Buscar

BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E SUAS TENDÊNCIAS ATUAIS A PARTIR DA IDENTIFICAÇÃO DE ALGUMAS TENDÊNCIAS DE IDEAIS E IDÉIAS DE TENDÊNCIAS1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E SUAS TENDÊNCIAS ATUAIS A PARTIR DA IDENTIFICAÇÃO DE ALGUMAS TENDÊNCIAS DE IDEAIS E IDÉIAS DE TENDÊNCIAS
NOME: 
ARARAQUARA/2016
BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E SUAS TENDÊNCIAS ATUAIS A PARTIR DA IDENTIFICAÇÃO DE ALGUMAS TENDÊNCIAS DE IDEAIS E IDÉIAS DE TENDÊNCIAS
A Educação Física (EF) tal qual a conhecemos hoje expressa a forma como os seres humanos se relacionam no modo societário capitalista. As modificações do seu conteúdo e da forma de aplicá-los, bem como suas disposições legais, tendem a obedecer à lógica das mudanças dessa organização social, ou seja, a medida que a sociedade é transformada pelos homens, transforma-se a forma da educação física (MELLO, 2009).
A educação física em sua história esteve sobre a égide da sociedade capitalista, sendo legitimada pelas necessidades de manutenção das relações sociais capitalistas e não pela necessidade de seu conteúdo específico (MELLO, 2009). De um lado, pode-se dizer de forma bastante sintética que a concepção funcionalista da sociedade, entende que a Educação Física é a uma parte constituída de um corpo ou uma máquina harmoniosa, sendo que cada parte contribui com suas devidas funções. A educação física tem então, servido de poderoso instrumento ideológico e de manipulação para que as pessoas continuem alienadas e impotentes diante da necessidade de verdadeiras transformações nas relações sociais.
Ao discutirmos as relações sociais que determinam a atuação da Educação Física articulada às condições objetivas (modo de produção humano) e subjetivas (teorias do conhecimento e correntes pedagógicas), é sabido que ao consolidar-se enquanto sistema, o capitalismo exigiu a formação de sujeitos que atendessem a seus interesses, e neste contexto é que as tendências tiveram sua função estabelecida. Com isto, houve a necessidade de disseminação das idéias dominantes produzidas pela classe que detém os meios de produção, tendo assim, cada tendência uma forma de manipulação e disseminação da ideologia dominante, colocando a classe trabalhadora a assumir um pensamento e a construir ações que se identificam predominantemente com as idéias produzidas pela classe burguesa, fazendo com que os trabalhadores assumissem uma subjetividade inautêntica (ANTUNES, 2004).
As tendências e perspectivas ligadas à Educação Física (EF) expressaram as necessidades relacionadas ao corpo em alguns momentos históricos. Essas tendências partiram da elaboração de um específico modelo corporal e de uma formação ideológica que correspondessem às expectativas da sociedade capitalista. Uma tendência é também uma pedagogia, que é a teoria e o método que constrói os discursos e as explicações sobre a prática social e sobre a ação dos homens na sociedade. Quando uma tendência não corresponde aos interesses das diferentes classes ou ela mesma já não funciona como deveria, ela acaba por dar espaço para o surgimento de uma nova tendência.
Buscamos então, contextualizar a função das tendências ideológicas na história da Educação Física, no período que compreende a ascensão do capitalismo no Brasil até a década de 80. Escolhemos abordar este período, porque este foi um momento de construção da base dessa prática pedagógica, embasada no viés positivista que direcionou a EF por uma visão acrítica.
A metodologia utilizada para a construção deste trabalho é de uma pesquisa do tipo bibliográfica segundo Minayo (2003), tendo como matriz teórica o materialismo histórico de Karl Marx e Friedrich Engels. Para mapear o caminho percorrido pela Educação Física consideramos o desenvolvimento da Educação Física brasileira nos baseando em Castelhani Filho (1988); Ghiraldelli Junior (1994) e Soares (2001) e classificamos as tendências em quatro: higienista, militarista, pegagogicista e competitivista.
Considerações finais
As tendências que contemplam a Educação Física até a década de 80 partiram de planos elaborados para tipos específicos de formação ideológica e corporal que correspondiam as expectativas da sociedade capitalista. Entretanto, ambas são concepções não críticas por fazerem da Educação Física um simples instrumento na reprodução da sociedade em que ela se insere.
