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Controle Estatístico da Qualidade

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERNANDA THAÍS DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE 
 
 
 
 
 
CANOAS/RS 
2018-2 
1. INTRODUÇÃO 
Em meio ao mundo globalizado, as empresas buscam, a cada dia, inovar e obter 
soluções ótimas para cada tomada de decisão, tanto para maximizar o lucro como para 
minimizar os custos das operações. Neste cenário, as companhias se tornam cada vez mais 
competitivas e o fator primordial para a sua diferenciação no mercado, é a qualidade. 
A era do Controle Estatístico da Qualidade surgiu no contexto da Segunda Guerra 
Mundial com o progresso da revolução industrial e da produção massificada, no qual, 
havia a necessidade de produzir em grande quantidade, com pequenos prazos e com 
qualidade. Com este cenário, se tornou inviável inspecionar os milhares de produtos que 
saiam das linhas de produção, surgindo então, o controle estatístico da qualidade com o 
intuito de selecionar uma determinada quantidade para realizar a inspeção, onde as 
propriedades desta amostragem se estenderiam por todo o lote daquela determinada 
produção. 
O Controle Estatístico da Qualidade possui técnicas que permitem acompanhar, 
avaliar e corrigir o processo de produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE 
 
2.1 Histórico 
Hoje, na literatura não há uma definição única para a qualidade. Para Deming 
(2000) qualidade é atender e, se possível, exceder as expectativas do consumidor. Já para 
Crosby (1995) qualidade significa atender as especificações. E para Taguchi (1999), a 
produção, o uso e o descarte de um produto acarretam prejuízos para a sociedade, porém 
quanto menor forem essas “perdas”, maior será a qualidade do produto. 
O Controle Estatístico da Qualidade foi introduzido em 1924 por Walter A. 
Shewhart que esboçou o primeiro gráfico de controle de fabricação, considerando que, 
mesmo em um processo de produção sob controle, diversas variações ocorrem, passíveis, 
contudo, de controle estatístico. Este surgimento então, tornou-se possível em virtude do 
desenvolvimento da teoria exata da amostragem. 
O objetivo do CEQ é de localizar desvios, erros, falhas ou defeitos nos processos 
produtivos, comparando com o desempenho de padrão de qualidade estabelecido. 
 
2.2 Uso do Controle Estatístico da Qualidade 
O moderno controle estatístico da qualidade atua em todas as fases do processo 
produtivo, seu intuito é evitar a produção de itens com qualidade insatisfatória. Com isso, 
o controle possui quatro tarefas relacionadas entre si, sendo o estudo do projeto do 
produto, após a verificação do material a ser utilizado na produção, o controle durante o 
processo de fabricação e por último a verificação do controle da qualidade no produto 
acabado. 
O controle de fabricação é realizado pelo produtor durante o processo produtivo, 
com o intuito de garantir a qualidade do produto dentro dos limites de uniformidade 
indicados na especificação de fabricação. A principal ferramenta para este controle de 
produção é o Gráfico de Controle. 
Já a inspeção de qualidade acontece no produto já acabado, com o objetivo de 
analisar e verificar se a qualidade das partidas apresentadas atende à especificação de 
aceitação. A principal ferramenta para a inspeção é a amostragem. 
Como o objetivo do CEQ é de localizar desvios, erros, falhas ou defeitos nos 
processos produtivos, comparando com o desempenho de padrão de qualidade 
estabelecido. Esta comparação pode ser realizada de três formas: 
- Controle da qualidade 100%: Inspeção total da qualidade, onde todos os produtos 
são inspecionados. 
- Controle de qualidade por amostragem: O controle amostral substitui o controle 
total. Se a amostra é aprovada, todo o lote é aprovado. Se a amostra é rejeitada, todo o 
lote deverá ser inspecionado. 
- Controle de qualidade aleatório: Consiste em inspecionar uma certa percentagem 
de produtos aleatoriamente. 
 
