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Memorial projeto de esgoto e interceptores

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS – UNIS/MG
ENGENHARIA CIVIL
TAYNÁ APARECIDA MORAIS
PROJETO DE ESGOTO SANITÁRIO EM LOTEAMENTO
VARGINHA
2018
1 APRESENTAÇÃO
O presente memorial é parte integrante do projeto de redes de esgoto destinado ao loteamento Pôr do Sol, bairro Nova Areado em Areado – MG (Minas Gerais), proposto pela orientadora Ivana Prado Vasconcelos como requisito parcial para obtenção de nota para a disciplina de Saneamento II.
O intuito do projeto é o detalhamento completo da rede de esgoto sanitária, atendendo os possíveis moradores do loteamento Pôr do Sol, preconizando os padrões de salubridade da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA) e Normas Técnicas Brasileiras.
O método utilizado será o de sistema por separador absoluto, de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 9648 (1986), nesta metodologia evita-se a contaminação hídrica, garantindo o bem-estar e preservação da população e meio ambiente. 
2 TRABALHO PROPOSTO
Para o projeto será realizado o memorial de cálculo para o sistema de esgoto do loteamento efetuados através das seguintes normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT):
NBR 9648/ 1986: Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário;
NBR 9649/ 1986: Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário;
NBR 12207/ 1992: Projeto de interceptores para esgoto sanitário;
NBR 12208/ 1987: Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário;
NBR 12209/ 2011: Elaboração de projetos hidráulico-sanitários de estação de tratamento de esgotos sanitários.
3 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO BRASILEIRO DE AREADO
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) os dados informativos para o município de Areado localizado ao sul de Minas Gerais são:
População estimada para 2017: 14.956 pessoas;
População no último censo (2010): 13.731 pessoas;
Densidade demográfica (2010): 48,5 hab/km²;
Área da unidade territorial (2016): 283,124 km²; 
Esgotamento sanitário adequado (2010): 88,4%;
Arborização de vias públicas (2010): 70,5 %;
Urbanização de vias públicas (2010): 52,5 %;
PIB per capita (2015): R$ 13.580,66;
Percentual das receitas oriundas de fontes externas (2015): 89,9 %;
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) (2010): 0,727;
Total de receitas realizadas (2008): R$ 12.876 (×1000);
Total das despesas realizadas (2008): R$ 13.078 (×1000);
Mortalidade Infantil (2014): 11,49 óbitos por mil nascidos vivos; 
Internações por diarreia (2016): 0,3 internações por mil habitantes; 
Estabelecimentos de Saúde SUS (2009): 7 estabelecimentos; 
Rios: Rio Cabo Verde, Ribeirão Santo Antônio e Ribeirão das Dividas;
Clima: tropical úmido, segundo a Köppen e Geiger o clima é classificado como Aw;
Altitude: 800 a 1.325m;
Temperatura média anual: 21,6 °C;
Índice médio pluviométrico anual: 1.421mm;
4 BREVE HISTÓRICO
Areado foi criado em 25 de abril de 1823 pelo Guarda-Mor José da Cunha Bastos e seus companheiros Antônio dos Reis Rosa e João Marques de Araújo, como marco da cidade temos a igreja dedicada a São Sebastião construída no século XVIII (IBGE, 2018).
A primeira denominação foi de São Sebastião do Areado, após transforma-se em vila com o nome de Vila Gomes e finalmente em 20 de setembro de 1919 nomeada como Areado, conhecida por ser a Terra do Biscoito, sua designação foi dado pelo fato de ser um lugar plano, arenoso e de beira-rio (IBGE, 2018).
A economia de Areado foi estabelecida com o plantio da cana de açúcar, fumo e algodão, e como auxilio a pecuária como atividade (IBGE, 2018).
Município brasileiro Areado está localizada no sul do estado de Minas Gerais na Mesorregião do Sul e Sudoeste de Minas Gerais, sendo Microrregião de Alfenas e banhada pelas águas do Lago de Furnas (IBGE, 2018).
A seguir os mapas 01 e 02 com a localização de Areado no Brasil e no estado de Minas Gerais. 
Mapa 01: Localização de Areado no Brasil
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Areado.
Mapa 01: Localização de Areado em Minas Gerais
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Areado.
	
