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Afogamento infantil 1 2 Afogamento Definição - Afogamento é a aspiração de líquido não corporal por submersão ou imersão (WCOD, 2002) - Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA) 3 Classificação4 Pode ser classificado de duas maneiras: Primário ou secundário: 1. Primário: não possui outros fatores incidentais ou patológicos que possam ter desencadeado o afogamento; 2. Secundário: quando possui outros fatores associados. Por exemplo: uso de alcool/outras drogas, crises convulsivas, traumas, doenças cardio-pulmonares. Grau 1 a 6 (de acordo com as tabelas nos próximos slides) 5 6 7 Complicações e sequelas - Dependem do comprometimento neurológico 8 Epidemiologia Índices globais de afogamento: ● 0,7% (372.000 óbitos/ ano) de todos os óbitos no mundo ocorrem por afogamento não intencional; ● Os números de afogamento são ainda muito subestimados, mesmo em países desenvolvidos, pois os dados são extraídos exclusivamente de atestados de óbitos, e nem todos possuem ou registram estes dados. País Número absoluto Taxa a cada 100.00 0 hab Ano Rússia 11.981 7.8 2010 Japão 8.999 3.2 2011 Brasil 5.791 2.8 2016 Tailândia 4.684 7.3 2006 Índices de afogamentos na América do Sul:9 País Número absoluto Taxa/100.000 hab Brasil 5.791 2,8 Colômbia 1.700 3,8 Argentina 600 1,7 Peru 1.100 4,2 Índices de afogamento no Brasil: ● A região Norte do Brasil tem as maiores taxas de mortalidade por afogamento; ● 1 brasileiro morre por afogamento a cada 91 min; ● Mais de 80% das mortes ocorrem por ignorar os riscos, não respeitar limites pessoais e por desconhecer como agir. 10 Embora o Brasil tenha uma das maiores taxas de mortalidade por afogamento no mundo, essas taxas anuais vêm declinando nos últimos 39 anos (1979-2016) em números absolutos e mais importante em números relativos (óbitos/100.000 habitantes) conferindo uma redução na ordem de 50% no Brasil. 11 ▹ Adolescentes possuem maior risco de afogamento (geral) ▹ Entre 1 a 4 anos é a segunda maior causa de óbitos; ▹ 5 a 9, quarta maior causa; ▹ 10 a 14 anos, terceira maior causa; ▹ 15 a 24, quarta maior causa. ▹ 52% das mortes na faixa etária de 1-9 anos ocorrem por afogamento em piscinas e residências; ▹ Afogamentos entre crianças maiores de 10 anos e adultos ocorre frequentemente em águas naturais (rios, represas e praias). 12 Faixa Etária Vulnerável “Afogamento não é acidente, não acontece por acaso, tem prevenção, e esta é a melhor forma de tratamento” 13 David Szpilman Conforme criança vai se desenvolvendo, cresce sua curiosidade e faz com que se exponha a novas descobertas e movimentos. Atitudes simples podem prevenir acidentes, como: - Não deixar a criança sozinha na banheira (1-6 meses) - Mantenha banheiras, baldes, tanques e tonéis de água vazios e cobertos; - A criança não deve nadar sozinha, ensine-a a nadar, não é seguro deixar crianças sozinhas em rios, piscinas, lagos e mar mesmo que saibam nadar (4-6 anos); - Utilize colete salva-vidas aprovados pela guarda costeira quando estiver em praias, rios e etc; - Tenha sempre um telefone perto a área de lazer e o número de emergência; 14 Prevenção Prevenção Outras recomendações: ▹ Se possível, ensinar a criança a nadar (a partir dos 2 anos) ▹ Mergulhar somente em águas profundas 15 Praia Piscina ● Manter distância de valas (80% afogamentos) ● Nadar longe de pedras, estacas, píers e esgotamento ● Nunca tente salvar alguém se não tiver condições para isso ● Mais de 65% das mortes por afogamento ocorrem em água doce ● Bóia de braço não é garantia de segurança! ● Desligue o filtro da piscina antes de nadar ● Isolar a piscina quando não estiver usando Praias, Rios e Represas + seguros ➢ Nadar em local com guarda-vidas e perguntei onde é mais seguro; ➢ Pais e responsáveis estabeleçam regras mais rígidas de segurança na praia para evitar afogamentos; ➢ Sempre entre em agua rasa ou desconhecida com os pés primeiro; ➢ Não superestime sua capacidade de nadar; ➢ Cuidado com limo e barro, já que podem fazer escorregar; ➢ Em correnteza, não lute, flutue, erga uma das nais e peça imediatamente socorro 17 Primeiros Socorros ▹ Resgate é quando a pessoa é retirada da água, sem sinais de aspiração de líquido, ou seja, não há evidência de insuficiência respiratória, sendo considerado um resgate na água. ▹ Resgate na água ≠ Afogamento ▹ Retirar a vítima da água e colocá-la em ambiente seguro; ▹ Retirar suas roupas molhadas e mantê -la aquecida para evitar hipotermia; ▹ Chamar pelo nome para avaliar o estado de consciência 18 19 Procedimentos de Primeiros socorros 20 Técnica de Taponagem (bebês) Procedimento para crianças acima de 7 anos Caso Criança de 6 meses está tomando banho na “banheirinha” de plástico. A mãe percebeu que o sabonete acabou e se virou para o gabinete da pia para pegar um novo. Quando volta sua atenção para a criança, ela escorregou e ficou com a cabeça imersa na água por alguns instantes. Imediatamente a mãe retira a criança da banheira. Ela está com tosse intensa e com o rosto hiperemiado. O que você recomendaria à mãe nesta situação? 21 R: Fase de observação da segurança do local; Fase de intervenção de retirada da vítima (criança de 6 meses) por parte da mãe sem que esta entre na água; Fase de abordagem secundária: Virar a criança de bruços em um dos braços, da mãe ,abrindo a boca dela com os dedos médio e indicador e fixando a cabeça. Inclinar o braço levemente para que a região cefálica fique mais baixa que o resto do corpo. Aplicar 5 palmadas entre a escápulas mantendo sempre o corpo inclinado. O líquido deve sair pela boca e pelo nariz permitindo o retorno do acesso ao oxigênio e redução do esforço para eliminar o líquido. Se não ocorrer melhoras, ligar para o SAMU imediatamente. 1. Portal Ministério da Saúde - Prevenção de acidentes; 2. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro.Fundação Oswaldo Cruz, 2003. 170p. 3. Szpilman D. - Manual dinâmico de afogamento,cap.3; 4. American Heart Association - Atualização das diretrizes de RCP e ACE - 2015; 5. Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR, cap.20; (12/10/2018) 6. Manual de enfermagem saúde da criança e do adolescente - SMS/SP -2ª ed. - 2016 7. Szpilman D. Afogamento na infância: epidemiologia, tratamento e prevenção. 2005. 22 Referências http://portalms.saude.gov.br/saude-para-voce/saude-da-crianca/acompanhando-a-saude-da-crianca/prevencao-de-acidentes 23Obrigadx!