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Direito Constitucional

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MÓDULO I - DIVISÃO ESPACIAL DO PODER 
Noções preliminares
Divisão espacial do poder - Doutrina tradicional:
 ESTADO: é uma associação humana (POVO), radicada em uma base espacial (TERRITÓRIO), que vive sob o comando de uma autoridade (PODER) não sujeita a qualquer outra (SOBERANO).
Elementos do Estado:
TERRITÓRIO
POVO
PODER SOBERANO
componente espacial do estado (base física do Estado). 
brasileiros natos ou naturalizados
(elemento humano)
capacidade de imposição de vontade sobre vontade de terceiros
Estado Unitário:
Conceito: é formado por um único Estado, existindo uma unidade do poder político interno, cujo exercício ocorre de forma centralizada.
Qualquer grau de descentralização depende da concordância do poder central. No Brasil adotou-se esse tipo de Estado no Brasil Império. 
Ex.: Itália, França, Portugal
Federação:
Origem: A forma federativa tem origem nos Estados Unidos, no ano de 1787;
Naquele momento, os então estados confederados resolvem ser reunir e estruturam uma federação, onde cada Estado cede uma parcela de sua soberania para um órgão central, responsável pela unificação, formando assim os ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. 
Conceito: é uma aliança entre diversas entidades em prol de um fim comum onde cada parte mantém autonomia nos assuntos locais.
Movimentos de formação do federalismo:
Movimento centrípeto – de fora para dentro, ou seja, estados soberanos cedem parcela de sua soberania, em verdadeiro momento de aglutinação. Ex.: EUA;
Movimento centrífugo – de dentro para fora, ou seja, um estado unitário centralizado passa por um processo de descentralização. Ex.: Brasil Império para República. 
Tipos de federalismo:
Federalismo por agregação: os Estados independentes ou soberanos resolver abrir mão de parcela de sua soberania para agregar-se entre si e formarem um novo Estado, agora Federativo, passando a ser entre si, autônomos. O modelo busca maior solidez, tendo em vista a indissolubilidade do vinculo federativo. Exs.: EUA; Alemanha, Suíça.
Federalismo por segregação - a federação surge a partir de um determinado estado unitário que resolve descentralizar-se “em obediência a imperativos políticos (salvaguarda das liberdades) e da eficiência”. Ex.: Brasil, com a proclamação da Republica.
Requisitos do federalismo
a) Repartição constitucional de competências e rendas: equilíbrio entre as tarefas e as rendas: a União e os Estados devem ter rendas próprias;
b) Possibilidade de auto organização dos Estados Membros: cada Estado Membro, através do seu Poder Constituinte Derivado, tem garantida a liberdade de se auto organizar, através da Constituição Estadual, desde que, sejam respeitados certos princípios indicados na CF. 
c) Rigidez constitucional: a Constituição dever ser escrita e rígida para evitar a mudança do pacto federativo.
d) Indissolubilidade do vínculo: a união que envolve os entes federais é indissolúvel, não lhes conferindo o direito de secessão;
e) Participação da vontade das ordens parciais na elaboração da norma geral - Poder Legislativo bicameral:
f) Existência de um tribunal constitucional: trata-se de um órgão do Poder Judiciário encarregado de julgarem caso de dúvida sobre o exercício das competências ou mesmo de em caso de ferimento do pacto federativo. 
g) Intervenção federal nos Estados: trata-se de um dispositivo de segurança à manutenção da forma federativa em situações de ameaça. A União, em nome dos demais Estados-membros intervém junto ao Estado onde está ocorrendo situações anômalas.
Federalismo brasileiro
Forma de governo: REPUBLICANA;
Forma de Estado: FEDERAÇÃO;
Características do Estado brasileiro: ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO;
Entes componentes da Federação: UNIÃO, ESTADOS; DISTRITO FEDERAL e MUNICIPIOS;
Sistema de governo: PRESIDENCIALISTA.
Federação na CF/88:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...)
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição .
Repartição constitucional de competências:
A autonomia da federação pressupõe uma divisão de competências. 
A competência é partilhada entre a União (poder central) e os Estados (poder regional). Excepcionalmente com poderes locais – municípios.
COMPETENCIA NÃO LEGISLATIVA (administrativa ou material): trata-se da competência na atuação politico-administrativa. Regulamenta o campo do exercício das funções governamentais, pode ser:
a) Exclusiva – art. 21 CF: trata-se de uma competência da União indelegável;
b) Comum - art. 23 CF: também chamada de concorrente. Trata-se daquelas em que os quatro entes federados podem atuar.
