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1 UNISO 2018 2 Responsabilidade é saber que cada um de meus atos vai me construindo, vai me definindo, vai me inventando. Ao escolher o que quero fazer vou me transformando pouco a pouco. (Savater, 1998, p. 111). Plano de Ensino Ementa 1. Estudo da variação das funções 2. Funções inversas. 3. Integrais indefinidas e métodos de integração. 4.Integrais definidas e aplicações. . Objetivos Criar habilidades matemáticas para utilização na vida profissional. Obter conceitos matemáticos e raciocínio lógico para situações do dia a dia. Aprender a usar noções de Cálculo Diferencial como forte ferramenta de trabalho. Ao final do componente curricular o aluno deve ser capaz de: -construir e interpretar gráficos de funções utilizando os conceitos de cálculo desenvolvidos. -calcular integrais utilizando as técnicas desenvolvidas. -aplicar os conceitos na resolução de problemas. -calcular área de regiões planas e volumes de sólidos pelos métodos desenvolvidos. Sistema de avaliação -Serão realizadas 3 avaliações individuais (P1, P2, P3), de acordo com calendário pré- estabelecido com os alunos, cuja nota será de 0 a 10. -A participação do aluno será avaliada através de listas de exercícios (E) e “chamada oral” durante as aulas, e terá peso 1 na média final. -Além disso, haverá prova substitutiva, cuja nota substituirá a menor nota entre as 3 provas, com o conteúdo da avaliação que obteve a menor nota. -Assim, a média final (MF) será obtida pela equação: MF = 10 .4.3.2 321 EPPP Se MF for maior ou igual do que 6,0 e frequência mínima de 75%, o aluno está aprovado. Bibliografia 1. ANTON, Howard. Cálculo: um novo horizonte. 6. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2000. v.1 2. GUIDORIZZI, H. L.Um curso de cálculo. Rio de Janeiro: LTC, 2001, v.1. 3. STEWART,James Cálculo .São Paulo:Pioneira-Thomson Learning,2001 v.1. 4. ÁVILA, G. S. S.. Cálculo I: funções de uma variável. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981. 5. BOULOS, P.. Introdução ao cálculo. São Paulo: Edgard Blücher, 1999. v.1 6. HALLETT H., et al. Cálculo e Aplicações. SãoPaulo: Edgard Blucher, 1999. v. 1. 7. HOFFMANN, L. D.; BRADLEY, Gerald L. Cálculo: um curso moderno e suas aplicações. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 8. LEITHOLD, L. O Cálculo com geometria analítica. São Paulo : Harbra, 1994, v.1. São Paulo: Harbra. 1994, v.2. e-mail: roseli.paula@prof.uniso.br 3 0. REVISÃO Operações básicas que devem ser lembradas: fração, potenciação, radiciação. n n xk x k . n m n m xx Exercícios: 1) Observe os exemplos e coloque na forma de potência k.xn: a) 4 4 3 3 x x i) 5 1 x p) 3 7x b) 22 2 .1 1 xx x j) 6 7 x q) 5 6x c) 55 1 5 1 88 8 x x x k) 37 2 x r) x 8 d) 3 2 3 2 xx l) 44 1 x s) 7 4 1 x e) 2 1 xx m) 32 9 x t) 5 4.2 3 x f) 2 5 2 55 .7 77 x xx n) 3 1 x u) 3.5 1 x g) 4 1 4 1 4 14 .1 11 xx xx o) 10 9 x v) 5 x 2) Observe os exemplos e elimine os expoentes negativos e/ou fracionários: Exemplos: a) 4 4 1 x x b) 5 65 6 xx c) 4 3 4 3 4 3 88 .8 xx x d) 551 22 xx e) 7 7 55 x x Faça esses: f) 16 x g) 2 3 x h) 4x-7 i) 2 3 5x j) 7x-4/5 3) Observe os exemplos e resolva as operações com frações: a) 2 3 2 21 1 2 1 d) 1 6 7 g) 1 6 1 b) 5 2 5 53 1 5 3 e) 1 4 5 h) 1 2 1 c) 3 7 3 61 2 3 1 f) 3 7 9 i) 4 3 5 2 4) Observe os exemplos e elimine os produtos e quocientes: a) x4.x5 = x4+5= x9 4 b) x xxxx x x 1 . 15454 5 4 c) 72 7 2 32 2 3 232 .. xxxxxxx d) xxxxx x x x x 2 1 2 32 2 3 2 2 3 2 3 2 . e) 3 23 2 3 2 3 51 3 5 3 53 5 11 . xx xxxx x x x x f) xxx xxxx x x x x 4 3 4 31 . 4 3 4 3 4 3 . 4 3 4 3 .4 3 2 1 2 1 2 1 2 52 2 5 2 2 5 2 5 2 g) 4 9 7 x x j) x3.x7 m) x x h) xx. k) 5.2 xx n) 3. xx i) 5 7 x x l) 65 . xx o) 6 7 2 5 x x p) 7 5.3 x x DERIVADA DE UMA FUNÇÃO REAL Vimos que dada uma função real f(x), a sua taxa média de variação no intervalo ba, é dada pelo quociente ab afbf )()( (1) Geometricamente, tg( )= ab afbf )()( (1) Esta taxa de variação é o coeficiente angular da reta que passa pelos pontos (a,f(a))e (b,f(b)). Esta reta recebe o nome de reta secante ao gráfico de f(x) pelos pontos (a,f(a)) e (b,f(b)). O ideal é trabalharmos com intervalo ba, suficientemente pequeno, ou seja, devemos aproximar os valores de a e b. Quando “a” e “b” estiverem suficientemente próximos temos a Taxa Instantânea de Variação que é matematicamente definida como: ab afbf ab )()( lim , e como b a (b tende para a) temos a taxa instantânea de variação da função f(x) no instante x = a. Graficamente: 5 A derivada da função no ponto x = a, é a inclinação da reta tangente ao gráfico f(x) no ponto (a,f(a)) h xfhxf xf h )()( lim)(' 0 A derivada f ’(x) pode ser denotada também dx df . Observe que quando calculamos f `(x), a derivada da função f(x) em um instante qualquer x, temos uma nova função f(x), ou seja, derivada de uma função é também uma função. Exemplo: Seja f(x) = x². Determine a equação da reta tangente ao gráfico da função f(x) para x =1. Y=f(x)=f(1)=1²=1. Ponto (1, 1) A equação da reta tangente ao gráfico de f(x) no ponto (1,1) é: y=f(a)x+b, ou seja,y=f(1)+b=2x+b y=2x+b Como a reta é tangente ao gráfico de f(x) no ponto (1,1), temos que este ponto pertence a esta reta. Assim, de y =2x+b obtemos:1=2 +b ou b=-1 Logo, a equação procurada é y =2x-1. 6 Exercício resolvido a) Mostre que se f(x)=k então f `(x)=0, para todo. 0)'( 00limlim )()( lim)´( 000 k h kk h xfhxf xf hhh b) Mostre que se f(x)=ax+b então f `(x)=a, para todo x. h xfhxf xf h )()( lim)´( 0 aa h ha h baxbahax h bxabhxa hhhh 0000 lim . limlim ).())(( lim abax )'( c) Mostre que se f(x)=x² então f ´(x)=2x para todo x. xxhxhx h hxh h hxh h xhxhx h xhx xf hhh hhhh 202lim2lim2lim )2(. lim ²2 lim ²²2² lim )²()²( lim)´( 000 0000 d) Mostre que se f(x)=x3 então f ´(x)=3x2 para todo x. 2222 0 22 0 32 0 3323 0 33 0 300333lim )33(. lim ²33 lim ²33 lim )()( lim)´( xxhxhx h hxhxh h hxhhx h xhxhhxx h xhxxf hh hhh Assim, temos as primeiras regras de derivação: (k)`=0 (ax+b)`=a (x²)’=2x (x3)’ = 3x2 De maneira geral, temos a regra: Derivada de uma potência de x : f(x) = xn f ’(x) = n.xn-1 Demonstração: Mostraremos essa relação no caso de n ser inteiro e positivo, embora a propriedade seja válida para todo n real . Temos que (x+x)n-xn =xn + 1 n xn-1(x)1+ 2 n xn-2(x)2+...+ 2n n x2(x)n-2+ 1n n x1(x)n-1+ n n x0 (x)n -xn. Logo x xxx nn )( = 1 n xn-1+ 2 n xn-2(x)+...+ 2n n x2(x)n-3+ 1n n x1(x)n-2+ n n x0 (x)n-1 . Portanto, f ‘(x) = x xfxxf x )()( lim 0 = x xxx nn x )( lim 0 = 1 n xn-1 = )!1(!1 ! n n xn-1 = n. xn-1. Exemplo: f(x) = x5 f ’(x) = 5. x4 (x n )’ =n.x 1n , para todo n Q 7 Observe que nesta regra, dependendo do valor de n, podemos ter restrições sobre x. Por exemplo, se n = 2 1 então xxx n 2 1 , daí 1 2 1 2 1 . 2 1 )'( xx ou seja 2 1 2 1 . 2 1 )'()( xxx . Logo (x 21 )`= 2 1 2 1 x ,isto é, ( x )`= x2 1 e assim devemos exigir que x>0. Também, se n= 3 1 então 331 xxx n Daí 3 2 3 2 1 3 1 3 1 3 1 . 3 1 . 