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Diabetes tipo I e II

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Diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção de insulina, na sua ação, ou ambos. A hiperglicemia crônica do diabetes está associada a danos a longo prazo, disfunção e falha de diferentes órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos.
A base das anormalidades no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas no diabetes é a ação deficiente da insulina nos tecidos-alvo. Essa ação resulta da sua secreção inadequada ou de respostas teciduais diminuídas a ela em um ou mais pontos das vias da ação hormonal. Em alguns indivíduos com diabetes, o controle glicêmico adequado pode ser alcançado com redução de peso, exercício ou agentes orais de liberação de glicose. 
Esses indivíduos, portanto, não requerem insulina. Outros indivíduos que têm alguma secreção residual de insulina, mas requerem insulina exógena para controle glicêmico adequado, podem facultativamente sobreviver sem ela. Por outro lado, indivíduos com destruição extensa de células beta e, portanto, sem secreção residual de insulina, necessitam de insulina para sobreviver.
	O diabetes mellitus pode ser dividido em duas principais categorias. Em uma delas, o diabetes tipo 1 se caracteriza por uma deficiência absoluta de secreção de insulina. Esse diabetes, também chamado de imunomediado ou diabetes juvenil (por comumente ocorrer na infância e adolescência), resulta de uma destruição auto-imune celular mediada pelas células beta do pâncreas. Os marcadores da destruição imune da célula beta incluem auto anticorpos de células de ilhotas, auto anticorpos para a insulina, auto anticorpos para GAD (GAD65) e auto anticorpos para as tirosinas fosfatases IA-2 e IA-2beta. 
A destruição autoimune de células tem múltiplas predisposições genéticas e está relacionada a fatores ambientais que ainda são mal definidos. Esses pacientes também são propensos a outros distúrbios autoimunes, como a doença de Graves, a tireoidite de Hashimoto, a doença de Addison, vitiligo, doença celíaca, hepatite auto-imune, miastenia gravis e anemia perniciosa.
Uma outra categoria, muito mais prevalente, é o diabetes tipo 2 (não insulinodependente). É caraterizado por uma combinação de resistência à ação da insulina e uma inadequada resposta secretora de insulina compensatória. Dessa forma, engloba indivíduos que têm resistência à insulina e geralmente têm uma deficiência relativa (e não absoluta) de insulina. A maioria dos pacientes com esta forma de diabetes é obeso, e a própria obesidade causa algum grau de resistência à insulina. 
Nesses pacientes, a secreção de insulina é defeituosa e insuficiente para compensar a resistência, entretanto, ela pode melhorar com a redução de peso ou tratamento farmacológico da hiperglicemia, mas raramente é restaurada ao normal. O risco de desenvolver esta forma de diabetes aumenta com a idade, obesidade e falta de atividade física, e uma variável desse tipo de doença é o diabetes mellitus gestacional, definido como qualquer grau de intolerância à glicose com início ou primeiro reconhecimento durante a gravidez.

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