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O que e o Paism e quais os seus objetivos? 
O PAISM foi lançado em 1983 pelo Ministério da Saúde e formulado pela Divisão Nacional de Saúde Materno Infantil (DINSAMI). Tecnicamente, o objetivo era reduzir a morbimortalidade materna e infantil. Porém, o programa ganhou contornos mais amplos, por influência de técnicas da DINSAMI que estavam na comissão de elaboração e eram vinculadas ao movimento sanitarista, além de terem proximidade com o movimento feminista pela saúde - que nascia com força no Brasil.
O programa foi formulado dentro do princípio do direito universal à saúde, preconizado pelo movimento sanitarista e que norteou a formulação do Sistema Único de Saúde/ SUS, este referendado pela Constituição de 1988.
Com organizações do movimento de mulheres pela saúde, a equipe do Ministério da Saúde estabeleceu parcerias que deram ao PAISM um contorno inovador. O Brasil abandonaria a tradicional lógica da saúde materno-infantil, que fragmenta o corpo das mulheres, para focar exclusivamente a maternidade e o aleitamento. Uma lógica intervencionista e apoiada em um paradigma biomédico, no qual as políticas e as práticas profissionais se pautavam em relações desiguais de poder entre profissionais e usuárias. Não se ouvia a palavra das mulheres.
O PAISM fez diferente. Preconizou a garantia de acesso de todas as mulheres, em qualquer ciclo de sua vida, a informações e serviços integrados de atendimento, do nível mais simples ao mais complexo, com cobertura para prevenção e atenção curativa e ações de planejamento reprodutivo. Pela primeira vez o Brasil formulava uma política pública de saúde que contemplasse este ponto, com ênfase no atendimento ginecológico de qualidade, oferta informada do leque de métodos anticonceptivos disponíveis e ações educativas para mulheres e também para profissionais de saúde, visando garantir livres escolhas e o direito das mulheres de decidir sobre o próprio corpo.
Foi desenvolvido um programa de capacitação de profissionais de saúde nos municípios onde o PAISM foi implantado, contando com a participação de organizações do movimento de mulheres como monitoras ou autoras dos materiais educativos.
Ainda hoje o PAISM desafia o Estado brasileiro, que não deu conta de sua efetivação. Entretanto, foi um programa pioneiro na conquista e no reconhecimento dos direitos reprodutivos das mulheres, antes mesmo da aceitação deste conceito pela comunidade internacional, o que ocorreu na década seguinte. 
Os objetivos gerais envolvem:
•  Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e a ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro.•          Contribuir para a redução da morbidade e da mortalidade femininas no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie.
•   Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde.Dentre os objetivos específicos encontram-se:
•   Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, inclusive para as portadoras da infecção pelo HIV e outras DST.
• Estimular a implantação e a implementação da assistência em planejamento familiar para homens e mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da atenção integral à saúde
•  Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras, para mulheres e adolescentes
.•  Promover a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência doméstica e sexual
.•   Promover, conjuntamente com o PN-DST/AIDS, a prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/aids na população feminina.
•   Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina.O PAISM propôs o atendimento à saúde reprodutiva das mulheres, no âmbito da atenção integral à saúde, e não mais a utilização de ações isoladas em planejamento familiar. Por isso mesmo, os movimentos de mulheres, de imediato, passaram a lutar por sua implementação. Conseqüentemente, a adoção do PAISM representou, sem dúvida, um passo significativo em direção ao reconhecimento dos direitos reprodutivos das mulheres, mesmo antes que essa expressão ganhasse os diversos foros internacionais de luta.
O que é aborto. E quais os tipos de aborto?
ABORTO: Interrupção precoce da gravidez – espontânea ou induzida- seguida pela expulsão do produto gestacional pelo canal vaginal. Pode ser precedido por perdas sanguíneas através da vagina. É todo produto da concepção eliminado com peso inferior a 500 g ou idade da gestação inferior a 20 semanas.
Tipos de abortos
Aborto espontâneo: O aborto espontâneo ocorre involuntariamente, por acidente, por anormalidades orgânicas da mulher ou por defeito do próprio ovo.
Há dois tipos de Abortos Espontâneo
O Aborto Iminente: é uma ameaça de aborto. A Mulher em um leve sangramento seguindo de dores nas costas e outras parecidas com as cólicas menstruais.
O Aborto Inevitável: é quando se tem a dilatação do útero para expulsão do conteúdo seguindo de fortes dores e hemorragia. O aborto inevitável e dividido em três tipos : o incompleto que é quando ocorre depois da saída dos coágulos a saída restante do conteúdo e o aborto preso, que é quando o ovo morre, mas não e expelido.