3 1 )'( x xxx , isto é, 3 3 ²3 1 )'( x x . Uma vez que j iji xx . Observe que neste caso devemos exigir x 0. Uma aplicação da derivada Sabemos que a velocidade média é dada pelo quociente: vm = tempodo variação posição da variação , que é uma taxa média de variação. Se a posição é dada em função do tempo t por y = f(t) temos que a velocidade média entre os instantes t0 e t1 é determinada por vm = t y = 01 01 )()( tt tftf = t tfttf )()( . Agora, para calcular a velocidade em cada instante t (velocidade instantânea), devemos observar intervalos cada vez menores de tempos, ou seja, devemos calcular o limite da velocidade média, quando t se aproxima de zero: v(t) = t tfttf t )()( lim 0 = f ’(t) Exemplo: Um móvel tem a posição (em km) dada em função do tempo (em h) por f(t) = 20t2, então a sua velocidade no instante t é dada por v(t) = f’(t) = 40t. Logo no instante t = 3h a velocidade será v(3) = 40.3 =120km/h. Exercícios resolvidos 1) Calcule as derivadas das seguintes funções: a) y=6x b) y=-7x+8 c) y=-3x+x²-1 d) y=-2x10 -3 y’=6 y’=-7 y’=2x-3 y’=-20x 9 e) y=x 51 +x²-3x y’= 32 5 1 32 5 1 32 5 1 32 5 1 5 4 5 4 5 4 1 5 1 x x x x xxxx f) y= xx 2. 3 1 7 1 y’= 2 21 1 2 21 1 2 21 1 2 21 1 7 6 7 6 7 6 1 7 1 x x xx 8 2) Seja f(x)=x²-5x+6, calcule a equação da reta tangente ao gráfico de f(x) no ponto x=2 e interprete geometricamente. Para x=2 temos f(x)=0. Logo o ponto de tangência no gráfico de f(x) é o ponto (2,0) pertence ao gráfico de f(x) e a reta tangente f(x)=x²-5x+6 f ’(x)=2x-5 f `(2)=2.2-5=-1 inclinação da reta tangente procurada Portanto a equação desta é: y =-1x+b Como (2,0) está nesta reta temos: 0=-1.2+b e b=2. E a equação é y = -x+2. 3) Calcule a derivada das seguintes funções: a) y=3x²-5x y’=6x-ln(5). 5x b) y= xe2³. 3 1 x y’=x² xe2 4) Seja f(x)= )ln().5ln(7 3 2 5 1 4 xex x x . Calcule f `(x). x exxf x x 1 ).5ln(7 3 2 . 3 2 ln).4.( 5 1 )`( 5 5) Calcule a derivada da função y = )cos(4)(23.73 5 xxsenx x )(4)cos(23).3ln(715` 4 xsenxxy x Derivadas - resumo das regras (k)’ = 0 (kx)’ = k (xn)’ = n.xn-1 (un )’=n.un-1 .u’ (ex)’ =ex (eu )’ = u’.eu (ax)’= ax.ln(a) (au )’= u’. au .ln(a) (lnx)’ = x 1 (ln(u))’= u u ' (u.v)’ = u’.v + u.v’ (sen(x))’=cos(x) (cos(x))’=-sen(x) (tg(x))’ = sec²(x) (sen (u))’ = u’.cos (u) (cos(u))’= - u’.sen (u) (tg(u))’=u’.sec²(u) (loga(x))’= ax ln 1 (loga(u))’= au u ln. ' v u ’= 2)( '.'. v vuvu REGRA DA CADEIA Se f(u) e por sua vez u=g(x) então )(')).((')))'((())'(( xgxgfxgfuf Exemplos: Calcule a derivada das seguintes funções: 1) y = 3 2 5xx =(x²-5x)1/3 y’ = 1/3 (x²-5x)-2/3.(2x-5) = 3 )²5²(3 52 xx x 2) y = 93 x =(3x+9)1/2 y’ = ½ (3x+9)-1/2 .3 = 932 3 )93(2 3 2/1 xx 9 3) y = (3x2+5)5 y’ = 5.(3x²+5)4.6x =30x(3x²+5)4 4) y = 2.e3x-1 y’ = 2.3 e3x-1 = 6.e3x-1 5) y = ln (x2-5x+1) y’ = 6) y = x².ex y’ = u’.v+u.v’ = 2x.ex+x².ex =(2x+x²)ex 7) y =sen(5x+1).ln(3x-2) 'y (sen(5x+1))’.ln(3x-2)+(sen(5x+1)).(ln(3x-2))’ 'y cos5x+1.5ln(3x-2)+(sen5x+1). 3 23 1 x 'y 5cos5x+1.ln(3x-2)+(sen5x+1). 23 3 x 8) y= 12 3²2 x x )²12( )'12).(3²2()12)'.(3²2( ' x xxxx y 12 12 1 ).3²2(12.4 ' x x xxx y 12 12 3²2 12.4 ' x x x xx y )²12( 3²2 12 12.4 ' 12 1 . 12 3²2 12.4' x x x xx y xx x xxy DERIVAÇÃO IMPLÍCITA Seja F(x, y) = 0 uma equação nas variáveis x e y. A função y = f(x) é definida implicitamente pela equação F(x, y) = 0, quando F(x, f(x)) = 0. Em outras palavras, quando y = f(x) satisfaz à equação F(x, y) = 0. Podemos calcular a derivada de uma função definida implicitamente sem necessidade de explicitá-la. Para isto usaremos novamente a regra da cadeia. Suponha que F(x, y) = 0 define implicitamente uma função derivável y = f(x). Através de exemplos mostraremos que podemos calcular y sem conhecer y. Exemplos: 1) Se x²+y² =25 para calcular y’, derivamos ambos os lados e obtemos 2x+2y.y’=0. Concluindo que, y’ =-2x/2y = -x/y. 2) Seja y dado implicitamente por 3xy+sen(y) = y³, derivamos ambos os lados: 3.y+3x.y’+cos(y).y’ = 3y².y’ observe que acrecentamamos y’ a cada derivada com y. 3xy’-3y²y’ + cos(y).y’=3y y’(3x-3y²+cos(y)) = 3y y’ = )cos(33 3 yyx y 10 3) x²y + xy²= 6 2xy+x²y’+1y²+x2yy’=0 (x²+2xy)y’ = -y²-2xy y’ = -y²-2xy/x²+2xy Exercício: Use a derivação implícita para determinar dy/dx: a) x²y + x³y²= x f) ln(y-x)=ln(y+x) b) 2xy + y² = x+ y g) (x²-y²)² = y²+x² c) y. sen(y) = 1 – x h) y³ = (x-y)/(x+y) d) sen(y) = xy i) ln(yx) = exy e) ey = x+y j) x³+y³=5Quando temos vários tipos de funções envolvidas no cálculo da derivada, devemos aplicar o logaritmo natural e a derivação implícita. Exemplos: 1) y = xx aplicar logaritmo dos 2 lados ln y = ln xx usar a regra do expoente ln y = x.ln x derivar dos 2 lados (ln y) ‘ = (x.ln x)’ y’/y =1lnx+x.1/x isolar y’ y’ = (lnx+1).y substituir y y’ = (lnx+1).xx 2) y = x cos(x) ln y = ln xcos(x) ln y = cos(x).ln(x) y’/y = -sen(x).ln(x)+cos(x).1/x y’ = (-sen(x).ln(x)+cos(x)/x).y y’ = (-sen(x).ln(x)+cos(x)/x).xcos(x) 3) Y= xex ln y =ln xex ln y = ex.ln x derivando y’/y = ex.lnx+ex.1/x y’= ex(lnx+1/x).y y’ = ex (lnx+1/x) xex Em geral: Se y= )()( xgxf então )))'(ln().(.()(' )( xfxgxfy xg Exercício: Usando a derivada de logaritmo, calcule y’. a) Y= 2xx e) y= 2 )ln( xx b) Y = )ln(xx f) y =(x²)x c) Y = xxsen ))(( g) y = x2x+1 d) Y = )(xsenx h)Y = x2/x 11 DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR Observando as regras de derivação, percebemos, que a derivada de uma função f(x), isto é, f ’(x) ou dx df , é também uma função. Assim sendo, podemos derivá-la também, obtendo a 2ª derivada de f(x), que denotaremos por f ’’(x) ou ² ² dx fd . Da mesma maneira )('' xf também é uma função e assim podemos, derivá-la para obter )(''' xf ou ³ ³ dx fd . De maneira geral, à partir de uma função f(x) podemos obter a n-ésima derivada de f(x), denotada por )()( xf n ou n n dx fd ,onde n 1 , n . A derivada de segunda ordem de f é a derivada da derivada de f, a derivada de terceira ordem de f é a derivada da derivada de segunda ordem, e assim sucessivamente. y = f(x) função y’ = f ’(x) 1ª derivada y’’= f ’’(x) 2ª derivada y’’’= f ’’’(x) 3ª derivada y(4) = f (4)(x) 4ª derivada y(n) = f(n) (x) n-ésima derivada. Exemplos: 1) f(x) = x4+x3+x2+x+1 f ’(x) = 4x3+3x2+2x+1 f ’’(x) = 12x2+6x+2 f ‘’’(x) = 24 x+6 f (4)(x) = 24 f (5)(x) = 0 (e todas as demais derivadas também) 2) f(x) = ln x f ’(x) = 1/x f ’’(x) = -1/x2 f ’’’(x) = 1/x3... 3)f(x) = e-x f’(x) = -e-x f”(x) = e-x f ”’(x) = -e-x... Conclusão Vemos que a derivação é uma técnica matemática de grande poder e versatilidade. É um dos conceitos centrais do Cálculo, e tem diversas aplicações: Traçado de curvas, Otimização de funções, Análise de taxas de variação, Cálculo de velocidade e aceleração. Para cada tipo de função existe uma regra para encontrarmos a derivada. Precisamos conhecer cada função para aplicar a regra correta. Devemos observar qual é a variável (geralmente x) e quais são constantes (n, c, k, a, e que representam números fixos). Veja: 12 Mais Exemplos Resolvidos: Função Derivada 1) f(x) = 9 f ’(x) = 0 2) f(x) = x5 f ’(x) = 5x4 3) f(x) = 3.x5 f ’(x) = 3.5.x4 = 15x4 4) f(x) = 3x2 +2x+4 f ’(x) = 3.2x+2+0= 6x+2 5) f(x) = 7x-x3 f ’(x) = 7 – 3x2 6) f(x) = x. x f’(x)=1. x +x.½x – ½ = x + ½ x ½ = x +½ x = 3/2. x 7) f(x) = 2 3 2 x x f ’(x) = 22 2 )2( 2.3)2.(3 x xxx = 22 2 )2( 63 x x 8) f(x) =(x+2)8 f ’(x)= 8.(x+2)7.1= 8.(x+2)7. 9) f(x) = ln(3x-4) f ’(x) = 43 3 x 10) f(x) = log 2(5x+3) f ’(x) = )2ln()35( 5 x 11) f(x) = 3xe f ’(x) =3x 2 . 3xe 12) f(x) = 24x f ’(x) = 4.24x.ln(2) 13) f(x) = sen (3x) f ’(x) = 3.cox(3x) 14) f(x) = cos (7x+2) f’(x) = -7 .sen(7x+2) Agora é a sua vez! Lista de Exercícios: Calcule as derivadas das seguintes funções: 1. y = 0,2x+0,5x2-0,3 2. y = -0,6x 3. y = x. x 4. y = 3-x6+x8 5. y = -x3 6. y = x .x –1 7. y = 4x+5x2+6x3+7x4 8. y = 6x2+ 7-x 9. y = xx xx 4 2 5,0 43 10. y = 2 1 4 3 x 11. y = 2 x 12. y = 5 32 53 32 x xxx 13. y = x x 3 2 14. y = 2 3 x x 15. y = )log( )ln( x x 16. y = 3 2 5xx 17. y=ex/x 18. y = x2.