2.3 Princípios Básicos 
Segundo Lourenço Filho (1981), os princípios básicos do Controle Estatístico da 
Qualidade são: 
a) Criar técnicas de controle do processo produtivo de modo a reduzir ao mínimo o 
número de peças defeituosas ou fora de especificação, surgindo então o controle 
de fabricação. 
b) Reduzir a quantidade de peças inspecionadas a um mínimo, para cada técnica de 
inspeção, originando então a inspeção por amostragem. 
 
2.4 Gráficos de Controle 
Segundo Kume (1993), o gráfico de controle foi proposto por Shewart com a 
intenção de eliminar variações anormais. O gráfico de controle baseia-se em estatísticas 
como a média amostral, o desvio padrão amostral, dentre outras e consiste em uma linha 
central, um par de limites de controle, um dos quais localiza-se abaixo e outro acima da 
linha central, e valores característicos marcados no gráfico representando o estado de um 
processo. O processo é considerado sob controle, se todos os valores marcados estiverem 
dentro dos limites de controle, conforme figura 1. Porém, se os pontos estiverem fora das 
linhas de limites ou apresentarem uma disposição atípica, o processo é considerado fora 
de controle. 
Figura 1- Gráfico do Controle Típico 
 
Fonte: Montgomery (2004) 
Atualmente, os gráficos de controle podem ser classificados em dois grandes 
grupos, sendo gráfico de controle para variáveis (em escala quantitativa) e gráficos de 
controle por atributos (em escala qualitativa). 
Quadro 1 – Síntese dos Gráficos de Controle Aplicado a Processos 
 
Os gráficos de controle X e R são utilizados “quando a coleta de múltiplos dados 
sob as mesmas condições e num pequeno período de tempo é possível” (MOREIRA e 
SOUZA, 2010, p. 4). Porém, os gráficos X e S são preferidos quando o tamanho da 
amostra é moderadamente grande (n > 10) ou o tamanho da amostra é variável 
(MONTGOMERY, 2004). 
Os gráficos de controle XMR (amplitude móvel) são utilizados “quando o período 
de tempo entre a coleta dos dados é grande, ou quando existe a necessidade de investigar 
dado a dado” (MONTEGOMERY, 2004 apud MOREIRA e SOUZA, 2010, p. 4). 
O gráfico de controle de soma cumulativa (CUSUM) foi proposto inicialmente por 
Page (1954 apud MONTGOMERY, 2004, p. 257) e tem sido estudado por diversos 
autores complemento aos gráficos de controle de Shewhart para a detecção de pequenas 
variações no processo. 
Há outro tipo de gráfico, introduzido por Roberts (1959 apud MONTGOMERY, 
2004, p. 268) e denominado por EWMA (média móvel exponencialmente ponderada), 
que detectam pequenas mudanças de deslocamento da média e do processo. O atribui 
maior peso na observação mais recente ou na média do subgrupo, apesar de ser 
tipicamente usado com observações individuais, e então diminui gradualmente o peso 
para observações mais antigas. 
2.5 Padrões e Limites 
Há dois tipos de limites existentes, sendo eles: 
a) Limites de Controle: São baseados na variabilidade natural do processo, medida 
pelo desvio padrão do processo. 
b) Limites de Especificação: São especificados pelos engenheiros, pela gerência, 
pelo planejador do projeto, ou até mesmo, pelos clientes. Não devem ser utilizados 
para monitorar os gráficos de controle. 
 
2.6 Capacidade de Processo 
Segundo Costa (2011), a capacidade do processo se refere a capacidade de 
produzir itens conformes, ou seja, que atenda as especificações de projeto, da engenharia 
do produto, ou se há geração de itens não conforme. Esta capacidade depende dessas 
próprias especificações e variabilidade do processo. Ela estabelece uma tolerância sendo 
uma faixa de variação admissívelpara uma dimensão, ou seja, é a relação entre a sua 
variabilidade natural e a tolerância de especificação do projeto do produto. 
Na prática, nenhum fabricante de peças aceitaria um pedido que especificasse uma 
dimensão exata. Ele exigiria, naturalmente, que a especificação incluísse limites de 
tolerância, isto é, valores extremos de um intervalo, por exemplo: 25 ± 0.02. 
 
