguísticos como discursivo, situacional a intencionalidade e/ou objetividade do locutor com o receptor é denominado competência pragmática reconhecer e comunicar esses sinais. TIPOS GRAMATICAIS Normativa: Oferece um modelo estabelecido, ou seja, dita as regras e as normas gramaticais. Não admite que haja variações linguísticas e as tratam como erros dentro da gramática. Determina o uso correto ou incorreto em contraposição a linguagem falada popularmente. É portanto, a gramática oficial que é ensinada nas escolas brasileiras, isto é, a forma linguística padronizada e que tem por característica estabelecer normas, tanto na linguagem escrita, bem como na linguagem falada. Descritiva: Busca entender, analisar e investigar a língua e as suas alterações ao longo do tempo, sem se preocupar com normas ou regras. Enfim, o verdadeiro objetivo é documentar os dados linguísticos no desenrolar de sua trajetória, sem preconceitos. Não se limita, apenas, na forma padrão, mas realça as variações orais da língua. Histórica: Também chamada de Linguística Diacrônica por aqueles que somente consideram como verdadeira a Gramática normativa, este ramo da gramática estuda fatos de uma língua ao longo do tempo desde os mais remotos. Segundo (Bechara,1968) a gramática Histórica estuda uma sequência de fases evolutivas de um idioma. Por outro lado, Segundo (traváglia,2005,36) estuda a origem os períodos evolucionistas de uma língua desde seu início. Resumidamente, a gramática histórica trata da origem da língua, cuidando das suas transformações ao longo da história. Comparativa: Seu foco de estudo está na comparação entre as gramáticas que pertencem a um grupo específico de línguas. Em suma, a nossa língua portuguesa, por exemplo, faz parte da gramática comparativa das línguas românicas, ou seja, pertence ao grupo de línguas indu- europeias. Classes de Palavras As classes de palavras ou classes gramaticais são dez: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio. Essas categorias são divididas em palavras variáveis (aquelas que variam em gênero, número ou grau) e palavras invariáveis (as que não variam). Palavras Variáveis e Flexões Substantivo É a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos, fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros. Exemplos: Ana, Brasil, beleza. Flexões: Gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo). Verbo É a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza. Exemplos: existir, sou, chovendo. Flexões: Pessoa (primeira, segunda e terceira), número (singular e plural), tempo (presente, passado e futuro), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e reflexiva). Adjetivo É a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos. Exemplos: feliz, superinteressante, amável.Flexões: Gênero (uniforme e biforme), número (simples e composto) e grau (comparativo e superlativo). Pronome É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a relação das pessoas do discurso. Exemplos: eu, contigo, aquele. Flexões: Gênero, número e pessoa. Artigo É a palavra que antecede o substantivo. Exemplos: o, as, uns, uma. Flexões: Gênero e número. Numeral É a palavra que indica a posição ou o número de elementos. Exemplos: um, primeiro, dezena. Flexões: Gênero, número e grau. Palavras Invariáveis Preposição É a palavra que liga dois elementos da oração. Exemplos: a, após, para. Conjunção É a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor gramatical. Exemplos: mas, portanto, conforme. Interjeição É a palavra que exprime emoções e sentimentos. Exemplos: Olá!, Viva! Psiu! Advérbio É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros. Exemplos: melhor, demais, ali. Embora seja considerado invariável porque não sofre flexão de gênero e número, os advérbios apresentam flexões de grau: comparativo e superlativo. Exercícios Dê a classe gramatical das palavras destacadas (em maiúsculo): JOÃO PEDRO foi à padaria. Sua resposta: Adjetivo Resposta correta: Substantivo João Pedro é um nome próprio, portanto é substantivo. 78.36% das pessoas responderam corretamente. Diga qual o tempo do verbo destacado (tempo do modo indicativo): Eu ÍA ao shopping quando fui assaltado Sua resposta: Pretérito perfeito Resposta correta: Pretérito imperfeito 44.18% das pessoas responderam corretamente. Qual das frases abaixo não apresenta um adjetivo? Sua resposta: As flores estavam cheirosas, mas Paulo nem pensou em pegar Resposta correta: Ali no canto havia uma pedra A alternativa que não apresenta é a D, pois as outras apresentam estes: quente, esperta, cheirosas e magnífico 66.32% das pessoas responderam corretamente. Os pronomes me, eu, vossa senhoria, meu e aquele, são, respectivamente: Sua resposta: Oblíquo, reto, tratamento, possessivo e demonstrativo 55.04% das pessoas responderam corretamente. "OI! Como você vai?" A palavra destacada na frase anterior é uma interjeição que indica: Sua resposta: Aplauso Resposta correta: Saudação A pessoa está fazendo uma saudação à outra quando diz "Oi!" 72.99% das pessoas responderam corretamente. Todas as frases a seguir apresentam preposições, exceto: Sua resposta: Amanhã irei levar um presente para o Paulo Resposta correta: Irei pôr um pouco d'água naquele pote A alternativa E não apresenta, mas as outras apresentam: para, sobre, após e com 26.80% das pessoas responderam corretamente. A palavra "umas" é um(a): Sua resposta: substantivo Resposta correta: artigo 59.96% das pessoas responderam corretamente. Um exemplo de locução adverbial de lugar é: Sua resposta: ontém Resposta correta: em cima da mesa "Em cima da mesa" é uma locução adverbial de lugar, pois indica onde algo (ou alguém) está 55.46% das pessoas responderam corretamente. Complete a frase: "Metade é um numeral ______" Sua resposta: Fracionário É fracionário pois representa uma parte do inteiro 57.52% das pessoas responderam corretamente. Complete a frase: "_______ são palavras que ligam orações. Alguns exemplos são: porém, e, contudo, portanto, mas e que" Sua resposta: [resposta em branco] Resposta correta: conjunções 23.67% das pessoas responderam corretamente. Onomatopéia é uma classe de palavra. Essa afirmação é verdadeira ou falsa? Sua resposta: Verdadeira Resposta correta: Falsa 51.94% das pessoas responderam corretamente. Existem ___ classes de palavras na língua portugesa Sua resposta: [resposta em branco] Resposta correta: 10 São elas: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, interjeição e conjunção. 41.82% das pessoas responderam corretamente. Análise Sintática A análise sintática é a parte da gramática que estuda a função e a ligação de cada elemento que forma um período. Há também a análise morfológica. Essa é a parte da gramática que estuda individualmente cada elemento que forma um enunciado linguístico, ou seja, independentemente da sua função. A análise morfossintática, por sua vez, analisa os elementos do mesmo enunciado linguístico sintática e morfologicamente. Termos da oração A oração é dividida de acordo com a função que exerce. Essa divisão é feita através de termos, os quais podem ser essenciais, integrantes ou acessórios. Termos Essenciais da Oração Os termos essenciais são os termos básicos, que geralmente formam uma oração. Trata-se do sujeito e do predicado. Vale lembrar que nem sempre a oração tem sujeito. Sujeito O sujeito é alguém ou alguma coisa sobre a qual é dada uma informação. O núcleo dosujeito é a palavra que tem mais importância, é o principal termo contido no sujeito. Exemplos: Uma pessoa ligou, mas não quis se identificar. (pessoa é o núcleo do sujeito Uma pessoa) O casal saiu para jantar. (casal é o núcleo do sujeito O casal) O sujeito pode ser: Determinado quando é identificado na oração ou Indeterminado quando não é possível identificá-lo, por exemplo, se o verbo não se refere a alguém determinado na oração. Os sujeitos determinados, por sua vez, se dividem em: Simples quando tiver apenas um núcleo. ou Composto quando tiver dois ou mais núcleos. Nem sempre o sujeito está expresso na oração. Quando isso acontece, estamos diante do sujeito oculto, elíptico ou desinencial. Exemplos: Está um calor! (oração sem sujeito) Estão chamando aí à porta. (sujeito indeterminado) A Ana acabou de chegar. (sujeito simples) Caderno, lápis e borracha estão na mochila. (sujeito composto) Agi conforme suas orientações. (sujeito oculto: eu) Predicado O predicado é a informação que se dá sobre o sujeito. Ao identificar o sujeito da oração, todo o resto faz parte do predicado. Predicação Verbal Verbos Intransitivos Os verbos intransitivos não necessitam de complemento porque têm sentido completo. Verbos Transitivos Os verbos transitivos necessitam de complemento porque não têm sentido completo. Exemplos: Acordei! (verbo intransitivo) O velhinho morreu ontem. (verbo intransitivo) Vou preparar o jantar. (verbo transitivo) O velhinho contou uma história. (verbo transitivo) Verbos de Ligação Os verbos de ligação não indicam uma ação, mas sim uma forma de estar. Exemplos: Esta matéria é extensa. O estudante está com atenção. O Predicativo do sujeito e o Predicativo do objeto são complementos que informam algo ou atribuem uma característica a respeito do sujeito ou do objeto. Esse complemento pode seguir (ou não) um verbo de ligação. Exemplos: Esta matéria é extensa. (extensa=predicativo do sujeito) O rapaz brigou e deixou a namorada infeliz. (infeliz=predicativo do objeto) Termos Integrantes da Oração Complemento Verbal Os complementos verbais são os termos utilizados para completar o sentido dos verbos transitivos. Assim, os verbos transitivos subdividem-se em: Transitivos Diretos – exigem complemento sem preposição obrigatória (Objeto Direto). Transitivos Indiretos – exigem complemento com preposição (Objeto Indireto). Transitivos Diretos e Indiretos - exigem dois complementos, um sem e um compreposição. (Objeto Direto e Indireto). Exemplos: Ganhei flores. (verbo transitivo direto) Preciso de um bom café. (verbo transitivo indireto) Ganhei flores do João. (verbo transitivo direto e indireto) Complemento Nominal O complemento nominal é o termo utilizado para completar o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). Exemplos: Os idosos têm necessidade de afeto. A professora estava orgulhosa dos seus alunos. Agente da Passiva Agente da passiva é o termo que indica quem executa a ação, na voz passiva e vem sempre seguido de preposição. Exemplos: O bolo foi feito por mim. (por mim é o agente da passiva. Na voz ativa a oração seria: Eu fiz o bolo.) Os índios foram catequizados pelos jesuítas.(pelos jesuítas é o agente da passiva. Na voz ativa a oração seria: Os jesuítas catequizaram os índios.) Termos Acessórios da Oração Os termos acessórios são os termos dispensáveis e são utilizados para determinar, caracterizar, explicar ou intensificar. Adjunto Adnominal – caracteriza um substantivo, agente da ação, através de adjetivos, artigos, numerais, pronomes ou locuções adjetivas. Exemplos: O homem educado cedeu a sua cadeira à senhora de idade. (educado, sua, de idade = adjunto adnominal) A economia do Brasil vai de vento em popa. (do Brasil = adjunto adnominal) Adjunto Adverbial – se refere a um verbo ou a um advérbio e indica uma circunstância. Exemplos: Canta lindamente. (lindamente = adjunto adverbial) Cheguei cedo. Vim de bicicleta. (cedo e de bicicleta = adjunto adverbial) Aposto - tem a função de explicar um substantivo. Exemplos: Sábado, dia sete, não haverá aula de música. (dia sete = aposto) O melhor do carnaval: alegria e disfarce das crianças. (alegria e disfarce dascrianças = aposto) Leia Função Sintática. Agora que você já sabe tudo sobre Análise Sintática, aprenda também Análise Morfológica e Análise Morfossintática. Exercícios 1. Considere a frase “Ele andava triste porque não encontrava a companheira” – os verbos grifados são respectivamente: a) transitivo direto – de ligação; b) de ligação – intransitivo; c) de ligação – transitivo indireto; d) transitivo direto – transitivo indireto; e) de ligação – transitivo direto. 2. Indique a única alternativa que não apresenta agente da passiva: a) A casa foi construída por nós. b) O presidente será eleito pelo povo. c) Ela será coroada por ti. d) O avô era querido por todos. e) Ele foi eleito por acaso. 3. Em: “A terra era povoada de selvagens”, o termo grifado é: a) objeto direto; b) objeto indireto; c) agente da passiva; d) complemento nominal; e) adjunto adverbial. 4. Em: “Dulce considerou calada, por um momento, aquele horrível delírio”, os termos grifados são respectivamente: a) objeto direto – objeto direto; b) predicativo do sujeito – adjunto adnominal; c) adjunto adverbial – objeto direto; d) adjunto adverbial – adjunto adnominal; e) objeto indireto – objeto direto. 