(2x-1)4 19. y = 34 3 4 4 5 xx 20. y = 5 4 x 21. y = x x 3 2 22. y = 7.ex + ln(x) – ln 2 23. y = 6x 0,5 24. y =x3. log(x) 25. y = 5 x -3x+5 26. y = 35 xx 27. y = 93 x 28. y = 10x + 5. ln(x) + 3x+4 29. y = 5. ex+ 6. ln(x) +3. 2x + 6 30. y = (ln(x))3 31. y =5.3x 32. y = 12x + x3 33. y = x2.ex 34. y = (3x2+5)5 35. y = (2x-4)3 36. y = -x.ln(x) 13 37. y = (x3 –3x2)4 38. y = (4 – 7x)7 39. y = (e5x+3)4 40. y = 32 xe 41. y = 2.e3x-1 42. y = 5x – 3x2 +4 43. y = e5-2x 44. y = 5.e2-x 45. y = 2x . x2 46. y = ln (x2-5x+1) 47. y = ln ( 3x-4) 48. y = x.(x+3)3 49. y = log (4-x2) 50. y = log 2 ( x+x2) 51. y = 3x5.e4x+2 52. y = 23x + 5.(3-x2)6 + e5x+2 53. y = 102x-3 54. y = 3x2 e2-x. 1. Funções inversas 1.1 Função inversível: definição, teoremas e construção de gráficos Se y =f(x) é uma função estritamente crescente ou estritamente decrescente no intervalo I, então existe uma função x = f -1 (y), chamada de função inversa, tal que f(f -1(y)) = y e f -1(f(x)) = x. Onde o domínio da função f é a imagem da função f -1 e a imagem de f é o domínio da f -1. Para obter a expressão de f -1(x) devemos isolar a variável x em y = f(x) e depois trocamos as variáveis. Exemplos: (1) y = f(x) = x + 4 é estritamente crescente, então y = x + 4 -x = -y + 4 x = y – 4 x = f –1(y) = y – 4 y = x-4 é a inversa. (2) y = f(x) = 2x é estritamente crescente, então y =2x x= y/2 x = f –1 (y) = y/2 y = x/2 é a inversa . (3) y = f(x) = ex é estritamente crescente, então existe a inversa de f, que é dada por f –1(y) = x = ln y, pois f -1(f(x)) = f –1(ex) = ln ex = x; f(f –1(y)) = f(ln y) = eln y = y. Ou seja, as funções exponencial e logarítmica são inversas uma da outra. (4) y = f(x) = x2 não é estritamente crescente (ou decrescente) em |R, por isso devemos tomar um intervalo de crescimento ou decrescimento. Por exemplo, considerando a função y = f(x) = x2 definida no intervalo I =(0,+) (estritamente crescente) temos y =x2 x = f –1(y) = + y y = + x é a função inversa da f. Se tivéssemos tomado o intervalo decrescente I =(-,0) teríamos y = x2 x = f –1(y) = - y y = - x como função inversa de f. 1.2 Funções Trigonométricas Inversas Como as funções trigonométricas não são estritamente crescentes ou decrescentes, elas não têm funções inversas. Mas podemos restringir o seu domínio de forma a torná-las crescentes ou estritamente decrescentes. Inversa da função seno Devemos restringir o domínio da função y = sen (x) em -/2 x /2. A inversa da função seno restrita é denotada por y = arcsen (x) ou y = sen-1(x). ( note que sen-1(x) 1/sen(x)). arcsen(x) = y sen(y) = x e -/2 y /2 Assim, se _1 x 1, arcsen(x) é o número entre -/2 y /2 cujo seno é x.A inversa da função seno, y =arcsen(x) tem domínio [-1,1] e variação [-/2, /2]. 14 Exemplos: 1) arcsen(1/2) = /6. 2) arcsen( 2 /2) = /4 Inversa da função co-seno Devemos restringir o domínio da função y = cos (x) em 0 x . A inversa da função co-seno restrita é denotada por y = arccos (x) ou y = cos-1(x). ( note que cos-1(x) 1/cos(x)). arccos(x) = y cos(y) = x e 0 y Assim, se _1 x 1, arccos(x) é o número entre 0 y cujo co-seno é x. 15 Exemplos: 1) arccos(1/2) = /3. 2) arccos( 2 /2) = /4 16 1.3 Derivadas dasfunções trigonométricas 1) f(x) = sen (x) f ’(x) =cos (x) Dem.: f ’(x) = h xfhxf h )()( lim 0 = h xhx h )sen()sen( lim 0 = h xhxhx h )sen()sen().cos()cos().sen( lim 0 = h h x h h x h )sen( ).cos( 1)cos( )sen(lim 0 = h h x hh 1)cos( lim)sen(lim 00 + )cos(lim 0 x h . h h h )sen( lim 0 = sen(x).0 + cos(x).1 = cos(x). 2) f(x) = cos(x) f ’(x) = -sen(x) Demonstração: Exercício 3) f(x) = tg(x) f ’(x) = sec2(x) Demonstração: f(x) = tg(x) = )cos( )sen( x x f ’(x) = 2))(cos( ))sen().(sen()cos().cos( x xxxx = )(cos )(sen)(cos 2 22 x xx = )(cos 1 2 x = sec2(x) 4)(f(x) = cotg(x) f ’(x) = -cossec2(x) Demonstração: Exercício. 5) f(x) = sec(x) f ’(x) = sec(x).tg(x) Demonstração: f(x) = sec(x) = )cos( 1 x f ’(x) = )(cos ))sen(.(1)cos(.0 2 x xx = )(cos )sen( 2 x x = )cos().cos( )sen( xx x = )cos( )sen( . )cos( 1 x x x =sec(x) .tg(x). 6) f(x) = cossec(x) f ’(x) = -cossec(x).cotg(x) Demonstração: Exercício. 2.4 Derivadas das funções trigonométricas inversas Seja f uma função inversível, com inversa g, temos que f(g(x))=x, para todo xDg. Deste modo, para todo x Dg [f(g(x))]’ = x’ f ’(g(x)).g’(x) = 1 g’(x) = ))((' 1 xgf Agora, podemos estabelecer a derivada das funções trigonométricas inversas: g(x) = arcsen(x) g’(x) = 21 1 x , -1< x <1 Demonstração: Lembre-se que sen (arcsen(x)) = x, pois g(x) =arcsen (x) é inversa de f(x)=sen(x). g(x) = arcsen(x) g ’(x) = ))(arcsen(' 1 xf = ))(cos(arcsen 1 x =* 21 1 x . * cos2(arcsen(x))+sen2(arcsen(x))=1 cos2(arcsen(x))+x2=1 cos2(arcsen(x))=1-x2 17 cos(arcsen(x)) = 21 x , pois arcsen(x) [-/2, /2]. g(x) = arccos(x) g’(x) = - 21 1 x , -1< x <1 Demonstração: Exercício. g(x) = arctg(x) g’(x) = 21 1 x Demonstração: Exercício. Lista de exercícios 1) Derive: a) F(x) = cos(ln(x)) k) f(x) = e-cos(x) b) F(x) = cos(x).cossec(x) l) f(x) = 7cossec(x) c) F(x) = ln(cotg(7x)) m) f(x) = (cos(x))5 d) F(x) = (tg(2x))5 n) f(x) = )sen(x e) F(x) =arcsen(x²) o) f(x) = sec²(x) f) f(x) = cotg(x) p) f(x) = sec(x²) g) F(x) = cossec(3-x) q) f(x) = h) F(x) = sen(x).tg(x) r)f(x) = (cos(2x))4 i) F(x) = s) f(x) = 5.sen(x²-2) j) F(x) = tg(x+5) 2) Uma partícula move-se sobre o eixo x de modo que no instante t a posição é dada por x = cos(4t). Determine: a) a posição no instante t = π/12 e t = π/4 b) a velocidade no instante t. c) a aceleração no instante t. 2. ESTUDO DA VARIAÇÃO DAS FUNÇÕES Através dos conceitos de diferenciabilidade e de continuidade de uma função num intervalo contido em seu domínio, vamos descobrir que é possível estudar sua variação e, portanto, construir o seu gráfico. Para tanto, precisamos estabelecer alguns conceitos e alguns resultados, como, por exemplo, determinar os intervalos de crescimento e decrescimento, a concavidade, o ponto de inflexão. Um resultado que é muito importante e estabelece um dos resultados centrais do Cálculo Diferencial, com consequências fundamentais para o estudo de uma função, a partir de informações sobre sua derivada num determinado intervalo é o Teorema do Valor Médio. 2.1. Intervalos de crescimento e decrescimento Seja f uma função definida em um intervalo I. f é crescente em I se para todos pontos x1, x2 I temos x1 < x2 f ( x1 ) < f ( x2 ) . f é decrescente em I se para todos pontos x1, x2 I temos x1 < x2 f ( x1 ) > f ( x2 ) . Se y = f(x) é derivável no intervalo J. Então temos: Se f ’(x) > 0 para todo x interior a J, f(x) será crescente em J. Se f ’(x) < 0 para todo x interior a J, f(x) será decrescente em J. Se f ’(p) = 0, então p é dito ponto crítico. 18 Exemplos: 1. f(x) = x2 -3x +2 f’(x) = 2x-3 > 0 x >3/2 f é crescente em (3/2, +). f’(x) = 2x-3 < 0 x <3/2 f é decrescente em (-, 3/2). 2. f(x) = x3-2x2 + x + 2 f ’(x) = 3x2- 4x +1=0 x = 1 ou x = 1/3 Testando um ponto em cada intervalo: 1/3 1 x=0 f’(0) =3.02–4.0+1=1>0 x= 0,5f’(0,5) =3.0,52–4.0,5+1=-0,25 <0 x=2 f’(x) =3.2–4.2+1=5>0 Portanto, f é crescente em (-, 1/3), ou seja, x<1/3 e em (1, +), ou seja, x>1; e f é decrescente em (1/3,1), ou seja, 1/3 < x <1. 