2.7 Amostragem 
Em gráficos de controle, os pontos considerados são representados por valores de 
uma determinada amostra. Essas amostras, teoricamente, devem ser formadas por 
subgrupos racionais, sendo observações no qual são agrupadas temporalmente com o 
intuito de monitorar o processo. Basicamente, o controle estatístico da qualidade por 
amostragem se refere a inspeção de um determinado lote, no qual se a amostra é aprovada, 
todo o lote é aprovado. Se a amostra é rejeitada, todo o lote deverá ser inspecionado. 
Sendo assim, o plano de amostragem consiste em determinar a probabilidade de 
aceitação. 
 
2.8 Implementação do CEP 
A implementação do Controle Estatístico do Processo tem como objetivo analisar, 
estudar e apresentar a variabilidade dos processos com o intuito de fornecer informações 
para um diagnóstico mais eficaz na prevenção e detecção de defeitos/problemas nos 
processos avaliados, para que a causa raiz possa ser eliminada e o processo estabilizado. 
Este controle, pode ser implantado em qualquer tipo de processo, seja ele tangível ou 
intangível. Para tal, basta ter conhecimento das variáveis e dos limites/ critérios de 
aceitação. 
Na figura 2, pode-se acompanhar as etapas para a implementação do CEP. 
Figura 2 – Implementação do CEP 
 
 Fonte: RIBEIRO e CATEN, 1998 
Com diferentes abordagens, vale lembrar que todos os estudos realizados no 
âmbito do CEP envolvem medições e avaliações. Com isto, é fundamental que o sistema 
de medição seja adequado, para obter um melhor resultado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coleta de dados
Cálculo dos limites de
controle
Avaliação da
estabilidade do
processo
Avaliação da
capacidade do
processo
Ação local
Ação sobre as
causas especiais
Ação no sistema
Ação sobre as
causas comuns
Rotina
Melhoria
3. CONCLUSÃO 
O Controle Estatístico voltado para a qualidade se tornou, ao longo das décadas, 
um método de análise primordial para garantir o bom desempenho dos processos 
produtivos, sejam eles produtos intangíveis ou tangíveis. 
 Com o objetivo de identificar as falhas, erros e os desvios existentes, para assim, 
reduzir o número de peças ou produtos defeituosos, o desempenho dos processos 
produtivos impactam diretamente na redução de custos e tempo de retrabalhos de uma 
linha de fabricação. 
 As técnicas de gráfico de controle e inspeção por amostragem são as principais 
técnicas que se originam do controle estatístico influenciando no acompanhamento da 
qualidade e garantindo a melhoria contínua do determinado processo. Visto isto, 
compreende-se a importância do domínio de um controle estatístico para o desempenho 
eficaz e eficiente de uma linha de produção priorizando a qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão 
abrangente da moderna administração das organizações. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2004. 
COSTA, A.F.B.; EPPRECHT, E.K. e CARPINETTI, L.C.R. Controle Estatístico de 
Qualidade. Atlas, 2004 
COSTA, Antonio Fernando Branco. Controle Estatístico da Qualidade, 2 ed, São Paulo: 
Atlas, 2011. 
KUME, Hitoshi. Métodos Estatísticos para Melhoria da Qualidade. São Paulo: Editora 
Gente, 1994. 
LOURENÇO FILHO, Rui de C. B. Controle Estatístico de Qualidade. Rio de Janeiro: 
Livros Técnicos e Científicos, 1981. 
MONTGOMERY, D.C. Introdução ao Controle Estatístico de Qualidade, 4ª. edição. 
LTC, 2004. 
RAMOS, Adalberto W. Controle Estatístico de Processos para Pequenos Lotes. São 
Paulo: Editora Edgard Blucher LTDA, 1995. 
RIBEIRO, J. L. & CATEN, C. T. (1998) – Controle Estatístico do Processo. Apostila do 
Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Editora da UFRGS. Porto Alegre. 
SAMOHYL, Robert Wayne. Controle Estatístico da Qualidade. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2009.

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