5 PARÂMETROS PARA A COMPOSIÇÃO DO PROJETO
5.1 Dados gerais do loteamento Pôr do Sol 
Localização: Loteamento Pôr do Sol, Bairro Nova Areado, Areado – MG;
Número de quadras: 12;
Área total: 51.087,80m²;
Total de lotes: 224 un;
Número de lotes residenciais: 218 un;
Número de lotes reserva: 1 un;
Número de áreas institucionais: 5 un;
Área de lotes residenciais: 43.900,14 m², 65,71% da área total;
Área de lotes reserva: 1.658,30 m², 2,48% da área total;
Área institucional: 5.529,46 m², 8,28% da área total;
Área de ruas e passeios: 15.718,30 m², 23,53% da área total;
Aplicação: loteamento residencial;
Declividade do loteamento: 0 a 35m;
A figura 1 ilustra a demarcação feita através do software Google Earth Pro (2018) do Loteamento Pôr do Sol, o qual será objeto de dimensionamento deste memorial.
Figura 1 – Loteamento Pôr do Sol, Areado - MG
Fonte: Google Earth Pro (2018).
5.2 Partes do sistema 
Os principais elementos a comporem o sistema de esgoto sanitário, segundo a ABNT são descritos abaixo (NUVOLARI, 2011):
5.2.1 Rede coletora
As redes coletoras são constituídas pelas ligações prediais e pelos órgãos acessórios (NUVOLARI et al., 2011):
Ligação predial, compreendido pelo trecho de recolhimento do efluentes de esgoto sanitário entre a edificação e o coletor de esgoto;
Coletor de esgoto, são as tubulações que desempenham a coleta de esgoto predial;
Coletor principal, são as tubulações de maior comprimento em uma mesma bacia;
Coletor tronco, são as tubulações que coletam o esgoto sanitário de outros coletores;
Coletor predial, compreendido na ligação predial pelo último trecho que recebe os efluentes dos aparelhos sanitários e do coletor de esgoto;
Órgãos acessórios, são os equipamentos de instalação fixa da rede coletora de esgoto sanitário, podendo ser compostos pelos poços de visita (PV), tubos de inspeção e limpeza (TIL), terminais de limpeza (TL) e caixas de passagem (CP).
5.2.2 Interceptores e emissários 
Segundo a ABNT NBR 12207 (1992), os interceptores são a “canalização cuja função precípua é receber e transportar o esgoto sanitário coletado, caracterizada pela defasagem das contribuições, da qual resulta o amortecimento das vazões máximas”.
O emissário pode ser definido como o conjunto de tubos que coleta o esgoto no final da rede, geralmente posicionados após a última contribuição dos efluentes (NUVOLARI et al., 2011).
5.2.3 Sifões invertidos e passagens forçadas 
São peças de utilização na rede esgoto sanitária que tem por função fluírem sob pressão os trechos que se encontrem com obstáculos, depressões ou que possuam cursos d’água, podem ser rebaixados ou não (NUVOLARI et al., 2011).
 