5. Assinale a alternativa correta: “para todos os males, há dois remédios: o tempo e o silêncio”, os termos grifados são respectivamente: a) sujeito – objeto direto; b) sujeito – aposto; c) objeto direto – aposto; d) objeto direto – objeto direto; e) objeto direto – complemento nominal. 6.“Usando do direito que lhe confere a Constituição”, as palavras grifadas exercem a função respectivamente de: a) objeto direto – objeto direto; b) sujeito – objeto direto; c) objeto direto – sujeito; d) sujeito – sujeito; e) objeto direto – objeto indireto. 7. “Recebeu o prêmio o jogador que fez o gol”. Nessa frase o sujeito de “fez” ? a) o prêmio; b) o jogador; c) que; d) o gol; e) recebeu. 8. Assinale a alternativa correspondente ao período onde há predicativo do sujeito: a) como o povo anda tristonho ! b) agradou ao chefe o novo funcionário; c) ele nos garantiu que viria; d) no Rio não faltam diversões; e) o aluno ficou sabendo hoje cedo de sua aprovação. 9. Em: “Cravei-lhe os dentes na carne, com toda a força que eu tinha”, a palavra “que” tem função morfossintática de: a) pronome relativo – sujeito; b) conjunção subordinada – conectivo; c) conjunção subordinada – complemento verbal; d) pronome relativo – objeto direto; e) conjunção subordinada – objeto direto. 10. Assinale a alternativa em que a expressão grifada tem a função de complemento nominal: a) a curiosidade do homem incentiva-o a pesquisa; b) a cidade de Londres merece ser conhecida por todos; c) o respeito ao próximo é dever de todos; d) o coitado do velho mendigava pela cidade; e) o receio de errar dificultava o aprendizado das línguas. 1. E 2. E 3. C 4. C 5. C 6. E 7. C 8. A 9. D 10. E Quais são os tipos de predicado? Os predicados são classificados em 3 categorias: predicado verbal, predicado nominal e predicado verbo-nominal. Vejamos cada um deles. Predicado verbal É um tipo de predicado utilizado para indicar uma ação (a ação do sujeito), sendo composto por um núcleo (o verbo que indica a ação). Nessa situação, não ocorre a presença de predicativo do sujeito. Exemplos: Mário e eu andamos muito ontem. (núcleo = andamos) Cheguei agora de São Paulo. (núcleo = cheguei) O rapaz perdeu os cartões. (núcleo = perdeu) Predicado nominal Esse tipo de predicado serve para indicar qualidade ou estado. Ele é composto por um verbo de ligação (verbo que indica o estado) e por predicativo do sujeito (que complementa o sujeito e atribui a ele uma determinada qualidade). No predicado nominal há apenas um núcleo, que é caracterizado por um nome (adjetivo ou substantivo). Exemplos: Mariana está alegre. (núcleo = alegre = indica um estado) Estava cansada. (núcleo = cansada = indica estado) Mauro continua carinhoso comigo. (núcleo = carinhoso = indica qualidade). Predicado verbo-nominal O predicado verbo-nominal desempenha dois papéis ao mesmo tempo: indica a ação do sujeito e informa seu estado ou qualidade. Por esse motivo, esse é formado por dois núcleos: um verbo e um nome. Nessa situação, ocorre o predicativo do sujeito ou predicativo do objeto(que complementa o objeto direto ou indireto e atribui a eles uma característica). Exemplos: Henrique chegou exausto. (núcleos = chegou, exausto) Terminaram contentes o projeto. (núcleos = terminaram, contentes) Considerou a caminhada desagradável. (núcleos = considerou, desagradável). Para identificar um predicado verbo-nominal, basta considerar que o verbo que indica a ação está bem expresso na frase. Já o verbo que menciona qualidade ou estado está oculto. Desse modo: Henrique chegou exausto. O trecho “Henrique chegou” expressa o verbo na frase (chegou), indicando a ação do sujeito. Já no trecho “exausto”, é indicado o estado do sujeito, onde o verbo “estava” não é apontado na frase. Exercícios sobre tipos de predicado 1 – Na oração: “o aluno entrou apressado”, qual é a classificação do trecho em destaque? Adjunto adverbial Predicado verbo-nominal Predicado nominal Predicado verbal Resposta correta: letra B. 2 – “O sol entra mais tarde, fraco, pálido.” “O sol brilhou um pouco de manhã.” De acordo com a ordem, os predicados das frases acima são classificados em: Verbo-nominal e verbal Nominal e verbo-nominal Verbal e nominal Verbo-nominal e nominal Verbal e verbo-nominal Resposta correta: letra A. Questão 1 Relacione as colunas de acordo com o tipo de predicado que cada período apresenta: a) ( ) João adora doces. b) ( ) Pedro é inteligente. c) ( ) João acha Pedro inteligente. d) ( ) Maria comprou um carro novo. e) ( ) O dia está triste hoje. I. Predicado nominal II. Predicado verbal III. Predicado verbo-nominal ver resposta Questão 2 Assinale a única alternativa que apresenta um predicado verbo-nominal: a) ( ) O show foi emocionante. b) ( ) Gustavo gosta de pipoca. c) ( ) Fernanda chegou cansada. d) ( ) Mônica é muito comunicativa. e) ( ) Trovejou muito. ver resposta Questão 3 Para os termos sublinhados nas orações abaixo, escreva PS se for predicativo do sujeito e PO se for predicativo do objeto. a) ( ) Pedro estava furioso. b) ( ) O resultado deixou a aluna triste. c) ( ) Chegaram atrasados à reunião. d) ( ) Sua casa é belíssima. e) ( ) Todos estavam quietos. ver resposta Questão 4 (Consep-2012) Em “Nosso filho chegou atrasado.”, o predicado é a) ( ) nominal. b) ( ) verbal. c) ( ) verbo-nominal. d) ( ) predicativo do sujeito. ver resposta Questão 5 (Reis & Reis-2015) O predicado é nominal em, exceto: a) ( ) Os passageiros ficaram assustados. b) ( ) O planeta podia ser tranquilo. c) ( ) “Zé Maria" não estava sóbrio. d) ( ) Você acha Júlia bonita, mamãe? ver resposta Respostas Resposta Questão 1 a) (II) b) (I) c) (III) d) (II) e) (I) voltar a questão Resposta Questão 2 LetraC. voltar a questão Resposta Questão 3 a) (PS) b) (PO) c) (PO) d) (PS) e) (PS) voltar a questão Resposta Questão 4 Letra C. voltar a questão Resposta Questão 5 Letra D. voltar a questão 01. José / chegou (ação) cansado (estado). (verbo-nominal) 02. O espetáculo / foi emocionante. (nominal) 03. Chove (ação) bastante na minha região. (verbal) Período: período simples e período composto No português, segundo a gramática, um período é uma frase formada por uma ou mais orações com sentido completo. Cada oração apresenta apenas uma ação verbal, quer esteja representada por um único verbo ou por uma locução verbal. Os períodos podem ser classificados em simples ou compostos, conforme o número de orações que apresentam. Período simples Os períodos simples são formados por apenas uma oração, transmitindo apenas uma ação verbal. Sendo um enunciado com sentido completo, um período simples pode ser também chamado de oração absoluta. Exemplos de período simples: O dia amanheceu frio. O bebê ainda não adormeceu. Estuda, filho! Eu passei na prova. Meu irmão mudou de emprego. Período composto Os períodos compostos são formados por duas ou mais orações. Essas orações estabelecem entre si relações de coordenação ou de subordinação. Período composto por coordenação Nos períodos compostos por coordenação, as orações são sintaticamente independentes, estando apenas unidas pelo sentido. Assim, embora estejam unidas por conjunções ou vírgulas, apresentam sentidos individuais completos e podem ser igualmente entendidas se estiverem separadas. As orações coordenadas podem transmitir uma ideia de adição, de oposição, de alternância, de conclusão e de explicação em relação à oração anterior. São assim classificadas em aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. Oração coordenada aditiva: Mariana estudou e passou na prova. Oração coordenada adversativa: Mariana estudou, mas não passou na prova. Oração coordenada alternativa: Ou Mariana estuda ou não passa na prova. Oração coordenada conclusiva: Mariana estudou, logo passou na prova. Oração coordenada explicativa: Mariana passou na prova porque estudou. Veja também: Exemplos de orações coordenadas e suas conjunções coordenativas. Período composto por subordinação Nos períodos compostos por subordinação, uma das orações é sintaticamente dependente da outra, sem a qual o seu sentido fica incompleto. Assim, não podem ser entendidas separadamente. As orações subordinadas estão divididas em substantivas, adjetivas e adverbiais, conforme a função sintática que possuem na oração. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS: Oração subordinada substantiva subjetiva: Foi anunciado que Helena será a nova coordenadora. Oração subordinada substantiva objetiva direta: Eu não sabia que isso seria necessário. Oração subordinada substantiva objetiva indireta: Eu preciso de que todos colaborem no planejamento do evento. Oração subordinada substantiva completiva nominal: Tenho esperança de que as coisas melhorem. Oração subordinada substantiva predicativa: O importante é que você está bem. Oração subordinada substantiva apositiva: Apenas desejo isto: que você concretize seus sonhos. Veja também: Função das orações subordinadas substantivas. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS: Oração subordinada adverbial causal: Não posso esperar porque estou atrasada. Oração subordinada adverbial consecutiva: Eu esperei tanto que fiquei irritada. Oração subordinada adverbial final: Nós ficamos esperando para que você não se perdesse. Oração subordinada adverbial temporal: Mal fui embora, você chegou. Oração subordinada adverbial condicional: Se você vier rápido, eu espero por você. Oração subordinada adverbial concessiva: Embora eu esteja chateada, continuarei esperando por você. Oração subordinada adverbial comparativa: Eu me sentia como se tivesse esperado a vida toda. Oração subordinada adverbial conformativa: Ficarei esperando, conforme você pediu. Oração subordinada adverbial proporcional: Quanto mais eu esperava, mais me sentia irritada. Veja também: Função das orações subordinadas adverbiais. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS: Oração subordinada adjetiva explicativa: A Ana, que é a melhor aluna da turma, não conseguiu fazer a prova. Oração subordinada adjetiva restritiva: Todos os alunos que estudaram conseguiram fazer a prova. Classifique os períodos colocando PS para período simples e PC para o período composto a) ( PC ) Dei bobeira e comprei a passagem direto para o Rio. b) (PS ) Antes os índios eram os donos da terra. c) (PC ) Chegou ao bar, dançou, cantou, bebeu e foi embora. d) (PS ) Eu sou o cara, mais dorminhoco do mundo. e) (PS ) Você está triste. f) (PC ) Eu quero que você me acorde quando o ônibus chegar g) (PS ) Atenção, vou contar uma piada. h) (PC ) Inventei aquela desculpa porque não achei outra melhor. i) (PS ) O estudo nos traz benefícios. j) (PC ) O amor constrói e o ódio destrói. 1- Nos períodos a seguir, assinale: (1,0) I- para período simples II- para período composto por coordenação III- para período composto por subordinação IV- para período composto por coordenação e subordinação ( ) “Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá”. (Gonçalves Dias) ( ) “ O homem foi até a porta, chamou o carcereiro, e ficou falando com alguém que estava fora”. (Rachel de Queiros) ( ) “ Carmélia bailava à sombra de árvores que refulgiam ao sol. (Augusto dos Anjos) ( ) “ Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez.” (Graciliano Ramos) ( ) “Todos os pais aconselham, se bem que nem todos possam jurar pelo valor de seus conselhos.” (Rui Barbosa) a) I, II, III, IV, I b) III, IV, III, IV, III c) I, I, III, II d) III, V, III, IV e) n.d.a 6- Assinale a alternativa correta de acordo com a oração destacada. (2,0) a) Quando passei, você estava tão ocupado que não me viu. ( ) causal ( ) comparativa ( ) concessiva ( ) condicional ( ) conformativa ( ) final ( ) temporal ( ) proporcional (X ) CONSECUTIVA b) Se você comprar os ingredientes, eu faço o bolo. ( ) causal ( ) comparativa ( ) concessiva ( X ) condicional ( ) conformativa ( ) final ( ) temporal ( ) proporcional c) Conforme havia prometido, assinamos o contrato. ( ) causal ( ) comparativa ( ) concessiva ( ) condicional ( X ) conformativa ( ) final ( ) temporal ( ) proporcional d) Como estava chovendo muito, não pudemos viajar. ( X ) causal ( ) comparativa ( ) concessiva ( ) condicional ( ) conformativa ( ) final ( ) temporal ( ) proporcional e) Mesmo que esteja doente, ela participará da festa. ( ) causal ( ) comparativa ( X ) concessiva ( ) condicional ( ) conformativa ( ) final ( ) temporal ( ) proporcional f) Ela é muito mais esperta do que eu pensava. ( ) causal ( X ) comparativa ( ) concessiva ( ) condicional ( ) conformativa ( ) final ( ) temporal ( ) proporcional g) Caso dê tudo certo, viajarei na próxima semana. ( ) causal ( ) comparativa ( ) concessiva ( X ) condicional ( ) conformativa ( ) final ( ) temporal ( ) proporcional h) Conforme você prometeu, a emenda chegou no dia marcado. ( ) causal ( ) comparativa ( ) concessiva ( ) condicional ( X ) conformativa ( ) final ( ) temporal ( ) proporcional 7- Assinale a alternativa correta. (1,0) Embora fosse muito cedo, Fernanda foi para a escola. ( ) A oração destacada é a principal. ( ) A oração destacada é subordinada adverbial temporal. ( x ) A oração destacada é subordinada adverbialconcessiva. ( ) n.d.a Se você me chamar, irei junto ao cinema. (1,0) ( x ) A oração destacada é subordinada adverbial condicional. ( ) A oração destacada é subordinada adverbial causal. ( ) A oração destacada é coordenada. ( ) n.d.a Façam os exercícios conforme eu ensinei. (1,0) ( ) Temos um período composto por coordenação. ( X ) Temos um período composto por subordinação. ( ) Temos um período simples. ( ) n.d.a Conjunções são palavras que atuam como elementos de ligação entre termos semelhantes de uma oração ou entre duas orações, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação. As conjunções são invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número. Exemplo de conjunção ligando termos de uma oração: Vi sua mãe e seu pai na feira. Exemplo de conjunção ligando orações: Estudei muito e aprendi a matéria. Classificação das conjunções As conjunções estabelecem relações de coordenação ou subordinação, sendo assim classificadas em conjunções coordenativas e conjunções subordinativas. Conjunções coordenativas As conjunções são classificadas como coordenativas quando ligam orações com sentido completo, que têm existência independente. Conjunções coordenativas aditivas Transmitem uma ideia de adição: e; nem; também; bem como; não só...mas também; … Exemplo: Eu vou para Teresópolis e a Heloísa vai comigo. Conjunções coordenativas adversativas Transmitem uma ideia de oposição: mas; porém; contudo; todavia; entretanto; no entanto; não obstante; … Exemplo: Eu esperei por você, mas você não veio. Conjunções coordenativas alternativas Transmitem uma ideia de alternância: ou; ou...ou; já…já; ora...ora; quer...quer; seja...seja; … Exemplo: Já chega de televisão: leia um livro ou jogue um jogo. Conjunções coordenativas conclusivas Transmitem uma ideia de conclusão: logo; pois; portanto; assim; por isso; por consequência; por conseguinte; … Exemplo: Já fiz todas as tarefas, por isso vou descansar. Conjunções coordenativas explicativas Transmitem uma ideia de explicação: que; porque; porquanto; pois; isto é; … Exemplo: Não posso ir à praia porque estou com uma alergia na pele. Conjunções subordinativas As conjunções são classificadas como subordinativas quando ligam orações que dependem uma da outra para ter sentido completo, não tendo existência independente. Podem ser integrantes, introduzindo orações substantivas, ou adverbiais, introduzindo orações adverbiais. Conjunções subordinativas integrantes Introduzem uma oração que atua como sujeito, objeto direto, objeto indireto e predicativo, entre outros, e que completa o sentido da oração principal: que; se. Exemplo: Espero que meu pai chegue rápido. Conjunções subordinativas adverbiais causais Introduzem uma oração que apresenta a causa do acontecimento da oração principal: porque; que; porquanto; visto que; uma vez que já que; pois que; como; … Exemplo: Ela não esperou por mim porque já estava atrasada. Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas Introduzem uma oração que apresenta a consequência do acontecimento da oração principal: que; tanto que; tão que; tal que; tamanho que; de forma que; de modo que; de sorte que; de tal forma que; … Exemplo: Meu filho correu tanto que ficou cheio de dores nas pernas. Conjunções subordinativas adverbiais finais Introduzem uma oração que apresenta o fim ou finalidade do acontecimento da oração principal: a fim de que; para que; que; … Exemplo: Li muitas vezes a receita para que não houvesse erros. Conjunções subordinativas adverbiais temporais Introduzem uma oração que apresenta uma circunstância de tempo ao acontecimento da oração principal: quando; enquanto; agora que; logo que; desde que; assim que; tanto que; apenas; … Exemplo: Assim que saí de casa, começou a chover. Conjunções subordinativas adverbiais condicionais Introduzem uma oração que apresenta uma condição para a realização ou não do acontecimento da oração principal: se; caso; desde; salvo se; desde que; exceto se; contando que; … Exemplo: Se você comer tudo, você poderá comer sobremesa. Conjunções subordinativas adverbiais concessivas Introduzem uma oração que apresenta uma ideia de contraste e contradição do acontecimento da oração principal: embora; conquanto; ainda que; mesmo que; se bem que; posto que; … Exemplo: Embora não concorde, cumprirei com minha parte do plano. Conjunções subordinativas adverbiais comparativas Introduzem uma oração que apresenta uma comparação com o acontecimento da oração principal: como; assim como; tal; qual; tanto como; … Exemplo: Já não quero estudar piano, como já não quero estudar viola. Conjunções subordinativas adverbiais conformativas Introduzem uma oração que apresenta uma ideia de conformidade em relação ao acontecimento da oração principal: conforme; como; consoante; segundo; … Exemplo: Nunca soube dividir conforme aprendi na escola. Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais Introduzem uma oração que apresenta uma ideia de proporcionalidade com o acontecimento da oração principal: à proporção que; à medida que; ao passo que; quanto mais… mais; … Exemplo: À medida que o tempo ia passando, ela ia envelhecendo rapidamente. Conjunções e locuções conjuntivas Locuções conjuntivas são um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como uma conjunção, ligando orações. A maior parte das locuções conjuntivas terminam em que: visto que; dado que; posto que; sem que; até que; antes que; já que; desde que; ainda que; por mais que; à medida que; à proporção que; logo que; a fim de que; se bem que; contanto que; ... 1. Classifique as conjunções destacadas nas frases abaixo: a) Hoje estou com um humor péssimo, porque briguei com mamãe. b) Quando acordei, minha bolsa havia sumido. c) Conforme eu já sabia, tirei nota baixa. d) Ainda que eu sofra, não voltarei. e) Caso você saia, feche a porta. f) Estudei o assunto, mas não entendi nada. g) Li e reli o livro. h) Ou você me engana ou não está maduro. i) Não só se atrasou, mas também esqueceu o trabalho de português. j) À proporção que estuda, mais aprende. 2. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas...” a partícula como expressa uma ideia de: a) causa b) explicação c) conclusão d) proporção e) comparação 3. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração sublinhada pode indicar uma idéia de: a) concessão b) oposição c) condição d) lugar e) consequência 4. Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido. 1. Correu demais, ... caiu. 2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz. 3. A matéria perece, ... a alma é imortal. 4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com detalhes. 5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde. a) porque, todavia, portanto, logo, entretanto b) por isso, porque, mas, portanto, que c) logo, porém, pois, porque, mas d) porém, pois, logo, todavia, porque e) entretanto, que, porque, pois, portanto 5. Reúna as três orações em um período composto por coordenação, usando conjunções adequadas. Os dias já eram quentes. A água do mar ainda estava fria. As praias permaneciam desertas. Gabarito: Respostas: 1. a. Conjunção subordinativa causal. b. Conjunção subordinativa temporal. c. Conjunção subordinativa conformativa. d. Conjunção subordinativa concessiva. e. Conjunção subordinativa condicional. f. Conjunção coordenativa adversativa. g. Conjunção coordenativa aditiva. h. Conjunção coordenativa alternativa. i. Conjunção coordenativa aditiva. j. Conjunção subordinativa proporcional. 2. E 3. C 4. B 5. Os dias já eram quentes, mas a água do mar ainda estava fria, por isso as praias permaneciam desertas CurtirLa Byanka Pizzaria Pizzaria Português (Brasil) · Português (Portugal) · English (US) · Español · Français (France) Privacidade · Termos · Anúncios · Opções de anúncio · Cookies · Mais Facebook © 2018 Menegotto 11 de agosto de 2017 · 15 QUESTÕES SOBRE CONJUNÇÕES COORDENATIVAS E SUBORDINATIVAS – COM GABARITO 01. Neste período "não bate para cortar", a oração "para cortar" em relação a "não bate", indica (A) causa. (B) explicação. (C) modo. (D) finalidade. (E) consequência. 02. "O corpo, a alma do carpinteiro não podem ser MAIS brutos DO QUE a madeira." A ideia expressa pelo segmento em destaque indica (A) comparação. (B) causa. (C) alternância. (D) explicação. (E) oposição. 03. Em: “Estudam, PORÉM NÃO TRABALHAM”, a oração destacada é: (A) subordinada adverbial consecutiva. (B) coordenada sindética adversativa. (C) coordenada sindética conclusiva. (D) subordinada substantiva predicativa. (E) coordenada assindética adversativa. 04. Classifique as orações coordenadas segundo o código expresso abaixo: (__) A Vara está preparada para receber novos processos, PORTANTO A DISTRIBUIÇÃO PODERÁ CONTAR COM MAIS ESSA OPÇÃO. (__) O novo candidato é alegre E BASTANTE EXTROVERTIDO. (__) ORA ESTUDA, ORA TRABALHA na empresa comandada pela própria família. (__) Não pôde comparecer à solenidade, PORQUE NÃO SE SENTIA BEM ENTRE ALGUMAS PESSOAS. (__) Não compareceu à audiência, PORÉM TRATOU LOGO DE ENVIAR AS DEVIDAS JUSTIFICATIVAS. (1) Oração coordenada sindética adversativa (2) Oração coordenada sindética aditiva (3) Oração coordenada sindética explicativa (4) Oração coordenada sindética alternativa (5) Oração coordenada sindética conclusiva A ordem correta, de cima para baixo, é (A) 5 – 3 – 4 – 2 – 1 (B) 3 – 2 – 4 – 1 – 5 (C) 5 – 2 – 4 – 3 – 1 (D) 4 – 5 – 3 – 1 – 2 (E) 1 – 2 – 3 – 4 – 5 1D; 2A; 3B; 4C; Literatura Arcadismo Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa O arcadismo é uma escola literária que surgiu na Europa no século XVIII mais precisamente entre 1756 e 1825, também denominada de setecentismo ou neoclassicismo. O nome "arcadismo" é uma referência à Arcádia, região campestre do Peloponeso, na Grécia antiga, tida como ideal de inspiração poética. A principal característica desta escola é a exaltação da natureza e de tudo o que lhe diz respeito. Por essa razão muitos poetas do arcadismo adotaram pseudônimos de pastores gregos ou latinos. Caracteriza-se ainda pelo recurso a esquemas rítmicos mais graciosos. Numa perspectiva mais ampla, expressa a crítica da burguesia aos abusos da nobreza e do clero praticados no Antigo Regime. Adicionalmente os burgueses cultuam o mito do homem natural em oposição ao homem corrompido pela sociedade, conceito originalmente expresso por Jean-Jacques Rousseau, na figura do “bom selvagem”. Contexto histórico-social O século XVIII, também referido como “Século das Luzes”, representa uma fase de importantes transformações no campo da cultura europeia. Na Inglaterra e na França forma-se uma burguesia que passa a dominar economicamente o Estado, através de um intenso comércio ultramarino e da multiplicação de estabelecimentos bancários, assenhoreando-se mesmo de uma parte da atividade agrícola. Paralelamente, a antiga Nobreza arruína-se, e o Clero, com as suas intermináveis polêmicas, traz o descrédito às questões teológicas. Em toda a Europa a influência do pensamento Iluminista burguês se alastra. Esse período de renovação cultural que se caracteriza, em linhas gerais, pela valorização da Ciência e do espírito racionalista. O método experimental desenvolve-se; a análise crítica dos valores sociais e religiosos aguça-se, provocando polêmicas; há uma grande confiança na capacidade do homem em promover o progresso social (crença em que o bem-estar coletivo só pode advir da razão), e a tendência de libertar o universo cultural da influência da religião acentua-se cada vez mais. Na França, em 1751, começam a ser publicados os volumes da Enciclopédia, que reunia pensadores como Voltaire, Diderot, D'Alembert, Montesquieu, Rousseau, e que pode ser considerada o símbolo da nova postura intelectual. A segunda metade do século é marcada pela Revolução Industrial na Grã-Bretanha, pelo aumento da urbanização de modo geral, e pela independência dos Estados Unidos (1776). Esta, por sua vez, irá inspirar movimentos de revolta em muitas colônias da América Latina como por exemplo a Inconfidência Mineira, no Brasil. Na Itália essa influência assumiu feição particular. Conhecida como arcadismo, inspirava-se na lendária região da Grécia antiga. Segundo a lenda, a Arcádia era dominada pelo deus Pã e habitada por pastores que, vivendo de modo simples e espontâneo, se divertiam cantando, fazendo disputas poéticas e celebrando o amor e o prazer. Giovan Crescimbeni em gravura feita por volta de 1790 Os