2.2.Concavidade e ponto de inflexão Se f ’’(x) > 0 em J, então o gráfico de y = f(x) terá concavidade para cima em J. Se f ’’(x) < 0 em J, então o gráfico de y = f(x) terá concavidade para baixo em J. Concavidade para cima f ”(x) > 0 Decrescente f ’(x) < 0 Concavidade para baixo f ” (x) < 0 Decrescente f ’(x) < 0 Concavidade para cima f ” (x) > 0 Crescente f ‘(x) >0 Concavidade para baixo f ”(x) < 0 Crescente f ’(x) >0 Os pontos, onde a concavidade se altera, são chamados de pontos de inflexão. Em economia, o ponto de inflexão é conhecido como ponto de retorno decrescente. Por exemplo, o total de vendas de um fabricante de ar condicionado em função da quantia aplicada com propaganda é dado pelo gráfico abaixo, onde vemos que o ponto de inflexão é (50, 2700). Pelo gráfico vemos que o total de vendas cresce vagarosamente a princípio, mas a medida que é gasto mais com propaganda, o total de vendas cresce rapidamente. Atingindo o ponto onde qualquer gasto adicional com propaganda resulta em crescimento de vendas, mas a uma taxa menor. Esse é o ponto de retorno decrescente. 19 Exemplos: 1) Estude as funções com relação à concavidade e pontos de inflexão. a). f(x) = x3 –6x2 +4x -10 f ’(x) = 3x2-12x + 4 f ’’(x) = 6x-12 > 0 x > 2 f tem concavidade para cima em (2,+). f ’’(x) = 6x –12 < 0 x < 2 f tem concavidade para baixo em (-, 2). Logo 2 é o ponto de inflexão. b). f(x) = x2 +3x f ’(x) = 2x+3 f ’’(x) = 2> 0 para todo x. Logo f tem concavidade para cima em todo seu domínio. Não há pontos de inflexão. 2.3. Teorema do valor médio Antes de enunciar o teorema do Valor médio, vamos analisar alguns resultados. O teorema abaixo garante a existência de pontos extremos (máximo e mínimo) de uma função, sem a hipótese de que a função seja derivável. Teorema (Weierstrass): Seja f : [a, b] → R contínua. Então existem x1 e x2 em [a, b] tais que: f(x1) ≤ f(x) ≤ f(x2), para todo x [a, b]. FIGURA 1 Teorema (Rolle): Seja f : [a, b] → R contínua, derivável em (a, b) e tal que f(a) = f(b). Então, existe pelo menos um c (a, b) tal que f′(c) = 0. 20 FIGURA 2 A importância do próximo teorema deve-se ao fato dele estabelecer uma relação importante entre a função e sua derivada. Teorema do valor Médio: Seja f uma função contínua em [a,b] e derivável em (a,b) então existe c pertencente a (a,b) tal que ab afbf cf )()( )(' Em outras palavras, existe pelo menos um ponto no gráfico de f, onde a reta tangente nesse ponto é paralela à reta secante que liga (a, f(a)) e (b, f(b)), ou seja, a reta tangente ao gráfico de f traçada pelo ponto (c,f(c)) é paralela à reta que passa por (a,f(a)) e (b,f(b)). (b,f(b)) (c,f(c)) (a, f(a)) (c,f(c)) FIGURA 3 É preciso observar que o TVM não garante a unicidade do ponto c. Na figuraacima, existem dois desses pontos. Na figura abaixo apenas um: x0. 21 FIGURA 4 Corolários 1. Seja f uma função contínua em [a, b] e derivável em (a, b). Se f′(x) = 0 para todo x (a, b), então f é constante. 2. Sejam f e g funções contínuas em [a, b] e deriváveis em (a, b). Se f′(x) =g′(x) para todo x (a, b) então f(x) = g(x) + k, onde k é uma constante. Exemplos: 1. Suponhamos que um carro percorre uma distância de 180 km em 2 horas. Denotando por s = s(t) a distância percorrida pelo carro após t horas, a velocidade média durante esse período de tempo é: vm = 02 0180 02 )0()2( ss = 90km/h Portanto, pelo Teorema do Valor Médio, temos que o carro deve ter atingido a velocidade de 90 km/h pelo menos uma vez nesse período de tempo. 2. Encontre um número c que satisfaça a conclusão do Teorema do Valor Médio para a função f(x) = x²+2x-1 no intervalo [1,5]. ab afbf cf )()( )(' = 8 4 234 15 )1()5( ff Mas, f ’(x) = 2x+2. Portanto f ’(c) = 2c+2 = 8. Logo, 2c=6 e, portanto c = 3. 3. Verifique que a função f satisfaz as 3 hipóteses do Teorema de Rolle no intervalo dado e encontre todos os valores de c que satisfazem a conclusão do Teorema de Rolle. a) f(x) = x²-4x+1, [0,4]. H1) f é contínua em [0,4], pois é uma polinomial. H2) f é derivável em todos os pontos interiores de [0,4], sua derivada é f ’(x) =2x-4. H3) f(0) = 0²-4.0+1 =1 e f(4) = 4²-4.4+1 = 1, portanto, f(0)=f(4). Logo, existe c(0,4) tal que f ’(c) = 0. Mas, f´(x) = 2x-4 e assim, f´(c) = 2c-4=0 implica que c = 2. b) f(x) =x³-3x²+2x+5, [0,2]. H1) f é contínua em [0,2], pois é uma polinomial. H2) f é derivável em todos os pontos interiores de [0,2], sua derivada é f ’(x) =3x²-6x+2. H3) f(0) = 0³-3.0²+2.0+5 = 5 e f(2) =2³-3.2²+2.2+ 5 = 5, portanto, f(0)=f(2). Logo, existe c(0,2) tal que f ’(c) = 0. Mas, f´(c) = 3.c²-6.c+2 =0 implica que c = 3+ 3 e c = 3 - 3 . Como 3+ 3 (0,2), temos que a solução é c= 3- 3 . 4) Seja f(x) = x2+5x, para 1 x 3, determine c e esboce os gráficos de f e das retas s e T. 22 Solução: Temos que a = 1 e b = 3, f(a) = f(1) = 12+5.1 = 6 e f(b) = f(3) = 32+5.3 =24. Também, temos que f ’(x) = 2x+5, logo f ’(c) = 2c+5. Usando o TVM temos )(' )()( cf ba afbf 13 624 =2c+5 9 = 2c+5 c=2. 2.4 Máximos e mínimos Sejam y = f(x) uma função e p um número real pertencente ao domínio da f. Dizemos que p é um ponto de máximo local de f se existir um intervalo aberto J, com p em J, tal que para todo x em J e x no domínio da f ocorrer: f(x) f(p). Neste caso, f(p) é o valor máximo local. Dizemos que p é um ponto de mínimo local de f se existir um intervalo aberto J, com p em J, tal que para todo x em J e x no domínio da f ocorrer: f(x) f(p). Neste caso, f(p) é o valor mínimo local. Se f(x) f(p) para todo x no domínio da f então p é um ponto de máximo global ou absoluto. Se f(x) f(p) para todo x no domínio da f então p é um ponto de mínimo global ou absoluto. Os pontos de máximo ou de mínimo são ditos extremos da função f. Teorema: Seja f uma função contínua e sejam a, b, c números reais tais que a < b < c e tal que [a,c] Df. Então, se: f(a)<f(b) e f(b) > f(c) f tem ponto de máximo p entre a e c. f(a)>f(b) e f(b) < f(c) f tem ponto de mínimo p entre a e c. Este teorema nos fornece um método para determinar estimativas para máximo e mínimo. Exemplos: f(x) =2x3, -5 x 5 X -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 f(x) -138 -26 32 48 34 2 -36 -68 -82 -66 -8 Observe: no intervalo [-3,-1] devemos ter um ponto de máximo local, pois f(-3) < f(-2) e f(-2) > f(-1). No intervalo [2,4] devemos ter um ponto de mínimo, pois f(2)>f(3) e f(3)<f(4). Seja y = f(x) função derivável em p, p interior ao domínio. Uma condição necessária para que p seja extremante local de f é que f ’(p) = 0, ou seja, p deve ser ponto crítico de f. A condição f ’(p) = 0 não é suficiente, ou seja, podemos ter f ’(p) = 0, mas p não extremante. (p pode ser extremo do intervalo). Teste da Primeira Derivada Seja f uma função contínua em um intervalo aberto (a, b) contendo xo . Se f é derivável em todo os pontos do intervalo (a , b ) , exceto possivelmente em xo , então i) f ’(x) > 0 , x(a, xo) e f ’(x) < 0, x(xo, b)f tem um valor MÁXIMO RELATIVO em xo . ii) f ’(x) < 0 , x(a, xo) e f ’(x) > 0, x(xo, b)f tem um valor MÍNIMO RELATIVO em xo Teste Da Segunda Derivada 23 Se f ’(p) = 0 e f ”(p) > 0, então p é ponto de mínimo local. Se f ’(p) = 0 e f ”(p) < 0, então p é ponto de máximo local. Exemplos: 1) Determine os pontos extremos da função f(x) = 2x3 +3x2-12x-7 Solução: f ’(x) = 6x2 +6x-12 = 0 x =1 ou x =-2 f ”(x)=12x+6 f ”(1) = 18 >0 e f ”(-2) = -18< 0 p =1 é ponto de mínimo local e p = -2 é ponto de máximo local. 2) Seja f(x)=x³-9x²-48x+52. Ache os pontos de mínimo e máximo locais de f(x), se existirem, e os intervalos de crescimento e decrescimento de f(x): f(x)=x³-9x²-48x+52 f `(x)=3x²-18x-48 f `(x)=0 3x²-18x-48=0 8 2 6 3018 900 57632448.3.4324 2 1 x x x 1x =-2 e 2x =8 são os pontos críticos da função f. f’’(x) = 6x-18 f’’(-2) = 6.