Buscar

A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DO AUTO - SALVAMENTO E RESGATE AQUÁTICO PARA SOCIEDADE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
ROBERTO FREIRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DO AUTO - SALVAMENTO E 
RESGATE AQUÁTICO PARA SOCIEDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2014 
 
 
 
 
ROBERTO FREIRE 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DO AUTO - SALVAMENTO E 
RESGATE AQUÁTICO PARA SOCIEDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2014 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
como requisito para aprovação do Curso de Pós-
Graduação lato senso de Natação e Atividades 
Aquáticas da Estácio de Sá, sob orientação do 
Professor: Leandro Nogueira Salgado Filho. 
 
 
 
ROBERTO FREIRE 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DO AUTO - SALVAMENTO E 
RESGATE AQUÁTICO PARA SOCIEDADE 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Estácio de Sá, como 
requisito para a obtenção do grau de Especialista em Natação e Atividades Aquáticas. 
 
 Aprovado em, _____ de ______________ de 20___. 
 
 
 
 
 
 
Examinador 
 
 
 
 
 ____________________________________________________________ 
 Prof. Leandro Nogueira Salgado Filho 
 
 
 
 
 
 
 
NOTA FINAL ___________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
A história da preservação humana tem seus primeiros passos com a origem do próprio 
homem sobre a Terra. Do desejo de sobreviver surge à necessidade de ampliar o 
conhecimento e este intuito deu origem a diversos meios de preservar a vida. O 
processo, que levou o homem a entender como e porque prevenir e ajudar a outros de 
sua espécie no meio aquático, durou milhares de anos. Atualmente no mundo, o 
afogamento é uma das doenças de maior impacto na saúde e na economia. De acordo 
com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 0,7% de todos os óbitos no mundo 
ocorrem por afogamento não intencional, perfazendo mais de 500.000 (8.5 
óbitos/100.000 hab.) óbitos anuais passiveis de prevenção. No mundo todo, 500 mil 
pessoas morrem a cada ano devido ao afogamento acidental. Estes números excluem 
muitas regiões do planeta, especialmente na Ásia e na África, onde muito poucos 
registros de mortes por afogamento e situações de acidentes de afogamento que 
ocorrem como resultado de inundações e tsunamis. Atualmente, o número de óbitos 
por afogamento em nosso país supera os 6.500 casos por ano, isto sem falar nos 
acidentes não fatais que chegam a mais de 100.000, crianças entre um e nove anos de 
idade, infelizmente, são as maiores vítimas dessa situação, pois tem o afogamento 
como segunda causa de morte. Esses dados demonstram a ocorrência de uma 
catástrofe anual que necessita ser interrompida. 
 
 
Palavras Chaves: Importância, Salvamento e Resgate e Sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
The history of human preservation has its first steps with the origin of man himself on 
Earth. The desire to survive arises the need to increase knowledge and this order has 
given rise to various means of preserving life. The process, which led man to 
understand how and why prevent and help others of their kind in the aquatic 
environment, lasted thousands of years. Currently in the world, drowning is one of the 
greater impact of diseases on health and the economy. According to the World Health 
Organization (WHO), 0.7 % of all deaths in the world occur from unintentional drowning 
, totaling over 500,000 ( 8.5 deaths / 100,000 inhabitants ) insusceptible deaths annually 
prevention . Worldwide, 500,000 people die each year due to accidental drowning. 
These figures exclude many regions of the world, especially in Asia and Africa, where 
very few records of deaths by drowning and situations of drowning accidents that occur 
as a result of floods and tsunamis. Currently, the number of drowning deaths in our 
country exceeds 6,500 cases per year, not to mention the non-fatal accidents that reach 
more than 100,000 children between one and nine years old, unfortunately, are the 
main victims of this situation, it has the drowning as the second cause of death. These 
data demonstrate the occurrence of an annual disaster that needs to be stopped. 
 
