Buscar

Casos Concretos Direito Empresarial Aplicado 2 05

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Plano	de	Aula:	Títulos	de	crédito	em	espécie	(Cont)
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
CCJ0134
Título
Títulos	de	crédito	em	espécie	(Cont)
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
5
Tema
Cheque
Objetivos
-	compreender	a	classificação	do	cheque	como	ordem	de	pagamento	à	vista,	e
suas	decorrências	jurídicas;
-	 identificar	 e	 analisar	 os	 tipos	 de	 cheque	 usualmente	 emitidos,	 bem	 como
suas	implicações	jurídicas;
Estrutura	do	Conteúdo
1.	Cheque:	Noções	gerais,	natureza	jurídica	e	requisitos	essenciais.
	
É	 uma	 ordem	 de	 pagamento,	 sempre	 à	 vista,	 sacada	 (emitida)	 contra	 um
banco	 ou	 instituição	 financeira	 que	 seja	 reputada	 como	 tal,	 com	 suficiente
provisão	 de	 fundos.	 O	 cheque	 está	 disciplinado	 pela	 Lei	 7.357/85	 e
subsidiariamente	 pela	 Lei	 Uniforme	 do	 Cheque	 promulgada	 pelo	 Decreto
57.595/66,	 naquilo	 que	 não	 foi	 derrogada.	 Devemos	 observar,	 além	 dessas,
todas	 as	 outras	 normas	 que	 regulam	 o	 cheque:	 tributárias,	 CDC,	 normas	 do
Banco	 Central,	 etc.	 São	 figuras	 intervenientes:	 i)	 emitente:	 é	 a	 pessoa
autorizada	 a	 emitir	 cheques	 sobre	 os	 fundos	 disponíveis,	 em	 virtude	 de	 um
contrato	 (de	abertura	de	conta	corrente,	depósito	ou	abertura	de	crédito).	É
quem	dá	a	ordem	de	pagamento	para	o	sacado	(banco)	efetuar	o	pagamento.
É	 o	 sacador	 da	 ordem.	 ii)	 sacado:	 é	 o	 banco	 ou	 instituição	 financeira	 a	 ele
equiparado,	que	detém	os	fundos	à	disposição	do	sacador;	iii)	beneficiário:	é	a
pessoa	a	quem	o	sacado	deve	pagar	a	ordem	emitida	pelo	sacador.
	
2.	Prescrição	e	ação	por	falta	de	pagamento.
	
O	rito	da	ação	do	cheque	é	executivo	e	está	regulado	nos	termos	do	art.	784,
I,	CPC	e	o	valor	a	receber	é	o	da	 importância	do	cheque	não	pago,	acrescida
de	 juros	 moratórios,	 taxa	 legal	 e	 das	 despesas	 que	 houver	 feito	 com	 o
protesto.	 A	 proibição	 da	 lei	 na	 cobrança	 de	 juros	 é	 com	 relação	 aos
compensatórios	 (art.	 10)	 e	 a	 permissão	 contida	 em	 seus	 arts.	 52	 e	 53	 se
referem	a	 juros	moratórios,	 isto	é,	devidos	pela	 falta	de	pagamento.	Ação	de
Enriquecimento	 Indevido:	 O	 portador	 que	 não	 exerceu	 a	 competente	 ação
executiva	(6	meses	a	partir	da	expiração	do	prazo	de	apresentação)	no	prazo
legal,	 contra	 o	 sacador	 ou	 endossantes,	 tem	 o	 direito	 de	 agir,	 já	 não	 mais
cambiariamente,	mas	em	ação	comum,	contra	o	sacador	ou	endossantes	que
hajam	feito	 lucros	 ilegítimos	às	suas	custas.	Nesse	 tipo	de	ação,	não	poderá
agir	 contra	 os	 avalistas,	 pois	 estes	 são	 sempre	 obrigados	 cambiários	 e,
prescrito	o	cheque,	o	documento	perde	a	sua	natureza	cambiaria.	A	ação	de
execução	prescreve	em	6	meses	a	contar	da	data	em	que	expirou	o	prazo	para
a	 apresentação	 ou	 da	 data	 do	 protesto.	 Não	 interposta	 a	 ação	 nos	 prazos
acima	mencionados,	prescreveu	os	direitos	do	portador	à	dita	ação,	perdendo
o	 cheque	 a	 sua	 natureza	 cambiária.	 Poderá	 o	 portador,	 alegando
enriquecimento	de	outrem	à	 sua	 custa	 (rito	 ordinário),	 entrar	 com	uma	ação
ordinária	de	locupletamento,	que	prescreve	em	2	(dois)	anos,	contados	do	dia
em	que	se	consumar	a	prescrição	da	ação	de	execução.
	