(-2) – 18 = -30 <0 x1 = -2 é o ponto de máximo local de f(x) f’’(8) = 6.8 – 18 = 30 > 0 x2 = 8 é o ponto de mínimo local de f(x) Intervalos de crescimento ou decrescimento de f(x): Logo f(x) é crescente nos intervalos: (-∞,-2) e (8,∞) f(x) é decrescente no intervalo: (-2,8) 2.5. Regras de L’Hopital As regras a seguir aplicam-se a limites que apresentam indeterminações do tipo 0 0 ou . Teorema: Sejam f e g deriváveis em um intervalo aberto I com p I e g’(x) 0. Se )( )( lim xg xf px = 0 0 ou )( )( lim xg xf px = e se existir )(' )(' lim xg xf px (finito ou infinito) então )( )( lim xg xf px existirá e )( )( lim xg xf px = )(' )(' lim xg xf px . Observe que a regra é válida par x p ou x p- ou x p + ou x + ou x -. Exemplos: 1. 1 386 lim 4 35 1 x xxx x = 0 0 24 1 386 lim 4 35 1 x xxx x = '4 '35 1 1 386 lim x xxx x = 4 5 4 8185 lim 3 24 1 x xx x 2. x x x ln lim x x x ln lim 0 1 lim 1 1 lim ' )'(ln lim x x x x xxx 3. 13 32 lim 23 3 xx xx x 2.6. Gráficos Para o esboço do gráfico de uma função f devemos fazer o estudo completo da função. 1. Domínio 2. Pontos críticos 3. Intervalos de crescimento e decrescimento 4. Pontos de máximo e mínimo locais 5. Concavidade e pontos de inflexão 6. Calcular os limites laterais nos extremos 7. Calcular os limites nos pontos de descontinuidade 8. Assíntotas 9. Cruzamento com os eixos Assíntotas Dizemos que a reta y = mx+n. é uma assíntota, em +, do gráfico da função y = f(x) x lim [f(x)-(mx+n)]= 0 Dizemos que a reta y = mx+n. é uma assíntota, em -, do gráfico da função y = f(x) x lim [f(x)-(mx+n)]= 0 Intuitivamente, dizer que a reta y = mx+n é uma assíntota, em +, significa que, à medida que x cresce, o gráfico de y = f(x) vai encostandocada vez mais no gráfico da reta. 25 y = mx+n y = n y = n é uma assíntota horizontal y = mx+n é assíntota oblíqua Dizemos que a reta vertical x = k é uma assíntota vertical, à direita, para o gráfico da função y = f(x) se kx lim f(x) = . Dizemos que a reta vertical x = k é uma assíntota vertical, à esquerda, para o gráfico da função y = f(x) se kx lim f(x) = . k k Observe que k é um ponto de descontinuidade. Exemplo: f(x) = x x 43 x lim x x 43 = 3 y = 3 é assíntota horizontal em +. x lim x x 43 = 3 y = 3 é assíntota horizontal em -. O ponto de descontinuidade é x = 0. Como x x x 43 lim 0 temos que x = 0 é uma assíntota vertical à direita e como 0 lim x x x 43 = - temos que x = 0 é, também, assíntota vertical à esquerda. 10 0 101 3 7 11 3x 4 x x 2) f(x) = 1 4 2 x x x lim 1 4 2 x x = x lim x2 4 = 0 y = 0 é uma assíntota horizontal em +. 26 x lim 1 4 2 x x = x lim x2 4 = 0 y = 0 é uma assíntota horizontal em -. Os pontos de descontinuidade são 1 e –1. 1 lim x 1 4 2 x x = + temos que x = 1 é uma assíntota vertical à direita. 1 lim x 1 4 2 x x = - temos que x = 1 é uma assíntota vertical à esquerda. 1 lim x 1 4 2 x x = - temos que x = -1 é uma assíntota vertical à direita. 1 lim x 1 4 2 x x = + temos que x = 1 é uma assíntota vertical à esquerda. 2 0 2 20 20 4x x 2 1 x Listas de Exercícios 1. Determine os pontos críticos, os intervalos de crescimento e decrescimento, a concavidade, ponto de inflexão e pontos extremos das funções: a) f(x) = 3x-5 i) f(x) = 4 –2x q) f(x) = x3/3-2x2+3x+5 b) f(x) = x2+x+1 j) f(x) = x³/3-9x+2 r) f(x) = x3-9x2+6x-5 c) f(x) = x + 1/x k) f(x) = x3-9x2+6x-5 s) f(x) = -x3 –8x2 +3 d) f(x) = 2x2+3x +5 l) f(x) = 3x4-8x³+6x²+2 t) f(x) = 4x3+24x2+36x e) f(x) = 4x3+3x2-18x +5 m) f(x) = x4-8x2+2 u) f(x) = 2x³/3 -2x²-16x f) f(x) = 2x³+3x²-12x-7. n) f(x) = 3x5-5x3 g)f(x) = x4+8x3+18x2-8 o) f(x) = x3-3x-4 h)f(x) = 3 ² x x p) f(x) = 2x x 2. O total de vendas S (em milhares de dólares) de um fabricante de bitorneiras se relaciona com a quantidade de dinheiro gasta com propaganda x, por S = -0,01x³+1,5x²+200. Encontro o ponto de retorno decrescente (ponto de inflexão). 3. Um índice de preços ao consumidor IPC é descrito por f(t) = -0,2t³+3t²+100, onde t =0 corresponde ao ano 1991. Encontre o ponto de inflexão e discuta seu significado. 4. Faça o estudo da função f(x) =(x-1)(x+1)(x-3)e esboce o gráfico. 5. Uma folha de papel contém 375 cm² de matéria impressa, com margem superior de 3,5 cm, margem inferior de 2 cm, margem lateral direita de 2 cm e margem lateral esquerda de 2,5 cm. Determinar quais devem ser as dimensões da folha para que haja o máximo de economia de papel. 6. Uma rede de água potável ligará uma central de abastecimento situada na margem de um rio de 500 metros de largura a um conjunto habitacional situado na outra margem do rio, 2000 metros abaixo da central. O custo da obra do rio é de R$ 640,00 por metro, enquanto, em terra, custa R$ 27 312,00. Qual é a forma mais econômica de se instalar a rede de água potável? Obs: O custo da obra é dado por f(x) = (2000-x).312+ ²500² x .640, conforme figura abaixo. 7. Pretende-se estender um cabo de usina de força à margem de um rio com 1200m de largura até uma fábrica situada do outro lado do rio, 1500m rio abaixo. O custo de estender um cabo no rio é de R$ 25,00 o metro e o custo de estender um cabo em terra é R$ 20,00 o metro. Qual o percurso mais econômico para o cabo? 8. Um galpão para usina de reciclagem deve ser construído tendo uma área retangular de 12100m². A prefeitura exige que exista um recuo de 25m na frente, 20 m atrás e 12m em cada lado. Encontre as dimensões do lote que tenha a área mínima na qual possa ser construído o galpão. 10. Calcule o volume máximo de uma caixa, feita com uma folha de papelão de 40 x 40 cm, retirando-se um quadrado de lado x de cada canto da folha. 12. A receita obtida com a produção de certa mercadoria é dada por R(x) = 63 63 2 2 x xx milhões de reais. Qual a produção que proporciona a receita máxima? Qual é esta receita? 13. Determinar as dimensões de uma lata cilíndrica, com tampa, com volume V, de forma que a sua área total seja mínima. 14. Um edifício de 2000 m2 de piso deve ser construído, sendo exigido recuos de 5 m na frente e nos fundos e de 4 m nas laterais. Ache as dimensões do lote com menor área onde esse edifício possa ser construído. 15. Uma caixa fechada com base quadrada vai ter um volume de 2000 cm3 . O material da tampa e da base vai custar R$ 3,00 por centímetro quadrado e o material para os lados R$ 1,50 por centímetro quadrado . Encontre as dimensões da caixa de modo que o custo seja mínimo . 28 16. Um fazendeiro tem 1200m de cerca e quer cercar um campo retangular que esta a margem de um rio reto. Ele não precisa cercar ao longo do rio. Quais as dimensões do campo que tem a maior área? 17. Seja f(x) = x³ -6x²+9x-3. (a) Encontre os intervalos onde f é crescente e onde é decrescente . (b) Encontre e classifique os extremos relativos . (c) Encontre o valor máximo absoluto da f no intervalo [ –1 , 2 ) . 18. Uma companhia de software sabe que ao preço de $80 por um determinado software eles vendem 300 unidades por mês. Sabem também que para cada redução de $5 no preço eles venderão mais 30 unidades. Qual preço a companhia deve cobrar para maximizar a receita? 19. O lucro total (em dólares) da Companhia Acrosonic pela fabricação e venda de caixas de som é dado por P(x) = -0,02x²+300x-200. 000. Quantas unidades devem ser produzidas para maximizar o lucro? Qual será o lucro máximo? 20. A direção da empresa Trapee and Sons, fabricante de molho de pimenta Texa-pep, estima que seu lucro (em dólares) pela produção diária de x caixas de molho picante Texa-Pep é dado por L(x) = -0,000002x³+6x-400. Qual é o lucro máximo que a empresa pode obter em um dia? 21. A quantidade demandada por mês da gravação de Walter Serkin, produzida pela Shonatha Record, está relacionada com o preço por CD. A equação p(x) = -0,00042x+6 onde p representa o preço unitário em dólares e x é o número de CDs demandados. O custo em dólares para prensar e embalar x cópias é C(x) = 600+2x-0,00002x². Quantas cópias devem ser produzidas por mês para maximizar os lucros? 