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1 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Nota: O estudo deste módulo requer cerca de 09 horas. _______________________________________________________ Módulo 11: Informação Tecnológica _______________________________________________________ Objetivos: Ao final deste módulo você deverá ser capaz de: 1. Descrever o que é a Informação Tecnológica. 2. Explicar por que a base de documentos de patente é considerada a mais rica fonte de informação tecnológica no mundo, enumerando as principais características destes documentos. 3. Identificar vantagens em usar as informações tecnológicas, legais e comerciais contidas nos documentos de patente. 4. Entender de que modo a informação contida nos documentos de patente pode ser usada pela sociedade (empresas, universidades, centros de pesquisas, órgãos governamentais, pessoas físicas). 5. Listar os principais objetivos das buscas em bases de patentes. 6. Apontar onde os documentos de patente podem ser encontrados, listando algumas bases de patentes gratuitas, incluindo a base do INPI. 7. Identificar as boas práticas para efetuar uma busca adequada em bases de patentes. 8. Conhecer o papel do INPI na disseminação das informações contidas nos documentos de patentes. 2 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Introdução O Glossário Geral de Ciência da Informação (2004) define a expressão Informação Tecnológica como sendo “todo tipo de conhecimento sobre tecnologias de fabricação, de projeto e de gestão, que favoreça a melhoria contínua da qualidade e a inovação no setor produtivo”. Em geral, esta informação pode ser encontrada em artigos científicos e livros técnicos, ou é divulgada em congressos, em eventos técnicos e no mercado, ou ainda, mantida em sigilo por meio do Segredo Industrial (veja mais detalhes sobre este assunto no Módulo de Patentes e no de Contratos). O que poucas pessoas sabem é que informações tecnológicas são descritas em documentos de Patente. As patentes constituem uma das mais antigas formas de proteção da propriedade intelectual. O sistema de patentes tem duas funções: a primeira é incentivar o desenvolvimento econômico e tecnológico de um país, ao conceder ao inventor um direito exclusivo, por um período determinado de tempo, para que ele possa explorar economicamente sua invenção (fabricar, comercializar), excluindo terceiros deste uso; a segunda função é a de fornecer ao público acesso à informação sobre o desenvolvimento da tecnologia protegida mundialmente, de modo a estimular a inovação e contribuir para o crescimento econômico de cada país. Assim, tanto para o inventor quanto para a sociedade existe um custo e um benefício, ao serem concedidas as patentes. Isto porque, ao serem publicadas as informações por meio dos documentos de patente, o público em geral poderá usar este conhecimento em suas pesquisas, enquanto que o inventor poderá se beneficiar do monopólio exclusivo temporal obtido, recuperando o investimento efetuado na pesquisa e no desenvolvimento de sua invenção. A função de divulgar a informação contida em documentos de patentes à sociedade é um dos pilares do Sistema de Patentes, pois assegura efetiva circulação de informação técnica qualificada e da qual o conhecimento pode ser extraído, servindo como um estímulo e uma recompensa à capacidade criadora do ser humano, bem como uma fonte relevante de informação para o processo inovador e de expansão da competitividade tecnológica dos países. 3 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Apesar da proteção oferecida pela patente ser territorial, ou seja, cobrir apenas o país (ou região) onde a patente foi concedida, a informação contida nos documentos de patentes circula de forma global, já que as pessoas de um país podem ter acesso às informações dos documentos de patente publicados por outros países. Desta forma, o documento de patente pode ser considerado uma fonte de informação única, tanto pelas características do documento de patente, quanto pela contemporaneidade das informações contidas nos documentos de patente. No Brasil, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é o órgão responsável pela execução da Lei da Propriedade Industrial (LPI), recebendo os pedidos de patentes depositados no país para processamento e, também, disponibilizando a coleção dos pedidos, após serem publicados na RPI (Revista da Propriedade Industrial), visando a fornecer suas informações à sociedade por meio de sua publicação como documento de patente. Nos últimos anos, a ampliação do acesso à tecnologia da informação, bem como o desenvolvimento dos meios eletrônicos de distribuição e recuperação, resultou em um aumento expressivo do número de documentos de patente em formato digital acessíveis ao público para consulta e plena utilização das informações neles contidas. Neste sentido, vem crescendo, também, os desafios e a necessidade de conhecer as características da informação contida em documentos de patentes, onde encontrá-la e como recuperar estas relevantes informações. Assim, este módulo irá explicar, de modo detalhado, o que é a Informação Tecnológica com enfoque nos documentos de patente, suas principais características e potenciais usos e vantagens. Além disso, também mostrará onde encontrar os documentos de patente e como a informação contida neles pode ser acessada e usada efetivamente pela sociedade. Por fim, ele irá fornecer informações sobre como o INPI cumpre sua função de disseminador da informação de patente. 4 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Questões de Autoavaliação (QAA) QAA 1: Você aprendeu que o sistema de patentes tem duas funções, distintas entre si, e que procuram atender tanto ao inventor, quanto à sociedade em geral. Explique quais são elas e de que maneira se relacionam. Resposta QAA1: A primeira função é a de incentivar o desenvolvimento econômico e tecnológico de um país, ao conceder um direito exclusivo a um inventor por meio de uma patente; a segunda é a de fornecer ao público acesso à informação sobre o desenvolvimento tecnológico protegido mundialmente por meio da publicação dos pedidos de patente. QAA 2: Compare a cobertura da proteção oferecida pela patente com a propagação das informações disponíveis nos documentos de patente. Resposta QAA2: A proteção oferecida pela patente é territorial, ou seja, cobre apenas o país (ou região) onde a patente foi concedida, enquanto que a informação contida nos documentos de patentes circula de forma global, já que as pessoas de um país podem ter acesso às informações dos documentos de patente publicados por outros países. 