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DISTÚRBIOS E DOENÇAS CAUSADAS PELO USO ABUSIVO DE INTERNET E TECNOLOGIAS

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INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA
INSTITUTO TECNOLÓGICO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
DISTÚRBIOS E DOENÇAS CAUSADAS PELO USO ABUSIVO DE TECNOLOGIA E INTERNET
Por
Sarah Rangel Moore
Campos dos Goytacazes – RJ
Junho / 2018
Sabemos que a internet é uma das grandes invenções dos últimos tempos. Com o avanço tecnológico, surgiram os aparelhos digitais móveis, como smartphones, tablets, notebooks e outros aparelhos que possibilitaram às pessoas estarem conectadas 24 horas por dia em todo lugar. 
Segundo o IDC no Brasil se vendeu aproximadamente 35,6 milhões de smartphones em 2013, uma média de 68 unidades por minuto, se tornando o quarto país em números de smartphones. A quantidade de vendas de tablets superou a de notebooks e desktops no mesmo ano: 8,4 milhões de aparelhos. Tem-se assim que, os dispositivos móveis ganham espaço tanto nas lojas como na vida dos seus usuários. (INFO-ABRIL, 2014).
Somos 7 bilhões de usuários conectados, ou seja, quase todo o planeta tem acesso a internet. E a melhoria na infraestrutura e inovações tecnológicas fazem com que estar mais disponível no virtual do que no real seja uma realidade.
Porém, o uso frequente e muitas vezes irresponsável dos aparelhos digitais acaba afetando a concentração e o foco. Além disso, a medida que a tecnologia evolui, o alerta de diagnósticos médicos e psicológicos decorrentes do abuso dessa ferramenta são cada vez mais comuns nos consultórios.
Dentre as doenças e distúrbios causados pelo uso excessivo de internet e tecnologias no geral, estão:
1. Nomofobia ou Nomophobia
É aquela terrível sensação que algumas pessoas possuem de ficarem sem celular ou longe dele. Em sentido amplo, pode ser descrito como o medo de ficar desconectado por qualquer motivo. Sabe aquela aflição que se tem quando a bateria do celular está acabando e não é possível carregá-la imediatamente? Esse é o primeiro sinal de que algo pode estar errado.
2. Síndrome do toque fantasma
Aquela sensação de sentir o celular vibrando no bolso da calça, na bolsa ou na mochila, sem que haja nenhuma chamada. Isso parece ser algo que está se tornando cada vez mais comum entre as pessoas. 
Segundo afirma o doutor Larry Rosen em seu livro iDisorder, este fenômeno ocorre com cerca de 70% dos heavy users, ou seja, os usuários mais intensos – em suma, boa parte de nós! Segundo ele, esta sensação pode estar ligada a uma ansiedade ou mesmo ao prazer em atender a chamada do celular. O mais leve formigamento já pode fazer com que o cérebro interprete como o vibrar do celular.
3. Náusea digital
É a sensação que algumas pessoas possuem ao interagirem com ambientes digitais, causando desorientação ou vertigem. Em um caso super recente de manifestação dessa síndrome, temos o lançamento do novo sistema operacional da Apple para iPhones e iPads, o iOS 7, que conta com elementos de aproximação e afastamento dos objetos na tela (zoom in e zoom out).
As reclamações de pessoas que sentiam nauseadas com aqueles efeitos foram tão significantes que obrigou a empresa a lançar uma atualização com a opção de desligar o efeito. Com a popularização dos dispositivos de realidade virtual como o Oculus Rift, HTC Vive, a coisa pode ficar ainda mais séria pra quem já sofre com esse problema. É preciso ir com calma e lembrar que o corpo pode precisar de um período de adaptação.
4. Transtorno de dependência da internet
Essa ocorre quando se possui uma vontade compulsiva em acessar a internet, mesmo que não se saiba exatamente o que fazer lá. Em outras palavras, é o uso irracional da internet e que pode estar ligado a outros problemas como a depressão, TOC, Transtorno de déficit de atenção, ansiedade social, baixa autoestima, etc.
Não é difícil entender que algumas pessoas simplesmente não são felizes com a vida que possuem ou que não se sintam bem na sociedade, acabando por ver na internet uma válvula de escape extremamente efetiva.
5. Depressão de Facebook
Falando em depressão, a depressão de Facebook ocorre em função das interações sociais dentro da rede ou a falta dessas relações. Quase todo usuário do Facebook já passou por essa situação: abrir a sua timeline e se deparar com uma penca de atualizações dos seus amigos com fotos de festas, de viagens, na casa nova, com o carro novo, com o(a) namorado(a), curtindo com os outros amigos… E logo em seguida bater aquela sensação de vazio, de que não está aproveitando a vida como deveria.
99,9% das pessoas só postam coisas boas em suas timelines, o que não significa de forma alguma que essas pessoas tenham vidas fantásticas, porém não se pode acreditar em tudo o que vê no Facebook – ou na internet como um todo.
6. Vício em jogos online
Em poucas palavras, é a compulsão por jogos online. É bom deixar claro que o vício ocorre quando há uma necessidade irracional de se participar de sessões intermináveis desses jogos.