Keywords: Importance, Rescue and Rescue, Society. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1.INTRODUÇÃO...................................................................................................Erro! 
Indicador não definido. 
 2.OBJETIVOS.......................................................................................................8 
 3.METODOLOGIA................................................................................... ............8 
 4.DESENVOLVIMENTO.......................................................................................9 
4.1 
HITÓRICO.........................................................................................................Erro! 
Indicador não definido.0 
4.2 O SURGIMENTO DO AUTO SALVAMENTO E RESGATE 
AQUÁTICO..............................................................................................................11 
4.3 AFOGAMENTO – SUAS CAUSAS E EFEITOS .............................................. 12 
4.4 SINTOMAS ...................................................................................................... 14 
4.5 TRATAMENTO.....................................................................................................15 
4.6 PREVENÇÕES ....................................................................................... ........16 
 4.7 CONCLUSÃO...................................................................................................18 
 REFERÊNCIAS.................................................................................................19 
7 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 A água é um elemento que está presente na vida do ser humano desde seu 
nascimento, e ele representa de 40 a 60% de seu peso corporal (McARDLE, KATCH e 
KATCH, 1990). Apesar disso, o meio aquático não é seu meio natural, podendo inclusive 
percebê-lo como hostil. Nas sociedades primitivas a natação é vista como uma atividade 
de sobrevivência, bem para poder pescar ou, simplesmente, para não perecer afogado 
em quedas fortuitas na água ou crescidas de rios (Lewin, 1979). 
 Os primeiros registros históricos que fazem referência à natação aparecem em 
Egito, no ano 5.000 a.C., nas pinturas da Rocha de Gilf Kebir. Mas até o esplendor de 
Grécia, a natação não vai desprender dessa mera função de sobrevivência; é então 
quando a natação passa a ser uma parte mais da educação dos gregos. 
 A história da preservação humana tem seus primeiros passos com a origem do 
próprio homem sobre a Terra. Do desejo de sobreviver surge à necessidade de ampliar o 
conhecimento e este intuito deu origem a diversos meios de preservar a vida. O processo, 
que levou o homem a entender como e porque prevenir e ajudar a outros de sua espécie 
no meio aquático, durou milhares de anos. 
 
 Os primeiros registros da primeira formação de salvamento no mundo foi criada pelo 
Imperador Augusto, cerca de 63 a.C a 14 d.C. Era composta por sete cortes de 
seiscentos homens. A esta “Armada Romana” eram outorgadas recompensas pelos atos 
de salvamento de cidadãos, recompensas que eram extensivas aos pais dos salvadores 
por terem procriado tais crianças. 
 
 Atualmente no mundo, o afogamento é uma das doenças de maior impacto na 
saúde ena economia. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 0,7% de 
todos os óbitos no mundo ocorrem por afogamento não intencional, perfazendo mais de 
500.000 (8.5 óbitos/100.000 hab) óbitos anuais passiveis de prevenção. 
 Entretanto o número exato é desconhecido em razão de casos não notificados de 
óbito. A incidência predomina em regiões e países de baixo poder aquisitivo e renda per - 
capita. Como o Código Internacional de Doenças (CID versão 10) é ainda 
8 
 
inadequadamente preenchido e possui falhas na identificação correta do problema, estes 
números são ainda subestimados, mesmo em países desenvolvidos. 
 Estima-se que mais de 85 % dos casos de afogamento podem ser prevenidas pela 
supervisão, instrução de natação, tecnologia, legislação e educação pública 
 
2 OBJETIVOS 
 O principal objetivo do presente trabalho é apresentar a importância da natação com 
relação a seus aspectos relacionados ao auto-salvamento e resgate aquático e as 
principais causas, fatores de riscos e prevenções e sobre o afogamento. 
 O principal regulador são Instrumentos, Convenções, Diretivas, Legislações nacional 
e Internacionais que serão discutidos brevemente. 
 