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO:
	
Maria	e	Bernardo	são	casados	e	possuem	conta	corrente	no	Banco	Brasileiro
S.A.	 Para	 efetuar	 o	 pagamento	 de	 um	 tratamento	 dentário	 da	 esposa,
Bernardo	emite	um	cheque	no	valor	de	R$	10.000,00	 (dez	mil	 reais)	em	 favor
do	 dentista	 Alberto.	 Sendo	 assim,	 o	 dentista	 depositou	 o	 cheque	 e	 foi
surpreendido	 pela	 devolução	 do	 cheque	 por	 falta	 de	 fundos.	 Tendo	 em	 vista
que	não	conseguiu	o	pagamento	do	cheque,	Alberto	promoveu	execução	em
face	 de	 Maria,	 tendo	 em	 vista	 que	 foi	 a	 usuária	 do	 tratamento	 dentário.
Analisando	caso	concreto,	responda	as	seguintes	questões:
	
a)	 Tendo	 em	 vista	 que	 a	 conta	 corrente	 é	 conjunta,	 será	 procedente	 a
execução	em	face	de	Maria?
	
b)	Quais	os	requisitos	legais	que	devem	conter	num	cheque?
	
.
	
QUESTÃO	OBJETIVA:
	
(TJCE	–	Juiz	–	2014)	Antônio	emitiu	um	cheque	nominativo	a	José	contra	o	Banco
Brasileiro	 S.A.	 No	 mesmo	 dia,	 José	 endossou	 o	 cheque	 a	 Ricardo,	 fazendo
constar	 do	 título	 que	 não	 garantiria	 o	 seu	 pagamento	 e	 que	 a	 eficácia	 do
endosso	 estava	 subordinada	 à	 condição	 de	 que	 Maria,	 irmã	 de	 Ricardo,	 lhe
pagasse	uma	dívida	que	venceria	dali	a	dez	(10)	dias.	Vinte	(20)	dias	depois	da
emissão	 do	 título	 e	 sem	 que	 Maria	 tivesse	 honrado	 a	 dívida	 para	 com	 José,
Ricardo	 apresentou	 o	 cheque	para	 pagamento,	mas	 o	 título	 lhe	 foi	 devolvido
porque	 João	 não	 mantinha	 fundos	 disponíveis	 em	 poder	 do	 sacado.	 Nesse
caso,
	
a)	Ricardo	não	poderá	endossar	o	cheque	a	terceiro,	pois	o	cheque	só	admite
um	único	endosso.
b)	o	endosso	em	preto	de	cheque	nominativo	exonera	o	emitente	do	título	de
responsabilidade	pelo	seu	pagamento.
c)	por	força	de	lei,	o	emitente	do	cheque	deve	ter	fundos	disponíveis	em	poder
do	 sacado,	 e	 a	 infração	 desse	 preceito	 prejudica	 a	 validade	 do	 título	 como
cheque.
d)	 José	 responderá	 perante	 Ricardo	 pelo	 pagamento	 do	 cheque,	 porque	 se
reputa	não	escrita	cláusula	que	isente	o	endossante	de	responsabilidade	pelo
pagamento	do	título.
e)	a	despeito	do	 inadimplemento	de	Maria,	Ricardo	ostenta	 legitimidade	para
cobrar	o	pagamento	do	título	porque	se	reputa	não	escrita	qualquer	condição
a	que	o	endosso	seja	subordinado.

Outros materiais