5 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Quais as Informações Contidas em Documentos de Patente ? Agora vamos ouvir o segmento de áudio que explica que informações estão contidas em documentos de Patente. Segmento de áudio nº 1. Você pode me dizer que informações podem ser encontradas em Documentos de Patente? Na maioria dos países que fazem parte do Sistema Internacional de Patentes, posteriormente ao depósito de um pedido de patente corre um prazo de 18 meses de sigilo, após o qual o mesmo é publicado na forma de um documento de patente. O termo Documento de Patente compreende tanto o pedido publicado quanto a patente concedida. E para fins deinformação, isso tem enorme valor, pois possibilita que o público entre em contato com informação qualificada, referente a todos os campos tecnológicos, indexados pela Classificação Internacional de Patentes de maneira organizada. Assim, as informações contidas em documentos de patente podem ser de diversos tipos: • Informações Técnicas – aquelas que são encontradas no relatório descritivo, nas reivindicações, no resumo e nos desenhos da invenção (se houver); • Informações Legais – extraídas do escopo das reivindicações, as quais fornecem os limites da proteção conferida pela patente, bem como do seu status legal; • Informações Comerciais – aquelas úteis para as empresas extraídas dos dados bibliográficos identificadores do nome do inventor, depositante, data de depósito, país de origem, etc; • Informações para políticas públicas, empresas – dados extraídos de estatísticas e de análises de tendências dos depósitos de pedidos de patente efetuados em determinados setores, que podem ser usados na formulação de políticas governamentais e de ações estratégicas do planejamento de empresas. 6 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Por que Usar as Informações dos Documentos de Patente ? Agora vamos ouvir um segmento de áudio que vai explicar porque é importante usar as informações contidas em documentos de patente. Segmento de áudio nº 2. Você pode me dizer por que usar a informação contida em documentos de patente? O documento de patente é uma importante fonte de informação para pesquisadores, inventores, empreendedores e empresas, bem como para todos aqueles interessados em conhecer o desenvolvimento tecnológico em nível mundial. Os interessados podem utilizá-la para: Evitar a duplicação de esforços nas fases de pesquisa e desenvolvimento; Definir o estado da técnica de determinada tecnologia; Determinar a patenteabilidade das invenções e modelos de utilidade; Explorar determinadas tecnologias que não estejam protegidas por patente em seu país ou cuja validade já tenha expirado e seu objeto tenha caído em domínio público, evitando infringir direito de terceiros; Fundamentar decisões de investimento, com melhores condições de aquisição e licenciamento de tecnologias; Conhecer potenciais alternativas técnicas; Definir potenciais rotas para aperfeiçoamentos em produtos e processos existentes; Identificar tecnologias emergentes, tendências de mercado e previsão de novos produtos; Efetuar levantamentos sobre tecnologias em nível mundial por empresa, inventor ou assunto; Identificar tendências relevantes em campos específicos da tecnologia que sejam de interesse público, de modo a prover informações que possam subsidiar políticas governamentais e ações em planejamento estratégico. 7 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Vantagens do Uso das Informações dos Documentos de Patente As vantagens de usar os documentos de patente como fonte de informação tecnológica são: a) Quantidade de Documentos De acordo com dados do Relatório de 2013 da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) com informações compiladas dos escritórios oficiais de PI de 150 países, aproximadamente 3,178 milhões de pedidos de patentes foram depositados no mundo em 2012, e cerca de 10,53 milhões de patentes estão em vigor. Apesar de não se conhecer o número exato de documentos de patentes já publicados no mundo na vigência do Sistema de Patentes, estimativas feitas pela OMPI falam em mais de 90 milhões de documentos de patentes tornados acessíveis ao público e que tramitam informação técnica relevante e útil para pesquisa e desenvolvimento de inovações. Os documentos de patente contêm descrições de conceitos técnicos e científicos, bem como de detalhes práticos de processos e aparelhos, sendo uma fonte de informação sobre a história da tecnologia e do progresso tecnológico. b) Abrangência As patentes são concedidas para todos os setores tecnológicos, o que assegura um amplo espectro de informação colocado à disposição do público por meio dos documentos de patentes. c) Acessibilidade Coleções completas de documentos de patente estão centralizadas e são disponibilizadas por escritórios nacionais ou regionais de patentes, que fornecem acesso a seu conteúdo por meio de bases de dados de patentes em meio eletrônico. d) Indexação Os documentos de patente são indexados por meio da Classificação Internacional de Patentes (CIP), o que facilita a busca e o uso das informações dos documentos de patente que você quer encontrar. 8 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Questão de Autoavaliação (QAA) QAA 3: Explique brevemente que informações são encontradas em documentos de Patente Resposta QAA3: As informações contidas em um documento de patente podem ser: • Informações Técnicas – encontradas no Relatório Descritivo, nas Reivindicações, nos Desenhos e no Resumo. • Informações Legais – extraídas do escopo das reivindicações, que fornecem os limites da proteção conferida pela patente, bem como do status legal do pedido. • Informações Comerciais – aquelas úteis para as empresas extraídas dos bibliográficos identificadores do nome do depositante, inventor, país de origem do pedido, datas de depósito e de publicação etc. • Informações para políticas públicas, empresas – dados extraídos de estatísticas e de análise de tendências dos depósitos de pedidos de patentes em determinados setores, úteis na elaboração de ações estratégicas. QAA 4: Explique as vantagens do uso da informação de patente quanto à quantidade de documentos publicados, sua abrangência, acessibilidade e sistema de indexação e facilidade de recuperação. Resposta QAA 4: De acordo com estimativas feitas pela OMPI existem mais de 90 milhões de documentos de patente publicados no mundo. Com relação à abrangência, há previsão de concessão de patentes para todos os setores tecnológicos, o que assegura a divulgação de informação de patentes em um amplo espectro. Com relação à acessibilidade, as coleções de patentes são colocadas à disposição do público por meio de bases disponibilizadas por escritórios nacionais e regionais de patentes, o que facilita e torna mais simples e rápido o acesso à informação dos documentos de patente. Além disso, a recuperação da informação é bastante simplificada, pois cada documento de patente é indexado usando a Classificação Internacional de Patentes (CIP), o que facilita sua recuperação. 9 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Quais são as Características de um Documento de Patente ? De tudo que foi dito anteriormente, você já percebeu que as características intrínsecas de um documento de patente tornam esta fonte de informação uma das mais completas e úteis de todas as que existem disponíveis ao público. Vamos ver por quê? Conteúdo: Suficiente para que um profissional da área técnica da invenção (o técnico no assunto) consiga realizá-la. Formato universal: Possui dados bibliográficos com campos específicos numerados. Atualidade: Contém a informação mais recente em relação ao estado da técnica divulgado por outros meios e, em algumas áreas do conhecimento, será o único meio de ter acesso a ela. Os elementos que compõem um documento de patente, por via de regra, seguem as definições previstas na legislação nacional de cada país, no caso do Brasil a Lei nº 9.279/96, Lei da Propriedade Industrial (LPI),e os Atos Normativos (AN) editados pelo INPI para regulamentar a elaboração dos pedidos de patente. São eles: • Informações bibliográficas - Folha de rosto • Relatório descritivo • Reivindicações • Desenhos (quando houver) • Resumo Reunidos em um Comitê de Peritos na OMPI, os países decidem sobre questões atinentes à documentação de patentes e suas particularidades. No tocante à folha de rosto do documento publicado, os países escolheram um número mínimo de elementos comuns que todos os países devem publicar, de modo a tornar este documento mais uniforme e fácil de ser compreendido e recuperado, independente do idioma. Desta forma, a consulta a um documento de patente é amplamente facilitada e a informação desejada facilmente recuperada, pois a folha de rosto reúne as informações referentes a aspectos de interesse tanto técnico, quanto legal ou comercial 10 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI de um documento. A Figura 1 mostra a folha de rosto de um documento de patente depositado no Brasil, no INPI. Figura 1 - Folha de Rosto de um Documento de Patente Brasileiro Fonte: INPI 11 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Numeração dos Documentos de Patente Brasileiros A partir de Janeiro de 2012 o INPI passou a adotar um novo formato de numeração para os Pedidos de Patentes (Invenção e Modelo de Utilidade). Cabe notar que os pedidos depositados anteriormente a 2012 não tiveram suas numerações alteradas. BR ZZ XXXX YYYYYY K onde BR = Código de duas letras do País (Brasil) ZZ = Natureza da proteção XXXX = Ano de entrada no INPI YYYYYY = Numeração correspondente à ordem de depósito dos pedidos K = Dígito verificador Relativamente ao código ZZ - Natureza da Proteção: Patente de Invenção 10 Pedido de patente de invenção depositado por nacional e via CUP 11 Pedido de patente de invenção depositado via PCT 12 Pedido de patente de invenção dividido 13 Certificado de adição Patente de Modelo de Utilidade 20 Pedido de patente de modelo de utilidade depositado por nacional e via CUP. 21 Pedido de patente de modelo de utilidade via PCT. 22 Pedido de patente de modelo de utilidade dividido. Para permitir a identificação de informação chave em documentos de patente escritos em idiomas estrangeiros, praticamente todos os dados da folha de rosto dos documentos de patente são codificados com números, chamados Códigos INID (Internationally Agreed Numbers for the Identification of Data), que permitem a identificação das informações constantes. Para mais detalhes sobre o Código INID, consultar o Padrão ST.9 estabelecido pela OMPI, disponível no seguinte link: http://www.wipo.int/standards/en/pdf/03-09-01.pdf 12 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Indicação de alguns códigos (11) Número da patente ou do documento de patente; (21) Número designado ao documento quando de seu depósito; (30) Dados sobre o primeiro depósito (prioridade do documento); (22) Data de depósito do pedido; (71) Nome do depositante; (72) Nome do inventor, se conhecido; (73) Nome de quem detém os direitos sobre a patente; (74) Nome do procurador ou agente; (51) Classificação Internacional de Patente (IPC); (54) Título da Invenção; (57) Resumo do conteúdo do documento; É possível observar que após o número do documento (11) aparece uma letra, que distingue o tipo de documento publicado, de acordo com o tipo e o status legal do pedido. Estes Códigos são definidos por meio do Padrão ST 16 estabelecido pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) para uso pelos países, e tem como objetivo adicionar valor informativo ao documento de patente. No caso do Brasil, um pedido publicado recebe o código “A” enquanto que uma patente concedida recebe o código “B”. A lista completa dos códigos utilizados pelos países pode ser encontrada em: http://www.wipo.int/standards/en/pdf/03-16-01.pdf Deve-se ressaltar, ainda, que para melhor identificação da origem do documento a OMPI criou o Padrão ST 3, que estabelece o Código de 2 letras para os países, entidades e organizações intergovernamentais. O Brasil possui o código “BR” e a OMPI, como escritório receptor dos pedidos de patente depositados via Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), tem o código “IB”. Os pedidos de patente depositados por meio do PCT são publicados internacionalmente com o código “WO”. Para visualizar a lista completa destes códigos acesse: http://www.wipo.int/standards/en/pdf/03-03-01.pdf Cabe ressaltar que, além dos elementos mínimos escolhidos, é possível encontrar outras informações igualmente importantes, como é o caso do documento de patentes americano, que apresenta os documentos citados pelo estado da técnica e, também, aqueles citados durante o exame técnico, sejam referentes a patentes ou não (Figura 2). 13 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Figura 2 - Folha de Rosto de um Documento de Patente Americano Fonte: Espacenet A Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) estabeleceu uma lista de periódicos que os examinadores de patentes devem consultar quando estiverem examinando os pedidos de patentes processados por meio do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), e que podem ser encontrados no seguinte link: http://www.wipo.int/standards/en/part_04.html 14 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Questões de Autoavaliação (QAA) QAA 5: Explique 3 características intrínsecas dos documentos de patente, que tornam esta fonte de informação uma das mais completas e úteis. Resposta QAA 5: As características de um documento de patentes são: a) conteúdo - suficiente para que um técnico no assunto consiga realizá-la; b) formato universal - dados bibliográficos com campos específicos numerados; e c) atualidade - contém a informação mais recente em relação ao estado da técnica divulgado por outros meios e, em algumas áreas do conhecimento, será o único meio de ter acesso a ela. QAA 6: Explique a importância do Código INID (Internationally Agreed Numbers for the Identification of Data) em um documento de patente, exemplificando 3 deles. Resposta QAA 6: Os Códigos INID são usados para codificar os dados da folha de rosto de um documento de patente, permitindo a identificação das informações chave. Todos os documentos de patentes publicados por escritórios nacionais e regionais de patentes utilizam os códigos, o que aumenta a identificação de informações contidas em documentos com idiomas estrangeiros. Exemplos de Códigos: (21) Número designado ao documento quando de seu depósito; (72) Nome do inventor; e, (54) Título da invenção. 15 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI E quanto aos elementos que compõem o pedido de patente no Brasil, como devem ser elaborados? O artigo 24 da LPI (Lei da Propriedade Industrial) determina que o Relatório Descritivo deve descrever clara e suficientemente o objeto, de modo a possibilitar sua realização por técnico no assunto e indicar, quando for o caso, a melhor forma de execução. O artigo 25 (LPI) define que as Reivindicações deverão ser fundamentadas no relatório descritivo, caracterizando as particularidades do pedido e definindo, de modo claro e preciso, a matéria objeto da proteção. A extensão da matéria conferidapela patente será determinada pelo teor das reivindicações, interpretado com base no relatório descritivo e nos desenhos, segundo o artigo 41. Os Desenhos deverão: - Ser claros, de forma a possibilitar a reprodução do objeto da invenção; - Ser feitos em escala que possibilite sua redução; - Ser executados, preferencialmente, com auxílio de instrumentos técnicos; - Ser isentos de textos e cores; e - Conter os sinais de referência constantes do relatório descritivo. O Resumo deverá ser um sumário do que foi exposto no relatório descritivo, nas reivindicações e nos desenhos. O objetivo do resumo é servir de instrumento eficaz de pré-seleção para fins de pesquisa em determinado setor técnico, especialmente ajudando o usuário a formular uma opinião quanto à conveniência ou não de consultar o documento na íntegra. Ressalte-se que a sistemática definida pela LPI quanto à elaboração dos elementos de um pedido de patente tem relação imediata e reforça a função do sistema de patentes de divulgar a informação contida nos pedidos de patente da forma mais completa e ampla possível, subsidiando a sociedade com novos conhecimentos, que serão agregados ao estado da técnica a cada documento publicado. 