Competência legislativa:
São aquelas determinadas pela Constituição definidas para elaboração das leis brasileiras.
a) PRIVATIVAS – art. 22 CF : trata das matérias que devem ser exclusivamente normatizadas pela União.
Pergunta-se: Apesar de ser competência privativa da União as matérias constantes do art. 22 podem ser regulamentadas por outros entes federativos? 
R: Sim, de acordo com o paragrafo único do art. 22, que permite que a União, por meio de lei complementar autorize os Estados a legislar sobre questões especificas das matérias previstas no referido artigo.
b) CONCORRENTE: o art. 24 CF define as matérias constantes de competência concorrente da UNIAO, ESTADOS E DISTRITO FEDERAL. São matérias referentes a normas gerais.
c) SUPLEMENTAR: em caso de inercia da União, inexistindo lei federal elaborada pela União sobre normal geral, os Estados e o Distrito Federal poderão suplementar e legislar sobre as normas gerais, exercendo a competência plena.
Contudo, se a União resolver legislar sobre o assunto a norma que o Estado ou o Distrito Federal havia elaborado terá sua eficácia suspensa no ponto que for contrária a nova lei federal sobre norma geral. Caso não haja conflito ambas coexistirão perfeitamente.
Importante: não é revogação e sim suspensão da eficácia.
COMPETÊNCIA HORIZONTAL
COMPETÊNCIA VERTICAL
Não há concorrência entre os entes federados, pois cada um exerce a sua atribuição nos limites fixados pela Constituição Federal.
Quando a Constituição Federal outorga a diferentes entes a competência para atuar sobre matérias, mas estabelece uma relação de subordinação entre o tipo de atuação de cada um.
Demais características da federação brasileira
REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE RENDAS: titulo VI da CF - tributação e orçamento dos entes federados;
CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS: art. 25 da CF e art. 11 ADCT – poder de auto-organização dos Estados Membros através das Constituições Estaduais.
RIGIDEZ CONSTITUCIONAL: a CF só pode ser modificada por um processo mais complexo e solene – emenda à constituição-art. 60 CF.
INDISSOLUBILIDADE DO PACTO FEDERATIVO: nenhum estado membro se separa da federação - Art. 34, I – motivo de intervenção federal em tentativa de quebra do pacto.
REPRESENTAÇÃO DO SENADO FEDERAL: representantes dos Estados de formação paritária - 3 senadores, eleitos por maioria de votos (pelo sistema majoritário) para um mandato de 8 anos.
GUARDIÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL: Supremo Tribunal Federal.
Divergência doutrinária:
O federalismo brasileiro traz uma característica diferente dos demais, uma vez que abrange também a figura dos Munícipios. Contudo, existe divergência doutrinária quanto à integração do Município na federação.
Para JOSE AFONSO DA SILVA: os municípios não integram a federação, e dentre os seus principais argumentos estão: a) ainda que desaparecessem a federação continua a existir; b) a federação é uma união de Estados membros e não de municípios; c) a criação de municípios depende de lei estadual (art. 18, §4º), diferentemente da criação dos Estados membros.
Para LUIS ALBERTO DAVID ARAUJO: os municípios integram sim a federação como a União, Estados Membros eDistrito Federal, pois: a) recebe competências próprias; b) tem autonomia e poder de auto organizar por meio de lei orgânica; c) só não possui representatividade junto ao Senado Federal como os Estados.
			UNIÃO FEDERAL
Autonomia organizacional: CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Arts. 20 a 24 da CF;
Autonomia governamental: PRESIDENTE DA REPUBLICA;
Autonomia legislativa: CONGRESSO NACIONAL;
Autonomia financeira: impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
Age em nome de toda a Federação, tanto no âmbito interno quanto no plano internacional;
Possui bens próprios;
Possui competência privativas, comuns e concorrentes;
	ESTADOS-MEMBROS
Constituição Federal: arts. 25 a 28;
Autonomia organizacional: CONSTITUIÇÃO ESTADUAL (limitada à CF);
Autonomia governamental: GOVERNADOR DE ESTADO;
Autonomia legislativa: ASSEMBLEIA LEGISLATIVA;
Autonomia financeira: tributos privativos – art. 155
Possui competência remanescente, concorrentes e supletivas;
Possui bens próprios – art. 26
MUNICÍPIOS
Constituição Federal: arts. 29 a 31;
Autonomia organizacional: LEI ORGÂNICA (limitada à CF e a CE);
Autonomia governamental: PREFEITO MUNICIPAL;
Autonomia legislativa: CÂMARA DE VEREADORES;
Autonomia financeira: tributos privativos – art. 156
Possui competência de “interesse local” e suplementar da legislação federal e estadual – art. 30;
DISTRITO FEDERAL
Constituição Federal: art. 32;
Autonomia organizacional: LEI ORGÂNICA (limitada à CF);
Autonomia governamental: GOVERNADOR DISTRITAL;
Autonomia legislativa: CÂMARA LEGISLATIVA;
Autonomia financeira: os tributos atribuídos aos Estados e Municípios cabem ao DF em seu território.