5.2.4 Estações elevatórias de esgoto (EEE)
São instalações destinadas a condução dos efluentes de esgoto sanitário do nível do poço de sucção das bombas ao de descarga na saída do recalque (VASCONCELOS, 2018).
5.2.5 Estação de tratamento de esgoto (ETE)
São conjuntos de metodologias que proporcionam juntamente com as estações de tratamento, equipamentos, órgãos auxiliares (canais, vertedouros, caixas, tubos) e sistemas de utilização, a diminuição de poluentes e retirada de detritos do esgoto sanitário para que sejam realocados ao corpo receptor (NUVOLARI et al., 2011).
5.2.6 Corpo receptor 
São as águas destinada a diluírem os efluentes das estações de tratamento de esgoto, os quais serão lançados com massa, energia e quantidade balanceados no corpo hídrico (NUVOLARI et al., 2011). 
6 MEMÓRIA DE CÁLCULO PARA O LOTEAMENTO
6.1 Parâmetros para dimensionamento 
No dimensionamento foram utilizados os parâmetros elaborados pela COPASA, previstos na Norma Técnica T. 194 / 0 (2015), a seguir:
População atendida: 11525 (2010);
Consumo per capita de água: 200 l/hab.dia (Departamento de Obras Sanitárias do Estadode São Paulo, 1951);
Índice de atendimento: 100%;
Coeficiente do dia de maior consumo: K = 1,2; 
Coeficiente de mínima vazão horária: K = 1,5;
Coeficiente de mínima vazão horária: K = 0,5;
Coeficiente de retorno água/ esgoto: C = 0,8;
Taxa de infiltração: 0,00033 l/ s.m ou 0,05 l/s.ha;
Vazão mínima: 1,5 l/s, recomendada pela ABNT NBR 9649 (1986);
Coeficiente de rugosidade (Manning): 0,013 (MBV, concreto, F°F°, PVC);
Taxa de contribuição linear mínima: 0,001 l/s.m;
Tensão trativa mínima: 1,0 Pa;
Diâmetro mínimo: 150 mm;
Velocidade máxima: 5,0 m/s;
Lâmina d’água máxima (y/D): 75%;
Lâmina d’água máxima (y/D), para velocidade final superior à velocidade crítica: 50%;
Declividade máxima: condicionado pela velocidade máxima;
Declividade mínima: condicionado pela tensão trativa mínima;
Contribuição pontual mínima para áreas em extensão: 0,3 l/s.ha, incluindo infiltração.
6.1.1 Dimensionamento da rede coletora de esgoto
Para o cálculo da vazão doméstica para o dimensionamento da rede coletora de esgoto sanitário, deve-se aplicar a equação 1.
(Equação 1)
Em que:
C é o coeficiente de retorno de esgoto, adotado C = 0,80; 
popi é a população inicial; 
q é o consumo de água efetivo per capto;
K é coeficiente de maior consumo do dia, K = 1,2; K = 1,5 coeficiente de maior consumo horária. Sendo que para a vazão de início é utilizado K = 1,5, e para vazão final de projeto K1 x K2 (1,2 x 1,5) (ABNT NBR 9649, 1986).
Mas primeiramente deve-se ter o parâmetro da população para início de plano e fim de plano, encontrando-se assim o alcance de projeto (NUVOLARI et al., 2011). 
Para o dimensionamento da população foram estabelecidas as populações residentes dos anos de 2000 e 2010 para Areado-MG, através do censo do IBGE, e posteriormente projetado para 25 anos para que seja previsto o crescimento para o horizonte de projeto. Sendo encontrados conforme a tabela 1.
2000: 12.228 populações residente;
2010: 13.731 populações residente.
Tabela 1 - População residente em 2000 e população residente em 2010
Fonte: IBGE, 2010. 
De posse da população será calculado a densidade populacional, para que seja verificado a ocupação que existirá no loteamento futuramente e desta forma dimensionar as vazões no alcance do projeto, estabelecida pela equação 2 (VASCONCELOS, 2018).
 
(Equação 2)
Aplicando-se para a população de 2000 (12.228 pessoas) e 2010 (13.731 pessoas).
Para que se obtenha a estimativa da população urbana para 2018, aplica-se a equação 3.
(Equação 3)
Aplicando-se a equação 3 para 2018, obteve-se uma população urbana de 12645 pessoas.
Aplicando-se a equação 3 para o alcance de projeto de 25 anos, ou seja, para o ano de 2043, obteve-se uma população urbana de 16896 pessoas.
De posse da projeção populacional, parte-se para o cálculo da densidade urbana de para 2018 e 2043 através da equação 4, em que a área total de Areado-MG é de 3,13 Km².
(Equação 4)
Com a densidade demográfica urbana definida, pode-se dimensionar a população do loteamento para início e fim de plano, conforme a equação 5, lembrando-se que a área total do loteamento deverá estar em quilômetro quadrado, neste caso igual a 0,06080620 km².
(Equação 5)
Com a população dimensionada pode-se finalmente dimensionar a vazão para início e fim de plano para a rede coletora de esgoto através da equação 1.
Estabelecidas as vazões de início e fim de plano, pode-se então dimensionar a rede coletora de esgoto, com os devidos dispositivos, declividades e diâmetros a comporem a tubulação, sendo demonstrados na tabela 2, também poderá ser verificado no apêndice A.
Algumas observações são preponderantes a tabela 2, quanto a profundidade do coletor foi utilizado 0,90 m de cobrimento, dimensão está em acordo com a ABNT NBR 9649 (1986), somado ao diâmetro da tubulação mais 0,05 m do lastro de brita. Os trechos 7, 20 e 24 tiveram de ser redimensionados pelo fato da cota de profundidade dos trechos 8, 21 e 25 estarem mais baixos.
	Tabela 2 – Dimensionamento da rede coletora de esgoto do loteamento Pôr do Sol
	