3 METODOLOGIA 
 Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que busca explicar um problema a partir de 
referências teóricas publicadas em artigos, teses e livros. Pode ser realizada 
independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental, mas em 
ambos os casos, buscam conhecer e analisar contribuições científicas existentes sobre 
um determinado assunto (Gil, 2002). A pesquisa terá como abordagem teórica uma 
análise qualitativa, diante da complexidade que representa o problema e da dinâmica do 
sujeito com o mundo, utilizando coleta de dados disponíveis sobre a importância da 
natação com relação a seus aspectos relacionados ao auto-salvamento e resgate 
aquático para sociedade. 
 Para a formulação dos objetivos da revisão bibliográfica, primeiramente, 
selecionamos o tópico a ser revisado, recaindo a escolha sobre a importância da natação 
com relação a seus aspectos relacionados ao auto-salvamento e resgate aquático. 
 
 
 
9 
 
4 DESENVOLVIMENTO 
Afogamento é a quarta principal causa de morte em adultos e a terceira em crianças 
e adolescentes em todo o mundo. No Brasil, as características do clima, a vasta rede de 
rios e do tamanho da costa são fatores de risco importantes para o afogamento. 
De acordo com dados coletados pela Secretaria de Saúde de São Paulo, em 2010, 
apenas o estado de São Paulo registrou 931 mortes por afogamento. 
No mundo todo, 500 mil pessoas morrem a cada ano devido ao afogamento 
acidental. Estes números excluem muitas regiões do planeta, especialmente na Ásia e na 
África, onde muito poucos registros de mortes por afogamento (sub notificação) e 
situações de acidentes de afogamento que ocorrem como resultado de inundações e 
tsunamis. 
Nos Estados Unidos, o afogamento é a segunda principal causa de morte por 
acidentes entre crianças de um a quatro anos de idade e, em alguns países, como a 
Tailândia, o índice da ordem de dois anos de idade e vem 107 por 100.000. Em muitos 
países da África e da América Central, a incidência de afogamento de 10 a 20 vezes 
maior do que a incidência na Noruega. 
Atualmente, o número de óbitos por afogamento em nosso país supera os 6.500 
casos por ano, isto sem falar nos acidentes não fatais que chegam a mais de 100.000, 
crianças entre um e nove anos de idade, infelizmente, são as maiores vítimas dessa 
situação, pois tem o afogamento como segunda causa de morte. Esses dados 
demonstram a ocorrência de uma catástrofe anual que necessita ser interrompida. 
 Com o crescimento do número de pessoas que desfrutam do meio líquido, seja para 
o banho, a natação, a prática de esportes aquáticos, transporte marítimo ou mesmo para 
trabalho; em piscinas ou praias, tornou-se fundamental à orientação preventiva no sentido 
de evitar o acidente mais grave que pode ocorrer na água o Afogamento. 
 
 
 
10 
 
4.1 HISTÓRICO 
 A preocupação com a morte é uma questão eterna e universal. 
 Desde o início da história do homem, a morte esteve envolta em uma atmosfera 
mística e mágica. A tentativa de reverter à morte era considerada como um feito 
impossível, uma verdadeira blasfêmia do ponto de vista científico e religioso. 
 Somente no século 18, começou-se a considerar a possibilidade científica de que a 
ressuscitação seria possível. Foram necessários outros duzentos anos até que as 
manobras de ressuscitação fossem desenvolvidas e somente nos idos dos anos 60, 
tornou-se uma realidade. 
 As causas de morte súbita foram se modificando com o decurso do tempo. Na era 
pré-moderna as causas principais de morte súbita eram os casos de afogamento, trauma 
e outras menos importantes. Atualmente a morte súbita é causada mais freqüentemente 
por doença coronariana em decorrência da fibrilação ventricular. 
 Passamos ao século 18, onde a aceitação do conhecimento do corpo humano 
tornou-se mais aceita, e com ela a necessidade de desenvolvimento de métodos 
científicos que levassem ao conhecimento, em um período chamado "Iluminismo". Os 
líderes intelectuais da época proclamaram que o mundo podia ser mais bem entendido 
através da ciência e que os meios para chegar à verdade eram os métodos científicos. 
 Os quatros principais componentes da ressuscitação (respiração, compressão-
circulação, fenômeno elétrico e serviços de emergência) começaram a ser conhecidos e 
desenvolvidos. Na época, as mortes que ocorriam inesperadamente (morte súbita) eram 
as que mais provocavam ansiedade e desespero. A causa mais freqüente na época era o 
afogamento. O homem tentava restaurar o calor e a vida ao corpo frio e inerte, aplicando 
objetos quentes sobre o abdome ou chicoteando-o com urtiga ou outros instrumentos. 
 O primeiro esforço organizado na luta contra a morte súbita foi realizado em Agosto 
de 1767, na cidade de Amsterdã (Holanda), com a criação da "Maatschappij tot Redding 
van Drenkelingen" (Sociedade para Recuperar vítimas de afogamento - existente até o 
dia de hoje). As sociedades de resgate de afogados se difundiram rapidamente por toda 
Europa, assim como nos EUA. Estas Sociedades tinham como objetivo principal encontrar 
o caminho para a ressuscitação com êxito e começaram a difundir informações sobre os 
cuidados na recuperação de vítimas de afogamento e outros tipos de asfixia. 
 