22. Calcule os seguintes limites: a) 1 12 lim x x x c) xx x x 3 32 lim e) 3x-x 9x -x lim 2 24 0x g) 3 124 lim 3 x x x b) 3 32 lim 2 3 x xx x d) 1 1 lim 2 1 x x x f) 2 ln x x x lim h) 3 96 lim 2 3 x xx x 23. Esboce os gráficos das funções: a) f(x) = x3 –3x2+3x f) f(x) =2x³/3 –2x²-12x b) f(x) = 1 2 x x g) f(x) = 12 2 3 4 24 x xx c) f(x) = x3 –3x2+3x h) f(x) = x 3 –3x-9x d) f(x) = x 3 – 3x 2 +1 i) f(x) = 3x5 – 5x 3 e) f(x) = 2x x j)f(x) = 3x 3x 3. Integrais indefinidas e métodos de integração Um sociólogo que conhece a taxa na qual apopulação está crescendo pode querer usar esta informação para prever a população futura; um físico que conhece a velocidade de um corpo em movimento pode querer calcular a posição futura do corpo; um economista que conhece a taxa de inflação pode desejar estimar os preços futuros. O processo de obter uma função a partir de sua derivada é denominado antiderivação ou integração. Exemplos: (1) Qual a função cuja derivada é f(x) = 2 Lembrando as regras temos que derivando a função P(x) = 2x temos P’(x)=2=f(x). 29 Observe que derivando P(x) = 2x + 1, também obtemos P’(x) = 2. O mesmo para P(x) = 2x-3, ou qualquer função do tipo P(x) = 2x+k, onde k é número fixo. Assim, temos que P(x) = 2x+ k, (k constante) é uma família de soluções para esta questão. Esta família de funções que levam a derivada f(x) = 2 é chamada de primitiva ou antiderivada de f(x), ou seja, P(x) = 2x+k é a antiderivada de f(x) = 2. (2) Qual a função cuja derivada é f(x) = 2x Lembrando as regras temos que derivando a função P(x) = x² obtemos P’(x)=2x= f(x). Mas, derivando P(x) = x² + 10, também obtemos P’(x) = 2x. O mesmo para P(x) = x²-13, ou qualquer função do tipo P(x) = x²+k, onde k é número fixo. Assim, temos que P(x) = x²+ k, (k constante) é a antiderivada de f(x) = 2x (3) Qual a função cuja derivada é f(x) = 3x² Lembrando as regras temos que derivando a função P(x) = x³ obtemos P’(x) =3x²= f(x). O mesmo para qualquer função do tipo P(x) = x³+k, onde k é número fixo. Assim, temos que P(x) = x³+ k, (k constante) é a antiderivada de f(x) = 3x². (4) Qual a função cuja derivada é f(x) = x² (5) Qual a função cuja derivada é f(x) = x³ 3.1.Integrais imediatas Seja f uma função definida em um intervalo I. Dizemos que uma função P, definida em I, é uma primitiva ou antiderivada de f quando P’(x) = f(x) para todo x em I. A antiderivada de f recebe o nome de integral indefinida de f. Denotamos a integral indefinida de f(x) por dxxf )( , ou seja, dxxf )( = P(x) +k, onde P’(x) = f(x), para x I. O símbolo é chamado de sinal de integral, e se assemelha a um “s” alongado. O s vem de soma. O símbolo dx que aparece após o integrando indica que a variável de integração é x. Exemplos: a) xdx = 2 2x + k, pois ( 2 2x + k)’ = 2x/2 +0 = x. b) dx3 = 3x+k, pois (3x+k)’ = 3. c) dxx 34 = x4 +k, pois (x4+k )’ = 4x3. d) dxx n = 1 1 n x n +k, pois ( 1 1 n x n +k)’ = xn (se n -1). Propriedades: 1) dxxgdxxfdxxgxf )()()]()([ 2) dxxfkdxxfk )(.)(. , k :constante Exemplos: 1) x x x x dxx 2 2 1 11 2 )12( 211 x2 + x+ k 2) kx x xx xx x xx dxxx 22 2 23 3 2 1112 3 )23( 2 3 231112 2 30 3) x xx x xx dxxx 3 2 2 4 3 11 2 13 )32( 241113 3 = 4 4x + x2 + 3x+ k 4) dx x 2 1 = 1 112 2 112 x xx dxx = k x 1 5) dxx x ) 3 4( 5 = k x x xxxx dxxx 4 2 421511 5 4 3 2 4 3 2 4 15 3 11 4 34 6) kxx xx dxxdxx 32 32 3 1 2 1 2 1 3 2 . 3 2 2 3 1 2 1 7) dxx 3 = kxx xx dxx 3 43 43 4 1 3 1 3 1 4 3 . 4 3 3 4 1 3 1 8) k x xxx x xdxxxdx xx 3 ||ln23||ln2 1 3||ln232) 32 ( 1 1 21 2 Obtemos então as seguintes regras: Regras de integração 1) dxxn 1 1 n xn (n -1) 4) dxa x = a a x ln +k 2) dxx 1 = dx x 1 =ln |x|+k 5) xdxsen = -cos x+k 3) dxe x =ex+k 6) xdxcos = sen x +k Você deve ter notado que não existisse uma regra específica para integração de produtos e quocientes. Apenas em alguns casos podemos reescrever a função de modo a eliminar o produto ou quociente. Exemplos: 1) dxxxxdx x xx 22 2 34 753 753 = 1 7 2 5 3 3 123 xxx = x3 + 2,5x2- x 7 + k. 2) dxxx 3 = dxxdxxx 2 7 2 1 3. = 92 92 9 9 2 9 2 2 9 xx x +k Mas, a maioria dos produtos e quocientes não pode ser eliminada. Nestes casos, teremos que usar um método para chegar no resultado da integração. Para trabalhar com os métodos de integração há a necessidade de fazer uso de bastante criatividade, percepção e muitos exercícios! 3.2 Integração por Substituição (mudança de variável) 31 É a “versão integral” da regra da cadeia, ou seja, é a regra para calcular integrais do tipo dxxgxgf )(')).(( . Obtemos a solução dessa integral, fazendo uma substituição ou mudança de variável. Assim, dxxgxgf )(')).(( = duuf )( onde u = g(x) e du = g’(x) dx. Exemplo: 3)12( x dx , Fazemos u = 2x +1 e du =2 dx, o que nos leva a dx = ½ du. Substituindo na integral: 3)12( x dx = duu 2 13 = ½ duu 3 = ½ 4 4u + k = 8 4u + k = 8 )12( 4x + k. Podemos verificar nossa resposta por derivação usando a regra da cadeia: [ 8 )12( 4x + k] ’ =4. 8 )12( 3x .2 = (2x+1)3. LEMBRE-SE: regra da cadeia [f(g(x))]’ = f ’(g(x)).g’(x) Exemplos resolvidos a) k xuu duudu x uxdxxx 48 )53( 488 . 6 1 6 1 6 1 .)53.( 8288 7772 du xx du dxx dx du xu 6 1 6 653 2 b) k xuu duudu x uxdxxx 27 )6( 279 . 3 1 3 1 3 1 )6( 399 8 2 82832 = du xx du dxx dx du xu 22 23 3 1 3 36 c) kxuu u u duu x du uxdxxxdxxx u 3 423 43 43 4 3 4 3 1 3 1 3 1 23 2 )6( 8 3 8 3 8 3 3 8 3 4 . 2 1 2 1 2 .)6.(6. du xx du dxx dx du xu 2 1 2 262 d) k x uu u u duu x du uxdxxxdxxx u 9 32 9 2 9 2 2 9 2 3 . 3 1 3 1 3 .)3.(3. 33 32 32 3 2 3 2 1 2 2 1 22 1 3232 du xx du dxx dx du xu 22 23 3 1 3 33 32 e) k xu u u duuduudxxdx x u 33 3 3 444 4 )53(9 5 9 5 9 5 3 . 3 5 3 5 3 1 .5)53.(5 )53( 5 3 353 du dx dx du xu f) k xuu duuduudxx 40 )35( 4085 1 5 1 5 1 )35( 888 777 du du dx dx du xu 5 1 5 535 g) k xu u duudu x xudxxxdx x x 525 5 6662 62 )52(5 1 5 1 54 1 4)52(4 )52( 4 du xx du dxx dx du xu 4 1 4 452 2 h) kxuu u duudxxdxx 332 32 3 2 1 2 1 )2( 3 2 3 2 3 2 2 3 )2(2 du du dx dx du xu 1 12 i) k xxu u duudu x uxdxxxxdx xx x 424 4 5 552 52 )3(4 1 4 1 4 )32( 1 )32()3)(32( )3( )32( du xx du dxx dx du xxu )32( 1 )32( )32(32 3.3.Integração por partes O nome integração por partes provém do fato de que, ao utilizar-se tal técnica, não se completa a integração. Integra-se apenas uma parte e transfere-se o problema original para outra integral, supostamente mais simples. Essa técnica vem da regra de derivação do produto, veja: [f(x).g(x)]’= f ’(x).g(x) + f(x).g’(x) f (x).g’(x) = [f(x).g(x)]’- f ’(x).g(x) Integrando-se ambos os lados obtemos dx )(x).g(x)' )]'-f([f(x).g(xdx (x)f(x).g' dx (x).g(x)' f- f(x).g(x) dx (x)f(x).g' que é a regra de integração por partes. Fazendo u = f(x) e v = g(x) teremos du = f ’(x).dx e dv = g’(x).dx, e substituindo na equação acima, obtemos uma forma mais elegante de apresentação dessa regra: dvu = u.v - duv 33 O sucesso da técnica de integração por partes no cálculo de dxxh )( consiste em expressar h(x) como produto de duas funções de tal maneira que se conheça a primitiva de uma delas, e a primitiva do produto dessa última pela derivada da outra. Exemplo 1) keex dxeex vduvudxex xx xx dv x u . . .. xx edxev dxdu dx du xu 1 Exemplo 2) k x x xx x x dxx x x x dxxx x vduvudxxxdxxx duvv u dvu 9 )ln( 33 . 