	0,68330
	1,09330
	Montante
	Trecho 
	Jusante 
	
	RUA 
	TRECHO
	L (trecho)
	Txi (l/s.m)
	Txf (l/s.m)
	Qi
	Qf
	Qi
	Qf
	Qi
	Qf
	Q/√i
	y/D
	y
	i (cot.)
	F (Trecho 1)
	Q 1-2
	68,13
	0,00164
	0,00203
	0,0000
	0,0000
	0,1120
	0,1383
	0,1120
	0,1383
	0,0055
	0,1500
	0,0225
	0,0732
	F
	Q 2-3
	68,13
	
	
	0,1120
	0,1383
	0,1120
	0,1383
	0,2240
	0,2767
	0,0055
	0,1500
	0,0225
	0,0750
	C
	Q 3-7
	50,04
	
	
	0,2240
	0,2767
	0,0823
	0,1016
	0,3063
	0,3783
	0,0204
	0,2500
	0,0375
	0,0054
	Vice Pref. Silvio Faria Vieira 
	Q 5-6
	63,41
	
	
	0,0000
	0,0000
	0,1043
	0,1288
	0,1043
	0,1288
	0,0078
	0,1750
	0,0263
	0,0366
	Vice Pref. Silvio Faria Vieira 
	Q 6-7
	58,28
	
	
	0,1043
	0,1288
	0,0958
	0,1183
	0,2001
	0,2471
	0,0063
	0,1500
	0,0225
	0,0565
	Vice Pref. Silvio Faria Vieira 
	Q 7-8
	25,01
	
	
	0,0000
	0,2767
	0,0411
	0,0508
	0,0411
	0,3275
	0,0053
	0,1500
	0,0225
	0,0804
	C
	Q 7-12
	49,99
	
	
	0,5475
	0,6762
	0,0822
	0,1015
	0,6297
	0,7777
	0,0060
	0,1500
	0,0225
	0,0618
	E
	Q 10-11
	73,92
	
	
	0,0000
	0,0000
	0,1215
	0,1501
	0,1215
	0,1501
	0,0098
	0,1750
	0,0263
	0,0233
	E
	Q 11-12
	73,91
	
	
	0,1215
	0,1501
	0,1215
	0,1501
	0,2430
	0,3002
	0,0077
	0,1750
	0,0263
	0,0382
	C
	Q 12-15
	49,96
	
	
	0,8727
	1,0779
	0,0821
	0,1014
	0,9549
	1,1793
	0,0054
	0,1500
	0,0225
	0,0761
	D
	Q 13-14
	82,95
	
	
	0,0000
	0,0000
	0,1364
	0,1684
	0,1364
	0,1684
	0,0112
	0,2000
	0,0300
	0,0181
	D
	Q 14-15
	82,95
	
	
	0,1364
	0,1684
	0,1364
	0,1684
	0,2728
	0,3369
	0,0085
	0,1750
	0,0263
	0,0310
	C
	Q 15-19
	49,96
	
	
	1,2276
	1,5162
	0,0821
	0,1014
	1,3098
	1,6177
	0,0055
	0,1500
	0,0225
	0,0875
	Vereadora Zuleica Amoreli Martins
	Q 17-18
	93,13
	
	
	0,0000
	0,0000
	0,1531
	0,1891
	0,1531
	0,1891
	0,0104
	0,2000
	0,0300
	0,0207
	Vereadora Zuleica Amoreli Martins
	Q 18-19
	93,13
	
	
	0,1531
	0,1891
	0,1531
	0,1891
	0,3062
	0,3782
	0,0087
	0,1750
	0,0263
	0,0301
	Vereadora Zuleica Amoreli Martins
	Q 19-20
	8,96
	
	
	1,6160
	1,9959
	0,0147
	0,0182
	1,6307
	2,0141
	0,0114
	0,2000
	0,0300
	0,0313
	Vereadora Zuleica Amoreli Martins
	Q 20-21
	16,01
	
