Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 2 Principais Tecnologias Aplicadas ao Tratamento de Gases 2.1 Poluição atmosférica 2.2 Classificação dos poluentes atmosféricos 2.3 Formação dos principais poluentes 2.4 Efeitos causados pelos poluentes 2.5 Medidas de controle – Equipamentos, montagens e plantas industriais. 2.6 Índice de poluição atmosférica 2.7 Padrões de qualidade do ar 2.8 Equipamentos de controle da emissão de material particulado, cálculos de dimensões dos equipamentos industriais (Filtros de Manga; Coletores Úmidos; Ciclones; Precipitadores Eletrostáticos) e projetos e operações de controle de emissão (absorção, adsorção e incineração de resíduos gasosos) 2 2.8.2- Equipamentos de Controle da Emissão de Gases e Vapores Para o controle de gases e vapores, os equipamentos tem suas operações baseadas em processos físico-químicos, sendo classificados em: • Adsrovedores • Absorvedores • Condensadores • Incineradores com chama direta; • Incineradores catalíticos. Os principais aspectos técnicos a serem considerados na escolha do equipamento são: • Tipo e natureza dos poluentes; • Vazão da fonte; • Eficiência de Retenção Desejada; • Condições locais; • Forma desejada para a destinação do poluente coletado. 3 2.8.2.1- Absorção quase idênticos lavadores (controle de particulados- choque entre partículas e meio líquido) o gás a ser absorvido tem que ser muito solúvel ou reativo no líquido absorvente. A escolha do líquido absorvente: • não seja muito volátil nas condições de operação, de modo a evitar emissões secundárias e aumento de consumo; • não seja muito corrosivo, para evitar gastos com materiais construtivos especiais e com altas taxas de manutenção; • seja de baixa viscosidade, para não dificultar a absorção e seu escoamento, o que poderia causar constantes inundações do equipamento; • seja de baixa toxicidade, quimicamente estável e não inflamável; • Seja barato e de fácil disponibilidade no mercado. 4 A indicação mais comum desses equipamentos : • Gases ácidos, tais como HCl, fluorídrico HF e sulfídrico H2S • Amônia (NH3) • Dióxido de enxofre (SO2) • Hidrocarbonetos leves. Transferência de massa de fase de gasosa líquida líquida gasosa (menor taxa) Equilíbrio saturação do meio líquido ↓ eficiência, tendendo a zero Fase Líquida + produto= reaja com as moléculas do gás absorvidas pelo líquido formando um composto que não se desprenda Prolonga o tempo do processo Absorvente mais usado é água soluções 5 Gás a ser Absorvido Solvente Indicado Ácidos Inorgânicos em geral Água Dióxido de enxofre (SO2) • Solução de soda cáustica • Suspensão aquosa de cal ou carbonato de cálcio; • Solução Amoniacal Substâncias Odoríferas Solução de hipoclorito de sódio Hidrocarbonetos Solventes orgânicos Exemplos de Gases Poluentes em Efluentes Gasosos Industriais e dos Solventes mais Indicados para sua Retenção. A eficiência dos absorvedores, além da solubilidade e da reatividade entre soluto e solvente depende: - Área superficial líquida disponível para a transferência de massa; - Tempo disponível para a ocorrência. Absorvedor usado tipo jato ejetor seguido equipamento para complementação do processo de ‘limpeza’ do fluxo gasoso para que os gases emitidos atinjam os limites de concentração estabelecidos na legislação ambiental. 6 Exemplo de um poluente que não pode-se utilizar a água como absorvente: Ar poluído: Tratamento de dióxido de enxofre (SO2) de termoelétricas a carvão. Deve-se adicionar produtos químicos à água como o calcário (CaCO3) e o cal (Ca(OH)2). O calcário é mais abundante e menos caro, mas a cal oferece mais eficiência no tratamento. Água Contaminada: vai direto para um tanque de contenção para ser submetida as seguintes reações químicas, dando origem ao precipitado de sulfato de cálcio. Calcário como aditivo: Cal como aditivo: 2)(4232 2 1 COCaSOOCaCOSO S OHCaSOOOHCaSO S 2)(4222 2 1 )( O sulfato de cálcio CaSO4 (gesso) precipita no tanque de contenção e pode ser enviado para empresas que fabricam produtos a base de gesso tais como painéis para construção, o gesso também pode ser incorporado a solos agrícolas como um condicionador benéfico do solo. 7 Absorvedor Tipo Jato Ejetor Complemento: Lavador Tipo Torre de Enchimento Recomendados para se atingir altas eficiências de remoção Material de enchimento é constituído por pequenas peças, em torno das quais o líquido escoará Material: metálico, plástico, cerâmicas Resistente a líquidos corrosivos Baixo custo 8 Complemento: Lavador Torre de Pratos Menos eficientes Mais baratas Leves e fáceis de limpar 9 2.8.2.2- Adsorção Adsorção é uma técnica de controle da poluição atmosférica que se baseia na transferência de massa de uma fase gasosa (ou líquida) para um sólido microporoso. A retenção das moléculas no sólido se dá na superfície externa e interna aos poros superficiais do material adsorvente forças de coesão (Van der Waals- natureza elétrica e eletromagnéticas entre moléculas que não são quimicamente ligadas). 