16 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI A Classificação Internacional de Patentes - IPC Como visto anteriormente, os documentos de patente são indexados com os símbolos da Classificação Internacional de Patentes, conhecida como CIP ou IPC (International Patent Classification). Esta classificação é baseada em um tratado multilateral administrado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), chamado Acordo de Estrasburgo Relativo à Classificação Internacional de Patentes, concluído em 1971, que entrou em vigor em 1975. Em abril de 2011, faziam parte do Acordo 61 Estados-Membros, sendo que o Brasil aderiu ao mesmo em 1975. Mais de 100 escritórios nacionais, 4 escritórios regionais e a Secretaria da OMPI, atuando como escritório receptor do PCT, também utilizam a IPC. Este sistema de classificação independe de linguagens e terminologias e é aposto em todos os pedidos de patente depositados nos escritórios de patente, o que faz desta coleção de documentos um repositório uniforme e coerente de tecnologia divulgada internacionalmente. Assim, a busca em documentos de patentes usando a classificação pode auxiliar a ultrapassar uma série de problemas que ocorrem quando usamos somente as palavras-chave. Maiores informações sobre a IPC podem ser encontradas em: <http://ipc.inpi.gov.br/ipcpub/#refresh=page>. A IPC cobre todas as tecnologias conhecidas e, sua última versão (Janeiro de 2015), contem mais de 70.000 campos ou subgrupos, que consistem de uma seqüência de números e letras, e descrevem uma tecnologia específica. A IPC é organizada de acordo com níveis hierárquicos, que são: Seções, Classes, Subclasses, Grupos e Subgrupos. Cada seção tem um título e uma letra como código específico, a saber: A - Necessidades Humanas B – Operações de Processamento e Transporte C – Química e Metalurgia D – Têxteis e Papel E – Construções Fixas F – Engenharia Mecânica; Iluminação; Aquecimento; Armas; Fornos G - Física H – Eletricidade 17 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI As finalidades da IPC são: • Criar uma ferramenta de busca e recuperação de documentos de patente; • Instrumento para disposições organizadas dos documentos de patente, a fim de facilitar o acesso às informações tecnológicas e legais contidas nos mesmos. Exemplo de uma Classificação Completa: Seção A Necessidades Humanas Classe A43 Calçados Subclasse A43B Partes de Calçados Grupo Principal A43B 13 Solas Subgrupo A43B 13/02 ● caracterizadas pelo material Subgrupo A43B 13/04 ●● matéria plástica, borracha ou fibra vulcanizada De maneira a facilitar a identificação dos símbolos da IPC que desejarmos encontrar, a OMPI disponibiliza uma ferramenta de busca de palavras-chave, que pode ser acessada em: http://web2.wipo.int/classifications/ipc/ipcpub/# . Ao clicar o botão “Terms” existente no lado esquerdo, abre-se outra tela. Ao inserir a palavra-chave de interesse no campo “Word(s)” e clicar no botão “Display results”, obtém-se uma lista dos possíveis símbolos da IPC relacionados ao tema desejado. Até bem pouco tempo, alguns escritórios nacionais, como o Escritório de Patentes Japonês (JPO), bem como entidades regionais, como o Escritório Europeu de Patentes (EPO), usavam classificações específicas nos pedidos depositados em suas entidades, além da IPC. Vale destacar o Escritório Norte-Americano de Patentes e Marcas (USPTO), que usava apenas a sua própria classificação. Assim, recentemente, foi criada a CPC (Cooperative Patent Classification, em inglês, ou Classificação Cooperativa de Patentes), um sistema de classificação fruto da cooperação entre o Escritório Europeu de Patentes (EPO) e o Escritório Norte- Americano de Patentes e Marcas (USPTO). Apesar de ser baseada na IPC, a CPC é mais detalhada que esta, permitindo maior precisão na busca e recuperação de documentos de patente: a IPC possui em torno de 70 mil subgrupos, enquanto que a CPC possui aproximadamente 250 mil itens de classificação. 18 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Outra diferença entre as duas classificações é que as tecnologias emergentes são identificadas na CPC pelas classificações contidas na nova seção Y, que são sempre complementares às classificações das outras seções, referentes à área específica da invenção. Maiores informações sobre a CPC podem ser encontradas em: http://worldwide.espacenet.com/classification?locale=en_EP. A partir do seu lançamento em janeiro de 2013, a CPC vem sendo adotada gradualmente por diversos países, tais como EUA, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Holanda, Bélgica, Canadá e Austrália. Estima-se que cerca de 40 milhões de documentos de patente no mundo já possuem classificação CPC. Atualmente, os depósitos feitos via Tratado de Cooperação de Patentes (PCT), publicados pela OMPI como documentos WO, também estão classificados pela CPC. Vale destacar que desde dezembro de 2014, o INPI tem usado a CPC para classificar os documentos de patente depositados no Brasil. Na Figura 3, é possível observar que tanto a CPC como a IPC constam na folha de rosto do pedido de patente brasileiro mostrado no exemplo. Contudo, apesar do maior detalhamento da CPC, a IPC ainda é a classificação de patente mais amplamente adotada no mundo por ser mais antiga e porque muitos países ainda não começaram a adotar esta nova classificação de patentes. Além disso, por ser recente este novo sistema de classificação (2013), mesmo no caso dos países que já adotam a CPC (ex: o Brasil), verifica-se que os documentos mais antigos da base de patentes destes países não foram ainda reclassificados na CPC, ou seja, eles continuam apenas com a IPC. Isso ocorre muitas vezes por falta de infraestrutura de alguns escritórios de PI para fazê-lo (ex: falta de pessoal). Logo, a IPC não deve ser ignorada por aqueles que desejam recuperar documentos de patente nas bases. 19 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Figura 3 - Documento de Patente Brasileiro Classificado pela CPC Fonte: INPI 20 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Objetivos das Buscas em Bases de Patentes Na prática existem váriasrazões para realizar buscas em bases de dados de patentes, visando ao alcance de objetivos distintos, alguns bastante simples e outros mais elaborados. Algumas buscas tratam unicamente de usar a informação de patentes encontrada, enquanto outras se direcionam a finalidades mais complexas e, para cada uma delas, existe uma estratégia mais correta a seguir, incluindo uma combinação dos vários objetivos. A seguir, vocês terão uma ideia geral de algumas possibilidades de sua utilização. 