	
	0,0000
	0,0000
	0,0263
	0,0325
	0,0263
	0,0325
	0,0141
	0,2250
	0,0338
	0,0112
	7
	Q 20-26
	52,97
	
	
	1,6570
	2,0466
	0,0871
	0,1076
	1,7441
	2,1541
	0,0077
	0,1750
	0,0263
	0,0778
	G (Trecho 2)
	Q 4-9
	89,09
	0,00219
	0,00290
	0,0000
	0,0000
	0,1947
	0,2580
	0,1947
	0,2580
	0,0057
	0,1500
	0,0225
	0,0684
	G
	Q 9-16
	89,10
	
	
	0,1947
	0,2580
	0,1947
	0,2581
	0,3894
	0,5161
	0,0054
	0,1500
	0,0225
	0,0764
	G
	Q 16-23
	89,09
	
	
	0,3894
	0,5161
	0,1947
	0,2580
	0,5840
	0,7741
	0,0062
	0,1750
	0,0263
	0,0578
	3
	Q 22-23
	21,02
	
	
	0,0000
	0,0000
	0,0459
	0,0609
	0,0459
	0,0609
	0,0083
	0,1750
	0,0263
	0,0328
	3
	Q 23-24
	33,85
	
	
	0,6300
	0,8350
	0,0740
	0,0980
	0,7039
	0,9330
	0,0090
	0,1750
	0,0263
	0,0281
	3
	Q 24-25
	19,98
	
	
	0,0000
	0,0000
	0,0437
	0,0579
	0,0437
	0,0579
	0,0103
	0,2000
	0,0300
	0,0210
	A
	Q 24-27
	93,36
	
	
	0,7476
	0,9909
	0,2040
	0,2704
	0,9516
	1,2613
	0,0051
	0,1500
	0,0225
	0,0878
	A
	Q 27-28
	93,36
	
	
	0,9516
	1,2613
	0,2040
	0,2704
	1,1556
	1,5317
	0,0054
	0,1500
	0,0225
	0,0801
	1
	Q 28-29
	47,70
	
	
	1,1556
	1,5317
	0,1042
	0,1382
	1,2599
	1,6699
	0,0113
	0,2000
	0,0300
	0,0220
Fonte: a autora.
Continuação da tabela 2 - Dimensionamento da rede coletora de esgoto do loteamento Pôr do Sol
	