10 Etapas principais do processo de adsorção 11 A atração é suficiente para fixação de um gás somente quando: - há compatibilidade entre o tamanho dos poros do adsorvente e as moléculas do adsorvato; - e entre as forças de Van der Waals, presente no adsorvato e no adsorvente. Fixação efetiva esse método é perfeitamente adequado para casos de controle seletivo Fluxo composto por uma mistura de diferentes gases Adsorvedoesr podem ser usados para baixas e altas concentrações Compostos odoríferos mesmo em concentrações muito baixas podem ser usados com elevada eficiência 12 Fatores que influenciam a retenção do adsorvato: • Vapor d´àgua; • Temperatura • Pressão • Velocidade do fluxo gasoso • Concentração • Ponto de ebulição • Polaridade • Tamanho • Peso moleculares do gás a ser adsorvido. Em relação ao adsorvente: • Extensão do leito • Quantidade de área superficial disponível para o contato com o gás • Polaridade • Espaçamento entre os poros nessa superfície Principais Adsorventes: • Carvão ativado • Alumina ativada • Polímeros sintéticos • Sílica gel • Peneiras moleculares (substâncias cristalinas – alumino-silicatos de metais (cálcio, magnésio, potássio e sódio)- produzidas com ordenação espacial Substâncias amorfas- sem ordenação espacial 13 Exemplo: Capacidade de Adsorção do Carvão Ativo em Função do Tipo de Adsorvato 14 Adsorvedores podem ser regenerativos ou não 15 Técnicas de Desorção dos Adsorventes Desorção por aquecimento • Utilizado vapor d´`agua para aquecimento e purga do contaminante Desorção por adição de gases inertes Desorção por ciclo de deslocamento • Deslocamento do adsorvato por uma substância de maior afinidade com o adsorvente 16 2.8.2.3- Condensadores A concentração de compostos orgânicos voláteis (COVs) normalmente tóxicos pode ser reduzida por meio de sua condensação, mediante resfriamento controlado do fluxo. A eficiência dos condensadores é bastante alta, mas depende da temperatura do fluxo gasoso, na entrada do equipamento Os sistemas de controle de condensação podem serdivididos em dois tipos Os convencionais costumam operar entre +4 e –18ºC sistemas criogênicos e de refrigeração conseguem uma eficiência bem maior, embora sejam mais caros e complicados, trabalhando entre –10 e –29ºC. 17 FLUXOGRAMA SIMPLIFICADO DE UM SISTEMA CRIOGÊNICO DE CONDENSAÇÃO A retenção de poluentes por condensação não é aplicável quando há mais de dois compostos orgânicos presentes, pois a presença de três ou mais compostos tornaria a operação demasiadamente complexa; Carga de particulados deve ser insignificante, para evitar sua deposição nas superfícies trocadoras de calor, uma vez que tal deposição dificulta o processo. Aplicação desses métodos só se justifica quando o composto coletado possui alto valor financeiro agregado. 18 CONDENSADOR TUBULAR DE SUPERFÍCIE E SIMPLES PASSAGEM Os condensadores convencionais podem ser classificados como de superfície ou de contato direto. o fluido refrigerante caminha no interior de vários tubos de pequeno diâmetro que atravessam uma câmara de troca de calor, enquanto os gases a serem condensados circulam pela mesma câmara, entre os tubos Dependendo do projeto, os gases a serem condensados podem atravessar a câmara de condensação mais de uma vez. 19 CONDENSADOR DE CONTATO DIRETO POR ASPERSÃO há contato físico entre o fluxo gasoso e o fluido refrigerante, normalmente água aspergida de cima para baixo em uma câmara, por onde o fluxo gasoso passa em sentido contrário. Se o vapor orgânico for solúvel no fluido refrigerante ocorrerá também absorção, ↑ a eficiência de remoção 20 2.8.2.4- Incineradores A incineração ou queima é a combustão nada mais é que uma reação exotérmica de oxidação da matéria orgânica + O2, produzindo óxidos de carbono, H2O e calor Essa aplicação se dá quando os compostos orgânicos presentes no fluxo original são potencialmente mais agressivos ao meio ambiente do que os gases resultantes da incineração. 