italianos, procurando imitar a lenda grega, por inspiração de Giovan Maria Crescimbeni di Macerata criaram a "Arcádia" em 5 de outubro 1690 - uma academia literária que reunia os escritores com a finalidade de combater o Barroco e difundir os ideais neoclássicos. Para serem coerentes com certos princípios, como simplicidade e igualdade, os cultos literatos árcades usavam roupas e pseudônimos de pastores gregos e reuniam-se em parques e jardins para gozar a vida natural. Fez surgir no teatro a novidade do melodrama, com "Metastásio", e um novo tipo de tragédia, com "Mérope", de Maffei [1]. Em Portugal e no Brasil, a experiência neoclássica na literatura deu-se em torno dos modelos do arcadismo italiano, com a fundação de academias literárias, simulação pastoral, ambiente campestre, etc. Características do arcadismo[editar | editar código-fonte] O arcadismo constitui-se numa forma de literatura mais simples, opondo-se aos exageros e rebuscamentos do Barroco, expresso através de expressões em latim. São temas simples e comuns aos seres humanos, como o amor, a morte, o casamento, a solidão. As situações mais frequentes apresentam um pastor abandonado pela amada, triste e queixoso. É a "aurea mediocritas" ("mediocridade áurea"), que simboliza a valorização das coisas cotidianas, focalizadas pela razão. Os autores retornam aos modelos clássicos da Antiguidade greco-latina e aos renascentistas, razão pela qual o movimento é também conhecido como neoclássico. Os seus autores acreditavam que a Arte era uma cópia da natureza, refletida através da tradição clássica. Por isso a presença da mitologia pagã, além do recurso a frases latinas. Inspirados na frase do escritor latino Horácio "fugere urbem" ("fugir da cidade"), e imbuídos da teoria do "bom selvagem" de Jean-Jacques Rousseau, os autores árcades voltam-se para a natureza em busca de uma vida simples, bucólica, pastoril, do "locus amoenus", do refúgio ameno em oposição aos centros urbanos dominados pelo Antigo Regime, pelo absolutismo monárquico. Cumpre salientar que essa busca configurava apenas um estado de espírito, uma posição política e ideológica, uma vez que esses autores viviam nos centros urbanos e, burgueses que eram, ali mantinham os seus interesses econômicos. Por isso justifica falar-se em "fingimento poético" no arcadismo fato que transparece no uso dos pseudônimos pastoris. Além disso, diante da efemeridade da vida, defendem o "carpe diem", pelo qual o pastor, ciente da brevidade do tempo, convida a sua pastora a gozar o momento presente. Quanto à forma, usavam muitas vezes sonetos com versos decassílabos, rima optativa e a tradição da poesia épica. Outras características importantes são: valorização da vida no campo (bucolismo) Fugere urbem (critica a vida nos centros urbanos) objetividade idealização da mulher amada inutilia truncat (cortar o inútil) locus amoenus (lugar ameno) convencionalismo amoroso aurea mediocritas (mediocridade áurea ou ouro medíocre) linguagem simples uso de pseudônimos com frequência pastoralismo O arcadismo no Brasil[editar | editar código-fonte] Ver artigo principal:Arcadismo no Brasil, Neoclassicismo no Brasil O século XVIII é considerado o Século de Ouro no Brasil, graças á descoberta de ouro em Minas Gerais. A região Sudeste tornou-se o principal eixo econômico e político da Colônia e teve nas cidades de Vila Rica (Atual Ouro Preto) e Rio de Janeiro. Diferentemente da dinâmica existente na região Nordeste, cuja economia era agrária, formou-se na região de Minas Gerais, principalmente em Vila Rica, uma sociedade urbana caracterizada por grande número de profissionais, cujas atividades giravam em torno da extração de Ouro. Vila Rica tornou-se um dos maiores centros urbanos na América, com grande desenvolvimento artístico e cultural. A proliferação de intelectuais e artistas, que vinham das mais diferentes regiões, possibilitou maior circulação das ideias iluministas, vindas do continente europeu, que fizeram de Vila Rica palco de várias rebeliões políticas e inovações estéticas.[2] Aqui o marco inaugural do arcadismo deu-se em 1768 com a fundação da “Arcádia Ultramarina”, em Vila Rica, e a publicação de “Obras Poéticas”, de Cláudio Manuel da Costa. Embora não chegue a constituir um grupo nos moldes das arcádias europeias, constituem a primeira geração literária brasileira. Nesta colônia portuguesa, as ideias iluministas vieram ao encontro dos sentimentos e anseios nativistas, com maior repercussão em Vila Rica, centro econômico mais importante à época, em função da mineração. A figura do “bom selvagem” de Rousseau dará origem, na colônia, ao chamado Nativismo. O acontecimento político mais importante será a Inconfidência Mineira, tentativa mal-sucedida de libertar a província das Minas Gerais do domínio colonial português. A politização do movimento apresentou-se através dos poetas árcades brasileiros, participantes da Conjuração. A chamada "Escola Setecentista" desenvolve-se até 1808 com a chegada da Família Real ao Rio de Janeiro, que com suas medidas político-administrativas, permitiu a introdução do pensamento pré-romântico no Brasil. Entre as características do movimento no Brasil, destacam-se a introdução de paisagens tropicais, como em Caramuru, valorização da história colonial, o início do nacionalismo e da luta pela independência e a colocação da colônia como centro das atenções. Autores Brasileiros do Arcadismo Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) Poeta, advogado e jurista brasileiro, Cláudio Manuel da Costa é considerado o precursor do Arcadismo no Brasil e destacou -se por sua obra literária, mais precisamente, a poesia. O poeta mineiro em seus textos, aborda elementos locais, descrevendo paisagens, temática pastoril e expressando um forte sentimento nacionalista. Acusado de participar da Inconfidência Mineira junto com Tiradentes, foi preso em 1789 e suicidou-se na cadeia. Suas obras que merecem destaque: Obras Poéticas (1768) e Villa Rica (1773). José de Santa Rita Durão (1722-1784) Autor do poema épico Caramuru (1781), Freire Santa Rita Durão foi poeta e orador, considerado um dos precursores do indianismo no Brasil. Influenciado por Camões, o poema Caramuru, com subtítulo “Poema épico do Descobrimento da Bahia”, é baseado no modelo da epopeia tradicional: proposição, invocação, dedicatória, narração e epílogo. É composto de dez cantos e versos decassílabos em oitava rima. O texto conta a história de um português, o Caramuru, que após ter naufragado em terras brasileiras, começa a viver com os índios Tupinambás. Suas principais obras: Pro anmia studiorum instauratione oratio (1778) e Caramuru (1781). José Basílio da Gama (1741-1795) Poeta mineiro e autor do poema épico O Uraguai (1769), Basílio da Gama, nesse texto, aborda as disputas entre os europeus, os jesuítas e os índios sendo considerado um marco no literatura brasileira. Diferente do poema épico clássico, O Uraguai é composto de cinco cantos, com ausência de rima (rima branca) e estrofação. Participou da Arcádia Romana na Itália e foi preso em Portugal em 1768, acusado de manter relações de amizades com os jesuítas. Suas Principais obras são: O Uraguai (1769), Epitalâmio às Núpcias da Senhora Dona Maria Amália (1769), A Declamação Trágica (1772) e Quitúbia (1791). Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) Jurista, Político e Poeta luso-brasileiro, Tomás Antônio Gonzaga é um dos grandes poetas árcades de pseudônimo Dirceu. A obra que merece destaque é Marília de Dirceu (1792) carregada de lirismo e baseada no seu romance com a brasileira Maria Doroteia Joaquina de Seixas. Com fortes impulsos afetivos, Dirceu declara-se para sua pastora idealizada: Marília. Suas principais obras: Marília de Dirceu e Cartas Chilenas (1863).] 01. Assinale o que não se refere ao Arcadismo: a) Época do Iluminismo (século XVIII) – Racionalismo, clareza, simplicidade. b) Volta aos princípios clássicos greco-romanos e renascentistas (o belo, o bem, a verdade, a perfeição, a imitação da natureza). c) Ornamentação estilística, predomínio da ordem inversa, excesso de figuras. d) Pastoralismo, bucolismo suaves idílios campestres. e) Apoia-se em temas clássicos e tem como lema: inutilia truncat (“corta o que é inútil”). 02. Indique a alternativa errada: a) Cultismo e conceptismo são as duas vertentes literárias do estilo barroco. b) O arcadismo afirmou-se em oposição ao estilo barroco. c) O conceptismo correspondeu a um estilo fundado em “agudezas”ou “sutilezas”de pensamento, com transições bruscas e associações inesperadas entre conceitos. d) O cultismo correspondeu sobretudo a um jogo formal refinado, com uso abundante de figuras de linguagem e verdadeiras exaltação sensorial na composição das imagens e na elaboração sonora. e) O Arcadismo tendeu à obscuridade, à complicação linguística e ao ilogismo. Nos exercícios 3 e 4, assinale, em cada um, a(s) afirmação(ões) improcedente(s) sobre o Arcadismo. (Podem ocorrer várias em cada exercício). 03. A respeito da época em que surgiu o Arcadismo: a) o século XVIII ficou conhecido como “século das luzes”; b) os “enciclopedistas”construíram os alicerces filosóficos da Revolução Francesa; c) o adiantamento cientifico é uma das marcas desta época histórica; d) a burguesia conhece, então, acentuado declínio em seu prestígio; e) em O Contrato Social, Rousseau aborda a origem da Autoridade. 04. Quanto à linguagem árcade: a) prefere a ordem indireta, tal como no latim literário; b) tornou-se artificial, pedante, inatural; c) procura o comedimento, a impessoalidade, a objetividade; d) manteve as ousadias expressionais do Barroco; e) promove um retorno às “virtudes clássicas”da clareza, da simplicidade e da harmonia. 05. Entre os escritores mais conhecidos do “Grupo Mineiro”, estão: a) Silva Alvarenga, Mário de Andrade, Menotti del Picchia. b) Santa Rida Durão, Cecília Meireles, Tomás Antônio Gonzaga. c) Basílio da Gama, Paulo Mendes Campos, Alvarenga Peixoto. d) Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto. e) Alvarenga Peixoto, Fernando Sabino, Cláudio Manuel da Costa. 06. Qual a alternativa que apresenta uma associação errada? a) Barroco / Contra-Reforma. b) Arcadismo / Iluminismo c) Romantismo / Revolução Industrial. d) Arcadismo / Anti-Classicismo e) Arcadismo / Racionalismo 07. Poema satírico sobre os desmando administrativos e morais imputados a Luís da Cunha Menezes, que governou a Capitania das Minas de 1783 e 1788: a) Marília de Dirceu b) Vila Rica c) Fábula do Ribeirão do Carmo d) Cartas Chilenas e) O Uruguai 08. Em seu poema épico, tenta conciliar a louvação do Marquês de Pombal e o heroísmo do índio. Afasta-se do modelo de Os Lusíadas e emprega como maravilhoso o fetichismo indígena. São heróis desse poema: a) Cacambo, Lindoia, Moema b) Diogo Álvares Correia, Paraguaçu, Moema c) Diogo Álvares Correia, Paraguaçu, Tanajura d) Cacambo, Lindoia, Gomes Freira de Andrade e) n.d.a. 09. (ITA) Uma das afirmações abaixo é incorreta. Assinale-a: a) O escritor árcade reaproveita os seres criados pela mitologia greco-romana, deuses e entidades pagãs. Mas esses mesmos deuses convivem comoutros seres do mundo cristão. b) A produção literária do Arcadismo brasileiro constitui-se sobretudo de poesia, que pode ser lírico-amorosa, épica e satírica. c) O árcade recusa o jogo de palavras e as complicadas construções da linguagem barroca, preferindo a clareza, a ordem lógica na escrita. d) O poema épico Caramuru, de Santa Rita Durão, tem como assunto o descobrimento da Bahia, levado a efeito por Diogo Álvares Correia, misto de missionários e colonos português. e) A morte de Moema,índia que se deixa picar por uma serpente, como prova de fidelidade e amor ao índio Cacambo, é trecho mais conhecido da obra O Uruguai, de Basílio da Gama. 10. (ITA) Dadas as afirmações: I) O Uruguai, poema épico que antecipa em várias direções o Romantismo, é motivado por dois propósitos indisfarçáveis: exaltação da política pombalina e antijesuitismo radical. II) O (A) autor(a) do poema épico Vila Rica, no qual exalta os bandeirantes e narra a história da atual Ouro Preto, desde a sua fundação, cultivou a poesia bucólica, pastoril, na qual menciona a natureza como refúgio. III) Em Marília de Dirceu, Marília é quase sempre um vocativo; embora tenha a estrutura de um diálogo, a obra é um monólogo – só Gonzaga fala, raciocina; constantemente cai em contradição quanto à sua postura de Spastor e sua realidade de burguês. Está(ão) Correta(s): a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas I e II d) Apenas I e III e) Todas Leia o artigo: Arcadismo Respostas: 01. C 02. E 03. D 04. A, B, D 05. D 06. D 07. D 08. D 09. E 10. D Romantismo O romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que durou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo e ao iluminismo[1] e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa. Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o romantismo toma mais tarde a forma de um movimento, e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu. O termo romântico refere-se ao movimento estético, ou seja, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objetivo. O romantismo é a arte do sonho e fantasia. Valoriza as forças criativas do indivíduo e da imaginação popular. Opõe-se à arte equilibrada dos clássicos e baseia-se na inspiração fugaz dos momentos fortes da vida subjetiva: na fé, no sonho, na paixão, na intuição, na saudade, no sentimento da natureza e na força das lendas nacionais.[2] Contexto histórico A Revolução Belga, por Gustaf Wappersde Wappers, nos Museus Reais de Belas-Artes da Bélgica O culto à natureza e à imaginação já havia começado com os escoceses no século XIII, quando surgiram as primeiras histórias de cavaleiros e donzelas, em verso. Nessa época, as narrativas eram chamadas de romance, palavra que deriva do advérbio latino romanice[nota 1], que significa "na língua de Roma".[3] Algumas características típicas do romantismo jà podem ser rastreadas nas obras de Isabella di Morra, que se separou da poesia amorosa petrarquista do século XVI, afligida pela solidão a que foi forçada e que a acompanhará até sua morte trágica.[4] A origem do que viria a ser conhecido como "romantismo", no entanto, fora plantada no século XVII, quando o "espírito clássico" começaria a ser contestado na Grã-Bretanha.[nota 2] O romantismo surgiu na Europa em uma época em que o ambiente intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam sistemas de governo despóticos e surgia o liberalismo político (não confundir com o liberalismo econômico do século XX). No campo social imperava o inconformismo. No campo artístico, o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o clímax desse século de oposição. Alguns autores neoclássicos já nutriam um sentimento mais tarde dito romântico antes de seu nascimento de fato, sendo assim chamados pré-românticos. Nesta classificação encaixam-se Francisco Goya e Bocage. O romantismo surge inicialmente naquela que futuramente seria a Alemanha e na Inglaterra. Na Alemanha, o romantismo, teria, inclusive, fundamental importância na unificação germânica com o movimento Sturm und Drang. O romantismo viria a se manifestar de forma bastante variada nas diferentes artes e marcaria, sobretudo, a literatura e a música (embora ele só venha a se manifestar realmente aqui mais tarde do que em outras artes). À medida que a escola foi sendo explorada, foram surgindo críticos à sua demasiada idealização da realidade. Destes críticos surgiu o movimento que daria forma ao realismo. No Brasil, o romantismo coincidiu com a Independência política do Brasil em 1822, com o Primeiro reinado, com a Guerra do Paraguai e com a campanha abolicionista. Características Segundo Jacques Barzun, existiram três gerações de artistas românticos. A primeira emergiu entre 1790-1800, a segunda na década de 1820, e a terceira mais tarde nesse mesmo século.[5] 1ª geração — As características centrais do romantismo viriam a ser o lirismo, o subjetivismo, o sonho de um lado, o exagero, a busca pelo exótico e pelo inóspito de outro. Também destacam-se o nacionalismo, presente da coletânea de textos e documentos de caráter fundacional e que remetam para o nascimento de uma nação, fato atribuído à época medieval, a idealização do mundo e da mulher e a depressão por essa mesma idealização não se materializar, assim como a fuga da realidade e o escapismo. A mulher era uma musa, ela era amada e desejada mas não era tocada. 2ª geração — Posteriormente também seriam notados o pessimismo e um certo gosto pela morte, religiosidade e naturalismo. A mulher era alcançada mas a felicidade não era atingida. 3ª geração — Seria a fase de transição para outra corrente literária, o realismo, a qual denuncia os vícios e males da sociedade, mesmo que o faça de forma enfatizada e irônica (vide Eça de Queirós), com o intuito de pôr a descoberto realidades desconhecidas que revelam fragilidades. A mulher era idealizada e acessível. Individualismo Os românticos libertam-se da necessidade de seguir formas reais de intuito humano, abrindo espaço para a manifestação da individualidade, muitas vezes definida por emoções e sentimentos. Subjetivismo O romancista trata dos assuntos de forma pessoal, de acordo com sua opinião sobre o mundo. O subjetivismo pode ser notado através do uso de verbos na primeira pessoa. Trata-se sempre de uma opinião parcelada, dada por um indivíduo que baseia sua perspectiva naquilo que as suas sensações captam. Com plena liberdade de criar, o artista romântico não se acanha em expor suas emoções pessoais, em fazer delas a temática sempre retomada em sua obra. Idealização Empolgado pela imaginação, o autor idealiza temas, exagerando em algumas de suas características. Dessa forma, a mulher é vista como uma virgem frágil, o índio é visto como herói nacional e a noção de pátria também é idealizada. Sentimentalismo exacerbado Praticamente todos os poemas românticos apresentam sentimentalismo já que essa escola literária é movida através da emoção, sendo as mais comuns a saudade, a tristeza e a desilusão. Os poemas expressam o sentimento do poeta, suas emoções e são como o relato sobre uma vida. O romântico analisa e expressa a realidade por meio dos sentimentos. E acredita que só sentimentalmente se consegue traduzir aquilo que ocorre no interior do indivíduo relatado. Emoção acima de tudo. Egocentrismo Como o nome já diz, é a colocação do ego no centro de tudo. Vários artistas românticos colocam, em seus poemas e textos, os seus sentimentos acima de tudo, destacando-os na obra. Pode-se dizer, talvez, que o egocentrismo é umsubjetivismo exagerado. Natureza interagindo com o eu lírico A natureza, no romantismo, expressa aquilo que o eu-lírico está sentindo no momento narrado. A natureza pode estar presente desde as estações do ano, como formas de passagens, à tempestades, ou dias de muito sol. Diferentemente do Arcadismo, por exemplo, que a natureza é mera paisagem. No romantismo, a natureza interage com o eu-lírico. A natureza funciona quase como a expressão mais pura do estado de espírito do poeta. Grotesco e sublime Há a fusão do belo e do feio, diferentemente do arcadismo que visa a idealização do personagem principal, tornando-o a imagem da perfeição. Como exemplo, temos o conto de "A Bela e a Fera", no qual uma jovem idealizada, se apaixona por uma criatura horrenda. Medievalismo Alguns românticos se interessavam pela origem de seu povo, de sua língua e de seu próprio país. Na Europa, eles acharam no cavaleiro fiel à pátria um ótimo modo de retratar as culturas de seu país. Esses poemas passam-se em eras medievais e retratavam grandes guerras e batalhas. Indianismo É o medievalismo "adaptado" ao Brasil. Como os brasileiros não tinham um cavaleiro para idealizar, os escritores adotaram o índio como o ícone para a origem nacional e o colocam como um herói. O indianismo resgatava o ideal do "bom selvagem" (Jean-Jacques Rousseau), segundo o qual a sociedade corrompe o homem e o homem perfeito seria o índio, que não tinha nenhum contato com a sociedade europeia. Byronismo Inspirado na vida e na obra de Lord Byron, um poeta inglês. Estilo de vida boémio, voltado para vícios, bebida, fumo , podendo estar representado no personagem ou na própria vida do autor romântico. O byronismo é caracterizado pelo narcisismo, pelo egocentrismo, pelo pessimismo, pela angústia. Romantismo nas belas artes Ver artigo principal: Pintura do romantismo A Liberdade Guiando o Povopor Eugène Delacroix, no Museu do Louvre Segundo Giulio Carlo Argan na sua obra Arte moderna. O romantismo e o neoclassicismo são simplesmente duas faces de uma mesma moeda. Enquanto o neoclássico busca um ideal sublime, objetivando o mundo, o romântico faz o mesmo, embora tenda a subjetivar o mundo exterior. Os dois movimentos estão interligados, portanto, pela idealização da realidade (mesmo que com resultados diversos). As primeiras manifestações românticas na pintura ocorreram quando Francisco Goya passou a pintar depois de começar a perder a audição. Um quadro de temática neoclássica como Saturno devorando seus filhos, por exemplo, apresenta uma série de emoções para o espectador que o fazem se sentir inseguro e angustiado. Goya cria um jogo de luz-e-sombra, linhas de composição diagonais e pinceladas "grosseiras" de forma a acentuar a situação dramática representada. Apesar de Goya ter sido um acadêmico, o romantismo somente chegaria à Academia mais tarde. O francês Eugène Delacroix é considerado um pintor romântico por excelência. Sua tela A Liberdade Guiando o Povoreúne o vigor e o ideal românticos em uma obra que estrutura-se em um turbilhão de formas. O tema são os revolucionários de 1830 guiados pelo espírito da Liberdade (retratados aqui por uma mulher carregando a bandeira da França). O artista coloca-se metaforicamente como um revolucionário ao se retratar em um personagem da turba, apesar de olhar com uma certa reserva para os acontecimentos (refletindo a influência burguesa no romantismo). Esta é provavelmente a obra romântica mais conhecida. A busca pelo exótico, pelo inóspito e pelo selvagem formaria outra característica fundamental do romantismo. Exaltavam-se as sensações extremas, os paraísos artificiais, a natureza em seu aspecto mais bruto. Lançar-se em "aventuras" ao embarcar em navios com destino aos polos, por exemplo, tornou-se uma forma de inspiração para alguns artistas. O pintor inglês William Turner refletiu este espírito em obras como Mar em tempestade onde o retrato de um fenômeno da Natureza é usado como forma de atingir os sentimentos supracitados. Géricault é outro dos grandes nomes do romantismo na pintura.[6] A sua obra A Jangada da Medusa, pintada por volta de 1819, com a mistura entre os elementos barrocos, o naturalismo e o dramatismo pessoal das personagens, é uma das mais célebres pinturas do movimento romântico.[7] Romantismo na literatura Goethe na Itália por Johann Heinrich Wilhelm Tischbein, no Städel. O romantismo surge na literatura quando os escritores trocam o mecenato aristocrático pelo editor, precisando assim cativar um público leitor. Esse público estará entre os pequenos burgueses, que não estavam ligados aos valores literários clássicos e, por isso, apreciariam mais a emoção do que a sutileza das formas do período anterior. A história do romantismo literário é bastante controversa. Em primeiro lugar, as manifestações em poesia e prosa popular na Inglaterra são os primeiros antecedentes, embora sejam consideradas "pré-românticas" em sentido lato. Os autores ingleses mais conhecidos desse pré-romantismo "extra-oficial" são William Blake (cujo misticismo latente em The Marriage of Heaven and Hell - O Casamento do Céu e Inferno, 1793 atravessará o romantismo até o simbolismo) e Edward Young (cujos Night Thoughts - Pensamentos Noturnos, 1742, re-editados por Blake em 1795, influenciarão o ultrarromantismo), ao lado de James Thomson, William Cowper e Robert Burns. O romantismo "oficial" é reconhecido nas figuras de Coleridge e Wordsworth (Lyrical Ballads - Baladas Líricas, 1798), fundadores; Lord Byron (Childe Harold's Pilgrimage, Peregrinação de Childe Harold, 1818), Shelley (Hymn to Intellectual Beauty - Hino à Beleza Intelectual, 1817) e Keats (Endymion, 1817), após o Romantismo de Jena. Em segundo lugar, os alemães procuraram renovar sua literatura através do retorno à natureza e à essência humana, com assídua recorrência ao "pré-romantismo extra-oficial" da Inglaterra. Esses escritores alemães formaram os movimentos Empfindsamkeit ("Sentimentalismo") e Sturm und Drang ("Tempestade e Ímpeto"), donde surge então, mergulhado no sentimentalismo, o pré-romantismo "oficial", isto é, conforme as convenções historiográficas. Goethe (Die Leiden des Jungen Werther - Os Sofrimentos do Jovem Werther, 1774), Schiller (An die Freude - "Ode à Alegria", 1785) e Herder (Auszug aus einem Briefwechsel über Ossian und die Lieder alter Völker - "Extrato da correspondência sobre Ossian e as canções dos povos antigos", 1773) formam a Tríade. Alguns jovens alemães, como Schegel e Novalis, com novos ideais artísticos, afirmam que a literatura, enquanto arte literária, precisa expressar não só o sentimento como também o pensamento, fundidos na ironia e na auto-reflexão. Era o "romantismo de Jena", o único romantismo autêntico em nível internacional. Em terceiro lugar, a difusão europeia do romantismo tomou como românticas as formas pré-românticas da Inglaterra