	Trecho
	Coletor
	Prof. Col. M
	Prof. Col. J
	i (cot. %)
	i (min)
	φ
	β
	RH
	σ (Pa)
	Vc
	Vmáx
	M
	J
	M
	J7,32
	0,0732
	150
	0,0930
	0,0140
	10,2173
	2,2410
	1,4257
	38,40
	33,41
	37,30
	32,31
	1,10
	1,10
	7,50
	0,0750
	150
	0,0930
	0,0140
	10,4630
	2,2410
	1,4428
	33,41
	28,30
	32,31
	27,20
	1,10
	1,10
	0,54
	0,0054
	150
	0,1470
	0,0221
	1,1897
	2,8174
	0,5251
	28,30
	28,03
	27,20
	26,93
	1,10
	1,10
	3,66
	0,0366
	150
	0,1070
	0,0161
	5,8723
	2,4037
	1,1064
	33,64
	31,32
	32,54
	30,22
	1,10
	1,10
	5,65
	0,0565
	150
	0,0930
	0,0140
	7,8755
	2,2410
	1,2517
	31,32
	28,03
	30,22
	24,80
	1,10
	3,23
	8,04
	0,0804
	150
	0,0930
	0,0140
	11,2113
	2,2410
	1,4935
	28,03
	26,02
	24,80
	24,92
	3,23
	1,10
	6,18
	0,0618
	150
	0,0930
	0,0140
	8,6228
	2,2410
	1,3098
	28,03
	24,94
	24,80
	23,84
	3,23
	1,10
	2,33
	0,0233
	150
	0,1070
	0,0161
	3,7346
	2,4037
	0,8823
	29,48
	27,76
	28,38
	26,66
	1,10
	1,10
	3,82
	0,0382
	150
	0,1070
	0,0161
	6,1238
	2,4037
	1,1299
	27,76
	24,94
	26,66
	23,84
	1,10
	1,10
	7,61
	0,0761
	150
	0,0930
	0,0140
	10,6105
	2,2410
	1,4529
	24,94
	21,14
	23,84
	20,04
	1,10
	1,10
	1,81
	0,0181
	150
	0,1210
	0,0182
	3,2821
	2,5562
	0,8443
	25,21
	23,71
	24,11
	22,61
	1,10
	1,10
	3,10
	0,0310
	150
	0,1070
	0,0161
	4,9727
	2,4037
	1,0182
	23,71
	21,14
	22,61
	20,04
	1,10
	1,10
	8,75
	0,0875
	150
	0,0930
	0,0140
	12,2021
	2,2410
	1,5581
	21,14
	16,77
	20,04
	15,67
	1,10
	1,10
	2,07
	0,0207
	150
	0,1210
	0,0182
	3,7614
	2,5562
	0,9038
	21,50
	19,57
	20,40
	18,47
	1,10
	1,10
	3,01
	0,0301
	150
	0,1070
	0,0161
	4,8255
	2,4037
	1,0030
	19,57
	16,77
	18,47
	15,67
	1,10
	1,10
	3,13
	0,0313
	150
	0,1210
	0,0182
	5,6719
	2,5562
	1,1099
	16,77
	16,49
	15,67
	15,13
	1,10
	1,36
	1,12
	0,0112
	150
	0,1340
	0,0201
	2,2598
	2,6900
	0,7126
	16,49
	16,31
	15,13
	15,21
	1,36
	1,10
	7,78
	0,0778
	150
	0,1070
	0,0161
	12,4837
	2,4037
	1,6132
	16,49
	12,37
	15,13
	11,27
	1,36
	1,10
	6,84
	0,0684
	150
	0,0930
	0,0140
	9,5359
	2,2410
	1,3774
	36,36
	30,27
	35,26
	29,17
	1,10
	1,10
	7,64
	0,0764
	150
	0,0930
	0,0140
	10,6621
	2,2410
	1,4564
	30,27
	23,46
	29,17
	22,36
	1,10
	1,10
	5,78
	0,0578
	150
	0,1070
	0,0161
	9,2780
	2,4037
	1,3907
	23,46
	18,31
	22,36
	17,21
	1,10
	1,10
	3,28
	0,0328
	150
	0,1070
	0,0161
	5,2686
	2,4037
	1,0480
	19,00
	18,31
	17,90
	17,21
	1,10
	1,10
	2,81
	0,0281
	150
	0,1070
	0,0161
	4,5044
	2,4037
	0,9690
	18,31
	17,36
	17,21
	15,76
	1,10
	1,60
	2,10
	0,0210
	150
	0,1210
	0,0182
	3,8153
	2,5562
	0,9103
	17,36
	16,94
	15,76
	15,84
	1,60
	1,10
	8,78
	0,0878
	150
	0,0930
	0,0140
	12,2526
	2,2410
	1,5613
	17,36
	9,16
	15,76
	8,06
	1,60
	1,10
	8,01
	0,0801
	150
	0,0930
	0,0140
	11,1767
	2,2410
	1,4912
	9,16
	1,68
	8,06
	0,58
	1,10
	1,10
	2,20
	0,0220
	150
	0,1210
	0,0182
	3,9953
	2,5562
	0,9315
	1,68
	0,63
	0,58
	-0,47
	1,10
	1,10
Fonte: a autora.
6.1.2 Dimensionamento dos interceptores 
Para o sistema de interceptores foi proposto um caminho de redes com ligação do PV-06 e PV-10 da rede coletora de esgoto, como o loteamento em projeto não possui contribuição de vazões de outras bacias, os dispositivos serão dimensionados a partir das vazões de contribuição do loteamento Pôr do Sol.
 Algumas considerações devem ser feitas a respeito dos interceptores, tais como:
Os interceptores com diâmetros menores deverão ser considerados como coletores (ABNT NBR 9649, 1986);
Os interceptores com diâmetros maiores deverão ser considerados com o amortecimento das vazões máximas, pelo fato da falta das vazões de contribuição (ABNT NBR 12207, 1992);