 
11 
 
 Quatro anos depois de iniciado o trabalho da Sociedade em Amsterdã,150 vítimas 
de afogamento haviam sido salvas seguindo às recomendações (guidelines) da época: 
a) Aquecer a vítima (se faz até hoje), 
b) Remover roupas molhadas (se faz até hoje), 
c) Drenar água dos pulmões posicionando-se a vítima com a cabeça mais baixa que os 
pés (parou-se de fazer em 1993), 
 d) Estimular a vítima com técnicas tais como instilação de fumaça de tabaco via retal ou 
oral (feito até 1890), 
 e) Utilizar o método de respiração boca-a-boca (se faz até hoje); e 
 f) Sangrias (parou-se de fazer há mais de 60 anos). 
 
 Não havia na época um limite de tempo para a reanimação, considerando-se 6 
Horas um tempo razoável para o esforço de ressuscitar. 
 Com a intenção de retirar a água, posicionava-se a vítima de afogamento com a 
cabeça mais baixa que o tronco. Na tentativa de melhorar esta manobra foi adicionada a 
pressão do tórax, de forma a aumentar a saída desta água. 
 Desta maneira nascia de forma espontânea e ao acaso a ventilação artificial indireta. 
Muitas vidas foram salvas desta forma. Fazia-seo certo por razões erradas. 
 
4.2 O SURGIMENTO DO AUTO SALVAMENTO E RESGATE AQUÁTICO 
 
 O Salvamento Aquático é relativamente jovem quando o encaramos de forma 
organizacional. O salvamento de marinheiros náufragos (salvatagem) parece ter ocorrido 
e desencadeado as primeiras organizações de salvamento aquático. 
 A Associação de Salvamento Aquático "Chinkiang" ("Chinkiang Association for the 
Saving of Life") estabelecida na China em 1708 foi a primeira organização deste tipo que 
se tem conhecimento no mundo. Esta organização desenvolveu torres de salvamento e 
materiais que pudessem ser utilizados com este propósito. 
 
 Em 1787, a Sociedade Humanitária de Massachusetts ("Massachusetts Humane 
Society") (EUA) começou o processo do que viria a se tornar um movimento de 
salvamento aquático nos Estados Unidos e se tornaria o USLSS ("United States Life-
Saving Service"). 
12 
 
 O USLSS era composto de uma cadeia nacional extensa de torres de salvamento 
espalhadas pelo litoral provida de pessoal guarda-vidas pelo governo Federal, a qual 
pertence o crédito de 170 mil vidas salvas. 
 Em 1915, esta organização se juntou ao "Revenue Cutter Service" para se tornar a 
Guarda Costeira Americana. Foi somente em 1800 que a natação, hoje conhecida como 
banho de mar, começou a emergir como uma forma extremamente popular de recreação. 
 A Criação da Organização Mundial de Salvamento Aquático – ILS. 
 Organização para atividades de salvamento aquático internacional organizado datam de 
1878 quando o primeiro Congresso Mundial foi realizado em Marseille, uma cidade ao sul 
da França. Desde então tem havido diversas atividades excepcionais na área, realizadas 
por organizações nacionais. A necessidade de um fórum internacional para trocas de 
idéias e conhecimentos foi rapidamente reconhecido a partir de então. 
 