Recebe competências legislativas municipais e estaduais;
Possui os mesmos impostos dos Estados e dos Municípios.
Possui competência deferidas aos Estados e Municípios (art. 32, §1º) e concorrente com a União nas matérias previstas no art. 24;
MÓDULO II – REGIMES DE GOVERNO
Formas de governo
FORMAS DE GOVERNO: Maneira como ocorre a instituição do poder na sociedade e a relação entre governantes e governados.
 Atualmente divide-se em:
a) Monarquia = hereditariedade, vitaliciedade.
b) República = eletividade e temporariedade dos mandatos do chefe do Executivo.
Monarquia
A suprema autoridade do Estado se concentra nas mãos de um só, sendo sua principal característica a VITALICIEDADE.
CARACTERÍSTICAS: autoridade unipessoal; vitaliciedade; hereditariedade; ilimitabilidade do poder; indivisibilidade das supremas funções de mando; irresponsabilidade legal; inviolabilidade corporal; suma dignidade do monarca
República:
 É a forma de governo, onde a autoridade de mando é exercida por órgãos distintos, dependentes da vontade do povo. 
Sua principal característica, em oposição à monarquia, é que o cargo de Chefe de Estado é ELETIVO e TEMPORÁRIO. 
Sistemas de governo:
Diz respeito ao processo de gestão dentro de um governo.
Distinguem-se entre si pela responsabilidade do poder executivo e de suas relações com o poder legislativo.
Podem ser de dois tipos:
a) PARLAMENTARISMO
b) PRESIDENCIALISMO
PARLAMENTARISMO
Tem sua origem na Inglaterra.
CHEFE DE ESTADO: Presidente ou Monarca. Tem figura representativa. 
CHEFE DE GOVERNO: 1º Ministro ou Chanceler. É a pessoa que efetivamente governa o pais. 
Há INTERDEPENDÊNCIA entre o Legislativo e Executivo.
Os ministros são responsáveis perante o Parlamento por seus atos políticos de governo. O Gabinete é solidariamente responsável. As decisões são colegiadas.
Presidente ou Monarca – não tem responsabilidade politica pelos atos de governo.
O gabinete do 1º Ministro – pode ser destituído , quando perde o apoio da maioria parlamentar (voto de desconfiança).
Parlamento – pode ser dissolvido em crises políticas.
Principal característica: a relação entre o Executivo e o Legislativo é de equilíbrio pois um depende da confiança do outro.
FORMAS:
a) República Parlamentarista: PRESIDENTE DA REPÚBLICA pode ser eleito pelo povo e nomeado pelo Parlamento, por tempo determinado. Quem governa de fato (com poderes executivos) é chefe de governo, ou seja, o primeiro-ministro.
b) Monarquias Parlamentaristas: o chefe de estado é o MONARCA (REI), que assume de forma hereditária, não possuindo poderes executivos. O chefe de governo é o Primeiro-Ministro, também chamado de chanceler, que é escolhido pelo Parlamento.
Republica parlamentarista:
Monarquia parlamentarista:
PRESIDENCIALISMO
Surgiu nos EUA em 1781.
Surgem com o presidencialismo os princípios da TEMPORARIEDADE e ELETIVIDADE.
É um sistema de SEPARAÇÃO DE PODERES entre LEGISLATIVO e o EXECUTIVO. 
A CHEFIA DE GOVERNO E DE ESTADO concentram-se nas mãos do Presidente da Republica.
O Presidente é eleito pelo povo, de acordo com a legislação de cada país.
Características:
Independência entre PODER EXECUTIVO E PODER LEGISLATIVO.
Concentração das chefias de governo e estado nas mãos do PRESIDENTE DA REPÚBLICA;
Eleição do Presidente é feito pelo voto popular e com prazo determinado;
O Presidente não pode ser demitido por votação parlamentar, pode somente sofrer um processo de impeachmant;
O Presidente não pode dissolver o Poder Legislativo; 
o Presidente tem ampla liberdade para formação de seu Ministério;
Alguns poderes do Presidente da República:
Chefia a alta administração do país;
Comanda as Forças Armadas;
Propõe e veta leis;
Escolhe livremente seus ministros;
Acumula a chefia do Estado e a de Governo;
É responsável por crimes de responsabilidade funcional. 