3 1 )ln(. 3 3 1 3 .)ln( 33 .)ln( ..)ln(ln. 3333 2 333 22 3 1 )ln( 3 2 xdxxv x dx dx xdx du xu Exemplo 3) k eex eex dxe ex dx ee x vduvudxex xx xx x x xx dv x u 497 . 7 . 7 1 7 . 7 1 7 . 77 . .. 77 77 7 7 77 7 7 1 7 7 x x edxev dxdu dx du xu Exemplo 4) k xxx xxx dxx xx dx xx x vduvudxxx dvu 100 )10sen( 10 )10cos(. 10 )10sen( . 10 1 10 )10cos(. )10cos( 10 1 10 )10cos(. 10 )10cos( 10 )10cos( . .)10sen( 10 )10cos( )10( 1 x dxxsenv dxdu dx du xu 3.4.Primitivas de funções racionais Esta técnica é empregada em um caso bem particular: A função a ser integrada deve ser uma fração, 34 O denominador da fração deve ser uma função do 2° grau que tenha 2 raízes (x1 e x2), O numerador deve ser um polinômio de no máximo grau 1. Quando o polinômio do numerador tem grau maior do que 1 temos que extrair os inteiros, isto é, dividir o numerador pelo denominador. Assim, usaremos frações parciais, para calcular dx bxax xP ))(( )( , com grau de P(x) 1. O método consiste em transformar a fração original em uma soma de duas outras frações mais simples, através da identidade: ))(( bxax nmx = )( ax A + )( bx B Quando o denominador não estiver na forma fatorada (x-a).(x-b), devemos usar um dos meios da fatoração antes de começar a resolução. Fatoração da expressão ax2+bx+c: Quando a expressão estiver completa usamos a.(x-x1)(x-x2). Quando tivermos b = 0 usamos diferença de quadrados: a2-b2= (a-b)(a+b). Quando tivermos c = 0 colocamos x em evidência. Divisão de polinômios Quando queremos dividir um polinômio f(x) por um g(x), buscamos um quociente q(x) e um resto r(x) (o grau de r tem que ser menor que o grau de g(x) ou r(x)=0) de modo que f(x) = g(x).q(x) + r(x). O método básico da divisão de polinômios (método das chaves) se parece bastante com a divisão algébrica usada normalmente por todos nós. Este método consiste em : 1) dividir o termo de maior grau de f(x) pelo de maior grau de g(x): obtendo assim o primeiro termo do quociente q(x). 2) Multiplicamos o quociente obtido, x, por g(x): O resultado é colocado com o sinal trocado, sob os termos semelhantes de f(x). 3) Somamos os termos semelhantes, e os termos de f(x) que não tem semelhantes devem ser copiados. Obtemos um resto parcial. 4) Repetimos os passos anteriores com o resto parcial obtido ate que o grau de r se torne menor que grau de g. Veja esse exemplo: Exemplos: 1.) dx xx x )2)(1( 3 = dx x B x A 21 = A. ln|x-1| + B. ln| x-2| +k 35 Assim, só precisamos saber os valores de A e B para que a integral em questão esteja resolvida. Para isto vamos usar igualdade de polinômios: )2)(1( )1()2( 21)2)(1( 3 ** xx xBxA x B x A xx x **m.m.c. Os denominadores da primeira fração e da última fração são iguais, então os numeradores devem ser iguais: x+3 =A(x-2)+B(x-1) Para descobrir o valor de A devemos eliminar B, assim, atribuímos o valor 1 a x, fazendo com que x-1 seja 0: x+3 =A(x-2)+B(x-1) x=1 1+3 = A(1-2)+B(1-1)4 = A.(-1)+B.04= -A +04 = -AA = -4 Fazemos o mesmo para encontrar o valor de B, eliminamos A atribuindo a x o valor 2. x+3 =A(x-2)+B(x-1) x=2 2+3 = A(2-2)+B(2-1)5 = A.0+B.1 5 = 0 + B 5 = BB = 5 Logo, dx xx x )2)(1( 3 = -4 ln |x-1| + 5 ln|x-2| +k. 2.) dx xx x )4)(3( = dx x B x A 43 = A . ln|x-3| + B. ln|x-4|+k )4)(3( )3()4( 43)4)(3( * xx xBxA x B x A xx x *m.m.c x = A(x-4) + B(x-3) x = 3 3 = A(3-4) + B(3-3) 3 = A.(-1) + B.0 3 = -A A = -3 x = 4 4 = A.(4-4) + B(4-3) 4 =A.0 + B.1 4 = B B = 4 Logo, dx xx x )4)(3( = -3 ln|x-3| +4 ln |x-4| +k. 3.) dx x 4 1 2 Neste exemplo, o denominador não está na forma fatorada. Então, este será nosso primeiro passo: fatorar a expressão x2-4. Como b = 0, podemos usar diferença de quadrados: x2-4 = x2 – 22 = (x-2)(x+2). dx x 4 1 2 = dx xx )2)(2( 1 = dx x B x A 22 = A . ln|x-2|+B. ln|x+2| +k )2)(2( )2()2( 22)2)(2( 1 xx xBxA x B x A xx 1 = A(x+2)+B(x-2) x = 21 = A(2+2)+B(2-2) 1 = A .4 +B.0 1 = 4A 4A =1 A = ¼ . x = -21 = A(-2+2)+B(-2-2) 1 = A.0 +B.(-4) 1 = -4B 4B =-1 B = -¼ . Logo, dx x 4 1 2 = ¼ . ln|x-2|- ¼ . ln|x+2| +k 4.) dx x x 12 = dx xx x )1)(1( = dx x B x A 11 =A . ln|x-1| +B ln|x+1|+k x = A(x+1)+B(x-1) x =1 1 = A(1+1)+B(1-1)1 = A .2 +B.0 1 = 2A A = ½ x =-1 -1 = A(-1+1)+B(-1-1) -1 = A.0+B.(-2) -1 = -2B 2B = 1 B = ½ 36 Logo, dx x x 12 = ½ ln|x-1| + ½ ln|x+1|+k 5.) dx xx 124 2 2 x2-4x-12 =0 = b2-4.a.c = (-4)2-4.1.(-12)= 16 + 48 = 64 x = a b 2 = 2 84 1.2 64)4( x1 = 12/2 = 6 e x2 = -4/2 = -2 x2 – 4x-12 = a (x-x1)(x-x2) =1.(x-6).(x-(-2)) = (x-6).(x+2) dx xx 124 2 2 = dx xx )2)(6( 2 = dx x B x A 26 =A ln|x-6|+Bln|x+2|+k 2 = A(x+2)+B(x-6) x =6 2 = A(6+2)+B(6-6) 2 = A.8 +B.0 2 = 8A A = 2/8 = ¼ x = -2 2 = A(-2+2)+B(-2-6) 2 = A.0+B(-8) 2 = -8B B = -2/8 = - ¼ Logo, dx xx 124 2 2 = ¼ ln|x-6|- ¼ ln|x+2|+k Observe que nos próximos exemplos, o grau do polinômio no numerador émaior que 1, assim, o primeiro passo é proceder a divisão do numerador pelo denominador. 6.) dx xx xx 82 1 2 3 1x3 + 0x2 + 1x + 1 |x2-2x –8 7 | 3 . 7/3 = 2+1/3 -1x3 + 2x2 + 8x x + 2 -6 2 2x2 + 9x +1 1 -2x2 + 4x +16 13x +17 dx xx xx 82 1 2 3 = dx xx x x 82 1713 2 2 = dx xx x dxx 82 1713 2 2 = dx xx x x x )2)(4( 1713 2 2 2 = x x 2 2 2 + dx x B x A 24 = x x 2 2 2 +Aln|x-4|+Bln|x-2|+k. 13x+17= A(x+2)+B(x-4) x = 4 13.4+17 = A(4+2)+B(4-4) 69 = 6A A = 69/6 =11,5 x = -2 13.(-2)+17 = A(-2+2)+B(-2-4) -9 = -6B B = 9/6 =1,5 Logo dx xx xx 82 1 2 3 = x x 2 2 2 +11,5 ln|x-4|+ 1,5ln|x-2|+k. 7.) dx xx x 23 2 2 2 x2 + 0x + 2 |x2-3x +2 -x2 + 3x -2 1 3x dx xx x 23 2 2 2 = dxxx x xdx xx x dxdx xx x )1)(2( 3 23 3 1 23 3 1 22 x + dx x B x A 12 = x + A ln|x-2|+ B.ln|x-1| +k 37 3x = A(x-1)+B(x-2) x =13.1 = A(1-1)+B(1-2) 3 = A.0+B.(-1) 3 = -B B = -3 x=2 3.2 = A(2-1)+B(2-2) 6= A.1+B.0 6 = A A = 6 Logo, dx xx x 23 2 2 2 = x + 6 ln|x-2| - 3.ln|x-1| +k 8.) dx xx x 1272 3 1x3 + 0x2 + 0x + 0 |x2-7x+12 -1x3 + 7x2 - 12x x + 7 7x2 -12x +0 -7x2 + 49x -84 37x-84 dx xx x 1272 3 dxxx x x 127 8437 7 2 dxxx x x x )4)(3( 8437 7 2 2 dx x B x A x x 43 7 2 2 = kxBxAx x )4ln()3ln(7 2 2 37x-84 = A(x-4)+B(x-3) x =337.3-84 = A(3-4)+B(3-3)27 = A.(-1)+B.0 27 =-A A = -27 x =437.4-84 = A(4-4)+B(4-3)64= A.0+B.1 64 =B B=64 Logo dx xx x 1272 3 = kxxx x )4ln(64)3ln(277 2 2 3.5.Integrais envolvendo funções trigonométricas Vamos usar identidades trigonométricas (página 12) para integrar certas combinações de funções trigonométricas, e assim, construir uma lista de integrais trigonométricas: Já sabemos calcular a integral de duas funções trigonométricas sen x e cos x: 1. dxxsen = cos x + k 2. dxxcos =- sen x +k. Vamos tentar calcular agora dxtgx . Temos que tg x = x x cos sen , assim: dxx x dxtgx cos sen = dxxx sen cos 1 =* )( 1 du u = - duu 1 =- ln |u| + k = - ln |cos x| + k. 3. dxtgx = ln |cos x| + k. * Usamos a substituição u = cos x, e du = -sen x dx que resulta sen x dx = -du. Uma outra função trigonométrica é a secante: sec x = xcos 1 . 4. dxxsec = ln |sec x + tg x| +k 38 Relembrando algumas derivadas obtemos novas integrais: (tg x)’ = sec2x 5. dxx 2sec = tg x +k (cotg x)’ = -cosec2x 6. dxxec 2cos = - cotg x +k (sec x)’ = sec x. tg x 7. xsec . tg x dx =sec x + k (cosec x)’ = -cosec x. cotg x 8. .cos xec cotg x dx = -cosec x +k Exemplos: 1. dxx 2sen = dvu dxxx sen.sen =*sen x.