Para o dimensionamento dos interceptores pode-se determina-lo por escoamento permanente ou uniforme (VASCONCELOS, 2018);
As vazões não contribuem em marcha, somente nas extremidades da rede (VASCONCELOS, 2018);
A ABNT NBR 9649 (1986) recomenda σt (tensão trativa) ≥ 1,0 Pa (Pascal), porém recomenda-se pelas literaturas técnicas σt (tensão trativa) ≥ 1,5 Pa nas vazões iniciais em que o coeficiente de Manning for n = 0,0013;
Para que seja satisfeito a condição de σt ≥ 1,5 Pa, deve-se usas a declividade mínima conforme a equação 6 (VASCONCELOS, 2018);
Equação 6.
Sendo Iomin ≥ 0,0007 m/m, para construção 
Para este tipo de rede não se leva em consideração a contribuição parasitária, a qual deverá ser feita apenas para comparação, com o estabelecimento sendo feito por medidas existentes para o local, na falta deste dado o dimensionamento não poderá ultrapassar os 6 L/s.Km para cada contribuição de trecho (VASCONCELOS, 2018);
A lâmina do fluido máximo não deverá ultrapassar os Y/D = 0,80 (VASCONCELOS, 2018);
A declividade máxima deverá ser imposta conforme a equação 7(VASCONCELOS, 2018);
Equação 7.
 A velocidade crítica deverá ser dimensionada pela equação 8 (VASCONCELOS, 2018);
Equação 8.
 Sendo que a velocidade crítica deverá ser superior a velocidade de escoamento.
 O diâmetro de condutores circulares deverá ser estabelecido conforme a equação 9, vale ressaltar que a declividade máxima para esses condutos será Y/D ≤ 0,5 (VASCONCELOS, 2018);
Equação 9.
 Para o amortecimento de pico, segundo a SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), deverá ser usado a equação 10, para vazão média maior que 751 L/s (VASCONCELOS, 2018);
Equação 10.
Para vazão média menor ou igual a 751 L/s K = 1,80 (VASCONCELOS, 2018);
Faz-se necessário o coeficiente de pico para que não haja superdimensionamento dos interceptores, nota-se também que ele diminui com o aumento da vazão (VASCONCELOS, 2018);
As redes de interceptores deverão ser providas de PVs, com distâncias máximas de 100 m, salvo recomendações diferentes das concessionárias do local, também deverão ser alocados extravasores e válvulas contra refluxo (VASCONCELOS, 2018);
6.1.2.1 Dimensionamento do coletor tronco 
Verificação da vazão média inicial do trecho para descobrimento do valor de K, estipulado pela equação 11(VASCONCELOS, 2018).
Equação 11.
Em que:
Qd,i é a vazão doméstica média inicial (no trecho);
Qinf é a vazão de infiltração;
Desta forma foram dimensionados para o trecho do coleto 1, conforme apêndice A:
E trecho do coletor 2, conforme apêndice A:
Como a vazão média inicial para os trechos dos coletores 1 e 2 é menor que 751 L.s, conforme a SABESP K = 1,80.
 Desta forma pode-se calcular a vazão inicial para os trechos dos coletores 1 e 2, aplicando-se a equação 12.
Equação 12.
Desta foram obtidos a vazões inicial para o trecho do coletor 1 igual a 2,5916 L.s, conforme a aplicação a seguir da equação 12. 
E vazões inicial para o trecho do coletor 2 igual a 4,4166 L.s, conforme a aplicação a seguir da equação 12. 
O próximo passo será o cálculo da vazão final com o intuito do dimensionamento do interceptor, pela equação 13.
Equação 13.
Com a aplicação da equação 13 para o trecho do coletor 2 sem a contribuição parasitária, onde é o final da rede de coletores tronco e possível admissão de interceptores, foi obtido a vazão final de 6,6385 L/s.
 	