MÓDULO III - DIVISÃO ORGÂNICA DO PODER 
Separação dos poderes -noções históricas
Separação dos poderes – a origem: 
Antiguidade grega - Aristóteles - obra: Política
Em sua obra defendia a tripartição dos poderes como a existência de três funções distintas exercidas pelo Poder Soberano, que eram: administrar; julgar e criar normas.
Aristóteles contribuiu para a identificação das três funções estatais distintas, contudo, no momento histórico vivido se concentravam nas mãos de uma só pessoa: o Rei.
Também foi estudada por John Locke e Rousseau.
Montesquieu – Obra: O espirito das leis.
Aprimorou a teoria de Aristóteles, inovando no sentido de que seriam três funções delegadas a três órgãos distintos, autônomos e independentes entre si, não mais concentrando as mesmas nas mãos do soberano.
Principio fundamental da organização política liberal – art. 16 da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
“Artigo 16º- Qualquer sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos, nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição”. (gn)
Constituição Federal de 1988 – art. 2º:
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Separação dos poderes
Independência e harmonia entre os Poderes: Divisão orgânica do Estado – Montesquieu criou a teoria de que as funções deveriam ser exercidas por órgãos distintos;
PODER EXECUTIVO 				administrar
PODER LEGISLATIVO				criar leis
PODER JUDICIÁRIO				julgar
h
Sistema de freios e contrapesos
Artigo 2º, CF/88 - cláusula pétrea – a independência e harmonia existe para que um poder não usurpe a as funções do outro - “Sistema de Freios e Contrapesos”.
Controle recíproco entre os Poderes como mecanismo de garantia de perpetuidade do Estado Democrático de Direito.
Os órgãos do Estado devem ser relacionar de forma HARMÔNICA, mas cada qual mantendo o respectivo âmbito de INDEPENDÊNCIA e AUTONOMIA em relação aos demais.
Funções típicas e atípicas de cada Poder:
Evolução do principio da separação pura e absoluta dos Poderes de Montesquieu, para garantir a efetividade do Estado Democrático de Direito.
Assim, surgiram :
a) FUNÇÕES TÍPICAS – são aquelas predominantes, inerentes à natureza de cada órgão. Ex: Legislativo – legislar; Executivo – administrar e Judiciário- julgar;
b) FUNÇÕES ATÍPICAS – são aquelas que não guardam a identidade com o Poder, mas são permitidas pela Constituição Federal, afim de se manter a autonomia eindependência. Ex: Legislativo – função executiva (contratação de servidores), função jurisdicional (julgamento de agentes políticos) 
Tripartição dos poderes: expressão correta?
Pedro Lenza critica a expressão “tripartição de Poderes”, porque entende que o Poder é uno e indivisível.
O poder é um só, manifestando-se através dos órgãos e funções. Para o autor existem as seguintes definições:
PODER – uno e indivisível, um atributo do Estado que emana do povo;
FUNÇÃO: constitui um modo particular e caracterizado de o Estado manifestar a sua vontade;
ÓRGÃO: são instrumentos de que se vale o Estado para exercitar suas funções, descritas na Constituição, cuja eficácia é assegurada pelo Poder que a embasa
MÓDULO IV – PODER EXECUTIVO
PODER EXECUTIVO
ÂMBITO FEDERAL				PRESIDENTE DA REPUBLICA
ÂMBITO ESTADUAL			 GOVERNADOR DE ESTADO
ÂMBITO MUNICIPAL			 PREFEITO MUNICIPAL
Atribuições do Chefe do Poder Executivo
No Brasil, por adotarmos o regime presidencialista, a CF atribui a cumulação da chefia do Estado e chefia de governo ao Presidente da Republica;
CHEFIA DE ESTADO: função de representar o Pais externa e internamente, prestando contas dos seus atos somente para o Povo. 
São competências do Presidente da Republica, entre outras, enquanto chefe de Estado: art. 84, CF: VII, VIII, XX e XXI.
CHEFIA DE GOVERNO: pratica atos de administração e de natureza politica. 
São competências do Presidente da Republica, entre outras, enquanto chefe de Governo: art. 84, CF: I a VI; IX a XIX; XXII a XXVII.
Questão relevante:
1- As atribuições conferidas ao Presidente da Republica no art. 84 são taxativas?
R: Não, o rol trazido pelo art. 84 é meramente EXEMPLIFICATIVO, pois conforme demonstra a leitura do inc. XXVII compete ao Presidente exercer outras atribuições previstas na CF.
 
2- As atribuições conferidas ao Presidente da Republica no art. 84 da CF podem ser delegadas?