1) Investigação Oficial de Patenteabilidade Como visto no Módulo de Patentes, são três os requisitos aferidos durante o exame técnico de patenteabilidade efetuado para a concessão de uma patente: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. Assim, após o depósito do pedido de patente em cada escritório de patente e sua posterior publicação, uma busca é realizada pelo examinador de patentes dos escritórios de países que efetuam exame de mérito nos pedidos de patente depositados, para atribuição de novidade e atividade inventiva à matéria reivindicada, de modo a reunir elementos para decidir sobre a concessão de uma patente. Na aferição destes quesitos, o examinador de patentes realizará uma busca no estado da técnica que, conforme definido pelo Artigo 11, da Lei nº 9.279/96, é tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no país ou no exterior. Cabe observar que, para a execução desta etapa do exame, são consideradas não só a informação contida em documentos de patente, como também informação não patentária, disponibilizada em outras bases e fontes de informação. 2) Investigação Prévia de Patenteabilidade O objetivo desta busca é o de determinar se a matéria que se pretende patentear é nova ou não, ou seja, se o requisito da novidade será atendido no caso da matéria vir a ser reivindicada em um pedido de patente. Dependendo do resultado obtido na busca, o interessado poderá decidir se continua o desenvolvimento da pesquisa, caso nenhum documento relevante tenha sido encontrado. Por outro lado, se houver documentos 21 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI pertinentes encontrados na busca, o interessado poderá estudar a possibilidade de efetuar alterações no seu produto ou processo ou mesmo desistir de fazer o depósito do pedido de patente. Estes conhecimentos são úteis, por exemplo, quando um inventor deseja verificar se alguém já buscou o patenteamento de algo similar, ou para obter informação relevante sobre patentes de mesma categoria que sua invenção. 3) Identificação de Soluções Técnicas Busca de tecnologias alternativas para a solução de problemas técnicos ou de fontes de expertise, como profissionais e empresas atuantes em determinada área. 4) Busca de Família de Patentes Esta busca visa identificar os membros de uma “família de patentes” e é efetuada para: Encontrar os países nos quais um determinado pedido de patente foi depositado (caso já publicado); Encontrar um membro da família de patentes que esteja em um idioma conhecido; Obter uma lista de documentos de "Referências Citadas"; e, Avaliar a importância da invenção (por meio do número de documentos de patentes relacionados à mesma invenção e sendo publicados por diferentes países ou organizações de propriedade industrial). 5) Interesses Mercadológicos Busca em documentos de patente com o objetivo de identificar mercados para livre exploração de tecnologias, verificar possibilidades de licenciamento ou para monitorar as atividades ou interesses de um competidor. 22 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI 6) Ações Legais Busca efetuada por interessados visando encontrar documentos que possam ser usados nas fases de Oposição e Recurso previstos, em geral, pelas legislações nacionais no processamento dos pedidos de patente, bem como para subsidiar ações judiciais visando à desconstituição de direitos. Questões de Autoavaliação (QAA) QAA 7: A busca em bases de patentes pode ser feita por várias razões. Explique o papel da busca na investigação prévia de patenteabilidade. Resposta QAA 7: O objetivo desta busca é identificar se a matéria que se pretende patentear é nova ou não e, no caso de ser reivindicada em um pedido depositado, se o requisito de novidade será atendido. Dependendo do resultado obtido na busca, o interessado poderá decidir se continua o desenvolvimento da pesquisa. Por outro lado, se houver documentos pertinentes encontrados na busca, o interessado poderá estudar a possibilidade de efetuar alterações no seu produto ou processo ou mesmo desistir de fazer o depósito do pedido de patente. QAA 8: Por que se pode afirmar que a CIP é uma excelente ferramenta para auxílio na realização de buscas? Resposta QAA 8: A CIP é um sistema de classificação que cobre toda a tecnologia disponível mundialmente, sendo utilizada por todos os escritórios de patentes do mundo, que classificam os pedidos recebidos, criando uma indexação que possibilita a busca e recuperação de documentos de patentes e facilitando o acesso à informação tecnológica neles contida. 23 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Onde Encontrar os Documentos de Patente ? A informação de patentes é disponibilizada ao público por meio de uma variedade de bases de dados tanto gratuitas quanto comerciais. Atualmente, não existe uma base única que possua uma cobertura completa de todos os documentos de patente que já tenham sido publicados no mundo. Por esta razão, dependendo do interesse e do objetivo da busca, o usuário poderá ser obrigado a consultar várias bases de modo a recuperar os resultados com o grau de precisão que desejar. Uma série de escritórios nacionais de patentes, bem como de entidades regionais que tratam do tema, oferecem acesso gratuito a coleções de documentos de patente depositados e publicados. A Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) disponibiliza uma lista atualizada destas bases no seguinte link: http://www.wipo.int/patentscope/en/national_databases.html Existem, também, provedores comerciais que oferecem acesso gratuito a bases de patentes, e outros que provêem serviços pagos de tradução, classificação e busca de patentes ao público em geral. De maneira geral as bases oferecem ferramentas similares para efetuar as buscas que utilizam Operadores Booleanos – AND, OR e NOT, e que podem ser combinados e usados visando a determinados objetivos. Há também alguns critérios de busca que são úteis na recuperação de documentos de patentes. Assim, a busca pode ser feita por: Palavras-chave Classificação de Patente Datas (Data de prioridade, data de depósito, data de publicação, data de concessão da patente) Número de Identificação (Número do pedido de patente, número da publicação, número da patente) Nomes (Depositantes, Titulares, Inventores) A seguir, são apresentadas algumas bases de patentes gratuitas organizadas e gerenciadas por escritórios de patentes nacionais e entidades regionais. 