Com a aplicação da equação 13 para o trecho do coletor 2, com a contribuição parasitária, para que seja verificado e dimensionado os extravasores, a vazão final de 12,5662 L/s. 
 
De posse das vazões, pode-se então dimensionar a declividade mínima conforme a equação 6.
Como a declividade mínima calculada é menor que o previsto de Io = 0,0007 m/m, adota-se então este valor.
De posse da declividade mínima, pode-se então dimensionar o diâmetro para os interceptores no trecho do coletor 2.
Desta forma foram encontrados o diâmetro nominal de 200 mm, estabelecido pela tabela 3.
Tabela 3: Dimensionamento dos diâmetros nominais para redes de esgoto sanitário
Fonte: VASCONCELOS, 2018.
Com o diâmetro definido, pode-sedeterminar a lâmina d’água inicial sem contribuição parasitária, e posteriormente foi retirado o valor de Y/D de 0,525, também através da tabela 3 e em acordo com o diâmetro de 200 mm, conforme a aplicação a seguir.
Através da tabela 3, pode-se identificar a velocidade inicial para o interceptor, resultando em Vi = 10,65.
Desta forma a velocidade final poderá ser estabelecida, conforme a seguir.
Para a determinação da lâmina d’água final com contribuição parasitária, e posteriormente foi retirado o valor de Y/D de 0,700, também através da tabela 3. 
 
De posse das lâminas d’água, foi verificado a tensão trativa para início de plano para Y/D = 0,525, β = 0,258, conforme interpolação da tabela 4.
Tabela 4: Raio hidráulico
Fonte: VASCONCELOS, 2018.
Finalmente de posse do raio hidráulico pode-se fazer a verificação da tensão trativa, conforme a equação 14
Equação 14.
Desta forma obteve-se a tenção trativa de 0,392 Pa < 1,5 Pa, o que não satisfaz um sistema de interceptores econômico, como o loteamento não possui contribuição de outras bacias e sua vazão de contribuição é muito baixa, a rede posterior ao trecho 2 do coletor tronco poderá continuar a ser dimensionado por coletores tronco até que possuam novas contribuições que aumentem a vazão.
6.2 Quantitativo de materiais 
Tabela: Quantitativo de materiais
	QUANTITATIVO DE MATERIAIS 
	1.0
	Tubulação (esgoto)
	DN (mm)
	Comprimento (m) +10% 
	1.1
	Tubo de PVC 
	150,0
	1801,0
	1.2
	Tubo de Ferro
	150,0
	373,0
	2.0
	Poços de visita 
	Altura (m)
	Quantidade (un.)
	2.1
	Poços de visita 
	1,10
	9
	2.2
	Poços de visita 
	3,23
	1
	2.3
	Poços de visita 
	1,60
	1
	2.4
	Poços de visita 
	3,15
	1
	2.5
	Poços de visita 
	4,85
	1
	3.0
	Terminal de limpeza
	Altura (m)
	Quantidade (un.)
	3.1
	Terminal de limpeza
	1,10
	10
	4.0
	Tubo de Inspeção e Limpeza
	Altura (m)
	Quantidade (un.)
	4.1
	Tubo de Inspeção e Limpeza
	1,10
	9
	4.2
	Tubo de Inspeção e Limpeza
	1,36
	1
Fonte: a autora.
REFERÊNCIAL TEÓRICO
AZEVEDO NETO, M. F. Fernandez, R. Araujo, A. E. Ito.  Manual de Hidráulica. 8°. Ed. São Paulo: Edigar Blucher, 1998. 669p.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2017. Brasil/ Minas Gerais/ Areado. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/areado>. Acesso em: 27 de fevereiro de 2018.
VASCONCELOS, Ivana Prado. Sistema de esgotamento sanitário – parte I. Abril de 2018. 32 slides. Material apresentado para a disciplina de Saneamento II no curso de Engenharia Civil do UNIS.
VASCONCELOS, Ivana Prado. Sistema de esgotamento sanitário – parte II. Abril de 2018. 25 slides. Material apresentado para a disciplina de Saneamento II no curso de Engenharia Civil do UNIS.
VASCONCELOS, Ivana Prado. Sistema de esgotamento sanitário – interceptores. Maio de 2018. 26 slides. Material apresentado para a disciplina de Saneamento II no curso de Engenharia Civil do UNIS.
NUVOLARI, Ariovaldo et al. (Coord). Esgoto sanitário: coleta, transporte, tratamento e resíduo agrícola. São Paulo: Edgard Blucher, 2011. 565 p. 
COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS. Projeto de esgotamento sanitário para loteamentos e conjuntos habitacionais. Norma Técnica T. 194 / 0: 2015.

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