21 Pode-se dividir os métodos de incineração em três grupos principais: • Incineradores de chama direta; • Incineradores catalíticos; • Flares ou queimadores. podem ser projetados para reaproveitar o calor excedente fornecido pela queima de um combustível auxiliar e/ou dos compostos orgânicos que estão sendo destruídos. Esses equipamentos costumam atingir cerca de 950ºC, temperatura mais do que suficiente para a destruição da maioria dos COVs. CALDEIRA UTILIZADA PARA QUEIMA DE POLUENTES E PRODUÇÃO DE VAPOR Pelas técnicas conhecidas, a eficiência possível para recuperação do calor varia de 50 a 60% do total de calor liberado nas câmaras de combustão. 22 TEMPERATURAS RECOMENDADAS PARA A INCINERAÇÃO DE ALGUNS COMPOSTOS 23 Outros parâmetros operacionais que devem ser observados para uma boa eficiência são: • velocidade na câmara de combustão, que deve estar entre 6 e 12 m/s, de modo a possibilitar turbulência e mistura satisfatórias para a completa queima dos gases; • velocidade na câmara de mistura, para a qual são recomendados valores entre 7,5 e 15 m/s, suficientes para que não ocorra retorno de chama; • temperatura mínima de partida, que deve ser alcançada pela queima do combustível auxiliar. O uso de refratários e adequados sistemas de isolamento térmico reduz o consumo energético no forno. 24 As câmaras de combustão devem possuir revestimento interno de material refratário, de modo a evitar perdas de calor para o ambiente externo e proteger a carcaça metálica do equipamento. • Devido ao refratário, os incineradores são equipamentos muito pesados. evitar projetá-los suspensos por estruturas ou sobre telhados, procurando-se ao máximo apoiá-los diretamente sobre o solo. 25 Conhecidos como flares, esses incineradores são compostos por tochas ao ar livre, alimentadas por um fluxo de gases, que são ao mesmo tempo poluentes e combustíveis. Incineradores de tocha Dependendo da concentração, pode ser necessário o uso de um combustível auxiliar, misturado aos gases, para manutenção da chama. Eliminação dos poluentes por meio da combustão, com índices de eficiência superiores a 98%. • usados em situações de descargas intermitentes ou emergenciais de gases combustíveis industriais. 26 Os flares apresentam alguns aspectos diferenciados em relação aos demais incineradores, dentre os quais pode-se destacar: • a combustão se dá ao ar livre, sendo que a labareda pode ficar no nível do solo, mas normalmente, por questões de segurança, é acesa no alto de uma espécie de torre; • devido à radiação térmica da chama, o calor liberado no ambiente circunvizinho pode não ser admissível; • a quantidade de luz emitida pela chama pode ser um incômodo, quando em áreas urbanas; • o ruído provocado pelos venturis, normalmente localizados próximo à chama, para mistura dos gases, pode ser excessivo; 27 • os produtos de combustão incompleta podem ser tóxicos; • geram grandes desperdícios de combustíveis auxiliares, uma vez que uma chama piloto precisa estar constantemente acesa, além da perda do calor gerado na queima. 28 tais equipamentos operam em temperaturas mais baixas que os demais Presença de metais nobres, como por exemplo a platina, presentes no leito catalítico Esses incineradores, operando entre 320 e 450ºC, conseguem a mesma eficiência que incineradores de chama direta operando de 600 a 1.100ºC. • combustíveis auxiliares costumam ser necessários somente para iniciar o processo de combustão. Incineradores catalíticos facilitam a oxidação dos compostos, baixando a energia necessária para ocorrência da reação e acelerando a sua velocidade 29 Por não exigir revestimento interno com refratários, o peso é bem pequeno e a concentração dos compostos a serem tratados nesse equipamento pode variar de 100 a mais de 10.000 ppm a não ser que o limite inferior de explosividade dos compostos imponha alguma restrição. 30 As desvantagens estão relacionadas ao alto custo dos catalisadores e à perda de desempenho por deterioração do leito catalítico. • Este equipamento, da mesma forma que os demais incineradores, apresenta problemas de emissões não tratadas no momento da partida do equipamento, até o aquecimento do leito e entrada em regime normal de operação. 31
Compartilhar