R: Sim, segundo o § único do art. 84 serão delegadas aos MINISTROS DE ESTADO; PROCURADOR GERAL DA REPUBLICA ou ao ADVOGADO GERAL DA UNIÃO, as atribuições constantes dos incs. VI,XII e XXV : 
VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
FUNÇÕES DO PODER EXECUTIVO
Principal função: ADMINISTRAR;
Aplicador da lei na gerência dos negócios públicos;
Outras funções de extrema importância:
Editar medidas provisórias;
Desempenhar funções dentro do processo legislativo (iniciativa, sanção, veto, promulgação e publicação);
Expedir decretos regulamentares para fiel execução da lei. 
PODER REGULAMENTAR
É o poder que se perfaz mediante a expedição de DECRETOS REGULAMENTARES;
Previsão legal: art. 84, IV, CF.
Limites: o Presidente só pode criar o decreto SE EXISTIR LEI AUTORIZADORA.
O decreto NÃO CRIA obrigações ou direitos, pois essas são MATÉRIAS RESERVADAS à lei.
Função do decreto: instrumentalizar o que a lei determina;
EXCESSO NO PODER REGULAMENTAR: se o Presidente extrapolar os limites do poder regulamentar, o Congresso Nacional pode SUSTAR os atos que excederam a função constitucional.
DECRETOS REGULAMENTARES DECRETOS AUTÔNOMOS
DECRETOS REGULAMENTARES: não podem extrapolar os limites estabelecidos pela lei. O STF entende que “ se o decreto vai além do conteúdo da lei, pratica ilegalidade e não inconstitucionalidade.“
DECRETO AUTÔNOMO: é aquele editado sem a existência de lei anterior que o preceda, sendo eivado de inconstitucionalidade, sujeitando-se ao controle de constitucionalidade pelo STF. 
JULGAMENTOS DO STF SOBRE DECRETOS AUTÔNOMOS:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA LIMINAR. DECRETO 1.719/95. TELECOMUNICAÇÕES: CONCESSÃO OU PERMISSÃO PARA A EXPLORAÇÃO. DECRETO AUTÔNOMO: POSSIBILIDADE DE CONTROLE CONCENTRADO. OFENSA AO ARTIGO 84-IV DA CF/88. LIMINAR DEFERIDA. A ponderabilidade da tese do requerente é segura. Decretos existem para assegurar a fiel execução das leis (artigo 84-IV da CF/88). A Emenda Constitucional nº 8, de 1995 - que alterou o inciso XI e alínea a do inciso XII do artigo 21 da CF - é expressa ao dizer que compete à União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei. Não havendo lei anterior que possa ser regulamentada, qualquer disposição sobre o assunto tende a ser adotada em lei formal. O decreto seria nulo, não por ilegalidade, mas por inconstitucionalidade, já que supriu a lei onde a Constituição a exige. A Lei 9.295/96 não sana a deficiência do ato impugnado, já que ela é posterior ao decreto. Pela ótica da maioria, concorre, por igual, o requisito do perigo na demora. Medida liminar deferida. (STF – ADI 1435 DF. Julgamento: 07/11/96). (gn)
 
1. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. Condição. Objeto. Decreto que cria cargos públicos remunerados e estabelece as respectivas denominações, competências e remunerações. Execução de lei inconstitucional. Caráter residual de decreto autônomo. Possibilidade jurídica do pedido. Precedentes. É admissível controle concentrado de constitucionalidade de decreto que, dando execução a lei inconstitucional, crie cargos públicos remunerados e estabeleça as respectivas denominações, competências, atribuições e remunerações. 2. INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Art. 5º da Lei nº 1.124/2000, do Estado do Tocantins. Administração pública. Criação de cargos e funções. Fixação de atribuições e remuneração dos servidores. Efeitos jurídicos delegados a decretos do Chefe do Executivo. Aumento de despesas. Inadmissibilidade. Necessidade de lei em sentido formal, de iniciativa privativa daquele. Ofensa aos arts. 61, § 1º, inc. II, a, e 84, inc. VI, a, da CF. Precedentes. Ações julgadas procedentes. São inconstitucionais a lei que autorize o Chefe do Poder Executivo a dispor, mediante decreto, sobre criação de cargos públicos remunerados, bem como os decretos que lhe dêem execução. (STF - ADI: 3232 TO, Relator: CEZAR PELUSO, Data de Julgamento: 14/08/2008, Tribunal Pleno, Data de Publicação 03-10-2008).
Notícias do STF sobre a ADI do Tocantins:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=94521. 
STF acaba com milhares de cargos criados por decreto em Tocantins: (Quinta-feira, 14 de agosto de 2008)
Por unanimidade, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) declararam a inconstitucionalidade do artigo 5º da Lei tocantinense 1.124/00 e, por consequência, a nulidade de todos os decretos do governador que criaram mais de 35 mil cargos no serviço público local.