 No Brasil em 1914, o Comodoro Wilbert E. Longfellow fundou na cidade do Rio de 
Janeiro, então capital da República, o Serviço de Salvamento da Cruz Vermelha 
Americana. Nesta época, o objetivo era o de organizar e treinar Guarda-Vidas 
voluntários, que atuariam em postos de salvamento, não apenas no Rio de Janeiro, mas 
por todo país, supervisionando praias desguarnecidas. 
 Sentindo a ineficiência de tal estratégia, adotou uma campanha a nível nacional, 
cujo slogan foi: "Toda Pessoa deve saber nadar e todo nadador deve saber salvar 
vidas" 
 
4.3 AFOGAMENTO - SUAS CAUSAS E EFEITOS 
 O exame da fisiologia do afogamento permitir-nos observar como conseqüências 
adversas perturbam o delicado equilíbrio iônico a nível celular e podem causar a morte, se 
o processo não for detectado de imediato. É óbvio, ou deveria ser, que a conseqüência de 
acontecimentos que ocorre quando uma pessoa se afoga em água doce não é a mesma 
que ocorre quando uma pessoa se afoga em água salgada. 
 Afogamento em Água Doce: A razão disto é simplesmente que, no que diz respeito 
ao sangue, a água doce é hipotônica, ao passo que a salgada é hipertônica. 
13 
 
 Com base no conhecimento de osmose: A osmose é o nome dado ao movimento 
da água entre meios com concentrações diferentes de solutos, separados por 
uma membrana semipermeável. É um processo físico-químico importante na 
sobrevivência das células. A osmose pode ser vista como um tipo especial de difusão em 
seres vivos. 
 Podemos deduzir de imediato as conseqüências fisiológicas adversas: 
1- A água, quando de sua penetração nos alvéolos, é hipotônica em relação ao sangue, 
portanto, irá entrar na corrente sanguínea por meio da osmose. A improcedência de 
uma asserção tal como “a pessoa não poderia ter-se afogado por que não havia água 
em seus pulmões” deveria ser evidente, desde que o afogamento ocorresse em água 
doce; 
2- O sangue é diluído e torna-se hipotônico em relação às células. O resultado disto é 
que a água se difundirá nas células vermelhas do sangue, causando literalmente, 
uma “explosão” destas últimas. Isto é chamado de hemólise, e ocorre em proporções 
tão maciças que é eliminada a capacidade de transporte de oxigênio por parte das 
células vermelhas do sangue; e 
3- A diluição dos eletrólitos do sangue (sódio, cloretos e, em especial, o cálcio) e das 
proteínas do plasma, aliada a baixa concentração de oxigênio precipita a fibrilação 
ventricular (irregularidade na força e ritmo cardíacos, ou palpitação das fibras 
musculares, causando esvaziamento ineficiente). Resultado do baixo nível de sódio 
do plasma, acompanhado por baixa tensão do oxigênio, ambos os fatores presentes 
no afogamento em água doce. 
 
Afogamento em Água Salgada: O afogamento em água do mar provoca seqüência 
diferente de acontecimentos, visto que a água (conteúdo de sal: 3,5%) é hipertônica 
em relação ao sangue (conteúdo de sal: 0,9%). 
� A água do mar penetra nos alvéolos e os sais se difundem na corrente sanguínea, 
enquanto a água contida na mesma (plasma) desloca-se para os pulmões; 
� A retirada de água do sangue ocasiona um aumento rápido na concentração de 
sódio do plasma; 
14 
 
� O numero de células vermelhas por centímetro cúbito de sangue (valor 
hematrócito) aumenta rapidamente. As células sofrem plasmólise, isto é contraem-
se; 
 Os pulmões enchem-se com plasma (edema pulmonar), a pressão sanguínea 
sistólica cai (hipotensão), ocorre bradicardia (diminuição do ritmo cardíaco), seguindo-se 
morte. Pode ocorrer choque hipovolêmico, os efeitos aparecem de 5 minutos a 4 dias. 
 