Tipos de abortos
Aborto Provocado: ocorre em decorrência da destruição ( por meio de sucção, substancias tóxicas na cavidade uterina, curetagem, etc.) do ovo sadio e normalmente implantado. Pode ser Terapêutico (no caso de estrupo ou risco de vida materna) e criminoso (para o qual não existe indicação legal: esquartejamento, sufocamento, envenenamento por sal, retirada do liquido amniótico, etc.)
Abortamento por sucção ou aspiração
Abortamento por “cesárea”
Abortamento por esquartejamento
Abortamento de Sufocamento
Abortamento por envenenamento por sal
Abortamento de feto de 6 semanas
O que é a DHEG? E quais as suas alterações.
Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) é uma patologia que acomete as gestantes, em geral, na segunda metade da gestação e, mais frequentemente, no seu terceiro trimestre (REZANDE, 1998)
As síndromes hipertensivas são as complicações mais frequentes na gestação e constitui, no Brasil, a primeira causa de morte materna, principalmente quando se instalam nas formas graves como a eclampsia (CUNHA E DUARTE, 1998).
De acordo com Morton (2007), a DHEG é classificada em:
•    Hipertensão induzida pela gravidez (em primíparas): 
•    Pré-eclampsia - desenvolvimento da hipertensão depois da 20ª semana de gestação complicada por envolvimento renal levando a proteinúria. 
•    Eclampsia: pré-eclâmpsia complicada por envolvimento do sistema nervoso central (SNC) levando à convulsões; 
•    Hipertensão crônica que antecede a gestação;
•    Hipertensão crônica com toxemia superposta.
Os sinais de pré-eclampsia podem ser três: hipertensão, edema e proteinúria. A pré-eclampsia tem como forte indício o edema generalizado (parede abdominal, face, região lombosacra e mãos) e o aumento de peso acima de 1kg por semana. Outros sinais e sintomas podem surgir e à medida que a doença progride o vasoespasmo se agrava, podendo ocasionar alterações no fundo do olho como edema de retina, constrição ou espasmo arteriolar e hemorragias. Cefaleias, tonturas, distúrbios visuais e hiperreflexia podem aparecer decorrentes da irritabilidade crescente do sistema nervoso central. Em alguns casos a retina pode descolar-se, mas a fixação da retina ocorre espontaneamente após o parto. A dor epigástrica é um sintoma tardio, que é atribuída ao estiramento da cápsula hepática devido ao edema e/ou hemorragias (ZIEGEL E CRANLEY, 1985).
Já na eclampsia, o edema acentuado pode deformar as feições da mulher até torná-la irreconhecível. Sintomas como oligúria, anúria e proteinúria aparecem, a pressão arterial pode atingir valores acima de 180/110mmHg. Podem ocorrer convulsões tônico-clônica que são precedidas por uma aura (sensação subjetiva e passageira que procede a uma crise). Essas crises começam com o bater das pálpebras ou por um espasmo dos músculos faciais, os olhos estão bem abertos e fixos, as pupilas estão geralmente dilatadas. Na sequencia todo o corpo se enrijece e todos os músculos se contraem e relaxam alternadamente. Após uma convulsão a paciente fica em coma que varia em duração e profundidade, a condição dessa paciente é sugestiva da evolução da doença (ZIEGEL E CRANLEY, 1985).
A cura para a DHEG é o parto. Por essa razão, se o parto não é aconselhado devido à imaturidade fetal, os esforços são dirigidos no sentido de controlar os sintomas, a fim de melhorar a condição materna e fetal até que o parto possa ser  realizado (ZIEGEL E CRANLEY, 1985).
Os objetivos terapêuticos no tratamento da DHEG são finalizar a gestação com o mínimo de trauma materno-fetal, promover o desenvolvimento normal da criança, restaurar a saúde materna, diminuir a irritabilidade do sistema nervoso central, controlar a pressão sanguínea e promover a diurese (KNOBEL, 1998).
A DHEG é considerada uma doença possível de prevenção em quase todas as circunstâncias. Quando assume a responsabilidade de cuidar da saúde, a mulher que faz o pré-natal sabe reconhecer as alterações que necessitam de avaliação, permitindo o diagnóstico e o tratamento antes da eclâmpsia ocorrer. A DHEG devidamente tratada quase sempre pode ser controlada de forma a não progredir até a convulsão (ZIEGEL E CRANLEY, 1985).