e da Alemanha, privilegiando, portanto, apenas o sentimentalismo em detrimento da complicada reflexão do romantismo de Jena. Por isso, mundialmente, o romantismo é uma extensão do pré-romantismo. Assim, na França, destacam-se Stendhal, Hugo e Musset; na Itália Leopardi e Alessandro Manzoni; em Portugal Garrett e Herculano; na Espanha Espronceda e Zorilla. Tendo o liberalismo como referência ideológica, o romantismo renega as formas rígidas da literatura, como versos de métrica exata. O romance se torna o gênero narrativo preferencial, em oposição à epopeia. É a superação da retórica, tão valorizada pelos clássicos. Os aspectos fundamentais da temática romântica são o historicismo e o individualismo. O historicismo está representado nas obras de Walter Scott (Inglaterra), Vitor Hugo (França), Almeida Garrett (Portugal), José de Alencar (Brasil), entre tantos outros. São resgates históricos apaixonados e saudosos ou observações sobre o momento histórico que atravessava-se àquela altura, como no caso de Balzac ou Stendhal (ambos franceses). A outra vertente, focada no individualismo, traz consigo o culto do egocentrismo, vazado de melancolia e pessimismo(Mal do século). Pelo apego ao intimismo e a valores extremados, foram chamados de ultrarromânticos. Esses escritores como Byron, Alfred de Musset e Álvares de Azevedo beberam do Sturm und Drangalemão, perpetuando as fontes sentimentais. O romantismo é um movimento que vai contra o avanço da modernidade em termos da intensa racionalização e mecanização. É uma crítica à perda das perspectivas que fogem àquelas correlacionadas à razão. Por parte o romantismo nos mostra como bases de vida o amor e a liberdade. Romantismo na música Ver artigo principal: Era romântica As primeiras evidências do romantismo na música aparecem com Beethoven. Suas sinfonias, a partir da terceira, revelam uma música com temática profundamente pessoal e interiorizada, assim como algumas de suas sonatas para piano também, entre as quais é possível citar a Sonata Patética. Outros compositores como Chopin, Tchaikovsky, Felix Mendelssohn, Liszt, Grieg e Brahms levaram ainda mais adiante o ideal romântico de Beethoven, deixando o rigor formal do classicismo para escreverem músicas mais de acordo com suas emoções. Na ópera, os compositores mais notáveis foram Verdi e Wagner. O primeiro procurou escrever óperas, em sua maioria, com conteúdo épico ou patriótico - entre as quais as óperas Nabucco, Les vêpres siciliennes, I Lombardi nella Prima Crociata - embora tenha escrito também algumas óperas baseadas em histórias de amor como La Traviata; O segundo enfocava histórias mitológicas germânicas, caso da tetralogia do "Anel do Nibelungo" e outras óperas como "Tristão e Isolda" e "O Holandês Voador", ou sagas medievais como Tannhäuser, Lohengrin e Parsifal. Mais tarde na Itália o romantismo na ópera se desenvolveu ainda mais com Puccini. Romantismo em Portugal Ver artigo principal: Romantismo em Portugal Teve como marco inicial a publicação do poema "Camões", de Almeida Garrett, em 1825, e durou cerca de 40 anos terminando por volta de 1865 com a Questão Coimbrã. A primeira geração do romantismo em Portugal vai de 1825 a 1840. Seus principais autores são Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Antônio Feliciano de Castilho. A segunda geração, ultra-romântica, de 1840 a 1860 e tem como principais autores, Camilo Castelo Branco e Soares de Passos. A terceira geração, pré-realista, de 1860 a 1870, aproximadamente, teve como principais autores Júlio Dinis e João de Deus. Romantismo no Brasil Ver artigo principal: Romantismo no Brasil De acordo com o tema principal, os romances no Brasil podem ser classificados como indianistas, urbanos ou históricos e regionalistas. No romance indianista, o índio era o foco da literatura, pois era considerado uma autêntica expressão da nacionalidade, e era altamente idealizado. Como um símbolo da pureza e da inocência, representava o homem não corrompido pela sociedade, o não capitalista, além de assemelhar-se aos heróis medievais, fortes e éticos. Junto com tudo isso, o indianismo expressava os costumes e a linguagem indígenas, cujo retrato fez de certos romances excelentes documentos históricos. Os romances urbanos tratam da vida na capital e relatam as particularidades da vida cotidiana da burguesia, cujos membros se identificavam com os personagens. Os romances faziam sempre uma crítica à sociedade através de situações corriqueiras, como o casamento por interesse ou a ascensão social a qualquer preço. Por fim, o romance regionalista propunha uma construção de texto que valorizasse as diferenças étnicas, linguísticas, sociais e culturais que afastavam o povo brasileiro da Europa, e caracterizava-os como uma nação. Os romances regionalistas criavam um vasto panorama do Brasil, representando a forma de vida e individualidade da população de cada parte do país. A preferência dos autores era por regiões afastadas de centros urbanos, pois estes estavam sempre em contato com a Europa, além de o espaço físico afetar suas condições de vida. A primeira geração (nacionalista–indianista) era voltada para a natureza, o regresso ao passado histórico e ao medievalismo. Cria um herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação de geração indianista. O sentimentalismo e a religiosidade são outras características presentes. Entre os principais autores podemos destacar Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto Alegre. Gonçalves de Magalhães foi o introdutor do romantismo no Brasil. Obras: Suspiros Poéticos e Saudades. Gonçalves Dias foi o mais significativo poeta romântico brasileiro. Obras: "Canção do exílio", "I-Juca-Pirama". Araújo Porto Alegre fundou com os outros dois a Revista Niterói-Brasiliense. Entre as principais características da primeira geração romântica no Brasil estão: o nacionalismo ufanista, o indianismo, o subjetivismo, a religiosidade, o brasileirismo (linguagem), a evasão do tempo e espaço, o egocentrismo, o individualismo, o sofrimento amoroso, a exaltação da liberdade, a expressão de estados de alma, emoções e sentimentalismo. A segunda geração, também conhecida como Byroniana e Ultrarromantismo, recebeu a denominação de mal do século pela sua característica de abordar temas obscuros como a morte, amores impossíveis e a escuridão. Entre seus principais autores estão Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Junqueira Freire e Pedro de Calasans. Álvares de Azevedo fazia parte da sociedade epicuréia destinada a repetir no Brasil a existência boêmia de Byron. Obras: Pálida à Luz, Soneto, Lembranças de Morrer, Noite na Taverna. Casimiro de Abreu escreveu As Primaveras, Poesia e amor, etc. Fagundes Varela, embora byroniano, já tinha em sua poesia algumas características da terceira geração do romantismo. Junqueira Freire, com estilo dividido entre a homossexualidade e a heterossexualidade, demonstrava as idiossincrasias da religião católica do século XIX. Já as principais características da segunda geração foram o profundo subjetivismo, o egocentrismo, o individualismo, a evasão na morte, o saudosismo (lamentação) em Casimiro de Abreu, por exemplo, o pessimismo, o sentimento de angústia, o sofrimento amoroso, o desespero, o satanismo e a fuga da realidade. Por fim há a terceira geração, conhecida também como geração Condoreira, simbolizada pelo condor, uma ave que costuma construir seu ninho em lugares muito altos e tem visão ampla sobre todas as coisas, ou hugoniana, referente ao escritor francês Victor Hugo, grande pensador do social e influenciador dessa geração. Os destaques desta geração foram Castro Alves, Sousândrade e Tobias Barreto. Castro Alves, denominado "Poeta dos Escravos", o mais expressivo representante dessa geração com obras como "Espumas Flutuantes" e "Navio Negreiro". Sousândrade não foi um poeta muito influente, mas tem uma pequena importância pelo descritivismo de suas obras. Tobias Barreto é famoso pelos seus poemas românticos. As principais características são o erotismo, a mulher vista com virtudes e pecados, o abolicionismo, a visão ampla e conhecimento sobre todas as coisas, a realidade social e a negação do amor platônico, com a mulher podendo ser tocada e amada. Essas três gerações citadas acima apenas se aplicam para a poesia romântica, pois a prosa no Brasil não foi marcada por gerações, e sim por estilos de textos - indianista, urbano ou regional - que aconteceram todos simultaneamente. No país, entretanto, o romantismo perdurará até à década de 1880. Com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, por Machado de Assis, em 1881, ocorre formalmente a passagem para o período realista. Principais escritores românticos brasileiros Gonçalves Dias: principal poeta romântico e uns dos melhores da língua portuguesa, nacionalista, autor da famosa "Canção do Exílio", da nem tão famosa "I-Juca-Pirama" e de muitos outros poemas. Álvares de Azevedo: o maior romântico da Segunda Geração Romântica; autor de "Lira dos Vinte Anos"', "Noite na Taverna" e "Macário". Castro Alves: grande representante da Geração Condoeira, escreveu, principalmente, poesias abolicionistas como "O Navio Negreiro". Joaquim Manuel de Macedo,romancista urbano escreveu "A Moreninha" e também "O Moço Loiro". José de Alencar, principal romancista romântico. Romances urbanos: "Lucíola"; "A Viuvinha"; "Cinco Minutos"; "Senhora". Romances regionalistas: "O Gaúcho", "O Sertanejo", "O Tronco do Ipê". Romances históricos: "A Guerra dos Mascates"; "As Minas de Prata". Romances indianistas: "O Guarani", "Iracema" e o "Ubirajara". Manuel Antônio de Almeida: romancista urbano, precursor do realismo. Obras: "Memórias de um Sargento de Milícias". Bernardo Guimarães: considerado fundador do regionalismo. Obras: "A Escrava Isaura"; "O Seminarista" Franklin Távora: regionalista. Obra mais importante: "O Cabeleira". Visconde de Taunay: regionalista. Obra mais importante: "Inocência". Machado de Assis: estilo único, dotado de fase romântica e realista. Em sua fase romântica destacam-se "A Mão e a Luva" e "Helena". Ainda em tal fase, realizava análise psicológica e crítica social, mostrando-se atípico dentre os demais românticos. Parte superior do formulário Em 1808, após a vinda da família Real portuguesa para o Brasil, as ideias que culminariam no Romantismo começaram a ganhar força e forma. Foi após 1822, no entanto, que o movimento se firmaria no país, partindo de um acontecimento histórico muito importante. Qual é esse acontecimento histórico? Sua resposta: ,,,, Resposta correta: Independência do Brasil Algumas publicações em prosa começaram a desenvolver-se antes, mas após a Independência é que o Romantismo brasileiro se firmaria. 25.04% das pessoas responderam corretamente. No Brasil, a poesia e prosa românticas desenvolveram-se paralelamente, mas a introdução de cada forma deu-se em diferentes anos. Assinale a alternativa que corresponde, respectivamente, às primeiras publicações românticas da poesia e da prosa. Sua resposta: 1836 e 1844. Resposta correta: 1836 e 1843. A primeira obra brasileira na poesia deu-se em 1836 e foi “Suspiros Poéticos e Saudades”, de Gonçalves de Magalhães. Na prosa, a primeira obra veio em 1843, com a publicação de “O Filho do Pescador”, de Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa. 11.25% das pessoas responderam corretamente. Marque a alternativa que melhor completa as lacunas: A poesia romântica, didaticamente, é dividida em três fases: a primeira, ___ e ___; a segunda, conhecida como ___; a terceira com foco ___. Sua resposta: Nacionalista; com foco na natureza; mal do século; realista. Resposta correta: Indianista; nacionalista; mal do século; político. 39.74% das pessoas responderam corretamente. Marque a alternativa que corresponde às lacunas: A primeira fase da poesia romântica é marcada pelo ___ e pelas temáticas ___; possuía obras que buscavam valorizar a ___ e o ___ como herói nacional, representante dos brasileiros; buscava construir uma arte inteiramente ___. Sua resposta: Indianismo; nacionalistas; natureza; índio; brasileira. 38.69% das pessoas responderam corretamente. Sobre a segunda geração da poesia romântica, é correto afirmar que: Sua resposta: É conhecida como “mal do século”; tem temáticas melancólicas e mórbidas; é marcada pelo pessimismo, idealização da realidade, e sofrimento; é carregada de sentimentalismo; pressupõe a fuga da realidade. 38.54% das pessoas responderam corretamente. Poesia com foco político, com postura crítica em relação à realidade social do povo e desejo de libertar-se. Essas características resumem a terceira fase da poesia romântica, também conhecida como: Sua resposta: KMKMK Resposta correta: Condoreirismo O nome está diretamente relacionado à ave condor, que dava voos altos e enxergava longe, tal como os poetas desta época faziam ao lutar pelos seus ideais. 