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dc-viii-19-do-testamenteiro

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CESED No. 19
FACISA
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: Direito Civil VIII
PROFESSOR: Mário Vinícius Carneiro
	Do testamenteiro	
 	O testador tem direito a nomear testamenteiro que lhe faça cumprir a última vontade, sendo isto feito no próprio testamento ou através de codicilo. 
	Poderá nomear um só testamenteiro ou vários, Se vários, podem ser eles sucessivos, conjuntos ou solidários. Serão sucessivos se forem nomeados de sorte a que um só atue na falta do outro. Conjuntos serão os testamenteiros se só puderem atuar juntos, de modo a que os atos praticados por um só deles não tenham valor. Serão solidários se puderem atuar cada um por si, independentemente dos demais. 
	Na falta de disposição do testador, os testamenteiros se presumem conjuntos. A nomeação de vários testamenteiros poderá, ainda, ser de forma a que cada um receba tarefas distintas. São testamenteiros separados, na terminologia do Código Civil, art. 1976, CC. Não sendo separados, os testamenteiros responderão solidariamente pelos danos que eventualmente venham a causar.
	Não tendo o testador nomeado testamenteiro, ou se o nomeado recusar, caberá ao juízo do inventário a nomeação. Esta recairá de preferência sobre o cônjuge viúvo. Na falta dele, em algum herdeiro. Sendo, porém, necessário, por serem os herdeiros incapazes, por exemplo, o juiz nomeará estranho para exercer a testamentária. 
	Se a herança for toda distribuída em legados, o testamenteiro dativo será de preferência o principal legatário. 
	O testamenteiro indicado não é obrigado a aceitá-la. Nem é preciso indicar as razões da recusa. 
	As obrigações do testamenteiro são intransferíveis. Pode, porém, nomear procurador com poderes especiais, para representá-lo no exercício da testamentaria.
	Sendo o testamenteiro herdeiro ou legatário, não fará jus a qualquer remuneração, a não ser que especificada no testamento. Aquele que desempenhar a função de testamenteiro terá direito a pro labore que, se não for fixado no testamento, deverá ser arbitrado pelo Juiz em percentual de um a cinco por cento da herança líquida. 
	 
Bibliografia: 
FIUZA, César. Direito Civil: curso completo/ 8ª. Edição. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.

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