(-cos x)- dxxx cos).cos( = =-sen x cos x + dxx.cos 2 = -sen x.cosx + dxx)sen1( 2 = -sen x.cos x + x- dxx 2sen Então dxx 2sen =-sen x.cos x + x - dxx 2sen * u = sen x du = cos x dx dxx 2sen + dxx 2sen = x – sen x.cos x dv = sen x dx v = dxxsen = -cos x 2 dxx 2sen = x – sen x.cos x dxx 2sen = ½ ( x – sen x.cos x) + k 2. duu dxxx cos.sen = duu = 2 2u + k = 2 sen2 x + k 4.Integral de Riemann Suponha que queremos calcular a área da região R, que está abaixo da curva y = f(x), acima do intervalo [a, b] no eixo Ox. R é limitada pelas retas x = a e x= b. Conforme figura 1. y y = f(x) R a b x figura Suponha, por exemplo, que se queira aproximar a área da região R abaixo da parábola y = x2 e acima do intervalo [0, 2]. Cada coleção de retângulos inscritos dá uma subestimativa de A, e cada coleção de retângulos circunscritos dá uma superestimativa de A. Os “triângulos curvilíneos” constituem os erros nessas estimativas. Quanto mais retângulos, mais precisa é a aproximação. Assim, para aproximar com precisão a área de tal região R, precisa-se de uma maneira eficiente de calcular e somar as áreas de coleções de retângulos como os da figura 2. 39 4 4 0 0,5 1 1,5 2 0 2 Figura 2 Considere a seguinte figura 3. A figura mostra a região abaixo do gráfico de função crescente f com valores positivos e acima do intervalo [a, b]. Para aproximar a área A de R, escolhe-se um inteiro fixo n e divide-se o intervalo [a, b] em n subintervalos [x0, x1], [x1, x2],..., [x n-1 ,x n] todos com o mesmo comprimento n ab x . f(xi) f(xi-1) a xi-1 xi b figura 3 A= lim n n i i xxf 1 1 )( = lim n n i i xxf 1 )( Queremos definir a integral da função f de a até b. Seja f uma função definida num intervalo [a, b]. b a dttf )( lim n n i i xxf 1 )( . Se b a dxxf )( existir então f é dita integrável. Os números a e b são chamados limites inferior e superior, respectivamente, da integral; f(x) é chamada integrando e dx indica que a variável x é a variável independente, ou seja, b a dxxf b a dttf )()( . Observe que definimos a integral de Riemann quando a<b, mas podemos convencionar, (se existirem) 0)( a a dxxf e se a>b a b dxxf b a dxxf )()( . Mas como calcular a dxx b a f )( ? Já vimos que kxFdxxf )()( , onde F’(x)=f(x), para x I. 40 5.Teorema fundamental do cálculo e integral definida Se f for integrável em [a,b], e se F for uma primitiva de f em [a, b], então dxx b a f )( = F (b) - F (a) = F (x) b a| . Exemplos: Calcule, 1. 2 3 2 1 2 4 2 1 2 2 2 22 2 1 22 1 | x dxx 2. 825)1.(23.222 | 3 1 3 1 xdx 3. 90 3 27 3 0 3 3 3 33 3 0 33 0 2 | x dxx 4. 2 1 2 21 1 2 1 1 1 2 11 1 1 || 2 1 2 1 12 1 2 2 1 2 x x dxxdx x Propriedades: Sejam f e g integráveis em [a, b] e k uma constante. Então: 1. f + g é integrável em [a, b] e dxxgx b a f ))()(( = dxx b a f )( + dxx b a g )( 2. k.f é integrável em [a, b] e dxx b a fk )(. =k . dxx b a f )( . 3. Se f(x) 0 em [a, b], então dxx b a f )( 0. 4. Se c (a, b) e f é integrável em [a, c] e [c, b], então dxx b a f )( = dxx c a f )( + dxx b cf )( . 6. Aplicações da Integral: Cálculo de área e de volume. 6.1.Cálculo de áreas 41 Para encontrar áreas de regiões entre os gráficos de duas funções integráveis em [a, b], consideremos as curvas y = f(x) e y = g(x) entre as retas verticais x = a e x = b, onde f(x) e g(x) são contínuas e f(x) g(x) para todo x em [a, b], assim a área da região A será A = b a dxxfxg )]()([ . Observe que não depende da posição do gráfico em relação ao eixo x. 42 Exemplo : ( Área entre curvas) Escreva como soma ou diferença de integrais definidas a área da região definida pelo gráfico abaixo . Exemplo: Calcule área do conjunto limitado pelas retas x = 0 e x = 1 e pelo gráfico de y = 3x2. Área A = b a dxxf )( = 1013 33103 1 0 2 xdxx . 6.2.Cálculo de volumes e comprimento de arco Seja f uma função contínua em [a, b], com f(x) 0 em [a,b]. Seja B o conjunto obtido pela rotação em torno do eixo x do conjunto A do plano limitado pelas retas x =a e x = b, pelo eixo x e pelo gráfico de y = f(x). Definimos o volume de B pela rotação em torno do eixo x, de um conjunto A por V = dxy b a 2 43 Exemplo: Consideremos o conjunto A, delimitado pelo eixo x, o gráfico de f e as retas x=a e x=b: Seja f uma função contínua em [a, b] com a>0, com f(x) 0 em [a,b]. Seja B o conjunto obtido pela rotação em torno do eixo x do conjunto A={(x,y)|R2| a x b e 0 y f(x)}. Definimos o volume de B pela rotação em torno do eixo y, de um conjunto A por V = dxyx b a .2 Exemplos: 1) Calcule o volume do sólido obtido pela rotação, em torno do eixo x, do conjunto de todos os pares (x,y) tais que 0 y x e 1 x 2. V = dxy b a 2 = 3 7 3 7 . 3 1 3 2 3 . 33 2 1 32 1 2 x dxx 2) Calcule o volume do sólido obtido pela rotação, em torno do eixo y, do conjunto de todos os pares (x,y) tais que 0 y x e 1 x 2. 44 V= dxyx b a .2 = 3 14 3 7 .2 3 1 3 2 .2 3 .22.2 33 2 1 32 1 2 2 1 x dxxdxxx Lista de Exercícios 1. Calcule as seguintes integrais: a) xdx b) dx3 c) dxx )13( d) dxxx )1( 2 e) dxx 3 f) dxxx )32( 3 g) dxx 7 1 h) dx x x ) 1 ( 3 i) dxx 3 j) dxx 3 4 l) dxx )33( 5 2 m) dxxx ) 86 ( 5 2. Reescreva a função, para eliminar o produto ou o quociente e calcule a integral: a) dxxx . 5 b) dxxx . 2 c) dx x x 5 23 d) dx x x 3 8 e) dx x 3 5 f) dxxx 24 .3 3. Faça como o modelo: Modelo: k xuu duu x du uxdxxx u 22 )4( 2211 . 2 1 2 1 2 .)4( 1121111 1010102 x du dxx dx du xu 2 24 2 a) dxxx 102 )13.(3 b) dxxx 832 )26(6 Modelo: k x uu u u duu x du uxdxxxdxxx u 9 12 9 2 9 2 2 9 2 3 . 3 1 3 1 3 .)1.(1 33 32 32 3 2 3 2 1 2 2 1 22 1 3232 2 23 3 31 x du dxx dx du xu c) dxxx 3 2 1.4 d) dxxx 32 23.4 45 Modelo k xu u u u duu du udxxdx x u 22 2 2 2 333 3 )21( 11 2 2 2 .2 2 4 2 .4)21.(4 )21( 4 2 221 du dx dx du xu e) dx x 4 5 g) dx x x 32 )122( 12 i) dx xx x 52 )4( )2( f) dxxsenx )(. 3 43 h) dxxxsen )cos(.)2)(2( 8 j) dxx 3 74 4. Calcule as seguintes integrais por partes: a. dxex x4. f. dxxx )5cos(. k. xdxx ln. 3 b. dx ex x2 g dxex x32 l. dxx 2x.sen c. dx )ln(xx h. dx x cos 22x m. dx e -x x8 d dx sen 2 xx i. dx x cos e x n. dx ln 4 xx e. dx 23 xex j. dxx 2)(ln o. dxex x56 5. Calcule as seguintes integrais por frações parciais: a) dx xx x )7)(5( 42 c) dx xx )3)(1( 5 e) dx xx x 65 2 2 b) dx x xx 25 93 2 2 d) dx xx x 672 3 f) dx xx xxx )2)(1( 3223 6. Calcule as integrais trigonométricas: a. dxx 2cos c. dxx 3sen e. dxx x 2cos sen b. dxx x 3cos sen d. dxxx cos.sen 2 . f. dxx x 2cos sen 7. Desenhe o conjunto A dado e calcule a área. a. A é o conjunto limitado pelas retas x=1, x=3, pelo eixo 0x e pelo gráfico de y = x3. b. A é o conjunto limitado pelas retas x=1, x=4, y=0 e pelo gráfico de y = x . c. A é o conjunto de todos (x,y) tais que 0 24 xy . d. A é o conjunto limitado pelas retas x=-1, x=-2, y=0 e pelo gráfico de y=x2+2x+5. e. A é o conjunto limitado pela reta y =x, pelo gráfico de y =x3, com -1 x 1. f. A é a região compreendida entre os gráficos de y =x e y=x2, com 20 x . g. A é o conjunto de todos pontos tais que 112 xyx . h. A é o conjunto de todos pontos tais que 112 xyx . 46 8. Calcule o volume do sólido obtido pela rotação, em torno do eixo x, do conjunto de todos os pares (x,y) tais que : a)1 x 3 e 0 y x b) ½ x 2 e 0 y 1/x2 c) 1 x 4 e 0 y x d) x2 y x 9) Calcule o volume do sólido obtido pela rotação, em torno do eixo y, do conjunto de todos os pares (x, y) tais que: a) 1 x 4 e 1 y x b) 0 x 8 e 0 y 3 x c) 1 x 2 e 0 y x2-1 d) 0 x e 0 y sen x e) 1 x e e 0 y ln x 10) Seja f(x) = sen(x), x[0,]. Calcule o volume do sólido gerado pela rotação do gráfico de f, ou seja, pela rotação da região delimitada pelo eixo x, o gráfico de f e as retas x = 0 e x= . 11) Considere a região do plano delimitada pelo eixo x, o gráfico de y = x , para 0 x 2, sendo girada ao redor do eixo x. Calcule o volume.
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