24 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Bases de Patentes de Escritórios Nacionais 1) Base de Patentes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI Documentos de patente e de desenho industrial que foram depositados no Brasil (INPI) estão disponíveis no site do INPI (Figura 4), podendo ser buscados e consultados no link: http://www.inpi.gov.br/.Esta base possui tanto os pedidos de patente, como as patentes concedidas no Brasil. Organizada e gerenciada pelo INPI, esta base é constituída de documentos publicados a partir de 1982, com a disponibilização dos dados bibliográficos. Documentos publicados a partir de 01/08/2006 estão disponíveis para consulta em formato integral. Ela possui, ainda, informação sobre o status do pedido e, em alguns casos, a folha de rosto digitalizada. Mais informações podem ser obtidas no link: http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/patente/guia-basico-de-patente A base do INPI possibilita dois tipos de pesquisa: a Básica (Figura 5) e a Avançada (Figura 6). Na pesquisa Básica pode-se buscar pela numeração do pedido, além de poder usar até quatro combinações de palavras-chave, em português, no titulo ou resumo, ou efetuar a busca pelo nome do inventor ou depositante. A pesquisa Avançada permite combinar palavras-chave no título, no resumo e nos campos do nome do depositante e do inventor, usando operadores booleanos (AND ou OR). O operador de truncagem “*” (asterisco) possibilita que se pesquise pelo radical da palavra. Pode ser feita a busca, também, usando a Classificação Internacional de Patentes (CIP), o número do pedido de patente e a data de depósito, entre outros parâmetros. Na página de resposta de sua busca, quando algum pedido é selecionado, você obtém seus dados bibliográficos e, caso ele já esteja digitalizado, é possível visualizar o documento em PDF (Figura 7), bem como o status do pedido, com os despachos já publicados na RPI - Revista da Propriedade Industrial. 25 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Figura 4 – Site do INPI Fonte: Disponível em: <https://www.inpi.gov.br>. 26 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Figura 5 – Tela de Busca da Pesquisa Básica Fonte: Disponível em: <https://gru.inpi.gov.br/pePI/jsp/patentes/PatenteSearchBasico.jsp>. Figura 6 – Tela de Busca da Pesquisa Avançada Fonte: Disponível em: https://gru.inpi.gov.br/pePI/jsp/patentes/PatenteSearchAvancado.jsp. 27 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Figura 7 – Tela de busca com dados bibliográficos e despachos publicados na Revista da Propriedade Industrial Recentemente, os pesquisadores da Coordenação-Geral de Estudos, Projetos e Disseminação de Informação Tecnológica (CEPIT, antigo CEDIN), pertencente à Diretoria de Patentes, Programas de Computador e Topografias de Circuitos Integrados (DIRPA), desenvolveram tutoriais de busca de patentes com o objetivo de ensinar aos interessados “passo-a-passo” como fazer uma busca de patentes corretamente na base do INPI, usando-se “palavras-chave”, “classificações” e outros campos, como “datas” ou nomes de “depositante” ou de “inventor”. Assim, caso o usuário do INPI (pessoa física ou jurídica) queira fazer pessoalmente a busca, estes tutoriais estão disponíveis, desde 2014, no site do INPI, podendo ser acessados também pelo link abaixo: http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/informacao/guia-pratico-para-buscas-de-patentes 28 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Por outro lado, os pesquisadores da CEPIT também elaboram estudos e outros tipos de levantamentos em documentos de patentes publicados (exemplo: radares tecnológicos) para: o governo (ex: MDIC); instituições parceiras, tais como FIOCRUZ, INMETRO, BNDES, ABDI, APEX, dentre outras; ou ainda, para associações de setores da economia brasileira (ex: ABIQUIM). O objetivo destes estudos é apoiar políticas públicas e divulgar a importância do uso estratégico da informação tecnológica contida em documentos de patente dentro do país, colaborando, assim, com o desenvolvimento econômico e social do Brasil. O público que tiver interesse em conhecer os estudos e radares tecnológicos já elaborados pela CEPIT, a fim de auxiliar nas suas pesquisas ou tomadas de decisão, podem consultá-los, já que estão disponíveis no site do INPI na área de informação tecnológica de patentes ou acessando os links abaixo: http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/informacao/guia-basico-informacao-tecnologica http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/informacao/estudos-setoriais 2) Base de Patentes do Escritório Americano de Patentes e Marcas - USPTO No Escritório Americano de Marcas e Patentes (USPTO), é possível realizar buscas no texto completo das patentes concedidas nos Estados Unidos a partir de 1976 e, ainda, obter acesso às imagens dos documentos a partir de 1790. A página do USPTO (http://patents.uspto.gov - Figura 8) oferece acesso a duas bases de dados de patentes: uma de Pedidos de Patente e outra de Patentes Concedidas nos Estados Unidos, através do link http://patents.uspto.gov/patents-application-process/search-patents (Figura 9). Assim, somente pedidos depositados e publicados nos EUA comporão as duas bases. Por outro lado, para visualizar e imprimir qualquer documento recuperado da base americana, é necessário baixar em sua máquina o software Alternatiff, que pode ser obtido na página http://www.alternatiff.com. Outra solução é obter o documento desejado pelo link www.pat2pdf.org. 29 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Figura 8 – Site do USPTO Figura 9 – Tela de Busca da Base de Patentes do USPTO Fonte: Disponível em: http://patents.uspto.gov/patents-application-process/search-patents. 30 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Bases de Patentes - Entidades Intergovernamentais e Regionais A OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual) possui uma base de documentos de patente de diversos países do mundo, dentre eles o Brasil. As entidades ou escritórios regionais de propriedade intelectual são aqueles que atuam no âmbito de determinada região, tais como: o EPO (Escritório Europeu de Patentes), a ARIPO (Organização Regional Africana da Propriedade Intelectual), a OAPI (Organização Africana da Propriedade Intelectual) e a EAPO (Organização de Patente Eurasiana), da região euro-asiática. Algumas bases de acesso gratuito – Espacenet e LATIPAT do EPO e Patentscope da OMPI - serão apresentadas com mais detalhes a seguir. 1) Base de Patentes do Escritório Europeu de Patentes - ESPACENET A base Espacenet é organizada e gerenciada pelo Escritório Europeu de Patentes (EPO), e contem mais de 90 milhões de documentos de patente de mais de 90 países diferentes, incluindo o Brasil. Contudo, esta base total Worldwide pode ser subdividida em: Worldwide EN, coleção de pedidos de patente publicados em inglês; Worldwide FR, coleção de pedidos de patente publicados em francês; e Worldwide DE, coleção de pedidos de patente publicados em alemão. A base Espacenet pode ser acessada pelo link: http://worldwide.espacenet.com (Figura 10) Existem as seguintes possibilidades de buscas nesta base: Busca Rápida; Busca Avançada, em 10 campos; a Busca Numérica e a busca pela CPC (Figura 11). É possível fazer a pesquisa nos dados bibliográficos dos documentos de patentes, bem como o acesso ao texto completo de grande parte destes documentos, inclusive de pedidos depositados no Brasil. A busca pode ser feita pela Classificação Internacional de Patentes (IPC) ou pela Classificação de Patentes Cooperativa (CPC), usando as palavras-chave em inglês. É possível descobrir a situação legal do documento, bem como a família de patentes do pedido em questão,pelo INPADOC. Se desejar, o usuário pode aprender a fazer uma busca na base ESPACENET, utilizando o tutorial de busca que foi desenvolvido pela CEPIT (INPI) especialmente para esta base. Este tutorial está disponível no site do INPI desde 2014 no link abaixo: http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/informacao/guia-pratico-para-buscas-de-patentes 31 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Figura 10 – Site da base Espacenet Fonte: Disponível em: <http://worldwide.espacenet.com/?locale=en_EP>. 32 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Figura 11 – Tela de Busca Avançada da base Espacenet Fonte: Disponível em: <http://worldwide.espacenet.com/advancedSearch?locale=en_EP>, em junho de 2016. 