De acordo com o relator, ministro Cezar Peluso, a Constituição Federal deixa bem claro que cargos públicos não podem ser criados por meio de decreto, apenas por lei formal. Dar poder ao chefe do poder Executivo para criar cargos por meio de decreto “insulta a norma constitucional”, frisou Peluso, citando os artigos 61 e 84 da Constituição Federal. Ao acompanhar o relator, o ministro Ayres Britto disse que a lei é "enlouquecidamente inconstitucional".
O relator votou pela procedência das três ações. “Caindo a lei que lhes deu fundamento, caem todos os decretos que criaram milhares de cargos públicos remunerados”, concluiu Cezar Peluso, que ressaltou que a decisão tem efeito retroativo (ex-tunc). 
Se for necessário, disse o relator, o erário deverá ser ressarcido de todos os gastos, ressalvados eventualmente os casos de funcionários que tenham trabalhado regularmente, e recebido por isso. O voto do relator foi acompanhado por todos os ministros presentes à sessão.
Presidente da República - Condições de elegibilidade: 
Ser brasileiro nato (art. 12, §3º, CF)
Estar em pleno exercício dos direitos políticos (art. 14, § 3º, II, CF);
Alistamento eleitoral (art. 14, §3º, III);
Domicilio eleitoral na circunscrição(art. 14, § 3º, IV, CF);
Filiação partidária (arts. 14, §3º, V e 77, §2º, CF);
Idade mínima de 35 anos (art. 14, § 3º, VI, a, CF)
Não ser inalistável ou analfabeto (art. 14, § 4º, CF);
Não ser inelegível nos termos do art. 14, § 7º, CF
Eleição vinculada: Presidente da Republica e Vice Presidente;
Mandato de 4 anos;
Eleição: regime majoritário. Caso não seja atingida o número de votos exigidos no primeiro turno será necessário o segundo turno. 
Datas: 1º turno – primeiro domingo de outubro; 2º turno – ultimo domingo de outubro;
Reeleição: permitida a recondução ao cargo para um único período subsequente ao do mandato;
Atribuições: art. 84, CF
Iniciativa reservada: art. 61, § 1º, CF.
Vacância da Presidência da República
Torna-se vaga a presidência:
Por morte;
Por incapacidade absoluta (jurídica) do seu titular;
Pela perda ou inexistência à época da eleição de um dos requisitos para elegibilidade;
Pela decisão que condenar o Presidente nos processos por crime comum ou de responsabilidade;
Pela ausência do País por mais de 15 dias, sem permissão do Congresso;
Por não haver, salvo força maior, dentro de 10 dias da data ficada para posse assumido o cargo;
Por renuncia.
Aplicam-se à vice presidência os mesmos casos de vacância.
Poder executivo: substituição e vacância – art. 79:
VACÂNCIA
IMPEDIMENTO
DEFINITIVA
TEMPORÁRIO
Cassação
Renuncia
Morte 
Doença 
Férias
h
Vice Presidente
É eleito juntamente com o Presidente da República;
Atribuições:
substitui o Presidente da Republica em caso de impedimento;
sucede o Presidente em caso de vacância;
Recebe tarefas que lhe forem fixadas em lei complementar;
Auxilia o Presidente sempre que for convocado para missões especiais;
Compõe os Conselhos da Republica e da Defesa Nacional.
Órgãos de apoio ao Presidente da República
O Presidente da República conta com dois órgãos superiores de consulta:
 CONSELHO DA REPÚBLICA – arts. 89, 90;
 CONSELHO DE DEFESA NACIONAL – art. 91;
 A composição e competências desses órgãos foram definidas pela Constituição Federal;
A organização e funcionamento devem ser regulados por lei ordinária. 
Responsabilidade do Presidente da República – arts. 85 e 86:
As garantias institucionais do Presidente enquanto Chefe de Estado:
Irresponsabilidade penal relativa ou imunidade formal relativa em relação ao processo penal (86, §4o,CF): não pode ser processado por crimes estranhos ao exercício das funções presidenciais durante a vigência do mandato: (1) crimes praticados antes da posse, (2) crime praticados durante o mandato, mas sem relação com as funções presidenciais. O processo deve ser suspenso e somente poderá voltar a tramitar quando encerrar o mandato.
Imunidade formal relativa em relação à prisão (86, §3o, CF): a prisão depende de decisão judicial transitada em julgado, vedada a prisão cautelar ou em flagrante.
