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Mecânica dos Solos II TENSÕES NOS SOLOS Profa. Muriel B. de Oliveira 2014 1.Introdução • Solo: meio particulado • Forças nas partículas: contato grão a grão • Suportadas pelas água dos vazios • Consideração das forças individuais é muito complexa • Necessário o uso do conceito de tensão 2. Conceito de tensões no solo • Seja um elemento hipotético muito pequeno na massa de solo, de faces com área a2 • As tensões nas faces do quadrado são: 2 2 2 2 a T a T a N a N v v h h h h v v Conceito de tensões no solo (cont.) • Assumindo-se que não há pressão nos vazios do solo (somente pressão atmosférica), pode-se dizer que as forças N e T são totalmente transmitidas através do esqueleto sólido. • Assim, pode-se imaginar um plano horizontal passando através da massa de solo seco, onde as tensões são oriundas do somatório das forças atuando nas partículas 3. Tensões geostáticas • Geradas pelo peso próprio do solo • Em geral, possuem um padrão de distribuição próprio, que depende das características do maciço e da geometria do terreno • Porém, em algumas situações, pode ter um padrão simples de distribuição: quando a superfície for horizontal e o maciço não possuir grande variabilidade na direção horizontal. 3. Tensões geostáticas (cont.) 3. Tensões geostáticas (cont.) 3. Tensões geostáticas (cont.) 3. Tensões geostáticas (cont.) Implicações do conceito de tensões efetivas • Na prática da Mecânica dos Solos define-se tensão efetiva como a tensão que efetivamente atua nos contatos grão a grão, respondendo pelas características de deformabilidade e resistência ao cisalhamento dos solos. A tensão deixa de ser calculada pela equação equilíbrio de esforços, mas continua sendo conceitualmente considerada a tensão no esqueleto mineral; 3. Tensões geostáticas (cont.) Implicações do conceito de tensões efetivas • Ao passo que, com poucas exceções, toda a deformação nos solos está relacionada a variação na tensão efetiva , o solo pode sofrer deformação sem sofrer acréscimo de tensão total, basta que haja variação da pressão neutra; • Solos argilosos podem apresentar comportamento viscoso, sujeitos a creep (adensamento secundário), manifestando deformações lentas a tensão efetiva constante; • A resistência ao cisalhamento dos solos é em parte devido ao atrito entre as partículas, função das tensões de contato entre as partículas. 3. Tensões geostáticas (cont.) 3. Tensões geostáticas (cont.) 4. Tensões devidas a cargas externas • Além do peso próprio da massa de solo, as tensões no solo podem ser originadas por carregamentos externos. • A determinação das tensões devido a cargas externas e sua distribuição no subsolo é muito importante na avaliação de deformações e da capacidade de carga dos terrenos onde são instaladas obras de engenharia. • A distribuição das tensões de contato entre uma estrutura de fundação (por exemplo: sapata), dependem da resistência do solo e da rigidez da sapata... Distribuição de tensões externas • Efeito da resistência do maciço: • Efeito da rigidez da sapata e do tipo do solo Distribuição das tensões Bulbo de tensões Método do espraiamento das tensões Método empírico de Kögler e Scheidig para a propagação e distribuição das tensões 4. Tensões devidas a cargas externas (cont) • Para o cálculo deste tipo de tensões, em geral, são usados métodos baseados na Teoria da Elasticidade (relação tensão x deformação pela Lei de Hooke) • Hipóteses adotadas: o meio semi-infinito (solo) tem comportamento linear (contínuo,) homogêneo e isotrópico!!! A superfície do solo é horizontal. Considerações sobre a teoria da elasticidade Método de Boussinesq • Carga pontual aplicada na superfície do maciço Método de Boussinesq • Carga pontual aplicada na superfície do maciço Método de Boussinesq • Carga pontual aplicada na superfície do maciço Método de Boussinesq Solução de Melan Solução de Carothers-Terzagui Solução Gráfica Solução de Osterberg para carga distribuída na forma de trapézio retangular em uma faixa de extensão infinita Solução de Carothers para carga distribuída na forma de triângulo em uma faixa de extensão infinita Solução de Love • Cálculo do acréscimo de tensão vertical ao longo da vertical que passa pelo centro de uma placa circular uniformemente carregada Solução de Love Solução de Love Área retangular carregada (solução de Newmark) Ábaco de influência de Newmark • Para áreas carregadas de formato qualquer v=q.(valor de influência).N onde: N=número de unidades de influência da área carregada desenhada em escala • A escala é calculada baseando- se no segmento AB Solução de Steinbrenner Considerações sobre o emprego da Teoria da Elasticidade a solos não homogêneos Referências • Bastos, C.A. Mecânica dos Solos. DMC-FURG. 2002. • Lambe & Whitman. “Soil Mechanics” – SI Version. 1979. • Cernica, J. “Soil Mechanics”,Ed. John Wiley & Sons. 1995.
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