A prematuridade constitui ainda em nossos dias uma das complicações mais frequentes da DHEG decorrente de um trabalho de parto espontâneo, em razão ou da contratilidade uterina aumentada ou, comumente, da conduta obstétrica de interrupção da gravidez, quando o quadro clínico se agrava e há comprometimento das condições maternas ou fetais (FERRAO et al, 2006).
O enfermeiro é um dos profissionais de nível superior da área da saúde responsável pela promoção, prevenção e recuperação da saúde dos indivíduos. Duas referências utilizadas descrevem condutas de enfermagem para pacientes com hipertensão induzida pela gravidez com diversos objetivos como 
•    Diminuir a irritabilidade do sistema nervoso central;
•    Controlar a pressão sanguínea: 
•    Promover a diurese;
•    Controlar o bem estar fetal;
•    Auxiliar na dor;
•    Aliviar náuseas e vômitos;
•    Reduzir edema.
O que e a DIP? e quais as suas causas.
A doença inflamatória pélvica, também chamada de DIP, é uma infecção dos órgãos reprodutores femininos superiores, nomeadamente útero, trompas de Falópio e ovários, com possível extensão para outras estruturas pélvicas e até abdominais.
A DIP costuma surgir como complicação de uma doença sexualmente transmissível, principalmente da clamídia ou gonorreia. Se não forem tratadas de forma adequada no momento em que ainda estão restritas à região da vagina, as bactérias causadoras dessas DST podem se proliferar e invadir a parte superior do aparelho reprodutor, provocando infecção nos órgãos internos.
Não existem dados sobre a realidade brasileira, mas nos EUA, a doença inflamatória pélvica acomete cerca de 1 milhão de mulheres todos os anos. Estima-se que a doença acometa entre 2 a 10% das mulheres sexualmente ativas.
Neste artigo vamos explicar o que é a doença inflamatória pélvica, como ela surge, quais são os seus fatores de risco, os principais sintomas e as opções de tratamento.
CAUSAS DA DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
Enquanto a vagina é uma região naturalmente rica em bactérias, principalmente da espécie Lactobacillus, os órgãos internos do aparelho reprodutor, tais como útero, trompas e ovários, são estéreis, não possuem germes no seu interior.
A flora bacteriana natural da vagina age como uma barreira protetora, pois elas criam um ecossistema que é pouco atrativo para outros tipos de bactérias. A infecção do canal vaginal por bactérias sexualmente transmissíveis pode quebrar essa barreira protetora, colocando os órgãos internos sob risco de invasão.
As bactérias Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis, ambas transmitidas por via sexual, são as principais causas da doença inflamatória pélvica. Bactérias como Mycoplasma genitalium, Escherichia coli, Bacteroides fragilis, estreptococos do grupo B e Campylobacter spp também podem provocar DIP, mas elas são responsáveis por menos de 15% de todos os casos.
Cerca de 15% das mulheres infectadas com gonorreia ou clamídia acabam desenvolvendo doença inflamatória pélvica. Apesar da infecção por clamídia ser mais comum, a DIP provocada pela gonorreia costuma ser mais grave.
FATORES DE RISCO PARA DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
Por ser uma infecção provocada habitualmente por bactérias de transmissão sexual, os principais fatores de risco da DIP acabam sendo parecidos com os fatores de risco das DST em geral.
Mulheres jovens e com vida sexual ativa, principalmente se com múltiplos parceiros e sem camisinha, acabam sendo o grupo mais afetado pela doença inflamatória pélvica.
As mulheres celibatárias ou as monogâmicas cujos maridos são fiéis apresentam risco quase nulo. Já as mulheres monogâmicas, mas cujos maridos ou namorados são promíscuos acabam estando também sob maior risco.
Resumindo, os principais fatores de risco para doença inflamatória pélvica são:
Já ter tido uma DIP anteriormente (1 em 4 mulheres voltam a ter um segundo episódio de DIP).
Idade entre 15 e 25 anos.
Vida sexual ativa.
Múltiplos parceiros.
Hábito de ter relações sexuais sem camisinha.
Ter um parceiro infiel.
Ter uma DST.
Hábito de fazer ducha vaginal (a ducha empurra as bactérias para o interior da vagina).
Ter colocado um DIU recentemente (o risco só é aumentado nas 3 primeiras semanas após a colocação do dispositivo).
SINTOMAS DA DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
Dependendo da bactéria que provoca a doença inflamatória pélvica, o quadro pode variar desde uma infecção aguda, com sintomas muito evidentes, até uma infecção mais crônica, com sintomas discretos que persistem por semanas ou até meses.