12.67% das pessoas responderam corretamente. Assinale a alternativa que corresponde aos autores das três fases da poesia romântica: Sua resposta: Castro Alves; Álvares de Azevedo; Gonçalves Dias; Gonçalves de Magalhães; Casimiro de Abreu; Machado de Assis; Olavo Bilac. Resposta correta: Casimiro de Abreu; Castro Alves; Álvares de Azevedo; Gonçalves Dias; Gonçalves de Magalhães; José Joaquim de Campos Leão. 16.42% das pessoas responderam corretamente. A prosa romântica, não é dividida em fases, mas sim em tipos de romances. Assinale a alternativa que NÃO corresponde aos tipos de romance do romantismo: Sua resposta: Tipo 2: romance histórico, que resgata e traz os costumes de uma época passada, podendo misturar ficção e realidade. Resposta correta: Tipo 4: romance melancólico, publicado em folhetins, contando histórias que mostravam as desventuras da juventude boêmia da época. É carregado de sentimentalismo e pessimismo e quase sempre termina na morte dos protagonistas. 21.99% das pessoas responderam corretamente. Assinale a alternativa que corresponde aos autores da prosa romântica brasileira: Sua resposta: José de Alencar; Gonçalves Dias; Machado de Assis; Álvares de Azevedo; Castro Alves; Raul Pompéia. Resposta correta: José de Alencar; Joaquim Manuel de Macedo; Manuel Antônio de Almeida; Bernardo Guimarães; Visconde de Taunay. 25.30% das pessoas responderam corretamente. Apesar de ser dividida em quatro tipos de romance, a prosa romântica tinha um propósito e vários elementos em comuns entre estes tipos. Marque a alternativa que corresponde corretamente a estes elementos comuns: Sua resposta: Retrato de costumes; crítica social; desejo de liberdade; presença de protagonistas que lutam contra os antagonistas para o final feliz. Resposta correta: Desejo de atender os questionamentos sobre a identidade nacional; reconhecimento do Brasil, com levantamento de todos os espaços, valorizando o país; sentimentalismos e idealizações, com amor como o elemento purificador das pessoas. 16.66% das pessoas responderam corretamente. Parte inferior do formulário Terceira geração romântica: condoeira A terceira geração romântica é caracterizada pela poesia libertária influenciada, principalmente, pela obra político-social do escritor e poeta francês Victor Hugo, que originou a expressão "geração hugoana". Além disso, a ave símbolo da geração é o condor, ave que habita o alto das cordilheiras dos Andes, e que representa a liberdade daí o nome da geração ser condoeira. A poesia dessa geração é combativa e prima pela denúncia das condições dos escravos, decorrência do sistema econômico brasileiro, baseado no trabalho escravo. Os poetas dessa geração também clamam por uma poesia social em que a humanidade trabalhe por igualdade, justiça e liberdade. Características A Terceira Geração Romântica tem como principais características: Erotismo Pecado Liberdade Abolicionismo Realidade social Negação do amor platônico Principais Autores Os principais escritores brasileiros dessa fase: Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871) Escritor baiano de maior destaque da terceira geração romântica, Castro Alves, chamado de "Poeta dos Escravos” apresenta uma poesia dividida em duas temáticas: a poesia social e a poesia lírico-amorosa. Dentre elas podemos destacar: O Navio Negreiro (1869), Espumas Flutuantes (1870), A Cachoeira de Paulo Afonso (1876), Os Escravos (1883). Joaquim de Sousa Andrade (1833-1902) Mais conhecido por Sousândrade, Joaquim de Sousa Andrade foi um escritor e poeta maranhense muito influente da literatura brasileira. Em 1857, publicou seu primeiro livro de poesia “Harpas Selvagens”(1857). Sua obra mais destacada é o poema narrativo: O Guesa (1871) baseado na lenda indígena Guesa Errante. Tobias Barreto de Meneses (1839-1889) Tobias Barreto foi poeta, filósofo e crítico brasileiro, notável pelos seus poemas românticos com grande influência do escritor Victor-Marie Hugo (1802-1885). Suas obras: Glosa (1864), Amar (1866), O Gênio da Humanidade (1866), A Escravidão (1868). Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (1849-1910) Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, Joaquim Nabuco foi um poeta, jornalista, diplomata, orador, político e historiador brasileiro. Os principais temas de sua obra: abolição da escravatura e liberdade religiosa. Suasobras: Abolicionismo (1883), Escravos (1886), Minha formação (1900). Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero (1851-1914) Sílvio Romero, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, foi um crítico literário, poeta, ensaísta, historiador, filósofo, professor e político brasileiro. Possui uma vasta obra nas áreas da: filosofia, política, sociologia, literatura, folclore, etnologia, direito, poesia, cultura popular e história. Destacam-se: A poesia contemporânea (1869), Cantos do fim do século (1878) e Últimos harpejos (1883). Agora que você já conhece a terceira, que tal ler também a Primeira e a SegundaGerações Românticas. 1 - Sobre as características da 3a geração romântica, qual é incorreta?: Poesia de cunho social, engajada; Teor de cunho libertário; Temática abolicionista; Uso de hipérboles; Visão carnal do amor; Sensualismo; Grandiloquência (intenção de um público maior); (assemelha-se a discursos políticos) Figuras: metáforas, hipérboles, vocativos. Idealização da mulher e valorização do índio como herói nacional 2 - A Terceira Geração Romântica no Brasil é o período que corresponde de 1870 a 1880. Uma vez que esteve marcada pela liberdade e uma visão mais ampla, características de uma ave que habita a Cordilheira dos Andes. Sobre a representação da terceira fase romântica, marque a alternativa correta a) Geração Condoreira b) Geração nacionalista c) geração indianista d) Geração idealizadora e) geração mal-do-século 3 - Quebraram-se as cadeias, é livre a terra inteira, A humanidade marcha com a Bíblia por bandeira; São livres os escravos... quero empunhar a lira, Quero que est'alma ardente um canto audaz desfira, Quero enlaçar meu hino aos murmúrios dos ventos, As harpas das estrelas, ao mar, aos elementos! No fragmento acima, pertencente a um poema de Castro Alves, notam-se características de qual tendência romântica? a) Mal do século. b) Bucolismo. c) Poesia Condoreira. d) Nacionalismo. e) Indianismo. 4 - Sobre o Condoreirismo, é incorreto afirmar: a) Seu principal representante foi Castro Alves, o primeiro grande poeta social brasileiro. Embora tenha sido um poeta engajado, Castro Alves soube conciliar as ideias de reforma social com os procedimentos específicos da poesia, evitando assim que sua obra fosse apenas um mero panfleto político. b) O Condoreirismo, também chamado de corrente hugoana (alusão ao escritor francês Victor Hugo), encontrou vários adeptos no Brasil, como Castro Alves, Pedro Luís, Pedro Calasãs e Sousândrade. c) A principal preocupação da poesia condoreira foi a defesa dos oprimidos socialmente: os operários das indústrias e os camponeses. d) A poesia condoreira estabeleceu um interessante contraponto com a poesia ufanista e idealista realizada na primeira fase romântica, ressaltando os aspectos negativos do país, como a escravidão dos negros. 5 - Sobre a literatura produzida por Castro Alves, assinale as alternativas corretas: I. Representa, na evolução da poesia romântica brasileira, um momento de maturidade e transição, substituindo temáticas ufanistas e de idealização do amor por temáticas mais críticas e realistas; II. Sua produção literária estava voltada ao projeto de construção da cultura brasileira, dando destaque ao romance indianista; III. Desprezou o rigor das regras gramaticais, aproximando a linguagem literária da linguagem falada pelo povo brasileiro; IV. A ironia era um traço constante em sua obra, representando uma forma não passiva de ver a realidade, tecendo uma fina crítica à noção de ordem e às convenções do mundo burguês; V. Apresenta uma linguagem voltada para a defesa de seus ideais liberais e, por isso, é grandiosa e hiperbólica, prenunciando a perspectiva crítica e objetiva do Realismo. a) Todas as alternativas estão corretas. b) Apenas I está correta. c) Apenas III e V estão corretas. d) Apenas I e V estão corretas. c) II, III e IV estão corretas. d) Apenas V está correta. 6 - (UFF - 2012) Adormecida Uma noite, eu me lembro... Ela dormia Numa rede encostada molemente... Quase aberto o roupão... solto o cabelo E o pé descalço do tapete rente. ‘Stava aberta a janela. Um cheiro agreste Exalavam as silvas da campina... E ao longe, num pedaço do horizonte, Via-se a noite plácida e divina. De um jasmineiro os galhos encurvados, Indiscretos entravam pela sala, E de leve oscilando ao tom das auras, Iam na face trêmulos — beijá-la. Era um quadro celeste!... A cada afago Mesmo em sonhos a moça estremecia... Quando ela serenava... a flor beijava-a... Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia... Dir-se-ia que naquele doce instante Brincavam duas cândidas crianças... A brisa, que agitava as folhas verdes. Fazia-lhe ondear as negras tranças! E o ramo ora chegava ora afastava-se... Mas quando a via despeitada a meio. P’ra não zangá-la... sacudia alegre Uma chuva de pétalas no seio... Eu, fitando a cena, repetia Naquela noite lânguida e sentida: “Ó flor! – tu és a virgem das campinas! “Virgem! — tu és a flor da minha vida!...” (CASTRO ALVES. Espumas flutuantes. In Obra compIeta Rio de Janeiro: Nova Aguar, 1986. p. 124-125) Assinale a alternativa INCORRETA em relação à análise do poema de Castro Alves. a) A valorização de elementos da natureza confere sentidos particulares ao poema e indicia sua identificação com propostas estéticas do Romantismo. b) O poema se organiza a partir de um episódio registrado pela memória do sujeito lírico, o que amplia a subjetividade romântica presente em seu discurso. c) O poema se constitui, principalmente, como descrição de uma cena, repleta de elementos românticos, configurando-se de forma plástica e visual. d) O poema é percorrido por um tom melancólico, próprio do Romantismo, empregado pelo poeta para expressar a frustração amorosa do eu lírico. e) O ambiente noturno, privilegiado pelos poetas românticos, contribui, no poema, para o estabelecimento de uma atmosfera de sonho, de calma e de desejo. 7 - "Mocidade e Morte" Oh! eu quero viver, beber perfumes Na flor silvestre, que embalsama os ares; Ver minh'alma adejar pelo infinito, Qual branca vela n'amplidão dos mares. No seio da mulher há tanto aroma... Nos seus beijos de fogo há tanta vida... - Árabe errante, vou dormir à tarde À sombra fresca da palmeira erguida. No trecho acima, de Castro Alves, reúnem-se vários dos temas e aspectos mais característicos de sua poesia. São eles: a) identificação com a natureza, condoreirismo, erotismo. b) aspiração de amor e morte, sensualismo, exotismo. c) sensualismo, aspiração de absoluto, nacionalismo, orientalismo. d) personificação da natureza, hipérboles, sensualismo velado, exotismo. e) aspiração de amor e morte, condoreirismo, hipérboles. 8 - Em 1860, surgiram alguns escritores que demonstravam imensa preocupação com os problemas sociais. Questões como: o direito dos povos à independência, abolição da escravidão, erradicação da miséria e educação começaram a ser discutidos e difundidos por estes. Dos escritores abaixo, qual não faz parte da condoreira? a) Castro Alves b) José de Alencar c) Joaquim Nabuco d) Sousa Andrade e) Tobias Barreto 9 – Das alternativas abaixo, qual não tem relação com a terceira geração do romantismo? a) Condoreira b) Poesia social c) Republicana d) Abolicionista e) Desejo de liberdade f) Arte voltada para as camadas baixas da população g) Legalização da maconha e do casamento gay 10. Leia atentamente o texto abaixo Ontem plena liberdade... A vontade por poder... Hoje... cúm'lo de maldade! Nem são livres pra... morrer! Prende-os a mesma corrente Férrea, lúgubre serpente Nas roscas da escravidão... (...) Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se eu deliro... ou se é verdade Tanto horror perante os céus... Sobre esse texto, não é correto afirmar que: a) Parte superior do formulário mostra o traço romântico do inconformismo b) dá tratamento eloquenteà linguagem para tratar do tema da escravidão. c) pode ser identificado com a poesia abolicionista de Castro Alves. d) pelo tema que explora classifica-se na corrente social da poesia romântica. e) traduz o pessimismo e o egocentrismo do poeta romântico diante da impossibilidade de mudar o mundo. Parte inferior do formulário O que é Realismo: O Realismo é um movimento artístico voltado para a representação da realidade vivida pela sociedade, muitas vezes através de críticas a temas sociais, de forma simples. A linguagem realista é direta e objetiva, contrária ao subjetivismo característico do Romantismo. O movimento realista teve também um papel muito importante no cenário político pois, através de várias das suas formas de expressão (artes plásticas, literatura, teatro, etc.), retratou e denunciou diversos problemas sociais como, por exemplo, a pobreza, a exploração laboral e a corrupção. Contexto histórico O aparecimento do Realismo deu-se no século XIX na Europa, mais especificamente na França, e teve uma duração de aproximadamente duas décadas. Com o Realismo, houve o destaque para uma pequena burguesia. Nesse período, a sociedade em geral passava por muitas transformações e descobertas. A Revolução industrial entrou em uma nova fase, além disso, ocorreram bastantes inovações no ramo da física e da química. A utilização da eletricidade, do petróleo e do aço são alguns exemplos a serem citados. Nesse período também ocorreu uma revolução tecnológica, onde houve o surgimento do telefone, do telégrafo, de máquinas a vapor, de locomotivas, etc. Características do Realismo A característica principal do Realismo é a de mostrar os fatos da maneira mais real possível, sem abordagens fantasiosas ou idealizadoras. Os artistas realistas tinham como objetivo retratar a realidade dos fatos de maneira direta e objetiva. Veja abaixo algumas das principais características do Realismo: oposição às ideias do romantismo abordagem objetiva reprodução da realidade de maneira fidedigna linguagem comum abordagem de temas sociais e cotidianos preocupação com o presente ausência de heróis: as histórias são protagonizadas por pessoas comuns e não por pessoas idealizadas análise crítica da sociedade Saiba mais sobre as características do Realismo. Arte realista Foi através da expressão artística que surgiu o nome do movimento. Em 1855, o pintor francês Gustave Coubert teve seus quadros impedidos de participar de uma exposição denominada Exposição Universal, realizada em Paris, cujo objetivo era apresentar as recentes descobertas dos ramos da agricultura, das artes e da indústria, por terem sido considerados ofensivos. Como represália a esta censura, Coubert organizou sua própria exposição perto da Exposição Universal e a chamou de “Le Réalisme” (O Realismo). Os quebradores de pedra, de Gustave Courbet No teatro, o Realismo conquistou um espaço notório quando os temas passaram a ser o retrato da realidade. O texto passou a usar a linguagem do povo e não mais uma linguagem extremamente sofisticada e os personagens passaram a ser pessoas comuns, em vez de heróis. Realismo no Brasil O surgimento do Realismo no Brasil coincide com um período no qual entravam em vigor leis abolicionistas. Essas leis libertaram os escravos e substituíram sua mão de obra pela de trabalhadores europeus, principalmente italianos, para trabalharem especialmente nas lavouras de café. Nessa mesma época, a monarquia foi extinta no Brasil e o país passou a ser uma república. Dentro da sua filosofia de abordagem objetiva de temas cotidianos, o Realismo brasileiro muitas vezes retratou em suas obras a crise da monarquia, as ideias abolicionistas e a realidade da sociedade. O ponto de partida do Realismo no Brasil ocorreu com a publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas, onde o autor Machado de Assis dirige críticas à sociedade. Realismo em Portugal Em Portugal, o Realismo ficou marcado pela Questão coimbrã, também chamada de Questão do bom senso e do bom gosto. Essa questão consistiu em uma polêmica literária entre escritores românticos liderados por Antônio Feliciano de Castilho e alguns estudantes da Universidade de Coimbra, dentre eles Eça de Queirós, Antero de Quental e Teófilo Braga. A ideia defendida pelos estudantes era em prol de uma abordagem literária mais fidedigna em relação à realidade e menos conservadora como pregava o Realismo. Do outro lado, os românticos defendiam uma abordagem literária mais formal e tradicional. Autores e obras Durante o Realismo, muitas foram as obras que se destacaram. Veja abaixo a relação de algumas dessas obras e seus respectivos autores. Madame de Bovary, de Gustave Flaubert, Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis O Primo Basílio e O Crime do Padre Amaro, de Eça de Queirós; O Mulato, de Aluísio Azevedo. Germinal, de Emile Zola As flores do mal, de Charles Baudelaire Realismo e Romantismo O Realismo surgiu como oposição ao Romantismo. As ideias do Romantismo pregavam uma realidade repleta de dramas, utopia, tragédias e emoções intensas. O Realismo, por sua vez, contrariamente ao subjetivismo e idealismo romântico tinha uma forma de expressão mais objetiva. O último Tamoio, de Rodolfo Amoedo (Romantismo) O ideal realista era o de retratar a realidade chegando, por vezes, a denunciar problemas sociais com o intuito de auxiliar a evolução da sociedade. Veja mais sobre o Romantismo. Realismo e Impressionismo O impressionismo foi um movimento com ênfase nas artes plásticas, especialmente na pintura, completamente oposto ao Realismo. A pintura realista buscava reproduzir nas telas a realidade da sociedade tal qual ela era. Por outro lado, a impressionista considerava que o artista deveria se expressar desprovido da preocupação de mostrar um retrato fiel da realidade. Os artistas impressionistas costumavam trabalhar ao ar livre para conseguirem captar melhor a forma como as diferentes tonalidades do ambiente eram refletidas. Eles retratavam livremente a sua percepção dos reflexos da luz através de movimentos soltos do pincel. Impressão, nascer do sol, de Claude Monet (Impressionismo) Veja mais sobre o Impressionismo. Realismo e Naturalismo O Realismo e o Naturalismo estão diretamente ligados pelo objetivo comum de expressar a realidade e de retratar a sociedade de forma objetiva chegando, por vezes, a denunciar seus problemas. Apesar de o Naturalismo ser um ramo do Realismo, sua principal característica é uma particularidade própria: o cientificismo. Para os naturalistas, o que determina o homem é o ambiente que o cerca e as características biológicas recebidas por hereditariedade. Esse conceito expressa a mesma ideia da Teoria da evolução, de Chales Darwin. Exercícios sobre Realismo O Realismo surge em meio ao fracasso da Revolução Francesa e de seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. A sociedade se dividia entre a classe operária e a burguesia. Logo mais tarde, em 1848, os comunistas Marx e Engels publicam o Manifesto que faz apologias à classe operária. Uma realidade oposta ao que a sociedade tinha vivido até aquele momento surgia com o progresso tecnológico: o avanço da energia elétrica, as novas máquinas que facilitavam a vida, como o carro, por exemplo. Entre as correntes filosóficas, destacam-se: o Positivismo, o Determinismo, o Evolucionismo e o Marxismo. Contudo, o pensamento filosófico que exerce mais influência no surgimento do Realismo é o Positivismo, o qual analisa a realidade através das observações e das constatações racionais. Dessa forma, a produção literária no Realismo surge com temas que norteiam os princípios do Positivismo. São características desse período: a reprodução da realidade observada; a objetividade no compromisso com a verdade (o autor é imparcial), personagens baseadas em indivíduos comuns (não há idealização da figura humana); as condições sociais e culturais das personagens são expostas; lei da causalidade (toda ação tem uma reação); linguagem de fácil entendimento; contemporaneidade(exposição do presente) e a preocupação em mostrar personagens nos aspectos reais, até mesmo de miséria (não há idealização da realidade). A literatura realista surge na França com a publicação de Madame Bovary de Gustave Flaubert, e no Brasil com Memórias póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis, em 1881. Abaixo você encontrará alguns exercícios sobre Realismo já com gabarito para você poder conferir as respostas. 01. O realismo foi um movimento de: a) volta ao passado; b) exacerbação ultra-romântica; c) maior preocupação com a objetividade; d) irracionalismo; e) moralismo. Gabarito 01. C 02. A respeito de Realismo, pode-se afirmar: I – Busca o perene humano no drama da existência . II – Defende a documentação de fatos e a impessoalidade do autor perante a obra. III – Estética literária restritamente brasileira; seu criador é Machado de Assis. a) São corretas apenas II e III. b) Apenas III é correta. c) As três afirmações são corretas. d) São corretas I e II. e) As três informações são incorretas. Gabarito 02. D 03. Considerando-se iniciado o movimento realista no Brasil quando: a) Aluísio de Azevedo publica O Homem. b) José de Alencar publica Lucíola. c) Machado de Assis publica Memória Póstumas de Brás Cubas. d) As alternativas a e c são válidas. e) As alternativas a e b são válidas. Gabarito 03. C 04. O realismo, como escola literária, é caracterizado: a) pelo exagero da imaginação; b) pelo culto da forma; c) pela preocupação com o fundo; d) pelo subjetivismo; e) pelo objetivismo. Gabarito 04. E 05. Podemos verificar que o Realismo revela: I – senso do contemporâneo. Encara o presente do mesmo modo que romantismo se volta para o passado ou para o futuro. II – o retrato da vida pelo método da documentação, em que a seleção e a síntese operam buscando um sentido para o encadeamento dos fatos. III – técnica minuciosa, dando a impressão de lentidão, de marcha quieta e gradativa pelos meandros dos conflitos, dos êxitos e dos fracassos. Assinale: a) se as afirmativas II e III forem corretas; b) se as três afirmativas forem corretas; c) se apenas a afirmativa III for correta; d) se as afirmativas I e II forem corretas; e) se as três afirmativas forem incorretas. Gabarito 05. B 06. Das características abaixo, assinale a que não pertence ao Realismo: a) Preocupação critica. b) Visão materialista da realidade. c) Ênfase nos problemas morais e sociais. d) Valorização da Igreja. e) Determinismo na atuação das personagens. Gabarito 06. D 07. Assinale a única alternativa incorreta: a) O Realismo não tem nenhuma ligação com o Romantismo. b) A atenção ao detalhe é característica do Realismo. c) Pode-se dizer que alguns autores românticos já possuem certas características realistas. d) O cientificismo do século XIX forneceu a base da visão do mundo adotada, de um modo geral, pelo Naturalismo. e) O Realismo apresenta análise social. Gabarito 07. A 08. No texto a seguir, Machado de Assis faz uma crítica ao Romantismo: Certo não lhe falta imaginação; mas esta tem suas regras, o astro, leis, e se há casos em que eles rompem as leis e as regras é porque as fazem novas, é porque se chama Shakespeare, Dante, Goethe, Camões. Com base nesse texto, notamos que o autor: a) Preocupa-se com princípios estéticos e acredita que a criação literária deve decorrer de uma elaborada produção dos autores. b) Refuga o Romantismo, na medida em que os autores desse período reivindicaram uma estética oposta à clássica. c) Entende a arte como um conjunto de princípios estéticos consagrados, que não pode ser manipulado por movimentos literários específicos. d) Defende a idéia de que cada movimento literário deve ter um programa estético rígido e inviolável. e) Entende que Naturalismo e o Parnasianismo constituem soluções ideal para pôr termo à falta de invenção dos românticos. Gabarito 08. A 09. Examine as frases abaixo I – Os representantes do Naturalismo faze aparecer na sua obra dimensões metafísica do homem, passando a encará-lo como um complexo social examinando à luz da psicologia. II – No Naturalismo, as tentativas de submeter o Homem a leis determinadas são conseqüências das ciências, na segunda metade do século XIX. III – Na seleção de “casos” a serem enfocados, os naturalistas demonstram especial aversão pelo anormal e pelo patológico. Pode-se dizer corretamente que: a) só a I está certa; b) só a II está certa; c) só a III está certa; d) existem duas certas; e) nenhuma está certa. Gabarito 09. B 10. Das citações apresentadas abaixo, qual não apresenta, evidentemente, um enfoque naturalista? a) Às esquinas, nas quitandas vazias, fermentava um cheiro acre de sabão da terra e aguardente. b) … as peixeiras, quase todas negras, muito gordas, o tabuleiro na cabeça, rebolando os grossos quadris trêmulos e as tetas opulentas. c) Os cães, estendidos pelas calçadas, tinham uivos que pareciam gemidos humanos. d) … batiam-lhe com a biqueira do chapéu nos ombros e nas coxas, experimentando-lhes o vigor da musculatura, como se estivesse a comprar cavalos. e) À porta dos leilões aglomeravam-se os que queriam comprar e os simples curiosos. Gabarito 10. E