Na Coréia do Norte, por exemplo, já há inclusive uma lei própria para o assunto apelidada de “lei cinderela”, pois corta o fornecimento de internet para todos os jovens menores de 16 anos no período entre a meia-noite e seis horas da manhã.
A situação dos jogadores compulsivos é tão grave que a Associação Psiquiátrica Americana já inclui a dependência no índice III, significando que a dependência dos viciados em jogos online é equipara a outros vícios não ligados ao consumo de substâncias químicas, como ocorre com os viciados em jogos de azar.
7. Hipocondria ou Cibercondria digital
O hipocondríaco é aquela pessoa com mania de doença, que pensa sempre estar doente. O hipocondríaco digital é basicamente a mesma coisa, com um único ponto de diferença: a pessoa que possui esse mal pensa que está com a doença sobre a qual leu na internet.
É bastante comum que nos dias atuais o Google se torne o primeiro médico, no sentido de que muitas pessoas recorram ao buscador e nele insiram todos os sintomas sentidos, deparando-se com resultados de uma doença que, na grande maioria dos casos, não corresponde ao que a pessoa realmente possui.
8. O efeito Google
É a tendência que afeta o cérebro humano em reter menos informações, pois ele sabe que as respostas estão ao alcance de alguns cliques.
Essa é outra condição que está se popularizando rapidamente entre as pessoas que utilizam a internet ou dispositivos móveis para tudo. 
Os endereços e outras informações mais complicadas como datas históricas, informações geográficas, gramática e ortografia estão a um clique, tornando a pessoa mais acomodada. E é por isso que há quem ache que a internet e os dispositivos eletrônicos estão nos deixando estúpidos.
Mas não é preciso alarde. O Google não é uma coisa necessariamente ruim, como explica o doutor Rosen, pois esse acesso rápido e fácil à informação pode indicar uma população mais informada e esperta. O importante – e que isso fique bem claro – é que tenhamos consciência de que é sim importante reter algumas informações sem ajuda da tecnologia e isso precisa ser dito, principalmente, às nossas crianças e estudantes.
Embora as doenças e distúrbios ainda não constarem no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-V, estudos recentes apontam que as mudanças causadas no cérebro pelo uso abusivo de internet e tecnologias, são similares aos efeitos de drogas químicas, como o álcool e até a cocaína.
A dependência pela tecnologia é comportamental, as outras são químicas, mas ela causa o mesmo desgaste na ponta do neurônio que as drogas podendo dar a sensação de necessidade e abstinência da dependência química — explica Edyclaudia Gomes de Sousa, psicóloga Membro da Sociedade Brasileira de Psicologia e pós-graduanda em doenças mentais e atenção psicossocial. Segundo ela, o problema é o usuário conseguir diferenciar a dependência do uso considerado “normal”, já que hoje, a internet e os celulares são ferramentas profissionais e de estudo, alertando ainda para o agravante dos jogos de vida virtual onde se constrói uma vida real/virtual que coloca em questão o que é normale o que é saudável.
Abaixo, Edyclaudia Gomes de Sousa lista os sintomas iniciais que podem levar ao vício:
Preocupação constante com o que acontece na internet quando está offline.
Necessidade contínua de utilizar a web como forma de obter excitação.
Irritabilidade quando tenta reduzir o tempo de uso.
Utilização da internet como forma de fugir de problemas ou aliviar sentimentos de impotência, culpa ansiedade ou depressão.
Mentir para familiares para encobrir a extensão do envolvimento com as atividades on-line.
Diminuição ou piora do contato social com amigos e familiares.
Falta de interesse em atividades fora da rede.
Comprometimento das atividades profissionais e acadêmicas, como perda do emprego ou não ser aprovado na escola.
Lesões nas articulações dos dedos causadas pela intensa digitação.
Automação no comportamento de buscar toda e qualquer resposta nos aparelhos.
Insegurança quando está sem os aparelhos ou sem bateria.
Para não sofrer desse mal, os especialistas recomendam moderação, mesmo que o smartphone ou a internet sejam essenciais para determinadas atividades. E ao sentir qualquer dificuldade em ficar sem a tecnologia, mesmo quando não é realmente necessária, buscar ajuda especializada, como psicoterapia, antes que um problema se torne uma patologia.
REFERÊNCIAS:
FORTIM, Ivelise; ARAUJO, Ceres Alves de. Aspectos psicológicos do uso patológico de internet. Bol. - Acad. Paul. Psicol., São Paulo , v. 33, n. 85, p. 292-311, dez. 2013 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-711X2013000200007&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 13 jun. 2018. 
JORNAL DO BRASIL. Uso excessivo de internet e celular podem levar ao vício. Disponível em: < http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2017/05/07/uso-excessivo-deinternet-e-celular-podem-levar-ao-vicio/> Acessos em 13 jun. 2018
RIBEIRO, Quéven; SILVA, Rebecca Bignardi Arambasic Rebelo da. Os impactos dos dispositivos móveis nas pessoas. Revista FATEC Zona Sul. v.2, n.1., Out. 2015. Disponível em < http://www.revistarefas.com.br/index.php/RevFATECZS/article/view/34/63 > . Acessos em 13 de jun. 2018.

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