Em geral, as DIP agudas são provocadas pela Neisseria gonorrhoeae enquanto as DIP subclínicas são provocadas pela Chlamydia trachomatis.
1. Doença inflamatória pélvica aguda e sintomática
A DIP aguda e sintomática caracteriza-se por um quadro de dor abdominal ou pélvica de início súbito. A intensidade da dor é variável, mas é muito comum o fato dela se agravar durante as relações sexuais. A piora da dor durante ou logo após a menstruação também é bastante sugestivo.
Outros sintomas comuns são:
Corrimento vaginal amarelado ou esverdeado e com forte odor – leia: Tipos de Corrimento Vaginal: Branco, Amarelo, Marrom…
Sangramento vaginal fora do período menstrual.
Sangramento vaginal após coito.
Menstruação irregular.
Disúria (dor para urinar) – leia: DOR AO URINAR – Principais Causas.
Febre acima de 38ºC.
Intensa dor ao exame ginecológico.
Duas complicações possíveis da doença inflamatória pélvica aguda são a síndrome de Fitz-Hugh Curtis, que é a inflamação da cápsula do fígado, e a formação de um abscesso tubo-ovariano, que é uma massa inflamatória que envolve a trompa de Falópio, ovário e, ocasionalmente, outros órgãos pélvicos adjacentes.
2. Doença inflamatória pélvica subclínica ou crônica
A DIP pode se apresentar com sintomas sutis, com pouca dor, sem febre e corrimento discreto. Muitas vezes, a mulher até toma conhecimento dos sintomas, mas eles incomodam pouco e ela acaba não procurando orientação médica. Estima-se que até 60% dos casos de DIP sejam subclínicas.
O fato dos sintomas serem brandos não significa que a inflamação dos órgãos seja inofensiva. Uma das principais complicações da DIP é a lesão das trompas e do útero, com consequente desenvolvimento de infertilidade.
Não é de estranhar, portanto, que muitas vezes o diagnóstico da DIP acabe sendo feito muito tempo depois, quando a mulher procura ajuda médica por ter dificuldade de engravidar. Alguns estudos mostram que até 1/3 das mulheres cominfertilidade apresentam lesões das trompas ou do útero provocadas por um quadro de doença inflamatória pélvica que não foi diagnosticado.
Além da infertilidade, as lesões nas trompas provocadas pela doença inflamatória pélvica subclínica também aumentam do risco de gravidez ectópica (leia: GRAVIDEZ ECTÓPICA – Sintomas, Fatores de Risco e Tratamento). Outra complicação das lesões provocadas pela DIP é o desenvolvimento de dor pélvica crônica, que pode durar meses ou até anos. Essa dor costuma agravar-se no momento da ovulação e durante o ato sexual.
DIAGNÓSTICO DA DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
Não há um exame específico para diagnosticar a DIP. O diagnóstico costuma ser feito após a avaliação dos dados obtidos na história clínica, no exame ginecológico, nas análises de sangue e urina e na avaliação laboratorial do corrimento vaginal.
Em casos mais duvidosos, a ultrassonografia pélvica serve para avaliar a presença de inflamação ou abscessos nas trompas.
TRATAMENTO DA DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
O objetivo do tratamento da doença inflamatória pélvica é curar a infecção antes que ele seja capaz de provocar danos aos órgãos reprodutores.
O tratamento é feito de preferência com antibióticos que sejam efetivos tanto contra gonorreia quanto clamídia. Em princípio, o tratamento pode ser feito em casa, com antibióticos por via oral ou intramuscular.
Existem vários esquemas possíveis, vamos listar apenas algumas opções:
Ceftriaxona 250 mg intramuscular em dose única + Doxiciclina 100 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias.
Cefoxitina 2 g intramuscular em dose única + Doxiciclina 100 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias.
Ceftriaxona 250 mg intramuscular em dose única + Doxiciclina 100 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias + metronidazol 500 mg 2x por dia, por via oral, por 14 dias.
Cefoxitina 2 g intramuscular em dose única + Doxiciclina 100 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias + metronidazol 500 mg 2x por dia, por via oral, por 14 dias.
Ceftriaxona 250 mg intramuscular em dose única + probenecida 1 g por via oral, dose única.
Cefoxitina 2 g intramuscular em dose única + probenecida 1 g por via oral, dose única.
Cefoxitina 2 g intramuscular em dose única + probenecida 1 g por via oral, dose única + Doxiciclina 100 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias.
Ofloxacina 400 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias + Metronidazol, 500 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias.
Amoxicilina + Ácido Clavulânico, 1 g, 3x por dia, por 14 dias + Doxiciclina 100 mg, 2x por dia, por via oral, por 14 dias.