Garantias institucionais do Presidente da Republica enquanto chefe de governo:
Prerrogativa de foro no STF (102, I, b, e 86, caput, CF) por infrações penais comuns e no Senado Federal (52, I e 86, caput, CF) por crimes de responsabilidade
Licença da Câmara dos Deputados (autorização) para recebimento da denúncia e instauração do processo de impeachment (51, I, CF)
A responsabilidade do Presidente da República na prática de infração penal comum (art. 102, I, b e 86, CF):
1. Conceito e abrangência: Infrações penais comuns praticadas in officio ou propter officium - crime comum, crime eleitoral ou contravenção penal
2. Denúncia: oferecida pelo Procurador-Geral da República se ação penal pública
3. Juízo de admissibilidade da acusação: Câmara dos Deputados (51, I, CF)
4. Prerrogativa de foro: Supremo Tribunal Federal (102, I, b, CF)
A responsabilidade do Presidente da República na prática de crime de responsabilidade (art. 85, CF e lei 1079/50):
1. Conceito e abrangência: Crimes de responsabilidade ou infrações político-administrativas
2. Denúncia: oferecida por qualquer cidadão no exercício do direito de petição (5o, inc. XXXIV, a, CF)
3. Juízo de admissibilidade da acusação: Câmara dos Deputados (51, I, CF)
4. Prerrogativa de foro: Senado Federal (52, I, CF)
CRIMES DE RESPONSABILIDADE
São infrações político-administrativas (crimes de natureza politica) cujo seu autor se submete ao processo de impeachment. 
O crime de responsabilidade não é um delito propriamente dito, mas uma infração de caráter politico-administrativo, cuja configuração não enseja a existência de tipicidade e antijuridicidade, mas sim um juízo congressional de oportunidade e conveniência.
Art. 85 da CF determina quais os atos do Presidente da República que são considerados crimes de responsabilidade.	
Regras processuais da responsabilidade criminal:
1. Consequência do recebimento da denúncia pelo STF e instauração do processo pelo Senado: Suspensão das funções presidenciais (86, §1o, CF)
2. Não conclusão do processo em 180 dias: Retorno ao exercício do cargo (86, §2o, CF)
3. Penas no processo jurisdicional perante o STF: Penas da legislação penal e suspensão dos direitos políticos (15, III, CF)
4. Penas no processo político perante o Senado: Perda do cargo e inabilitação para o exercício de função pública por 8 anos (52, §único, CF)
Poderão ser responsabilizados – art. 52, I e II:
Poderão ser responsabilizados politicamente e destituídos de seus cargos através do processo de impeachment:
Presidente da Republica;
Vice Presidente da Republica;
Ministro de Estado, nos crimes conexos com aqueles praticados pelo Presidente da Republica;
 Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
Ministros do STF;
Membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público;
Procurador Geral da República;
Advogado Geral da União.
Impeachment:
É um processo parlamentar de caráter político e bifásico, composto por uma fase preambular, denominada juízo de admissibilidade do processo na Câmara dos Deputados (Tribunal de Pronúncia – art. 80 da Lei 1079/50) e por uma fase final, em que ocorrerá o processo propriamente dito e o julgamento no Senado Federal (Tribunal de Julgamento). 
Principais leis que regem o rito do impeachment:
Constituição Federal;
Lei n.º 1079/50 – estabelece as normas de processo e julgamento do processo de impeachment. 
Lei 10.028/00 – alterou a Lei 1079/50 afim de AMPLIAR O ROL DE INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS, principalmente em relação aos crimes contra a lei orçamentária.
Procedimento: JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
CÂMARA DOS DEPUTADOS:
A Câmara dos Deputados declarará procedente ou não a acusação, admitindo o processo e julgamento pelo Senado Federal;
A acusação pode ser formalizada por qualquer CIDADÃO no pleno gozo de seus direitos políticos;
A partir da acusação, o Presidente passa a figurar na condição de acusado, sendo-lhe assegurados o contraditório e ampla defesa;
Autorização para instauração do processo – admissão por maioria qualificada de 2/3 dos Deputados (342 votos) permitindo que o Presidente seja processado e julgado pelo Senado – art. 86, CF.
SENADO FEDERAL: TRIBUNAL DE JULGAMENTO
Havendo autorização da Câmara, o Senado DEVERÁ instaurar o processo;
Presidente do processo: Presidente do STF;
Com a instauração do processo o Presidente fica suspenso de suas funções pelo prazo de 180 dias. Caso não haja julgamento nesse prazo cessa o afastamento, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo; 
Ao Presidente são asseguradas as garantias do contraditório e ampla defesa;
No julgamento, os senadores poderão absolver ou condenar o Presidente;
Para condenação são necessários 54 votos favoráveis (maioria qualificada de 2/3); 
Impeachment
Sentença condenatória se materializa mediante Resolução, limitando-se a condenação à PERDA DO CARGO e INABILITAÇÃO PARA O EXERCICIO DE QUALQUER FUNÇÃO PUBLICA pelo período de 8 anos, sem prejuízo das demais sanções judiciais - § único art. 52, CF.