33 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI 2) Base de Patentes LATIPAT Iniciada em 2003, a base LATIPAT é fruto da cooperação entre o Escritório Espanhol de Patentes e Marcas (OEPM), a OMPI e o EPO (Escritório Europeu de Patentes), com a colaboração de diversos escritórios da propriedade intelectual de países da América Latina. Seu principal objetivo é contribuir para a difusão do conhecimento técnico na América Latina, oferecendo ao público acesso centralizado e gratuito à informação de patentes em espanhol e português. Esta base pode ser acessada pelo link: http://lp.espacenet.com (ver Figura 12) Figura 12 – Site da base LATIPAT Fonte: Disponível em: <http://lp.espacenet.com> 34 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Ao se fazer uma busca pela base LATIPAT, o usuário tem acesso a uma base de dados com mais de 2.5 milhões de dados bibliográficos e mais de 1 milhão de imagens de documentos de patentes de 20 países da América Latina, a saber: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai, Venezuela, além da Espanha. Nesta base, há as seguintes possibilidades de buscas: Busca Rápida; Busca Avançada, em 10 campos; e, a Busca Numérica. Esta base é subdividida em: Worldwide (coleção completa dos pedidos de patente publicados em mais de 80 países), WIPO (coleção completa, incluindo o texto completo dos pedidos via PCT publicados) e EP (coleção completa, incluindo o texto completo dos pedidos europeus publicados). Observa-se que o mecanismo de busca é semelhante ao do Espacenet, uma vez que o Escritório Europeu de Patentes é o responsável pela organização e pelo gerenciamento de ambas as bases (ver Figura 13). Esta base permite a busca pela Classificação Internacional de Patentes (IPC). Nos campos do Título e do Resumo, é possível usar as palavras-chave em espanhol e em português. O campo INPADOC fornece a situação legal do documento. Se preferir, o usuário pode aprender a fazer uma busca na base LATIPAT, utilizando o tutorial de busca que foi desenvolvido pela CEPIT (INPI) especialmente para esta base. Este tutorial está disponível no site do INPI desde 2014 no link abaixo: http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/informacao/guia-pratico-para-buscas-de-patentes 35 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Figura 13 – Tela de busca avançada da base LATIPAT Fonte: Disponível em: <http://lp.espacenet.com/advancedSearch?locale=es_LP>. 36 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI 3) Base de Patentes da OMPI - PATENSCOPE Organizada e gerenciada pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI, ou WIPO, em inglês), a base Patentscope possibilita o acesso a atividades e serviços relacionados ao Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), disponibilizando o acesso a uma base que contem mais de 2.8 milhões de pedidos de patente depositados via PCT. Nesta base, é possível encontrar dados da entrada na fase nacional do pedido PCT, incluindo informações, tais como, as listagens de sequências genéticas dos pedidos de patente depositados via PCT. Todas as informações sobre o PCT e o processamento dos pedidos, utilizando esta via, estão descritos no Módulo de Patentes do curso. A base Patentscope pode ser acessada pelo link: https://patentscope.wipo.int/search/en/search.jsf Na base Patentscope há documentos de patente de países e escritórios regionais da Ásia (exemplos: China, Japão, Coréia, Rússia, Singapura, Emirados Árabes Unidos, Israel), da Europa (exemplos: Espanha, Alemanha, Portugal, EPO), da África (exemplos: África do Sul, Egito, Marrocos, ARIPO), da América do Norte (exemplos: Estados Unidos, Canadá e México) e das Américas do Sul e Central (exemplos: Brasil, Chile, Cuba, Peru, Costa Rica). Porém, aconselha-se, sempre que for fazer a busca, consultar a cobertura da base naquele momento (ver Figura 14). É possível fazer a busca em texto completo do pedido de patente, usando vários operadores e campos de busca. Atualmente, a base Patentscope também permite fazer a busca por compostos químicos. 37 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Figura 14 - Tela de busca do Patentscope com campos combinados Fonte: Disponível em: <https://patentscope.wipo.int/search/en/structuredSearch.jsf>. Caso haja interesse em consultar determinado documento encontrado pela busca, basta clicar em cima do mesmo e será possível conhecer seu conteúdo (ver Figura 15). A partir da base Patentscope é possível obter resultados que podem ser facilmente analisados, pois ela fornece informação que pode ser tabulada, o que facilita a visualização dos resultados da pesquisa efetuada. Logo, os resultados de uma busca podem ser apresentados na forma de tabelas (“Table”) ou gráficos, tais como: o gráfico em linhas (“line”), ou o gráfico de barras (“bar”). Isto é útil, por exemplo, para levantar estatísticas sobre determinada tecnologia, depositante ou inventor. Se desejar ver o resultado de uma busca no formato de um gráfico, basta clicar na barra “Analysis”, e em seguida, na opção “Options”, selecionando a saída na forma de Gráficos (“Graph”). Ao clicar nas outras barras do menu, será possível visualizar os gráficos dos Principais Depositantes, Classificações, Inventores Principais e Data de Publicação. Na Figura 15, 38 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI é possível ver o gráfico dos resultados da busca no formato “pie” (conhecido por “torta” ou “pizza”), que mostra os países que depositaram pedidos de patente. Figura 15 – Tela dos resultados de busca do Patentscope - Gráficos Fonte: Disponível em: <https://patentscope.wipo.int/search/en/result.jsf>. Além disso, a busca pode ser realizada em vários idiomas, inclusive o português. Também está disponível a WIPO Translate (Fig. 16), uma ferramenta de tradução baseada em rede neural, que permite a tradução dos documentos de patente para diversas línguas: português, inglês, francês, espanhol, alemão, chinês, russo, coreano, japonês. 39 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Figura 16 – Tela dos resultados de busca do Patentscope - Tradução 40 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI 4) Bases Patentárias e não-patentárias disponíveis no Portal CAPES O Portal de Periódicos da Capes oferece acessogratuito na web a importantes fontes de informação científica e tecnológica, cobrindo todas as áreas do conhecimento: há textos completos disponíveis em mais de 38 mil publicações periódicas, internacionais e nacionais; há diversas bases de dados que reúnem desde referências e resumos de trabalhos acadêmicos e científicos até normas técnicas, patentes, teses e dissertações, dentre outros tipos de materiais. Para os interessados, o acervo do Portal CAPES poderá ser encontrado no link: http://www-periodicos-capes-gov- br.ez202.periodicos.capes.gov.br/index.php?option%3Dcom_pcollection%26Itemid%3D 104%26 (ver Figura 17). Assim sendo, é possível fazer uma busca em algumas bases de patentes disponíveis no Portal CAPES, com acesso gratuito para os pesquisadores de universidades públicas. São oferecidos treinamentos online para usar este Portal. Figura 17 – Tela de acesso ao acervo do Portal de Periódicos CAPES 41 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Boas Práticas ao se Efetuar uma Busca em Bases de Patentes 1) Para maior efetividade de sua busca, procure explorar as opções de cada base de patentes, fazendo combinações de palavras-chave, símbolos da IPC (ou da CPC) e campos de datas. 