Em alguns casos, a paciente precisa ser internada para fazer o tratamento por via intravenosa. Situações que indicam internação são:
DIP durante a gravidez.
Falta de resposta ao tratamento em casa.
Incapacidade de tomar medicamentos orais devido a náuseas e vômitos.
Doença clínica grave (febre alta, náuseas, vômitos, hipotensão ou dor abdominal intensa).
DIP complicada com abscesso pélvico.
Se tratada de forma correta, a doença inflamatória pélvica pode ser curada sem deixar sequelas.
Nomenclaturas urinarias
Olugúria – excreção de um volume de urina inferior às necessidades de excreção de solutos; clinicamente, seria uma diurese inferior a 400mL/dia ou menos de 20mL/hora. Decorre de redução do fluxo sanguíneo renal ou então por lesões renais.
Anúria –  quando a diurese é inferior a 100mL/dia, ocorrendo devido a obstrução bilateral das artérias renais ou dos ureteres ou pela necrose cortical bilateral.
Poliúria – excreção de volume urinário superior a 2.500mL/dia. Verifica-se um maior número de micções, inclusive a noite. Ocorre por dois mecanismos básicos: (1) por diurese osmótica, decorrente da excreção de um volume aumentado de soluto (diabetes mellitus); ou (2) por incapacidade de concentração urinária (diabetes insipidus). Além disso, pode ocorrer na insuficiência real crônica, quando o comprometimento renal ainda é moderado.
Disúria – micção associada à sensação de dor, queimor ou desconforto (cistite, prostatite, uretrite, alergia, etc)
Urgência e Polaciúria –urgência corresponde à necessidade súbita e imperiosa de urinar; polaciúria ocorre quando a necessidade de urinar acontece com intervalos inferiores a 2hrs, aumentando a frequência de micção. Ambos podem ser provocados por redução na capacidade da bexiga ou por comprometimento da uretra.
Hesitação – intervalo maior para que apareça o jato urinário, pode ser causado por obstrução do trato de saída da bexiga.
Nicúria/Noctúria – ritmo da diurese se altera, ocasionando a necessidade de esvaziar a bexiga durante a noite. Reflete a perda da capacidade de concentrar a urina.
Retenção Urinária – incapacidade de esvaziar a bexiga. Pode ser aguda (paciente passa a sentir a bexiga distendida, tensa e dolorosa) ou crônica (dilatação gradual). Pode formar um globo vesical quando a bexiga for palpável na região supra-púbica. Além disso, pode ser completa (indivíduo é incapaz de eliminar sequer quantidades mínimas de urina) ou incompleta (permanência na bexiga de uma certa quantidade de urina aos terminado o ato miccional. Principal causa é obstrução ao nível da uretra ou do colo vesical.
Incontinência Urinária – eliminação involuntária de urina, podendo ser causada por bexiga neurogênica, cistite ou esforços. Nos idosos, a hipertrofia prostática grave pode provoca-la (incontinência paradoxal), em que a próstata impede a saída de urina até que seja ultrapassado certo limiar.
Alterações na Cor da Urina
A urina normal é transparente e tem uma tonalidade que varia do amarelo claro ao amarelo escuro.
Hematúria – presença de sangue na urina, podendo ser macro ou microscópica. O aspecto da urina depende da quantidade de sangue e do pH. Pode ser maciça, com o aparecimento de coágulos. Pequenas quantidades de sangue, em pH ácido, tinge-o de marrom escuro. Pode ser classificada em: hematúria total, quando a urina é uniformemente tingida de sangue e a origem do sangramento é renal ou uretal; hematúria inicial, quando o sangramento é proveniente de uma área entre a uretra distal e o colo vesical; e hematúria terminal, quando o sangramento ocorre no trígono vesical. OBS: alguns corantes e pigmentos tingem a urina de vermelho ou de marrom-avermelhado.
Hemoglobinúria – presença de hemoglobina livre na urina; acompanha as crises de hemólise intravascular
Mioglobinúria – destruição muscular maciça por traumatismo e queimaduras.
Portirinúria – eliminação de porfirinas ou de seus precursores, que produzem coloração vermelho-vinhosa.
Urina Turva – precipitação de diversos tipos de cristais (cristalúriaà ácido úrico e oxalato de cálcio); pode predispor a urolitíase e está associada a infecção urinária. A PIÚRIA ocorre quando há presença de quantidade anormal de leucócitos na urina, deixando-a turva; as infecções urinárias são as causas mais comuns.

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