 No afogamento, a função respiratória fica prejudicada pela entrada de líquido nas 
vias aéreas, interferindo na troca de oxigênio (O2) - gás carbônico (CO2) de duas formas 
principais: 
� Obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma coluna de 
líquido, nos casos de submersão súbita (crianças e casos de afogamento 
secundário) e/ou; 
� 2. Pela aspiração gradativa de líquido até os alvéolos (a vítima luta para não 
aspirar). 
 Estes dois mecanismos de lesão provocam a diminuição ou abolição da passagem 
do O2 para a circulação e do CO2 para o meio externo, e serão maiores ou menores de 
acordo com a quantidade e a velocidade em que o líquido foi aspirado. Se o quadro de 
afogamento não for interrompido, esta redução de oxigênio levará a parada respiratória 
que conseqüentemente em segundos ou poucos minutos provocará a parada cardíaca. 
 
4.4 OS SINTOMAS 
 Os sintomas variam com a gravidade do caso, e estão associados com o tempo de 
imersão, a temperatura, volume ingerido e a função pulmonar. O paciente pode perder a 
consciência ou não. 
 Quando consciente, tem sinais de agitação, náuseas, vômitos, inchaço, dores de 
cabeça e no peito, hipotermia, espuma na boca e nariz tendo a indicação de edema 
pulmonar, pieira (ruído produzido pela respiração das pessoas com doença nas vias 
respiratórias; piado), diminuição da pressão arterial, apneia e parada cardíaca são outros 
sintomas possíveis. 
 
15 
 
4.5 TRATAMENTO 
 O afogamento pode ser clinicamente classificado em vários graus, dependendo do 
estado de insuficiência respiratória e geralmente requerem hospitalização. No entanto, as 
manobras de recuperação cardiorrespiratória (RCR) ou do coração (CPR) representam a 
ressuscitação cardiopulmonar, que é uma técnica para comprimir o coração e forçar o 
sangue a bombear através do corpo quando uma vítima sofre parada cardíaca súbita) 
para combater a hipoxemia (baixa de oxigênio no sangue) começam imediatamente no 
local do acidente, no qual eles são essenciais para a recuperação e sobrevivência. 
Logo após o resgate, é importante remover as roupasmolhadas da vítima, elevar a 
temperatura corporal e a proteção contra lesões cervicais e começar a respiração boca a 
boca. 
As principais recomendações são: 
� Ser razoável e ter bom senso, mesmo sabendo nadar. Não entrar na água caso 
tenha exagerado um pouco nas bebidas alcoólicas, não submergir em água cuja 
profundidade é desconhecida, ou se aventurar em mergulhos solitários e a noite; 
� Lembre-se de que as crianças precisam de cuidados extras, mesmo quando eles 
estão com bóias, perto de pessoas conhecidas e em um ambiente que lhes é 
familiar. Também é importante que, tão logo atinjam a idade certa, aprendam a 
nadar; 
� Não tentar lidar com uma pessoa que está se afogando. Em desespero, ela pode 
levá-lo e colocar sua vida em perigo. Fornece um objeto que pode ajudá-la a entrar 
e sair da água. Chame o corpo de bombeiros o mais rápido possível, a formação 
especializada neste tipo de resgate. 
 
 
 
 
 