Caso Presidenta Dilma – 2016:
O Senado Federal entendeu que a senhora Presidente da RepúblicaDilma Vana Rousseff cometeu os crimes de responsabilidade, consistentes em contratar operações de crédito com instituição financeira controlada pela União e editar decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional, previstos no art. 85, inciso VI, e art. 167, inciso V, da Constituição Federal, bem como no art. 10, itens 4, 6 e 7, e art. 11, itens 2 e 3, da Lei nº 1.079, de 10 abril de 1950, por 61 votos, havendo sido registrados 20 votos contrários e nenhuma abstenção, ficando assim a acusada condenada à perda do cargo de Presidente da República Federativa do Brasil.
Em votação subsequente, o Senado Federal decidiu afastar a pena de inabilitação para o exercício de cargo público, em virtude de não se ter obtido nesta votação dois terços dos votos constitucionalmente previstos, tendo-se verificado 42 votos favoráveis à aplicação da pena, 36 contrários e 3 abstenções.
 (sentença proferida em 31 de agosto de 2016 – Presidente do STF.)
CRIMES COMUNS - Art. 86 da CF:
Controle político de admissibilidade pela CÂMARA DOS DEPUTADOS;
Autorização para recebimento da denuncia ou queixa crime – maioria qualificada de 2/3;
Admitida a acusação o Presidente será submetido a julgamento perante o STF;
Será oferecida: DENUNCIA pelo Procurador Geral da Republica nos casos de ação penal publica ou QUEIXA CRIME pelo ofendido nos crimes de ação penal privada;
Afastamento do Presidente em caso de recebimento da denuncia ou queixa - 180 dias. Se não houver julgamento nesse período, voltará exercer suas funções, prosseguindo o processo até decisão;
O Presidente da Republica só poderá ser preso depois que sobrevier sentença penal condenatória – art. 86, §3º.
Imunidade presidencial – irresponsabilidade penal relativa – art. 86, § 4º, CF
- Imunidade temporária - o Presidente da Republica, durante a vigência do mandato, NÃO poderá ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções;
- Se as infrações penais foram praticadas antes do inicio do mandato ou durante a vigência, sem qualquer relação com a função presidencial, NÃO PODERÁ ser objeto de processo penal;
- Haverá a suspensão temporária do processo e da prescrição;
- A imunidade presidencial NÃO atinge o processamento de infrações de natureza civil, administrativa, tributária, pois se restringe a apuração de infrações PENAIS que não tenham sido cometidas em razão da função.
Aspectos relevantes
No caso de crime comum, a perda do cargo de Presidente da Republica ocorre pela via reflexa, em decorrência da suspensão temporária dos direitos políticos, enquanto durarem os efeitos da sentença criminal condenatória transitada em julgado.
Imunidade formal em razão da prisão – art. 86, § 3º - NÃO se estende aos demais chefes do Poder Executivo (Governadores de Estado, DF e Prefeitos) 
Imunidade penal relativa – art. 86, § 4º - NÃO se estende aos demais chefes do Poder Executivo (Governadores de Estado, DF e Prefeitos) 
	
ORIGEM
	PRESIDENCIALISMO
	PARLAMENTARISMO
	
	EUA (1781)
	INGLATERRA (SEC XVIII)
	DEPENDÊNCIA ENTRE PODERES
	EXECUTIVO AUTÔNOMO
	EXECUTIVO E LEGISLATIVO INTERDEPENDENTES
	CHEFE DE ESTADO
	P.R.
	P.R. OU MONARCA
	CHEFE DE GOVERNO
	P.R.
	1º MINISTRO/CH GAB
	RESPONSABILIDADE POLÍTICA
	P.R.
	GABINETE
	MINISTROS
	AUXILIARES DE CONFIANÇA DO P.R. - DEMISSÍVEIS “AD NUTUM”
	PARLAMENTARES SÃO CO-RESPONSÁVEIS PELOS ATOS DE GOVERNO
	GOVERNO
	P.R. ESCOLHE SEUS MINISTROS LIVREMENTE
	P.R./REI, ESCOLHE O 1º MINISTRO, QUE ESCOLHE OS DEMAIS 
	PODER EXECUTIVO
	FORTE E INDEPENDENTE
	SOLIDÁRIO COM O LEGISLATIVO 
	PODER LEGISLATIVO
	INDEPENDENTE
	SOLIDÁRIO COM O
EXECUTIVO
	COMANDO DAS F.A.
	P.R.
	1º MINISTRO

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