2) Para saber o que empresas concorrentes em certas tecnologias estão desenvolvendo em termos de tecnológicos, faça buscas combinando a classificação com o nome da empresa. 3) A busca de patentes é um processo interativo que se inicia a partir de um foco amplo e que, aos poucos, se torna mais concentrado a partir dos resultados obtidos. No entanto, é importante estar atento para limitar o número de documentos que serão recuperados e lidos, de modo a poder examiná-los detalhadamente. 4) Estar atento ao fato de que existem variações nos formatos de números e datas dos documentos de patente, dependendo da base de dados, que tanto pode originar-se de cada escritório nacional de patentes ou por ser uma base que compila os dados oriundos de vários escritórios e os adapta a seu próprio formato. O Padrão da OMPI ST.10/C define os formatos para a numeração dos pedidos oriundos dos vários escritórios, além da apresentação de datas e dos símbolos de classificação. Este padrão pode ser acessado em 5) Observar que podem ocorrer variações quanto ao nome do titular/depositante, que podem aparecer de modo abreviado ou, até mesmo, terem sido alterados devido a processos de fusão ou aquisição de empresas. 6) Lembrar que a Classificação Internacional de Patentes (CIP) é periodicamente revisada, de modo a aprimorar o sistema e incluir novos desenvolvimentos tecnológicos. Com isto, por vezes documentos de patentes mais antigos não são reclassificados, o que força que se pesquise nas edições mais antigas da IPC, de modo a não perder documentos que podem ser relevantes. 42 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI 7) Recordar que os documentos de patentes estão disponíveis em vários idiomas, sendo necessária atenção especial à linguagem, sinônimos ou nomes científicos, de maneira a conceituar corretamente o objeto de sua busca. 8) Observe que a principal limitação da busca é a fase de sigilo (18 meses da data de depósito) dos documentos de patente. Qualquer base de dados ou ferramenta de busca utilizada vai recuperar, apenas, os documentos que já tenham sido publicados e, como foi visto, a maioria dos países utiliza este prazo de sigilo após o depósito dos pedidos de patente. 9) Caso queira recuperar os documentos contendo a informação de patente mais recente, faça uma busca combinando a classificação desejada e/ou palavras- chave com a data de publicação a partir da qual lhe interessar conhecer o assunto. 10) Observar que além da busca em documentos de patentes é muito importante buscar informações também em literatura não patentária (exemplo: artigos científicos), que pode ser consultada em bases específicas. Algumas destas bases de documentação não-patentária estão disponíveis gratuitamente no Portal CAPES. 43 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Resumo Este módulo introduziu noções básicas sobre Informação Tecnológica, especialmente aquela contida em Documentos de Patente, suas características, importância, vantagens de sua utilização e onde podem ser encontradas. Sabemos que as patentes constituem uma das mais antigas formas de proteção da propriedade intelectual e que o sistema de patentes tem duas funções: a primeira é incentivar o desenvolvimento econômico e tecnológico de um país ao conceder ao inventor um direito exclusivo para usufruir economicamente de sua invenção, por um período determinado de tempo, excluindo terceiros deste uso; a segunda é a de fornecer ao público acesso à informação sobre o desenvolvimento da tecnologia mundialmente, de modo a estimular a inovação e contribuir para o crescimento econômico de cada país. Além disso, alguns objetivos da busca foram apresentados, além de possíveis usos estratégicos da informação contida em documentos de patente tais como: evitar duplicação de esforços de pesquisa e o desperdício de recursos; fundamentar decisões de investimento; identificar rotas tecnológicas para desenvolver ou aperfeiçoar novos produtos e processos, ou mesmo identificar tecnologias emergentes ou não protegidas, que estão em domínio público, para evitar litígios. As empresas também podem descobrir possíveis parceiros, alternativas técnicas para um problema ou monitorar seus concorrentes e o mercado onde atuam. Além disso, a análise de patentes pode fornecer informações para subsidiar políticas públicas e sustentar decisões empresariais. Em uma sociedade em que a inovação e a competitividade têm destaque como elementos importantes para o desenvolvimento dos países, a informação contida nos documentos de patentes publicados é uma fonte sistematizada para divulgar os avanços mais recentes em termos de tecnologia. Isto se deve às características dos documentos de patentes como conteúdo, formato universal e atualidade, e às vantagens desta fonte de informação: quantidade de documentos, abrangência, indexação e acessibilidade. Neste sentido, as coleções de documentos de patente disponibilizadas pelos escritórios de patente ou por entidades regionais oferecem à sociedade a possibilidade de recuperá-los, de maneira simples e muitas vezes gratuita, em suas bases de dados. As bases de patentes gratuitas apresentadas são: do INPI, do USPTO, o Patentscope (da OMPI), a base Espacenet e a Latipat (da EPO). Também foram mencionadas as bases gratuitas disponíveis no Portal CAPES. Por fim, boas práticas para efetuar as buscas usando as ferramentas de recuperação são apresentadas. 44 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI Referências: Ato Normativo 127/97. Disponível em: http://www.inpi.gov.br/menu- esquerdo/patente/pasta_legislacao/index_html Endereço eletrônico do INPI. Disponível em http://www.inpi.gov.br> LATIPAT. Disponível em: <http://lp.espacenet.com> Lei Nº 9279/96, de 14 de maio de 1996 - Lei da Propriedade Industrial (LPI). Disponível em: http://www.inpi.gov.br/menu- esquerdo/patente/pasta_legislacao/lei_9279_1996_html-new-version Endereço eletrônico do USPTO. Disponível em <http://www.uspto.gov> World Intellectual Property Indicators 2010, Economics and Statistics Division, WIPO, September 2010, 145 páginas, WIPO Publication n°: 941 WIPO Guide to Using Patente Information. 2010 Edition, WIPOPublication nº L 434. Disponível em http://www.wipo.int/patentscope . ESPACENET. Disponível em: <http://worldwide.espacenet.com> Lista de Siglas (ordem alfabética): AN – Ato Normativo ARIPO - Organização Regional Africana da Propriedade Intelectual CEDIN – Centro de Disseminação da Informação Tecnológica; da DICOD CIP – Classificação Internacional de Patentes CPC – Classificação Cooperativa de Patentes EAPO - Organização de Patente Eurasiana EPO – Escritório de Patentes Europeu INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial OAPI - Organização Africana da Propriedade Intelectual 45 DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (7V) 2017 © WIPO/OMPI/INPI LPI – Lei da Propriedade Industrial INID – Internationally agreed Numbers for the Identification of Data OEPM – Oficina Espanhola de Patentes e Marcas OMPI – Organização Mundial da Propriedade Intelectual PCT – Patent Cooperation Treaty (Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes) RPI – Revista da Propriedade Industrial USPTO – Escritório Americano de Marcas e Patentes
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