16 
 
4.6 PREVENÇÃO 
 São as ações baseadas em advertências e avisos a banhistas no sentido de evitar 
ou ter cuidado com os perigos relacionados ao lazer, trabalho, ou esportes praticados na 
água. Alguns cuidados são essenciais para reduzir o risco de afogamento: 
 No mar 
 O local de maior ocorrência de afogamentos (mais de 85% dos casos). É na praia 
onde ocorre a corrente de retorno (vala) que é formada por toda massa de água em forma 
de ondas que quebra em direção a areia e por gravidade tem que retornar ao oceano, 
uma boa maneira de economizar energia é parar de nadar ou ir para fora do alcance das 
ondas e em favor da corrente. 
 Evitar o consumo de bebidas alcoólicas antes de entrar na água, não perder de vista 
as crianças em ambientes onde existe água nas proximidades especialmente aqueles que 
não sabem nadar devem ter bóias e coletes salva-vidas em todos os momentos; e 
 Em Piscinas 
 O acesso a piscinas em residências e clubes deve ser evitado através da colocação 
de grades. As medidas de prevenção podem evitar mais de 85% dos casos de 
afogamento, e atuam não só na redução da mortalidade como também na morbidade 
(lesões decorrentes da doença) por afogamento, inúmeros acidentes têm ocorrido no 
Brasil, causados pela sucção dos ralos das piscinas. Alguns desses acidentes são 
inicialmente tratados como afogamentos, mas quando se busca a causa, a vítima se 
afogou porque ficou presa pelo sistema de sucção da piscina. 
 A linha mais crítica da defesa é a supervisão de um adulto, nenhum nível de 
habilidade aquática pode substituir a supervisão ativa. 
 A aprendizagem e a educação constante são imprescindíveis para implantação uma 
de filosofia de segurança e auto – sobrevivência, porem a criação de Legislações que 
normatizam e padronizam procedimentos a serem adotados por alguns seguimentos na 
Sociedade, podem reduzir o numero de acidentes no meio aquático: 
17 
 
� Em 12 de agosto de 1985 é criado o Grupamento Marítimo (GMar), pela Lei de 
Organização Básica do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de janeiro foi 
ativado o GMar, com base operacional em Botafogo e três destacamentos 
principais (Ramos, Copacabana e Barra da Tijuca), mantendo em suas estruturas 
os CRAs ( Centro de Resgate de Afogamentos) anteriormente criados, de forma a 
estabelecer atendimento integrado entre o resgate realizado nas praias e o 
atendimento médico 
� A Lei nº 3.728 de 13 de Dezembro de 2001 do Governo do Estado do Rio de 
Janeiro, que - determina a permanência de guardião de piscina em piscinas 
localizadas nos prédios residenciais, de dimensões superiores a 6m x 6m, em 
hotéis, clubes sociais e esportivos, e nas academias de esportes e ginástica, em 
território fluminense e fica também, reconhecido como guardião de piscina, para 
efeito do disposto nesta Lei, o profissional de Educação Física regularmente 
inscrito no Sistema CONFEF/CREF e devidamente habilitado em curso específico, 
organizado pelo Conselho Regional de Educação Física da 1ª Região e 
chancelado pelo Corpo de Bombeiros; e 
� Projeto de Lei nº 1162 DE 2007, aprovado em 04 de junho de 2014 na câmara de 
Deputados que Disciplina a prevenção de acidentes em piscinas, delimita as 
responsabilidades concernentes aos usuários de piscinas coletivas e públicas, aos 
responsáveis pelos estabelecimentos com piscinas coletivas ou públicas e aos 
proprietários de piscinas privativas. Em seguida, enumera os equipamentos de 
segurança de instalação obrigatória e diversas informações a serem 
disponibilizadas por sinalização nas imediações das piscinas, públicas e coletivas. 
Obriga os fornecedores de piscinas a informar os riscos inerentes ao produto, e 
estabelece penalidades para os infratores. 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
4- CONCLUSÃO 
 