O aspecto não crítico da Educação Física neste período elencava alguns fins para os quais a Educação Física deveria ser dirigida, fins estes que tinham seus pressupostos na da sociedade capitalista, condicionadas pelos princípios positivistas. A Educação Física no decorrer de seu processo histórico assumiu diversas tendências. Porém, todas elas objetivavam dois pontos em comum: 1) a dominação do corpo (pelo exercício físico, eugenia da raça, identidade relacionada a ordem moral e cívica, melhoria na força de trabalho, controle do comportamento com vistas à saúde pública, preparação de mão de obra fisicamente adestrada e capacitada, recuperação e manutenção da força de trabalho); 2) manipulação ideológica (relacionada a segurança e defesa da pátria com a colaboração civil por meio do esporte, senso de superioridade, obediência, consciência, homogeneização das mentes, transmissão de certos valores sobre a população, caráter e qualidades mínimas de um bom membro de família e bom cidadão, preparação vocacional).
É importante ressaltar que a Educação Física não teve um caráter de neutralidade, e sim, de direcionamentos políticos e ideológicos definidos, que visavam construir uma determinada estrutura social que produzisse uma visão de mundo e de sociedade sob a lógica da manutenção e perpetuação das relações sociais capitalistas.
Notas
Dois nomes são importantes no processo de implantação da educação física no Brasil: o primeiro é Rui Barbosa que escreveu um parecer que serviu de referencial teórico para defender a educação física na escola, ao indagar a importância e o papel da educação física (exercício) na idade pubertária e para a formação do homem moderno. Assim, este parecer esboçava o modelo corporal a ser buscado no período, como também, os papéis destinados aos homens e mulheres. Ele propôs, dentre outras coisas, a ampliação da ginástica a ambos os sexos e a inserção da educação física nas escolas primarias. Deste modo, a educação física da mulher deveria ser integral, higiênica, com base nos trabalhos manuais com jogos infantis, ginástica educativa e esportes menos violentos e compatíveis com a delicadeza do organismo da mulher/mãe. O segundo é Fernando de Azevedo, que seguindo os indicativos de Rui Barbosa para regeneração do povo, apoiou a necessidade de se reeducar a mulher e destinava à educação física, nessa questão da eugenia da raça, um papel de forjar mulheres fortes e sadias para terem condições de gerarem filhos saudáveis e aptos a servirem a pátria. Percebemos assim, um pensamento dominante a respeito de um estereótipo de mulher que se adequasse às exigências da sociedade capitalista em ascensão (CASTELHANI FILHO, 1988).
O método adotado pela Educação física neste foi o sueco, que após a 1º guerra perdeu espaço para o método francês, tendo em vista a derrota alemã e a vinda da missão francesa ao Brasil.
O ensino profissionalizante era ofertado ao ensino secundário da rede pública, destinado as classes populares, com o objetivo de formar mão de obra especializada. Já a escola particular de nível secundário procurava proporcionar o acesso ao ensino superior.
Isto se refere a defesa da nação frente ao movimento da intentona comunista.
As primeiras escolas de Educação física foram em âmbito militar.
O ensino cívico seria ministrado em todos os graus e ramos de ensino e a educação física seria obrigatória nos cursos primário e secundário, sendo facultativa no ensino superior.
A primeira escola de Educação Física do país foi a Escola de Educação Física do Exército, fundada em 1933. Depois, em 1939, foi criada a primeira escola civil de formação de professores de educação física (CASTELHANI FILHO, 1988).
Foi dado um grande apoio ao esporte pelos governantes, com os jogos escolares tais como: JEP’S, JEB’S, e outras competições.
Asvitórias de Emerson Fittipaldi na formula I e o tricampeonato de futebol no México, são exemplos de como o esporte foi utilizado no regime militar para mascarar as ações militares.
A educação no regime militar teve os rumos ditados por duas leis e um amplo conjunto de decretos. A primeira lei regulamentava a Reforma universitária e a segunda fixava as diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º grau (lei nº 5.062/71) que foi grande novidade do regime militar: à reforma do ensino fundamental e médio. A Reforma do ensino de 1º e 2º graus pretendia atender ao maior número de alunos no que se referia à ideia de profissionalização. Deste modo, esperava-se que os jovens em busca de qualificação profissional se contentassem com a formação de nível médio, consequentemente diminuiria a pressão pelo aumento de vagas no ensino superior. Pela nova lei, o antigo curso primário e o ginasial são substituídos pelo ensino de 1ºgrau, destinado a formação da criança e do pré-adolescente (VIEIRA; FARIAS; 2007).

Continue navegando