 Infelizmente o afogamento é muito comum em nosso país, e ocorre em sua maioria 
na frente de amigos e familiares que poderiam evitar ou ajudar, mas desconhecem 
inteiramente como poderiam reagir. O desconhecimento ou a imprudência são muitas 
vezes, as causas principais destes acidentes na água. Sabemos que mais de 70% das 
pessoas que se afogam em nossas praias vivem fora da orla, e, portanto não estão 
habituadas aos seus perigos e peculiaridades. 
 Entretanto, há muito mais o que se fazer. Neste caso, o que importa é desenvolver a 
cultura da população sobre como prevenir e atuar na presença do afogamento, implicando 
em manifestar com isso, a educação para a saúde. 
 A melhoria do sistema de prevenção do afogamento é fato estabelecido. Fica 
evidente o importante papel da administração pública neste processo. Os primeiros 
passos para se desvendar os segredos de salvar vidas na água e a sucessão de 
acontecimentos contribuiu, para o avanço do serviço de prevenção do afogamento no 
Brasil. 
 A maioria das escolas de natação e as diversas faculdades de Educação Física têm 
como objetivo o ensino da técnica dos quatros nados e a formação de profissionais. No 
entanto, a maioria delas é dada pouquíssimas noções de salvamento, o que 
absolutamente não se justifica. Se todos possuíssem a capacidade de flutuar o suficiente 
para garantir a própria segurança, seria um grande começo, a segurança aquática que 
aliada ao conhecimento técnico de salvamento evitaria óbitos por afogamento. 
 Este trabalho seria de conscientização de todos para a criação de cursos em 
academias, convênios entre clubes, construção de piscinas públicas, realização de cursos 
regulares de verão e projetos, não só para crianças (botinho), mas também para adultos 
através do salvamar. Mas visando principalmente a prática da natação entre a população. 
 
 
19 
 
 
 Nas escolas deve-se aprender a cuidar de um afogado utilizando os primeiros 
socorros seja com técnica de praia, piscina, lago ou até mesmo enchente onde também 
temos muitas vitimas fatais É importante sensibilizar as autoridades, professores de 
educação física, profissionais da área de natação, atletas, alunos, guardas vidas e a 
população em geral, da necessidade destes princípios até mesmo no currículo escolar. 
 
REFERÊNCIAS 
 
CAMARA DE DEPUTADOS, Brasília, DF. http://www.portaldoconsumidor.gov.br/noticia. 
ESPIN NETO, J et al. Situação dos afogamentos em duas regiões do interior do estado de 
São Paulo. Revista de Ciências Médicas, Campinas, 2006. 
Gil, Antônio Carlos, 1946. Como elaborar projetos de pesquisa, 2002. 
GONZÁLEZ A. R. B. Natacion y salvamento. Montevideo: [s.n], 1996. 
GUYTON A. C e HALL J.E, Tratado de Fisiologia Médica - 11a edição, 2006. 
GUAIANO, O. P. Mortalidade por afogamento no litoral da região sudeste e sua relaçãocom fatores climatológicos 2006, Sorocaba. Anais... Sorocaba: 
LEWIN G. (1979). Natação. Madri: Augusto Pilha Teleña. 
KALLAS, H. J. Afogamento e quase-afogamento. In: BEHRMAN, R. E.; KLEIGMAN, R. 
M.; JENSON, H. B. (Orgs.). Nelson: Tratado de pediatria. 17. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2005. 
MATHEUS & FOX Bases Fisiológicas de Educação Física e dos Desportos. Editora 
Interamericana, p.194-197, 1979. 
MCARDLEl, W.KATCH, F. e, V. (1990). Fisiologia do exercício. Aliança Editorial. 
20 
 
MARTINS, C. B. G.; ANDRADE, S. M. Causas externas entre menores de 15 anos em 
cidade do sul do Brasil: atendimentos em pronto-socorro, internações e óbitos. 
RevistaBrasileira de Epidemiologia, São Paulo, 2005. 
PINHEIRO, A. G. et al. Afogamento. In: São Paulo. Anais... São Paulo: UNIVAP, 2006. 
ROCHA E, et al. Acidentes de submersão em crianças no hospital distrital de Faro de 
1998 a 2003. Lisboa: Associação para promoção da segurança infantil, 2004. 
SZPILMAN, D. Afogamento na infância: epidemiologia, tratamento e prevenção. Revista 
Paulista de Pediatria, São Paulo, 2005. 
SZPILMAN, D; ORLOWSKI, J. P. Afogamento. Revista da Sociedade de Cardiologia do 
Estado de São Paulo, São Paulo, 2001. 
SZPILMAN, D; THOMAZ, N. Afogamento. In: BETHLEM, N. (Org.). Pneumologia. 4. ed. 
São Paulo: Atheneu, 2002.

Outros materiais